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2019
FICHAMENTO
Págs. 55 - 74
b2) Para o autor, a concepção de Estado não pode ser determinada por
seus fins, uma vez que praticamente não existem funções das quais
agrupamentos políticos nunca tenham se apropriado. Isto posto, Weber
afirma que, sociologicamente, o Estado (e os agrupamentos políticos no
geral) deve ser definido por seu meio que lhe é característico e particular:
o uso da coação física.
d3) O autor complementa que esse tipo de indivíduo que é político por
vocação não representa a única figura decisiva no processo de luta
pelo poder, sendo determinante a essência dos meios que os “homens
políticos” portam para afirmar sua autoridade.
• PARTE III – O estado-maior administrativo e os meios
materiais de gestão (§ 12-17)
Weber ainda constata que o Estado moderno tende a unir sob um único
comando (o do chefe soberano) a somatória de todos os meios políticos
de gestão. Assim sendo, o autor consuma que o Estado moderno priva
os trabalhadores burocráticos dos meios de gestão.
b1) De acordo com Weber, viver “para” política é fazer dela a finalidade
de sua vida, seja por desfrutar do poder que ela confere ou por encontrar
significado e depositar valores pessoais nela, defendendo uma causa.
b2) Por outro lado, viver “da” política significa entende-la como uma
permanente fonte de renda.
b3) Weber esclarece que as duas maneiras de se fazer política não são
mutuamente exclusivas e que, comumente, as duas são praticadas
simultaneamente.
b4) O autor afirma que o indivíduo que vive exclusivamente “para” política
deve ser economicamente autônomo dos benefícios que a política pode
lhe oferecer, tendo riquezas individuais que lhe assegurem rendimentos
que supram suas necessidades. Ademais, o homem político deve ser
“disponível”, ou seja, que necessite trabalhar em outra função (investindo
seu tempo) constantemente para obter seus bens. Nem o operário, nem
o homem moderno de negócios, nem os profissionais liberais estão
disponíveis em tal sentido. Dessa forma, recrutar para classe política
indivíduos que vivam exclusivamente “para” política implicaria na
formação de uma plutocracia.
b5)A distinção feita entre esses dois tipos de vivencia política não significa
dizer que a direção plutocrática não almeje obter benefícios do poder com
a finalidade de viver também “da” política. A clivagem feita por Weber tem
a intenção apenas de sublinhar que muitos homens políticos não
necessariamente cogitam o pagamento pelo serviço político, enquanto os
indivíduos das camadas mais pobres devem, obrigatoriamente,
considerar tal aspecto.