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MEDIDAS DE
DESIGUALDADE P2
Prof. Fernando Pozzobon
fernando.esag@gmail.com
SÓ PARA ILUSTRAR...
KUZ
NETS
http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-
setti/tag/indice-de-gini/
A curva parte da origem (0,0) e termina no
ponto (100,100). Se a renda estivesse
distribuída de forma perfeitamente equitativa,
a curva coincidiria com a linha de 45 graus que
passa pela origem (por exemplo, 30% da
população recebe 30% da renda). Se existisse
desigualdade perfeita, ou seja, se uma pessoa
detivesse toda a renda, a curva coincidiria com (100,100)
o eixo das abscissas até ao ponto (100,00), de %
onde iria até o ponto (100,100). d
a
Em geral, a curva se encontra numa situação r
intermediária entre esses dois extremos. Se e
uma curva de Lorenz se sobrepõe a outra (e, n
por conseguinte, mais próxima da linha de 45 d
graus), pode-se dizer que a primeira exibe a
menor desigualdade que a segunda. Esta (0,0) % da pop.
comparação gráfica entre distribuições de
domínios geográficos distintos ou temporais é
o principal emprego das curvas de Lorenz. A
área “a” é chamada de “área de
desigualdade”.
Fonte: AZEVEDO - Avaliando a Significância Estatística da Queda na Desigualdade no Brasil
CURVA DE LORENZ: UM EXEMPLO
NUMÉRICO
Os dados da PNAD de 2003 mostraram as distribuições
das pessoas ocupadas conforme a renda obtida na
atividade exercida. São classificadas em 8 estratos.
Estrato Porcentagem no Porcentagem acumulada
Estrato
Da Da renda Da população Da renda total (100
população total (100p) q)
I 30 7 30 7
II 20 9 50 16
III 20 13 70 29
IV 10 10 80 39
V 10 16 90 55
VI 5 13 95 68
VII 4 19 99 87
VIII 1 13 100 100
Desigualdade
Distribuição A Distrubuição B Distribuição C Distribuição Perfeita Extrema
Acumulad Acumulad Acumulad Acumulad Acumulad
a a a a a
1 3 3 1 1 1 1 10 10 0 0
2 6 9 2 3 1 2 10 20 0 0
3 7 16 3 6 1 3 10 30 0 0
4 8 24 4 10 9 12 10 40 0 0
5 9 33 5 15 9 21 10 50 0 0
6 12 45 15 30 15 36 10 60 0 0
7 13 58 16 46 15 51 10 70 0 0
8 13 71 17 63 15 66 10 80 0 0
9 14 85 18 81 15 81 10 90 0 0
10 15 100 19 100 19 100 10 100 100 100
100
Distribuição A Acumulada
90
Distrubuição B Acumulada
80
Distribuição C Acumulada
50
40
P A
E
30
C
B
20
10
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
OUTRAS CARACTERÍSTICAS...
Ademais, ela é convexa com relação ao eixo
horizontal, não sendo afetada por mudanças
proporcionais na distribuição da renda.
Outra característica da curva de Lorenz é a
A
Lorenz é B, então o
coeficiente de Gini é igual a
A/(A+B=0,5):
G
A
0,5
2 A B
Como 0 ≤ A ≤ 0,5;
temos 0 ≤ G ≤ 1
O número de Gini é
adimensional
ÍNDICE DE GINI NO MUNDO
GINI Brasil
ÍNDICE DE GINI NO BRASIL (2011)
Fonte: IPEA in < http://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_
content&view=article&id=6227&Itemid=1>
CALCULANDO ÍNDICE DE GINI...
À medida que o número de quantis em que dividimos a
população cresce, a curva de Lorenz se torna mais contínua.
Ainda assim, é possivel que o número de quantis seja sempre
mensurável.
X4=2
X5=4
X6=8
X7=13
X8=20
Populaçã
pi Xi SomaXj b B B+b
o
1 0.125 1 1 0.02 0.02 0.02
8 1 20 50 0.4 1 1.6
RESOLVER
Imagine uma população de 5
pessoas.
A renda apropriada por cada
pessoa é, respectivamente,
de 1, 4, 5, 7 e 8. Construa a
Curva de Lorenz e obtenha o
índice de Gini para estaPopu
lação
pi Xi
Som
aXj
r ri
ri
acu
m
distribuição.
1 0.2 1 1 0.04 0.04 0.04
5 1 8 25 0.32 1 1.68
Considere uma população com n
pessoas em que a renda de m
(com m<n) pessoas é igual a zero
e a renda total é equitativamente
distribuída entre as n-m pessoas
restantes. Mostre que o índice de
Gini da distribuição de renda
nessa população é
m
G
n
LEITURA COMPLEMENTAR...
SOARES, Sergei S.D., O RITMO DE QUEDA NA DESIGUALDADE
NO BRASIL É ADEQUADO? EVIDÊNCIAS DO CONTEXTO
HISTÓRICO E INTERNACIONAL, TEXTO PARA DISCUSSÃO No 1339
– IPEA, Brasília, maio de 2008.