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O DESPERTAR DA LEITURA1
RESUMO: O presente artigo tem como objetivo investigar o desinteresse pela leitura
por parte dos jovens e mostrar que o educador é fundamental na condução dos alunos
a se interessar pela leitura. A falta de acervo nas escolas propicia ainda mais o
desinteresse dos jovens, e mais uma vez evidencia-se quão fundamental é o papel do
professor, pois cabe a este manobrar esse obstáculo, usando sua criatividade para
instigar no aluno a imaginação através do material que tem disponível. O presente
estudo está permeado por pesquisa bibliográfica e quantitativa, levantando dados a
partir de um questionário previamente estruturado, realizado com alunos na faixa
etária de 12 a 15 anos do Colégio Estadual Padre Sigismundo. Através da pesquisa
percebeu-se que a falta de interesse pela leitura é alta, e em relação aos clássicos, é
ainda mais lamentável, pois nossos jovens não percebem a riqueza de informações
que estes pode nos fornecer. Desse modo, o artigo mostrará a importância e os
benefícios do ato de ler, refletindo possibilidades de leitura em sala de aula sem que
os alunos sintam-se obrigados para o ato, considerando as modalidades de interesse
em cada fase da leitura apresentadas por Bamberger (1985) em seu livro livro “Como
incentivar o hábito de leitura”.
ABSTRACT: This paper aims to investigate the lack of interest in reading among
young people and show that the educator is fundamental in the conduct of students to
become interested in reading. The lack of decent schools further provides the
disinterest of young people, and once again how important it is evident is the role of the
teacher, because up to this maneuver this obstacle, using their creativity to instill in
students the imagination through the material have available. This study is permeated
by literature and quantitative research, collecting data from a previously structured
questionnaire conducted with students aged 12 to 15 years of State College Father
Sigismund. Through research it was noted that the lack of interest in reading is high,
and for the classics, is even more regrettable because our young people do not realize
the wealth of information they can provide. Thus, the article shows the importance and
benefits of the act of reading, reflecting possibilities of reading in the classroom without
students feel compelled to act considering the modalities of interest in each reading
stage presented by Bamberger (1985) in his book book "How to encourage the reading
habit."
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Artigo de conclusão de curso apresentado ao Programa de Pós-graduação em Metodologia
do Ensino de Língua Portuguesa, área de Educação, sob orientação da (o) Prof. a Rosilene
(Faculdade Eficaz de Maringá/PR).
2
Pós-Graduação em Metodologia do Ensino de Língua Portuguesa (Faculdade Eficaz de
Maringá/ PR). Contato: (francy0610@hotmail.com)
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1 INTRODUÇÃO
Brito (2010) afirma que este ato pode nos proporcionar um poder: “a
leitura tem um poder estranho, uma energia única que cerca cada leitor,
acende a imaginação, despertando em cada um a capacidade de imaginar o
como seria e o que poderia ser” (BRITO, 2010, p. 15). Percebe-se que a leitura
além de proporcionar conhecimento de mundo, também desenvolve a
imaginação, fazendo que o leitor viaje por vários mundos em um mesmo livro,
basta imaginar.
A leitura também permite ao seu leitor reconsiderar alguns conceitos,
proporcionando uma nova visão, um novo ponto de vista sobre um mesmo
assunto, pois o leitor estabelece relações entre o seu conhecimento de mundo
e as informações contidas em cada leitura que faz. Bencini (2003, apud
Oliveira, 2005) diz: “ao dominar a leitura abrimos possibilidades de adquirir
conhecimentos, desenvolver raciocínios, participar ativamente da vida social,
alargar a visão de mundo do outro e de si mesmo”. Um leitor que tem contato
com vários conceitos, ideias sobre um mesmo assunto, é apto a fazer uma
critica ou opinar, pois analisará por vários ângulos, e não apenas ao que a
sociedade impõe.
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Para que o ato de ler seja desenvolvido é necessário que haja incentivo,
Zilberman (1986) afirma:
Para aprender a ler, para gostar de ler, para ler bem, é preciso que os
alunos sejam expostos a situações de leitura. É preciso que ouçam e
entendam a leitura que fazem. É preciso que comentem o que
ouviram e o que leram: o comentário força a leitura a ter sentido e
não SE mera sucessão de sons provocados pela correta
decodificação dos sinais sobre a página (...). (MEC, 2001, p. 04).
O aluno vai questionar: porque ler? Mas porque ler “esse texto”? E o
professor deve estar preparado, pois o aluno sente quando uma aula, uma
atividade é bem planejada, então, faz-se necessário que o professor saiba o
que espera com aquela atividade, aonde quer chegar e mostre isso para seu
aluno, mostrando confiança e credibilidade, o aluno se sentirá mais seguro e
participará com mais vontade. Ezequiel Silva (1998) afirma
Também se faz necessário mudar a visão dos alunos com relação aos
clássicos, que são lidos por obrigatoriedade, pois caem perguntas sobre estes
em vestibulares e no Exame Nacional do Ensino Médio - ENEM, é preciso
mostrar aos alunos que os clássicos são fonte de conhecimento e o leitor
busca respostas para a própria vida, compreende melhor o mundo e se torna
um escritor mais criativo. Bamberger (2000, p.70) afirma: “Os livros não devem
ser considerados como ‘trabalho escolar’, mas como companheiros”. Segundo
Calvino (1993),
os clássicos são obras que não tem época, que em qualquer tempo
que ler ou reler irão se identificar com eles, e irão também descobrir
sempre algo novo em cada releitura, pois as obras são as mesmas,
porém as mentes e o modo de interpretar sempre serão diferentes,
consequentemente, uma nova visão de uma determinada obra será
descoberta. (CALVINO, 1993 apud PAGLIARINI, 2013, p. 7).
Ninguém tem que ser obrigado a ler nada. Ler é um direito de cada
cidadão, não é um dever. É alimento de espírito, igualzinho a comida.
Todo mundo precisa, todo mundo deve ter disposição de boa
qualidade, variada, em quantidades que saciem a fome. Mas é um
absurdo impingir um prato cheio pela goela abaixo de qualquer
pessoa. Mesmo que se ache que o que enche aquele prato é a
iguaria mais deliciosa do mundo. (MACHADO, 2002, p. 15).
3 METODOLOGIA
nenhum livro. A questão 7 “Escreva o titulo e o autor do último livro que você
leu”, muitos alunos responderam que não lembram, porém por intermédio
dessa questão, percebe-se que alguns pais não monitoram o que seus
filhos(as) leem, 4 jovens responderam que estavam lendo “50 tons de cinza”,
um livro que contém “Discussão de Temas de Sexo e Violência” e “Não
recomendado para menores de 16 anos” (SARAIVA).
A maioria dos alunos responderam a pergunta 10 “Qual o nome do autor
e o título do livro que você mais gostou de ler”, alguns lembraram do nome do
título e do autor: “A Turma da Mônica” de Mauricio de Souza, outros lembraram
apenas do nome do livro: “O irmão que veio de longe” (Moacyr Scliar), O
pequeno príncipe (Antoine de Saint-Exupéry).
Alguns alunos responderam na questão 9 “Os professores incentivam a
leitura?” apesar da maioria ter respondido que “sim”, alguns alunos
responderam que não são incentivados, um fato bem aborrecedor, afinal são
os professores que devem ser os maiores incentivadores para este ato. E com
relação a última pergunta “Os professores de quais matérias incentivam mais o
ato de ler”, 100% responderam que o professor de Língua Portuguesa é o que
mais incentiva a leitura, alguns ainda responderam que o professor de Língua
Inglesa também incentiva o ato de ler.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABCDislexia. http://www.abcdislexia.com.br/dislexia/fracasso-dos-jovens.htm .
Acesso: 01/05/2014.
CALVINO, I. Por que ler os clássicos. 2. ed. São Paulo: Companhia das
Letras, 2004.
MACHADO, Ana Maria. Como e por que ler os clássicos universais desde
cedo. Rio de Janeiro: Objetiva, 2002.