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Mito da caverna

Por William Godoy

O mito da caverna (ou alegoria) é uma história apresentada pelo filósofo grego Platão em seu livro
A República. Nas suas palavras, através dela queria comparar “o efeito da educação e a falta dela na nossa
natureza”. Ou seja, o que acontece quando uma pessoa que não tem conhecimento passa a ter
conhecimento, sobretudo conhecimento filosófico. A história está descrita como um diálogo entre Glauco
e Sócrates, o professor de Platão.
Os prisioneiros na caverna
Representação do mito da caverna, por Markus Maurer.
Veja os prisioneiros acorrentados na caverna, olhando as
sobras enquanto homens passam carregando objetos atrás de
um muro.
Platão começa fazendo com que Sócrates peça a Glauco
que imagine uma caverna onde as pessoas estão presas desde
o nascimento. Esses prisioneiros são acorrentados para que
suas pernas e pescoços fiquem presos, obrigando-os a olhar
sempre para a parede à sua frente. De modo que jamais viram
outra coisa além do fundo da caverna
Atrás dos prisioneiros, na entrada da caverna, há fogo, e
entre o fogo e os prisioneiros há um pequeno muro, atrás da
qual as pessoas andam carregando objetos, animais e fazendo
coisas variadas. Os prisioneiros não conseguem ver nada do
que está acontecendo atrás deles, só conseguem ver as
sombras lançadas sobre fundo da caverna à sua frente. Os
sons das pessoas falando ecoam nas paredes, e os prisioneiros
acreditam que esses sons vêm das sombras
Sócrates sugere que as sombras são vistas como reais pelos prisioneiros, porque nunca viram nada
além disso. Eles não percebem que o que veem são sombras de objetos que passam atrás do fogo, muito
menos que as coisas reais não são as sombras, mas os objetos reais fora da caverna.

A saída da caverna

Platão supõe então que um prisioneiro é libertado. Este prisioneiro olha em volta e vê o fogo. A luz
machuca seus olhos e torna difícil ver os objetos reais atrás do muro. Se lhe dissessem que agora está
vendo a realidade e não as sombras, certamente não acreditaria. Confuso, o prisioneiro iria querer voltar
a ver aquilo que está acostumado desde a infância: as sombras. Para ele, essas são mais claras, mais reais
do que os objetos reais para os quais tentou olhar sob a luz.
A seguir, Platão nos pede para supor que alguém arrastasse à força o prisioneiro para fora da
caverna, até a luz do sol. Nessa situação, o prisioneiro ficaria mais confuso ainda, perplexo e
completamente incapaz de ver tudo ao seu redor. Sentiria raiva e dor.
Mas esse é um estado passageiro. Pouco a pouco, o prisioneiro seria capaz de ver a realidade.
Primeiro, só conseguiria ver as sombras dos objetos. Depois, seria capaz de ver o reflexo das pessoas na
água, as próprias pessoas e demais coisas da natureza. Por seria capaz de ver as estrelas e a lua, até que
finalmente poderia olhar para o sol e perceber que ele é a origem de tudo.

O retorno à caverna

Platão continua o mito da caverna dizendo que o prisioneiro libertado chegaria à conclusão de que o
mundo fora da caverna é superior ao mundo que ele experimentou na caverna. Feliz com sua descoberta,
tentaria trazer consigo seus companheiros de prisão. Por isso, retorna à caverna.
O prisioneiro que retorna, e cujos olhos já se acostumaram com a luz do sol, fica cego quando se vê
em meio à escuridão. Por isso, já não é capaz de diferenciar as sombras projetadas no fundo da caverna.
Seus companheiros pensam que ficou louco e cego. Assim, temem ter o mesmo destino do amigo caso
saiam da caverna e recusam a isso. Platão conclui o mito da caverna de maneira sombria dizendo que os
primeiros matariam qualquer pessoa que tentasse libertá-los da escuridão.

Significados do mito da caverna


1. Teoria das ideias. Uma das formas de ler o mito da caverna é relacioná-lo à teoria das ideias ou
formas de Platão. Desse ponto de vista, o mito é uma representação daquilo que o filósofo pensava ser a
verdadeira realidade e sobre como conhecemos essa realidade.
2. A educação do filósofo. O mito, desse ponto de vista, descreve como se dá a educação do filósofo, da
ignorância ao conhecimento. Ou de maneira geral, o processo de se libertar da ignorância e conhecer a
verdade.
3. O governo dos filósofos. O filósofo é visto como o prisioneiro que, através do conhecimento é capaz
de se libertar das sombras e conhecer a verdadeira realidade. Em seguida, se sente na obrigação de
retornar aos seus companheiros para ajudar. Para Platão, na vida real essa ajuda significava se tornar o
governo da cidade. No livro A República, onde conta o mito da caverna, descreve como deve ser
organizada uma cidade perfeita. Uma de suas características é que seja governada por um filósofo, ao
invés de por toda a população de maneira democrática.
4. A morte de Sócrates. Platão aprendeu filosofia com Sócrates, um filósofo ateniense que foi morto em
399 a.c. Sócrates foi morto por causa da filosofia, porque provocava as pessoas a se libertar da “caverna”,
da ignorância e procurassem a verdade. O final do mito da caverna, quando fala da morte daqueles que
forçarem os prisioneiros a se libertar, pode ser vista como uma alusão à atitude dos atenienses, que
mataram aquele que queria forçá-los a sair da caverna.

Referências
PLATÃO. A República. São Paulo, Editora Scipione, 2002.

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