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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

ESCOLA DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL - DESA

TRABALHO PRÁTICO 1
SISTEMAS DE ESGOTAMENTO INDIVIDUAIS

Ana Carolina Rocha 2013430722

Deborah Martins 2012021071

Leonardo Clark 2013026000

Ryane Moreira 2011021132

Talita de Oliveira 2013026255

BELO HORIZONTE
2017
1. Introdução

No presente trabalho foram dimensionados dois tipos de sistemas de tratamento e


disposição final de esgotos sanitários: Tanque Séptico + Sumidouro e Tanque Séptico +
Filtro Anaeróbio.

Os sistemas de esgotamento citados anteriormente foram desenvolvidos para uma


fábrica com área total de 5000m², sendo a área disponível para o sistema de tratamento
de esgoto é de 500 m². As características consideradas para o dimensionamento foram:

 Contribuição de esgoto advinda de 100 funcionários e de restaurante que serve


50 refeições/dia na fábrica;
 Intervalo de limpeza do tanque séptico de 1 ano;
 Temperatura média anual de 22ºC;
 Coeficiente de infiltração do solo, medido no local, de 60L/m².d.

2. Área selecionada

A área selecionada para a realização do trabalho pode ser observada na Figura 1 em


anexo. Possui a maior declividade na região escolhida para ser a entrada da fábrica. A
área ao fundo do terreno, no canto esquerdo, foi destinada ao sistema de esgotamento.

A área da fábrica dispõe, além do local do sistema de esgotamento, o galpão destinado a


todos os processos produtivos, ao lado uma área coberta para estacionamento e ao fundo
o restaurante. Tanto o galpão quanto o restaurante possuem dois banheiros cada um. A
planta da rede de esgoto, bem como a disposição das edificações podem ser observadas
na Figura 2 em anexo. Os perfis da rede de esgotamento entre os pontos de geração e a
unidade de tratamento podem ser observados nas Figuras 3 e 4 em anexo.

3. Dimensionamento das unidades de tratamento

3.1 Tanque Séptico

Para o dimensionamento do tanque séptico utilizou-se as especificações da NBR nº


7.229/1993. O tanque séptico adotado para este caso foi o circular e o cálculo do
volume útil foi realizado pela equação abaixo:

𝑉 = 1000 + 𝑁(𝐶 ∗ 𝑇 + 𝐾 ∗ 𝐿𝑓 )

Onde: V = Volume útil, em litros; N = Número de pessoas ou unidades de contribuição;


C = Contribuição de despejos, em litro/pessoa.dia ou em litro/unidade.dia; T = Período
de detenção, em dias; K = Taxa de acumulação de lodo digerido em dias, equivalente ao
tempo de acumulação de lodo fresco; Lf = Contribuição de lodo fresco, em
litro/pessoa.dia ou em litro/unidade.dia ou em litro/unidade.dia;

Para definir a contribuição de esgotos (C) e de lodo fresco (Lf) foi utilizada a Tabela 1,
que indica os valores de C e Lf de acordo com o tipo de ocupação. Neste caso, foi
utilizado C = 70 l/pessoa.dia e Lf = 0,30 l/pessoa.dia para a fábrica e C = 25
l/refeição.dia e Lf = 0,10 l/refeição.dia para o restaurante.

Tabela 1: Contribuição diária de esgoto (C) e de lodo fresco (Lf) por tipo de prédio e de
ocupante

Dessa forma, a contribuição de esgotos e lodo fresco foi calculada abaixo:

𝑁 ∗ 𝐶 = 𝑁𝑓𝑎𝑏𝑟𝑖𝑐𝑎 ∗ 𝐶𝑓𝑎𝑏𝑟𝑖𝑐𝑎 + 𝑁𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎𝑢𝑟𝑎𝑛𝑡𝑒 ∗ 𝐶𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎𝑢𝑟𝑎𝑛𝑡𝑒

𝑁 ∗ 𝐶 = 100 ∗ 70 + 50 ∗ 25 = 8250 𝑙

𝑁 ∗ 𝐿𝑓 = 𝑁𝑓𝑎𝑏𝑟𝑖𝑐𝑎 ∗ 𝐿𝑓 𝑓𝑎𝑏𝑟𝑖𝑐𝑎 + 𝑁𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎𝑢𝑟𝑎𝑛𝑡𝑒 ∗ 𝐿𝑓 𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎𝑢𝑟𝑎𝑛𝑡𝑒

𝑁 ∗ 𝐿𝑓 = 100 ∗ 0,30 + 50 ∗ 0,10 = 35 𝑙

A partir disso, pôde-se definir o período de detenção de acordo com a contribuição de


esgotos (Tabela 2). Para o valor de contribuição calculado, o tempo de detenção é de
0,58 dias ou 14 horas.
Tabela 2: Tempo de detenção do efluente no tanque séptico.

O valor da taxa de acumulação de lodo digerido em dias, equivalente ao tempo de


acumulação de lodo fresco (K) foi definido pela Tabela 3, a partir da temperatura
ambiente e o intervalo de limpeza. Para a temperatura de 22ºC e um intervalo de
limpeza de 1 ano, o valor de K é de 57.

Tabela 3: Valores de K.

Obtido todos os dados necessários, calculou-se o volume útil.

𝑉 = 1000 + 𝑁(𝐶 ∗ 𝑇 + 𝐾 ∗ 𝐿𝑓 )

𝑉 = 1000 + (8250 ∗ 0,58) + (35 ∗ 57)

𝑉 = 7780 𝑙 = 7,78 𝑚³

A partir do volume útil, calculou-se a área da base do tanque séptico e,


consequentemente, o raio e diâmetro da unidade. A profundidade útil (h) para o volume
útil de 7,78 m³ deve estar na faixa de 1,50 a 2,50 m, então optou-se por um h = 2,0 m.

𝑉 = 𝐴𝑏 ∗ ℎ

7,78 = 𝐴𝑏 ∗ 2
𝐴𝑏 = 3,89 𝑚²

𝜋𝑟 2 = 3,89 𝑚2

𝑟 = 1,113𝑚

𝑑 = 2,226𝑚 ~ 2,25𝑚

Portanto, o tanque séptico em questão conta com câmara única com diâmetro de 2,25 m,
profundidade útil de 2,0 m e altura interna total de 2,25 m (Figura 5, em anexo).

3.2 Filtro Anaeróbio

O filtro anaeróbio de tipo circular com entrada única de esgoto seguiu as instruções da
NBR 13.969/1997 e conta com canaleta de coleta de efluente de 0,10 m, meio filtrante
de 0,60 m e fundo falso, incluindo espessura da laje, de 0,60 m. O fundo falso do filtro
tem aberturas de 2,5 cm a cada 15 cm.

O volume útil foi calculado pela seguinte equação:

𝑉 = 1,60 ∗ 𝑁 ∗ 𝐶 ∗ 𝑇

Onde: V = Volume útil do leito filtrante em litros; N = Número de contribuintes; C =


Contribuição de despejos, em litros/pessoa.dia; T = Tempo de detenção hidráulica, em
dias.

Os valores de todas as variáveis da equação já foram definidos para o dimensionamento


do tanque séptico, no item anterior.

𝑉 = 1,60 ∗ 8250 ∗ 0,58

𝑉 = 7656 𝑙 = 7,656 𝑚³

A seção horizontal do filtro anaeróbio foi calculada pela equação abaixo:

𝑉
𝑆=
𝐻
Onde: V = Volume útil calculado em m³; S = Área da seção horizontal em m²; H =
Atura útil do filtro anaeróbio.

A altura útil do filtro anaeróbio utilizada para o cálculo foi de 1,30 m, que inclui a
canaleta de coleta de efluente (0,10 m), meio filtrante (0,60 m) e fundo falso com
espessura da laje (0,60 m).

7,656
𝑆= = 5,89 𝑚²
1,30

𝜋 ∗ 𝑟² = 5,89

𝑟 = 1,36m
𝑑 = 2,75𝑚

Dessa forma, o diâmetro calculado para o filtro anaeróbio é de 2,75 m. A planta e o


corte do filtro podem ser observados na Figura 6, em anexo.

3.3 Sumidouro

No local do empreendimento, o coeficiente de infiltração do solo é igual 60 L/m².d,


conforme se pode observar na Tabela 4Erro! Fonte de referência não encontrada. do Manual de
Saneamento da FUNASA. Esse tipo de solo tem absorção relativa média vagarosa, por
isso foi adotado sumidouro cilíndrico sem enchimento.

O sumidouro será construído com paredes de alvenaria com aproximadamente 0,20 m


de espessura e no fundo tem-se uma camada de 0,50 m de brita nº 3. O sumidouro
também possui uma laje em concreto armado de cerca de 0,60 m, que possui uma
abertura de inspeção de fechamento hermético. O sumidouro atende a distância mínima
de 1,50 m do lençol freático.

Tabela 4: Coeficiente de infiltração e absorção relativa dos diferentes tipos de solo.

Fonte: FUNASA, 2015.

Para o dimensionamento do sumidouro, aplicou-se a seguinte equação:

𝑁∗𝐶
𝐴=
𝐶𝑖𝑛𝑓

Onde: A = Área de infiltração (paredes verticais) (m²); N = Número de


pessoas/unidades contribuintes (hab.); C = Contribuição per capita de esgoto (L/hab.d);
Cinf = Coeficiente de infiltração ou percolação (L/m².d).
8250
𝐴= = 137,5 𝑚²
60
Adotando-se um h = 2,8m:

𝜋 ∗ 𝐷²
𝐴 =𝜋∗𝐷∗ℎ+
4
137,5 = 8,8𝐷 + 0,78𝐷²

𝐷 = 8,78𝑚

O diâmetro calculado para a área de 137,5 m² é muito superior ao recomendado, e, por


isso, optou-se por adotar 4 sumidouros. Dividindo a área total necessária em 4
sumidouros obteve-se uma área de 34,375 m² e um diâmetro de 3,07 m para cada
sumidouro (Figura 7, em anexo).

3.4 Sistema de esgotamento

Como mencionado anteriormente foram dimensionados dois sistemas de esgotamento


diferentes. O primeiro deles é composto por uma unidade de tanque séptico seguido por
sumidouros. Adotou-se 4 unidades de sumidouros e como é necessário uma unidade
reserva para cada sumidouro, devem ser construídos 8 sumidouros no total. O lençol
freático no local do sistema se localiza a 1,50 metros do fundo do sumidouro, não
acarretando problema de contaminação do aquífero por meio desses.

O segundo sistema é composto por uma unidade de tanque séptico e uma unidade de
filtro anaeróbio. O efluente tratado que sai do filtro anaeróbio será lançado em um curso
d’água próximo ou infiltrado no solo.

Algumas caixas de passagem com profundidade de 50 cm foram posicionadas entre as


unidades, para que a tubulação não faça curvas. Para as redes de ligação entre as
unidades foram adotados tubos com diâmetro de 100 mm. A declividade utilizada para
calcular os níveis de assentamento das tubulações de ligação entre as unidades foi de
0,010 m/m.

Tanto a planta quanto o perfil dos dois arranjos estão apresentados nas Figuras 8 e 9, em
anexo.

4 Custos

A estimativa de custos foi feita para as unidades moldadas in loco e pré-fabricadas.

Para as unidades moldadas in loco, os valores utilizados foram baseados no SINAPI


(Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da construção civil) de março de
2017. Os materiais escolhidos foram baseados no manual de saneamento da Funasa.

A tabela abaixo apresenta a quantidade utilizada de cada produto e o valor final


estimado.
Tabela 5: Preços estivados para cada unidade moldados in loco

UNIDADE QUANTIDADE PREÇO VALOR FINAL


Bloco de concreto
1.147,20
20x30x601
TS 1.482,2
Concreto para tampa e
335,00
fundo
Bloco Cerâmico furado
1.030,63
19x19x392
SUMIDOURO Brita nº 4 237,14 1.904,28
Concreto para tampa e
636,51
fundo3
Bloco Cerâmico furado
552,19
19x19x39
FA Brita nº4 444,33 1.494,84
Concreto para tampa e
498,32
fundo
1
Alvernaria com blocos de concreto celular 20x30x60 cm, espessura 20 cm, assentados com argamassa
traço 1:2:9 (cimento, cal e areia) preparo manual
2
Alvenaria de vedação de blocos cerâmicos furados na vertical de 19x19x39 cm (espessura 19 cm) de
paredes com área líquida maior ou igual a 6 m2 com vãos e argamassa de assentamento com preparo
manual.

Tabela 6: Preço estimado para os sistemas moldados in loco

SISTEMAS VALOR TOTAL


TS + SUMIDOURO 3.386,48
TS + FILTRO ANAERÓBIO 2.977,04

Para as unidades pré-moldadas não foi possível obter os valores da Biofibra e Rotogine,
indicadas pelo professor. Por isso, foram utilizados valores de outro fornecedor,
Acqualimp, para podermos comparar com as unidades moldadas in loco.

Para os cálculos, foram utilizados os volumes estabelecidos para o projeto. O fornecedor


não possui unidades com volume maior que 3000 litros para TS e maior que 5.000 litros
para FA, por isso foram calculados mais de uma unidade em paralelo para obter o
volume do projeto. Não é a forma mais adequada, porém foi feita apenas para efeito
comparativo no projeto.

O TS tem um volume de 7.780 litros, para a estimativa do valor foram utilizadas 2


unidades de 3000 litros, 1 unidade de 1300 litros e 1 unidade de 600 litros. O Filtro
anaeróbio tem um volume de 7.656 litros e foram utilizados 1 unidade de 5.000 litros e
1 unidade de 2.800 litros. Para o sumidouro não foi encontrado valores de peças pré-
moldadas.

Comparando as unidades moldadas in loco e pré-moldadas, verifica-se que a primeira


opção é a mais barata, porém a unidade pré-moldada demanda menos tempo, por esse
motivo, muitas vezes as unidades pré-moldadas são escolhidas.
A tabela abaixo apresenta o valor final para cada unidade.
Tabela 7: Valores estimados para as unidades pré-moldadas

UNIDADE PREÇO VALOR FINAL


Unid. 3.000 litros 13.361,8
TS Unid. 1.300 litros 1.790,0
Unid. 600 litros 1.390,9
SUMIDOURO
Unid. 5.000 litros 4.385,00
TA
Unid. 2.800 litros 2.470,00

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 13969: tanques sépticos - unidades de


tratamento complementar e disposição final dos efluentes líquidos - projeto, construção
e operação. Rio de Janeiro, 1997. 60 p.

BRASIL/FUNASA. Manual de Saneamento. Cap. 3: Esgotamento sanitário. Fundação


Nacional de Saúde, 3ª edição, p. 153-226, 2006. Disponível em:
<http://www.feis.unesp.br/Home/departamentos/engenhariacivil/pos-graduacao/funasa-
manual-saneamento.pdf> Acesso em 04 de maio

Fundação Nacional de Saúde. Manual de Saneamento. 4ª ed. Brasília: Fundação


Nacional de Saúde, FUNASA. 2015.

Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da construção civil – SINAPI, 2017.


Disponível em: <http://www.caixa.gov.br/site/paginas/downloads.aspx#categoria_556>.
Acesso em 04 de maio

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