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Jogos Cooperativos Inclusivos

Incluir é aprender com as Diferenças!

Ilmo. Sr. Vereador José Osmar Junior


Presidente da de Vereadores de Guaranésia - MG

Caro Vereador,
Conforme definimos em nossa reunião recente, estamos enviando apresentação de proposta
para o desenvolvimento de ações socioeducativas, utilizando jogos cooperativos inclusivos:

1. APRESENTAÇÃO
Durante anos vem se perguntando quais são os valores dos jogos INCLUSIVOS e de inteligência no
âmbito educacional, cognitivo, afetivo, cooperação, parceria e como esses valores
comportamentais constituídos nos jogos podem ser transferidos para outras áreas, como
desenvolvimento psicológico, desenvolvimento psicofísico, e evidentemente a área mais discutida
entre pesquisadores, educadores, neurologistas e psicólogos, a área comportamental e
socioeducativa. Como levar a todos as questões da acessibilidade de forma realmente interativa,
cooperativa e inclusiva?
O presente projeto responde a estes questionamentos e possibilita a ampliação desta prática entre
as crianças, jovem e idosa e, para tanto, é necessário dar um maior embasamento teórico-prático
para os professores, instrutores, monitores e participantes que deverão estar aptos a difundir e
trabalhar esta modalidade esportiva, cultural, científica e socioeducativa.
Assim, há a necessidade de uma breve explanação sobre os valores educacionais, socioeducativos e
de acessibilidade embutidos na prática dos jogos cooperativos inclusivos.

2. JUSTIFICATIVA
Caracterização do contexto – Seleção do problema e solução proposta.
Um dos conceitos fundamentais para que a prática dos jogos inclusivos progrida é a contribuição na
área socioeducativa que este pode proporcionar ao praticante. Os jogos cooperativos inclusivos são
jogos de inteligência e, nesta perspectiva, o jogo de Tabuleiro Libras, Tabuleiro Braille, Lixo Zero,
ODS Board Game e Empreendedorismo aparecem como os grandes protagonistas, pois a partir da
prática, o jogador consegue desenvolver várias habilidades, como enfatiza Partos:
“Pensamento lógico, poder de atenção e concentração, imaginação, criatividade, julgamento,
planejamento, imaginação, antecipação, vontade de vencer, paciência, autocontrole, o espírito de
decisão e a coragem, a inteligência e o interesse pelas línguas estrangeiras’’. PARTOS apud
FERRACINI (1998, pg. 37).

Além destas habilidades temos os jogos cooperativos inclusivos trabalhando questões


comportamentais e socioemocionais importantes que atendem a BNCC 2018 (Base Nacional
Comum Curricular): Estabelecer prioridades, negociação, diálogo, comunicação eficaz, parceria,
ansiedade, liderança, colaboração, metas individuais, metas coletivas, mediação, análise
comportamental de trabalho em equipe, administração do tempo e raciocínio estratégico.
Para Sá e Trindade (2005), ao praticar os jogos de Inteligência, incentiva-se o aprender a ser para
que possibilite aprender a viver juntos. Dentro deste contexto, busca-se o desenvolvimento integral
da pessoa, direcionado à busca do pensamento autônomo e crítico, para poder decidir sobre a
forma de agir em diferentes circunstâncias da vida, levando em consideração o outro e isso já é
uma preocupação social contemporânea.
Torna-se importante, então, fazer com que o indivíduo perceba as interdependências entre as
pessoas, seja capaz de gerir conflitos e respeitar os valores da pluralidade, condição fundamental
da sociabilidade, a qual deve ser enfatizada em seu convívio diário.
Howard Gardner desenvolveu a teoria das inteligências múltiplas, dentre elas temos:
Inteligência Lógica Matemática, Inteligência Linguística, Inteligência Espacial, Inteligência
Sinestésica, Inteligência Intrapessoal, Inteligência Interpessoal, Inteligência Musical, (GARDNER,
1994), Gardner destaca que o xadrez desenvolve a Inteligência Lógico-Matemática, bem como a
Inteligência Espacial.
Os jogos cooperativos inclusivos trabalham a inclusão de forma interativa, desfazendo qualquer
possibilidade de preconceito e/ou bullyng, pois as pessoas com deficiência são protagonistas em
todo e qualquer tipo de ação nas dinâmicas apresentadas.
Os jogos cooperativos inclusivos foram inspirados “estrategicamente” no xadrez e
pedagogicamente na BNCC 2018, de tal forma que possibilitam aplicação na cultura, lazer, esporte
e educacional contemplando o aprendizado e reconhecimento de todo o contexto de Gardner:
“A Inteligência Espacial é a habilidade para manipular formas ou objetos mentalmente e, a partir
das percepções iniciais, criar tensão, equilíbrio e composição, numa representação visual ou
espacial, ou seja, facilidade em observar uma matéria num determinado plano móvel”. (GARDNER,
1994, pg. 149) Para jogar os jogos de inteligência é necessário aprender a intuir, prever e, até
mesmo, visualizar, no campo abstrato, as jogadas futuras do seu adversário, tendo o praticante a
necessidade de se concentrar no tabuleiro e antever as jogadas sem que se mova nenhuma peça no
tabuleiro, somente utilizando a imaginação, fato este descrito por Gardner para o jogo de xadrez e,
cabe salientar, que o mesmo se atribui para os jogos de Dama, Tabuleiro Libras, Tabuleiro Braille,
Lixo Zero, Empreendedorismo e ODS Board Game:
“O xadrez também pode contribuir no desenvolvimento da Inteligência Lógico Matemática, que é a
habilidade para explorar relações, categorias e padrões, através da manipulação de objetos ou
símbolos, e para experimentar de forma controlada; é a habilidade para lidar com séries de
raciocínios, para reconhecer problemas e resolvê-los”. (GARDNER, 1994, pg.117).
Dentro dessa facilidade de se utilizar dos jogos de inteligência para fins científicos, aliado à vontade
de descobrir as contribuições intelecto-cognitivo desses jogos, muitos estudiosos comprovaram
inúmeros benefícios em seus estudos, e, assim, desenvolveram muitos conceitos significativos.
O processo de aprendizagem do Jogo de Xadrez, por exemplo, contribui para o desenvolvimento de
funções cognitivas, dentre elas o planejamento, o raciocínio lógico e a atenção (SÁ, 1988;
SAARILUOMA, 2001). Por serem inspirados no xadrez e enquadrados como jogos de inteligência, o
mesmo pode ser dito dos jogos cooperativos inclusivos. Os participantes da aprendizagem dos
jogos de inteligência devem valorar as consequências de seus lances, controlar impulsos, flexibilizar
estratégias e tomar decisões.
Estes componentes são conhecidos na neuropsicologia como Funções Executivas (FE). As funções
executivas são fundamentais nas atividades diárias do indivíduo, em sua organização e ajuste social
(DIAMOND, 2013; MORTON, 2013).
Distúrbios de aprendizagem e de comportamento e mesmo problemas emocionais advém do
precário desenvolvimento das funções executivas (MORTON, 2013). Projetos como o “Tools of
Mind” se utilizam de diversas ferramentas para o desenvolvimento das funções executivas, com
baixos custos e bons resultados (DIAMOND et al., 2007).
Pesquisas dentro da área das ciências cognitivas têm conseguido resultados satisfatórios com
diversos tipos de transtornos utilizando o jogo de xadrez, com ênfase nos ganhos com a
matemática (ANDRADE, 2017).
Com isso apresentamos o projeto ‘’JOGOS COOPERATIVOS INCLUSIVOS’’, visando desenvolver
atividades de cultura e esportes intelectuais aplicando o Aprender Brincando de forma totalmente
INCLUSIVA.

3. OBJETIVOS GERAIS
Desenvolver o pensamento lógico, abstrato e estratégico com base no aprender brincando de
forma temática, cooperativa e inclusiva levando o conhecimento da inclusão, acessibilidade e
sustentabilidade com foco nos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) para todos os
envolvidos nas ações socioeducativas.

4. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Desenvolver a prática dos jogos da inteligência, jogos cooperativos, inclusivos e temáticos;
• Criar formas de intervenções sociais planejadas, que criem situações desafiadoras, estimulam e
orientam os usuários na construção e reconstrução de suas histórias e vivências individuais,
coletivas e familiares;
• Desenvolver atividades com crianças, jovens e idosos através da prática dos esportes da mente.

5. OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL (ODS) ATENDIDOS


 Eixo Pessoas: ODS 3, ODS 4 e ODS 5;
 Eixo Planeta: ODS 6 e ODS 12;
 Eixo Prosperidade: ODS 8, ODS 9, ODS 10 e ODS 11;
 Eixo Paz: ODS 16;
 Eixo Parceria: ODS 17.

6. PESSOAS COM DEFICIÊNCIA ATENDIDAS


Serão atendidas as pessoas com deficiência nas 4 principais categorias elencadas pela Organização
Mundial da Saúde (OMS), sendo: Auditiva, Intelectual, Visual e Motora. Apesar de ser um projeto
que atende as pessoas com deficiência não significa que as pessoas SEM deficiência não possam ser
atendidas. O projeto é “Inclusivo” e todos podem participar.

7. PÚBLICO ALVO QUE PODE SER ATENDIDO


 Pessoas com deficiência (permitindo a inclusão e interação entre todos);
 Guias e familiares de pessoas com deficiência;
 Pessoas envolvidas com Interpretação e Libras (Língua Brasileira de Sinais);
 Familiares de pessoas com baixa, média ou alta complexidade;
 Pessoas que sofreram violência;
 Vítimas de trabalho infantil;
 Jovens e crianças fora da escola;
 Jovens que cumprem medidas socioeducativas;
 Idosos sem amparo da família e da comunidade;
 Pessoas sem acesso a serviços sociais;
 Pessoas inseridas no Cadastro Único;
 Estudantes de escolas públicas, atendidos pelo Bolsa Família;
 Comunidades e coletivos.

8. DESAFIOS
Superação das desigualdades sociais por meio de uma pedagogia centrada no desenvolvimento da
autonomia, da emancipação e do empoderamento dos segmentos socialmente excluídos e
marginalizados, tais como, pessoas com deficiência, população de rua, crianças e adolescentes em
situação de vulnerabilidade, apenados, mas não se reduzindo a incluir ou inserir apenas os
segmentos marginalizados no mercado de trabalho, em programas de esporte, cultura e lazer para
reproduzirem o modelo de sociedade liberal, mas em formar sujeitos críticos que recusem o lugar
social no qual foram colocados, apoiando-se na concepção de uma educação fortemente social,
pautada na afirmação e efetivação dos direitos humanos, compromisso com a emancipação e
autonomia de cada sujeito em sua relação com a sociedade e a inclusão. A socioeducação se
orienta por valores de justiça, igualdade, fraternidade, entre outros, tendo como objetivo principal
o desenvolvimento de variadas competências que possibilitem que as pessoas rompam e superem
as condições de segregação, violência, de pobreza e de marginalidade que caracterizam sua
exclusão social. A prática da socioeducação deve abranger e fazer parte do processo de formação
de qualquer criança e adolescente devendo estar ao lado da educação formal, educação ambiental,
da educação profissional, e nas ações de socioeducação enquanto fundamentos teóricos,
conteúdos e nas metodologias requeridas para atuar em uma sociedade marcada por processos de
exclusão.
9. AÇÕES DE DESENVOLVIMENTO MÚTUO
 Ação 01 - Levar o conceito dos jogos cooperativos inclusivos para todos envolvidos;
 Ação 02 - Desenvolver dinâmicas que possam ser aplicadas nas várias faixas etárias;
 Ação 03 - Criar atividades recreativas como possibilidade de aprendizagem lúdica (Aprender
Brincando);
 Ação 04 - Ministrar Cursos, palestras e formação de profissionais regionais e habilitá-los a
trabalharem com o objeto do presente projeto.

10. METODOLOGIA
O projeto “JOGOS COOPERATIVOS INCLUSIVOS’’ será desenvolvido por pessoal especializado das
áreas de educação dos Esportes da Mente (jogos de inteligência), sendo uma proposta
interdisciplinar fundamentado em um planejamento criterioso, podendo ser trabalhado
simultaneamente em várias frentes, de forma transdisciplinar, tais como na prática esportiva,
atividades socioeducativas, educação artística, leitura, matemática, no estudo de línguas,
empreendedorismo, inclusão, acessibilidade e sustentabilidade.
O projeto será focado na implantação dos jogos cooperativos inclusivos selecionados com aulas,
oficinas, palestras, atividades motivadoras, dinâmicas de cooperação e correlação com os Objetivos
de Desenvolvimento Sustentável. Serão atividades que ocorrerão por módulos e a agenda de
execução será efetuada em conjunto com as secretarias e/ou administrações envolvidas,
compreendendo aulas, oficinas, palestras e eventos, tais como “Dicas do Mestre”, “simultâneas”,
minitorneios, atividades recreativas, cooperativas, inclusivas, motivadoras, debates e apresentação.
Haverá formação de multiplicadores, por meio de cursos, palestras, oficinas e dinâmicas que serão
selecionados em conjunto, conforme a disponibilidade e necessidade de cada um.

11. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL - EQUIPE


A equipe será constituída de acordo com o porte e alcance do projeto a ser implementado.

12. PLANO DE TRABALHO


Cada torneio poderá ser executado em 3 dias, sendo as datas escolhidas pela secretaria e/ou
administração vigente com datas combinadas antecipadamente.
13. ROTEIRO DE EXECUÇÃO

 Apresentação para secretarias e administrações envolvidas;


 Agendamento de datas para execução;
 Treinamento e capacitação dos multiplicadores participantes;
 Início de Torneios e classificação por tabela de pontos;
 Entrega de premiações, certificados e materiais;
 Finalização e fotos de entrega.

14. MATERIAL DOS JOGOS COOPERATIVOS INCLUSIVOS


 Tabuleiro Libras - 05 Kits*
 Tabuleiro Braille 3D - 02 Kits*
 ODS Board Game - 02 Kits*
 Cartas Libra e Braile – 10 Jogos*

*quantidades consideradas mínimas para implantação de projeto piloto

Estamos à disposição para elaborarmos uma proposta sob medida para as necessidades de
Guaranésia.

Atenciosamente,

Carlos Eduardo Macedo Ivan Soares David


Consutor Cultural
REFERÊNCIAS
a) ANDRADE, L. P. O Uso Do Xadrez como Ferramenta de Desenvolvimento Cognitivo de Crianças.
Pedagogia em Ação, Belo Horizonte, v. 9, n. 1, 2017.
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d) FERRACINI, L.G. Xadrez no currículo escolar: ensinando xadrez para crianças a partir dos 3 anos
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f) GONÇALVES, P. D., OMETTO, M., BECHARA, A., MALBERGIER, A., AMARAL, R., NICASTRI, S.,
MARTINS, P. A., BERALDO, L., DOS SANTOS, B., FUENTES, D., ANDRADE, A. G., BUSATTO, G. F.,
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g) HUIZINGA, Johan. Homo Ludens: o jogo como elemento da cultura. 7ª ed. São Paulo:
Perspectiva; 2012.
h) MORTON, J. B. Estimulação cognitiva (funções executivas) – Síntese. In: TREMBLAY, R. E.; BOIVIN,
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França, 1988.
j) SÁ, A, V. M., TRINDADE, W. J. O xadrez como instrumento pedagógico: manifesto pela sua
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l) Katie Salen e Eric Zimmerman. Regras do Jogo. Fundamentos do Design de Jogos. Editora Blucher.
Volume 1.
m) Katie Salen e Eric Zimmerman. Regras do Jogo. Fundamentos do Design de Jogos. Editora
Blucher. Volume 2.
n) Katie Salen e Eric Zimmerman. Regras do Jogo. Fundamentos do Design de Jogos. Editora
Blucher. Volume 3.
o) Katie Salen e Eric Zimmerman. Regras do Jogo. Fundamentos do Design de Jogos. Editora
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p) Alexander Osterwalder e Yves Pigneur. Business Model Generation. Inovação em Modelos de
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q) Carlos Ohde. Economia Circular. Um modelo que dá impulso à economia, gera empregos e
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