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Sumário
Introdução
1 Astronomia de posição 7
1.1 O universo 7
1.2 O sistema solar 7
1.3 A Terra 8
2 Geodésia 10
2.1 Histórico 10
2.2 Superfícies terrestres 11
2.3 Latitude e longitude 12
3 Referencial 12
3.1 Referencial Celeste 13
3.2 Referencia Terrestre 14
3.3 Referencial Altimétrico 14
4 Datum 15
4.1 Translação de sistemas 15
5 Influência da forma da terra nas medidas 16
5.1 Efeito da curvatura na distância 16
5.2 Efeito da curvatura na altimetria 17
5.3 Efeito da curvatura nos ângulos 17
5.4 Efeito da curvatura nos azimutes 18
5.5 Efeito da altitude nas distâncias 18
6 Escala 18
6.1 Erro de graficismo 18
6.2 Precisão da escala 18
6.3 Formatos de papel da série A 19
6.4 Escalas usuais 21
7 Topografia 22
7.1 Divisões - topometria - topologia 22
8 Áreas afins a topografia 22
9 Definições segundo a NBR 13.133 23
10 Monumentação de vértices 29
110 Posicionamento 29
12 Sistemas de posicionamento por satélites 30
12.1 Sistema GPS 30
12.2 Estrutura do GPS 31
12.3 Métodos de posicionamento por satélite 31
13 Rede de Referência Cadastral Municipal – RRCM 31
14 Sistema Topográfico Local – STL 32
15 Erros 33
15.1 Erros grosseiros 33
15.2 Erros sistemáticos 33
15.3 Erros acidentais 34
15.4 Ajustamento 34
16 Unidades de medidas 35
16.1 Medidas antigas 35
16.2 Unidades de medidas angulares 35
16.3 Prefixos do Sistema Internacional 35
17 Etapas de um Levantamento Topográfico - NBR 14645-1:2001 36
18 Medidas de distâncias 36
18.1 Métodos de obtenção de medidas lineares 36
18.2 Medidas eletrônicas de distâncias 37
19 Medidas angulares - horizontais - verticais 37
20 Direção Norte e Sul magnética e verdadeira ou geográfica 39
20.1 Rumos 39
20.2 Azimutes 39
21 Poligonais 40
21.1 Tipos de poligonais 40
21.2 Fechamento angular 40
21.3 Tolerância angular segundo a NBR 14645-1 40
21.4 Distribuição de erros 41
21.5 Cálculo dos azimutes 41
21.6 Cálculo das coordenadas parciais 41
21.7 Erro de fechamento linear 41
21.8 Correção de coordenadas parciais 42
21.9 Cálculo das coordenadas totais 42
21.10 Avaliação de área 42
22 Altimetria 44
22.1 Representação do relevo 44
22.2 Nivelamento 45
22.2.1 Nivelamento trigonométrico 45
22.2.2 Nivelamento geométrico 46
22.2.3 Nivelamento barométrico 48
23 Taqueometria 480
24 Locação e controle dimensional da obra 49
24.1 Controle geral 50
24.2 Curva horizontal 50
24.3 Curva vertical 52
25 Controle de recalque 53
26 Terraplenagem 53
27 Cartografia 54
27.1 Propriedade das projeções 54
27.2 Tipos de projeções 54
27.3 Projeção UTM 58
27.4 Projeção RTM e LTM 58
27.5 Transformação de coordenadas 58
27.6 Convergência meridiana 58
24.3 Coeficiente de deformação linear 58
28 Instrumentos 58
28.1 Teodolito, Estação Total e Nível 59
28.2 Condições de operação 59
28.2.1 Estação Total e Teodolito 59
28.2.2 Nível 61
28.3 Aceitação 61
28.3.1 Teodolitos 61
28.3.2 Níveis 62
28.3.3 Medidor Eletrônico de Distância 62
28.3.4 Estação Total 62
28.4 Recomendações 62
29 Segurança e medicina do trabalho 62
29.1 Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção 64
30 Bibliografia 66
Introdução
Equipe de topografia:
Prof. Me. Décio Moreira
Profa. Leila Meneghetti
Profa. Deise Dias do Nascimento Machado
Instrutor Maurício Gino Menduni Grossmann
1.1 O universo
É constituído pelo Sol e um imenso grupo de corpos celestes que o rodeiam, em que se
destacam os planetas, mas existem outros pequenos corpos tais como os planetas anões,
asteróides, transneptunianos e cometas.
Tem um diâmetro menor que um milésimo do ano-luz (da ordem de 7 bilhões de Km). Os
planetas descrevem órbitas em forma de elipses no movimento em torno do sol. A ordem de seu
afastamento do sol é:
Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano, Netuno e Plutão.
O sistema solar apresenta 3 movimentos principais: Translação do sistema, Rotação do sistema
(translação dos planetas) e Rotação dos planetas.
agosto2013 7
1.3 A terra
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Figura 1.1 Representação da eclíptica
Fonte: R. Boczko
Eixo de
Eclíptica: rotação
Trajetória anual PN
aparente
do Sol
a
tic
líp
Ec
Equad
or
Eclíptica
Sol
Afélio Periélio
A translação da terra em torno do sol é desenvolvida com uma velocidade média de,
aproximadamente, 30 Km/s. Quando ela está mais próxima do sol, por volta de 02 de janeiro, sua
velocidade é maior, enquanto que por volta de 02 de julho ela está mais afastada do sol e sua
velocidade é menor.
A órbita mede, aproximadamente, 940 milhões de quilômetros.
A distância média entre a terra e o sol é cerca de 150 milhões de quilômetros.
Em função da obliquidade da eclítica a incidência dos raios solares é diferente nos
hemisférios, ocorrendo às estações do ano (Figura 1.4).
a) Solstício: Ponto onde se registra a maior diferença entre o dia e a noite. O Sol atinge os
trópicos.
b) Equinócio: Ponto onde se registra a igual duração do dia e da noite (declinação nula).
Passagem da trajetória aparente do Sol do Hemisfério Sul Celeste para o Hemisfério Norte
Celeste.
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Figura 1.4 Estações do ano
2 Geodésia
2.1 Histórico
A forma da terra e os fenômenos que nela ocorrem sempre foram de interesse do homem.
O estudo sobre a geometria da terra era feito através da astronomia e com grandes
influências filosóficas e teológicas.
A geodésia ganha destaque durante a era grega quando Thales de Miletus (c.625 - c.545
a.C.) definiu a terra como um disco que flutuava no oceano.
Anaximander de Miletus (c.611-c.545 a.C.) acreditava que a terra era cilíndrica com eixo
orientado na direção leste-oeste, essa idéia permaneceu por séculos.
Anaximenes no sexto século a.C. modificou a idéia de Thales afirmando que a terra
flutuava em um finito oceano sustentado no espaço por ar comprimido. O sol e a lua eram discos
de fogo e giravam em torno da terra.
Pitágoras (c.580-c.500 a.C.) e seus discípulos foram os primeiros a acreditar que a terra
era esférica.
Os trabalhos realizados foram compilados por Philolaus que também foi o primeiro a
propor um Universo não geocêntrico centrado em Hestia (o fogo central) com o sol e todos os
outros corpos girando em órbitas circulares ao redor deste fogo.
Essa idéia foi modificada por Heracleides (c.388 - c. 315 a.C.) que propôs o movimento
da terra e outros planetas em torno do sol e afirmou que a terra girava em torno do seu próprio
eixo.
Eratóstenes (276 – 195 a.C), em Alexandria no Egito, foi o primeiro a apresentar as bases
científicas para estabelecer a forma e tamanho da terra. Mediu um arco de meridiano entre as
cidades egípcias de Alexandria e Syene (atual Assuã), em um dia de solstício de verão, chegando
a medida de 5000 stadias (148,5 m) resultando em 37.422 km a medida da circunferência da
terra.
O sistema geocêntrico foi definido por Ptolomeu (100 - 178 a.C.).
A esfericidade da terra foi confirmada por Aristóteles (384 - 322 a.C.) quando observou
fenômenos que mais tarde foram confirmados através dos efeitos da gravidade.
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As explorações realizadas no século XV por Colombo, Vasco da Gama e Magellan (volta
ao mundo entre 1519 e 1522) expandiram o conhecimento geográfico e o aprimoramento dos
mapas - cartografia.
O holandês Snellius (1591 - 1626) fez a primeira triangulação precisa e obteve para o
arco de 1º a medida de 55 021 Toesas.
O francês Picard em 1670 fez medidas com operações geodésicas modernas utilizando
lunetas com retículos, mediu uma triangulação entre Paris e Amiens (cidade próxima a Paris),
astronomicamente, e pela diferença de latitude obteve para o arco de 1º a medida de 57 060
Toesas (Toesa = 1,980 m) e para o raio da terra a medida de 6 372 km. Esta medida representa a
primeira melhora depois de Eratóstenes.
Quando Newton, no final do século XVII, formulou a lei sobre a atração gravitacional
universal, estabeleceu que a terra é achatada nos polos devido à força centrífuga causada pela
rotação, portanto a nova forma aceita é o elipsoide.
Estando aceita a figura da terra como um elipsoide de revolução achatado nos polos, o
problema estava na definição de uma unidade de medida que fosse aceita por todos.
Uma Lei de 1799 relacionou a unidade metro com a Toesa do Peru, assim a questão
passou a ser quanto à precisão do protótipo.
No início do século XIX, A.M. Legendre e C.F. Gauss desenvolveram a teoria de
ajustamento pelo Método dos Mínimos quadrados. Este método possibilitou verificar diferenças
de comprimentos obtidos geodesicamente e os obtidos astronomicamente.
As análises conduziram a afirmar que a terra não era um elipsoide e sim uma figura
irregular, mais tarde denominada geóide por J.B. Listing (1872).
A superfície escolhida para a representação da terra foi a que contém os oceanos.
Comparando toda a superfície da terra suas irregularidades são pequenas, assim o elipsoide de
revolução é a figura mais bem ajustada.
F.R. Helmert (1884) confirma que a forma da terra é uma superfície de nível que contém
os oceanos não perturbados e que seguem as leis da gravitação e força centrífuga produzida pelo
movimento de rotação. A aproximação é o elipsoide de revolução, com isso a superfície geoidal
é equipotencial.
O geóide é então definido como sendo uma superfície equipotencial que coincide com o
nível médio não perturbado dos mares.
A partir do primeiro satélite artificial lançado pela União Soviética em 1957, o Sputinik,
e o Vanguard pelos Estados Unidos, em 1958, a geodésia tomou novo impulso.
a) Modelo Real ou Superfície Terrestre: Este modelo representa a Terra tal qual ela se
apresenta na realidade, ou seja, sem as deformações que os modelos matemáticos apresentam.
b) Modelo Geoidal: Permite que a superfície terrestre seja representada por uma superfície
equipotencial definida pelo prolongamento do nível médio não perturbado dos mares (NMM)
para os continentes. Este modelo, evidentemente, irá apresentar a superfície do terreno
deformada em relação à sua forma e posição reais.
c) Modelo Elipsoidal: A Terra é representada por uma superfície gerada a partir de um elipsoide
de revolução, com deformações relativamente maiores que o modelo geoidal.
Onde:
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Figura 2.1 Superfícies da Terra
Altitude Altura
Ortométrica geométrica
Superfície Terrestre
H h
Geóide Elipsóide
Ondulação geoidal - N
H: altitude ortométrica
Distância de um ponto medida ao longo da vertical entre a superfície física e a sua projeção na superfície geoidal.
h: altitude geométrica, geodésica ou elipsóidica ou altura geométrica.
Distância de um ponto medida ao longo da normal ao elipsoide entre a superfície física e a sua projeção na superfície elipsoidal.
N: Ondulação geoidal ou altura geoidal
Distância medida ao longo da normal ao elipsoide entre a superfície elipsoidal e a geoidal. No site do IBGE - geociências – SGB, é
possível acessar o aplicativo MAPGEO e obter a ondulação geoidal para a localidade de interesse.
a) Equador: círculo máximo da Terra, cujo plano é normal à linha dos polos e divide a esfera
terrestre em hemisférios norte (setentrional) e sul (meridional).
b) Paralelos terrestres: círculos da esfera terrestre cujos planos são paralelos ao Equador. O
paralelo 2327’ ao norte é chamado de Trópico de Câncer e 2327’ ao sul Trópico de
Capricórnio.
c) Meridianos terrestres: círculos máximos passando pelos polos.
d) Latitude geográfica ou astronômica e geodésica ou elipsóidica ( ou ) de um ponto da
superfície terrestre é o ângulo formado pela vertical e normal, respectivamente, do lugar e o
plano do Equador. Sua contagem é feita com origem no plano do Equador e varia de 0º a 90º,
positivamente paro o norte (N) e negativamente para o sul (S) (Figura 2.2).
e) Longitude geográfica e geodésica ou elipsóidica () de um ponto da superfície terrestre é o
ângulo diedro formado entre o meridiano de Greenwich e o meridiano do lugar (aquele que passa
pelo ponto em questão). Sua contagem é feita de 0º a 180º, negativamente para oeste (W) e
positivamente para leste (E) (Figura 2.2).
3 Referencial
A Terra e os corpos celestes não são estáticos. Os fenômenos dinâmicos como: marés
oceânicas e terrestres, movimento do eixo de rotação, efeitos de carga oceânica sobre a crosta,
movimento dos planetas e dos satélites, comportamento do sistema Terra-Lua e outros, precisam
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ser estudados qualitativamente e quantitativamente. Esses estudos e definição de referenciais são
importantes, pois interferem nas atividades cotidianas dos seres do nosso planeta.
O referencial conveniente para esse fim deve ser estabelecido levando-se em conta o
conceito, a definição, a materialização e a densificação (Figura 3.1).
a) Conceito – O referencial ideal é aquele que se encontra em repouso ou em Movimento
Retilíneo Uniforme - MRU . O baricentro do sistema solar é um referencial ideal.
b) Definição – Princípios que fixam origens, orientações e eventuais escalas de sistemas de
coordenadas. A escolha de objetos fixos no espaço, chamados fiduciais, podem contribuir para o
estabelecimento de tais princípios.
c) Materialização – Implantar um conjunto de pontos sobre a superfície da Terra que permitam
fazer observações nos pontos fiduciais e estabelecer um sistema de referências de caráter global
com coordenadas de referência conhecidas.
d) Densificação – É o estabelecimento de redes com pontos materializados com espaçamento
menor, poucas dezenas de quilômetros, de interesse continental, nacional ou regional. Exemplo:
SIRGAS 2000 - Sistema de Referência Geocêntrico das Américas, RBMC – Rede Brasileira de
Monitoramento Contínuo.
Três associações internacionais estudam a definição e materialização de referenciais:
1) Associação Internacional de Geodésia – IAG
2) União Astronômica Internacional – IAU
3) União Geodésica e Geofísica Internacional – IUGG
Sol Topocêntrico
Heliocêntrico Geocêntrico
Baricêntrico
Terra
Antes da era espacial não havia homogeneidade nas referências e era difícil a interação
entre referenciais.
As coordenadas geográficas podem ser obtidas por observações astronômicas. As
coordenadas geodésicas adotam parâmetros de elipsoide diferentes em função do DATUM, por
exemplo, Córrego Alegre adota o elipsoide de Hayford e SAD69 adota o elipsoide da Associação
Geodésica Internacional.
Até hoje se busca a integração dos sistemas e a era espacial possibilita essa vinculação.
Inicialmente se determinava a posição através de fotografias do céu, depois, a partir de sinais
emitidos por satélites determinando a variação de frequência em função do tempo, o chamado
efeito Doppler, em seguida medidas feitas a partir de sistemas Laser sobre satélites artificiais ou
naturais (Lua), finalmente buscou-se medidas extragalácticas, VLBI, e observações de satélites
como o sistema NAVSTAR/GPS.
As informações dos satélites do sistema GPS são referenciadas ao chamado WGS84
(Word Geodesic System 1984) com parâmetros do elipsoide definido e aceito
internacionalmente.
IRP
IRM O
Y
EQUADOR
X
O Brasil e demais países da América do Sul adotam a altitude derivada dos desníveis,
corrigidos somente do não paralelismo das superfícies, com isso o sistema não é consistente para
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distâncias maiores que 10 km, dificultando a execução de obras de abrangência regional e
nacional.
Para distâncias até 10 km o nivelamento geométrico (procedimento para se determinar as
diferenças de nível) atende as necessidades da engenharia. Para distâncias maiores o nivelamento
precisa estar associado à gravimetria, pois as superfícies equipotenciais não são paralelas.
Uma alternativa para o problema é adotar outro sistema de altitudes que seja consistente,
por exemplo, o sistema de altitudes normais, que consiste em fazer o nivelamento geométrico e
medidas gravimétricas sobre as Referências de Níveis - RRNN, calculando-se os números
geopotenciais e a partir desses números a altitude é calculada com o valor médio da gravidade.
Para as obras de engenharia que envolve grandes distâncias esse procedimento resolve o
problema da altimetria, bem como o fechamento dos nivelamentos.
4 Datum
Denominação Córrego
SIRGAS 2000 WGS-84 SAD-69
usual Alegre
Internacional
Elipsoide GRS 80 GRS 80 GRS - 67
Hayford
a 6.378.137,00 6.378.137,00 6.378.160,00 6.378.388,00
b 6.356.752,31 6.356.752,31 6.356.774,72 6.356.911,95
1/f 298,2572235630 298,2572235630 298,25 297,00
Em muitos casos os estudos ou projetos são realizados tendo como base cartas com
diferentes data, portanto as correções devem ser feitas para que haja comunicação de dados e
informações. A mudança de datum é feita aplicando-se os valores de translação. Abaixo, na
figura 4.1, SAD 69 para SIRGAS2000.
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Figura 4.1 Diferenças entre data diferentes.
Y (WGS)
Y (SAD)
X (SAD) X (WGS)
SAD-69 --> WGS-84 (IBGE): SAD 69 - SIRGAS 2000
TX= -66,87 m ∆X = − 67,35 m
TY= 4,37 m ∆Y = + 3,88 m
TZ= -38,52 m ∆Z = - 38,22 m
Onde:
R = Raio da Terra
d = distância medida sobre a Terra
d
d’ = projeção de d no plano topográfico local
’
d d
ângulo central ou d R
R
d'
tg d' R tg
R
d d' d d R tg R
d3
d 3 R 2 d d3 1 d d2
2
d d d 3R d d 3R2
R 1
cos ou, transformando: h R 1
R h cos
1 2
Desenvolvendo em série tem-se: 1 ........
cos 2
d
Substituindo na expressão anterior e lembrando que
R
d2
2
2
2 2
2
2
h R 1 1 h R
h R h R R
2
2 2 2
d2 d2
h R h
2R 2 2R
Exercício: Para uma figura de 3 vértices e área de 10 km2, qual o excesso esférico?
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5.4 Efeito da curvatura nos azimutes
Na Terra plana, a direção Norte em diversos pontos é sempre paralela, enquanto que na
Terra esférica, a direção Norte converge para o pólo.
O ângulo (convergência de meridianos) pode ser calculado pela fórmula:
d
sen (em radianos)
R
onde: é a latitude do lugar e d é a distância em relação ao Meridiano Central
d
d0 d
do
R RH
H
Rd
d0
RH
α
R
d 0 R H
d
R
Exercício: Dada uma distância d = 8 km, medida na altitude de 1500 m, reduzí-la para o geóide.
6 Escala
É a relação constante entre o valor de uma medida no desenho (d) e sua correspondente
no terreno (D). Podem ser numéricas ou gráficas.
M = 1 natural
E = d / D = cte. Módulo da escala M = D / d M < 1 ampliação
M > 1 redução
p = eg . M
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6.3 Formatos de papel da série A (NB-8)
Exercício 1 – Determinar a escala para desenhar o perímetro apresentado na tabela 6.2 em uma
folha formato A4.
Tabela 6.2 - Exercício
COORDENADAS
PONTOS
X (m) Y (m)
A 158 74
B 76 43
C 64 22
D 32 53
E 48 70
F 102 82
Considerando “a” a medida útil do papel no sentido das abscissas (X) e “b” no sentido das
ordenadas (Y), determinar a escala provável para abscissas = Epx e a escala provável para
ordenadas = Epy. Para adoção da escala toma-se a de menor valor ou a que tiver o maior módulo
fazendo a devida aproximação para valores da classificação normal.
Essa Norma fixa as condições exigíveis para a localização e disposição do espaço para desenho,
espaço para texto e espaço para legenda, e respectivos conteúdos, nas folhas de desenhos,
conforme figura 6.1.
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Figura 6.1 – Apresentação da folha de desenho
Explanação
Instrução
Espaço
para o desenho Referências
Planta de situação
Tábua de revisão
Legenda
b) Instrução
Informações necessárias à execução do desenho. Quando são feitos vários desenhos em um
padrão, as instruções específicas são feitas próximas a cada desenho e as instruções gerais são
feitas no espaço para texto, tais como: lista de material, estado de superfícies, local de montagem
e número de peças.
c) Referências
Informações referentes a outros desenhos e/ou outros documentos.
d) Planta de situação
A planta de situação é localizada de forma que permaneça visível depois de dobrada a cópia do
desenho conforme padrão A4. Deve esquematizar a quadra com nome das ruas, indicação da
área e norte magnético ou verdadeiro.
e) Tábua de revisão
É usada para registrar a correção e/ou acréscimo feito no desenho depois dele ter sido aprovado
pela primeira vez. Deve ter informações sobre: designação da revisão, informação do assunto da
revisão, assinatura do responsável pela revisão e data. As dimensões são de largura menor ou
igual a 5 mm e comprimento maior ou igual a 100 mm.
III) Legenda
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7 Topografia
7.1 Divisões
7.1.1 Topometria - estudo dos métodos e processos para se obter medidas angulares e lineares.
Os principais instrumentos utilizados são: goniômetro (teodolito), diastímetro (trena), fita de
invar e medidor eletrônico de distância – MED, este acoplado ao teodolito constitui a Estação
Total. Divisões:
7.1.2 Topologia - Alguns autores definem como sendo a parte da topografia que estuda as
formas exteriores da superfície terrestre e as leis que regem seu modelado.
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consequente incorporação de todos os trabalhos de topografia em um mapeamento de referência
cadastral.
9.57 seção de nivelamento
trecho de nivelamento definido entre dois pontos de Referência de Nível (RN).
9.58 sistema de projeção topográfica ou sistema topográfico local (STL)
coordenadas plano-retangulares de abrangência limitada, vinculadas ao SGB, conforme descrito
na ABNT NBR 14166.
9.59 sistema de projeção Universal Transversa de Mercator (UTM)
representação cartográfica adotada pelo Sistema Cartográfico Brasileiro, recomendada em
convenções internacionais das quais o Brasil foi representado como entidade participante, cujas
características são:
a) projeção de Gauss, conforme, cilíndrica e transversa
b) decomposição em sistemas parciais, correspondentes aos fusos de 6° de amplitude, limitados
pelos meridianos múltiplos deste valor, havendo, assim, coincidência com os fusos da Carta
Internacional ao Milionésimo (escala 1:1 000 000)
c) coeficiente de redução de escala ko = 0,9996 no meridiano central de cada fuso (sistema
parcial)
d) origem das coordenadas planas, em cada sistema parcial, no cruzamento do equador com o
meridiano central
e) constantes acrescidas à origem: 10 000 000 m para o eixo das ordenadas, no Hemisfério Sul,
e 500 000 m para o eixo das abscissas
f) acréscimo da letra (N) e da letra (E) ao valor numérico das coordenadas planas, sem sinal,
significando, respectivamente, para norte e para leste
g) numeração dos fusos, que segue o critério adotado pela carta internacional ao milionésimo, ou
seja, de 1 a 60, a contar do antimeridiano de Greenwich, para leste.
NOTA Atualmente, a referência adotada é o SIRGAS 2000, época 2000,4.
9.60 Sistema Geodésico Brasileiro (SGB)
A definição, implantação, e manutenção do Sistema Geodésico Brasileiro (SGB) é de
responsabilidade do IBGE, assim como o estabelecimento das especificações e normas gerais
para levantamentos geodésicos, segundo o disposto no Cap. VIII do Decreto–Lei n.° 243, de 28
de fevereiro de 1967.
Para o desenvolvimento das atividades geodésicas, é necessário o estabelecimento de um sistema
geodésico que sirva de referência ao posicionamento no território nacional. A materialização
deste sistema de referência, através de estações geodésicas distribuídas adequadamente pelo país,
constitui-se na infraestrutura de referência a partir da qual os novos posicionamentos são
efetuados.
A definição do sistema geodésico de referência acompanha, em cada fase da história, o estado da
arte dos métodos e técnicas então disponíveis. Com o advento dos sistemas globais de navegação
por satélites (GNSS – Global Navigation Satellite Systems), tornou-se mandatória a adoção de
um novo sistema de referência, geocêntrico, compatível com a precisão dos métodos de
posicionamento correspondentes e também com os sistemas adotados no restante do globo
terrestre. Com esta finalidade, o novo sistema de referência geodésico para o SGB e para o
Sistema Cartográfico Nacional (SCN) é o Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas
(SIRGAS), em sua realização do ano de 2000 (SIRGAS2000). Para o SGB, o SIRGAS2000 pode
ser utilizado em concomitância com o sistema SAD 69. Para o Sistema Cartográfico Nacional
(SCN), o SIRGAS2000 também pode ser utilizado em concomitância com os sistemas SAD 69 e
Córrego Alegre, conforme os parâmetros definidos na Resolução IBGE - R.PR- 1/2005, de
25/2/05.
A coexistência entre estes sistemas teve por finalidade oferecer à sociedade um período de
transição antes da adoção do SIRGAS2000 em caráter exclusivo
Caracterização do SIRGAS2000:
• Sistema Geodésico de Referência: Sistema de Referência Terrestre Internacional -
ITRS (International Terrestrial Reference System)
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• Figura geométrica para a Terra:
Elipsóide do Sistema Geodésico de Referência de 1980 (Geodetic Reference System
1980 – GRS80)
Semi-eixo maior a = 6.378.137 m
Achatamento f = 1/298,257222101
• Orientação:
Pólos e meridiano de referência consistentes em ±0,005” com as direções definidas
pelo BIH (Bureau International de l´Heure), em 1984,0.
• Estações de Referência:
São 21 estações da rede continental SIRGAS2000, estabelecidas no Brasil e
constituem a estrutura de referência a partir da qual o sistema SIRGAS2000 é
materializado em território nacional e também a estação SMAR (Santa Maria – RS),
pertencente à Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo do Sistema GPS (RBMC),
cujas coordenadas foram determinadas pelo IBGE posteriormente à campanha GPS
SIRGAS2000.
• Materialização:
Estabelecida por intermédio de todas as estações que compõem a Rede Geodésica
Brasileira, implantadas a partir das estações de referência.
Obs.: Os data anteriores eram Córrego Alegre e SAD 69.
9.61 sistema hidrográfico
conjunto de drenagem natural constituído por elementos naturais ou construídos.
9.62 sistema viário
conjunto de vias interligadas entre si, formando uma rede.
9.63 subestação de energia (S/E)
estação secundária que transforma a corrente de uma central, distribuindo-a pelas linhas
acessórias dela dependentes, em uma rede elétrica.
9.64 Sumidouro
abertura profunda onde somem ou escoam as águas de um córrego ou rio.
9.65 Talude
terreno inclinado, cujo limite superior é denominado crista e o inferior é denominado pé.
9.66 Toponímia
designação dos lugares para a identificação textual das representações físicas.
9.67 torre de transmissão
construção utilizada como apoio de cabeamento de alta-tensão.
9.68 Trilha
caminho estreito que permite andar a pé ou a cavalo.
9.69 tubulação
sistema de tubos de superfície para passagem de água, esgoto, gás, óleo, entre outros.
9.70 Túnel
obra de engenharia subterrânea destinada a transpor relevo adjacente, grandes aterros ou cursos
d’água, representada por seus emboques.
9.71 Vala
obra destinada à drenagem de áreas adjacentes.
agosto 2016 28
9.72 valo de divisa
espécie de fosso usado como divisa.
9.73 vértice geodésico
ponto planimétrico da Rede de Referência Cadastral, implantado e materializado no terreno com
a respectiva monografia.
9.74 Via
local onde trafegam qualquer tipo de veículo e pedestres, cuja largura é definida pelos
alinhamentos.
9.75 Viaduto
obra viária aérea que se sobrepõe aos logradouros ou linhas férreas, destinada à circulação de
veículos e pedestres.
9.76 Viela
espaço destinado à circulação de pedestres, interligando dois logradouros sem acesso de lotes.
9.77 voçoroca ou boçoroca
erosão profunda em terras arenosas, causada por enxurradas.
10 Monumentação de vértices
11 Posicionamento
agosto 2016 29
Existem vários sistemas de posicionamento - Global Navigation Satellite System - GNSS
sendo o Global Position System - GPS, americano, o principal. Outros sistemas são: Satellite
Laser Range - SLR; Doppler Orbitography and Radiolocation Integrated by Satellite - DORIS;
Global’naya Navigatsionnaya Sputnikova System - GLONASS, russo, com 28 satélites sendo
24 operacionais, o chinês Beidou com 17 satélites e 16 operacionais e o Galileo, sistema global
de navegação por satélite proposto pela Agência Espacial Europeia, composto por 14 nações.
Esse sistema contará com 30 satélites, até 2020, dos quais 3 são reserva. Os primeiros sinais
foram transmitidos em 12/01/2006, pelo satélite GIOVE – A. Atualmente conta com 8 satélites
sendo 4 operacionais.
O financiamento do sistema Galileo deverá ser garantido pelo orçamento da União
Européia, por intermédio da European Space Agency - ESA, da rede de transporte européia
Trans-European Networks, de fundos adicionais resultantes do envolvimento de outras agências
ou instituições da União Européia, de cooperação internacional com outras nações, tais como:
Rússia, Canadá e Japão. Está prevista uma parceria público-privada para obter financiamento
complementar (Monico, 2000).
Apesar do alto desempenho e grande aceitação do sistema GPS ele não é recomendado
para atividades que exigem, em tempo real, alto grau de confiabilidade, acurácia, integridade e
disponibilidade, como por exemplo, na aviação nos casos de aproximação e pousos precisos de
aeronaves (Monico, 2000).
Mesmo a integração GPS – GLONASS não atende aos requisitos de acurácia necessários
para a aviação. Para atender essas exigências discute-se o conceito GNSS onde se inclui a
proposta do Galileo.
agosto 2016 30
A posição dos satélites se repete a cada dia, 4 minutos antes que a do dia anterior. Essa
configuração garante que, no mínimo, 4 satélites sejam visíveis em qualquer lugar da superfície
da Terra a qualquer hora.
O segmento de controle do GPS conta com 5 estações de controle pertencentes a AAF
(American Air Force): Ascencion Island, Diego Garcia, Kwajalein, Hawaii e Colorado Springs,
sendo que as três primeiras possuem antenas para transmitir os dados para os satélites. O
controle central está localizado no Colorado em Colorado Springs - MCS - Master Control
Station.
O segmento de usuários é constituído pelos receptores GPS destinados a navegação,
geodésia ou outra atividade que o usuário possa criar.
Atualmente é praticamente indispensável o uso do sistema GPS, pela qualidade de
resultados e desempenho no desenvolvimento dos diversos serviços.
Os receptores possuem uma antena com pré-amplificador, seção de RF (radiofrequência)
para identificação e processamento do sinal, microprocessador para controle do receptor,
amostragem e processamento dos dados, oscilador, interface para o usuário, painel de exibição e
comandos, provisão de energia e memória para armazenar os dados.
Os receptores são classificados segundo os usuários: civil e militar; segundo a aplicação:
navegação, geodésico, para SIG e de aquisição de tempo; segundo os dados: código C/A, código
C/A e portadora L1, código C/A e portadora L1 e L2, código C/A e P e portadoras L1 e L2,
portadora L1 e portadora L1 e L2.
Existem diversos métodos de utilização do sistema GPS, todos têm por princípio a
medida da distância entre o satélite e o receptor.
- Método estático: absoluto ou diferencial (relativo).
- Método cinemático: absoluto, DGPS (Diferencial) e RTK (Diferencial).
Obs.: O método diferencial pressupõe um ponto conhecido como base (referência).
Segundo a NBR 14.166:1998 é uma rede de apoio básico de âmbito municipal para todos
os serviços de projetos, cadastros ou implantação e gerenciamento de obras, sendo constituída
por pontos de coordenadas planimétricas, materializados no terreno, referenciados a uma única
origem e a um mesmo sistema de representação cartográfica, permitindo a amarração e
consequente incorporação de todos os trabalhos de topografia e cartografia na construção e
manutenção da Planta Cadastral Municipal e Planta Geral do Município, sendo esta rede
amarrada ao Sistema Geodésico Brasileiro – SGB ficando garantida a posição dos pontos de
representação e a correlação entre os vários sistemas de projeção ou representação.
A estruturação e a implantação da rede levam em conta as atividades abaixo relacionadas.
agosto 2016 32
Vertical
Geocêntrica
Plano Topográfico Local O A'' B''
A
B
Superfície do nível a
médio do terreno b
Superfície Física da Terra Ht
Plano da Esfera de
adaptação de Gauss
Superfície de nível referência
15 Erros
Tem o mesmo sinal, positivo ou negativo, são de causas conhecidas, tais como:
Alinhamento. Temperatura. Tensão. Pressão. Erros instrumentais. Conhecidas as causas podem
ser corrigidos.
Exemplos:
P
2
a) Catenária: onde:
24 T
comprimento da trena
P = massa da trena por metro
T = força aplicada (10 a 15 Kg) – tensão – trenas de 20m e 50m respectivamente.
b) Temperatura: c t t 0 onde:
comprimento da trena
c = coeficiente de dilatação – aço comum 1,2 . 10-5 ºC-1
t = temperatura de medição
t0 = temperatura de aferição
T T0
c) Tensão: onde:
S E
agosto 2016 33
comprimento da trena
S = seção transversal da trena
E = módulo de elasticidade – aço comum 2.100.000 kg/cm2
T = tensão de medição
T0 = tensão se aferição
Para as Estações Totais (ET) que permitem medir com o uso de ondas eletromagnéticas
(infravermelho, laser, luz visível), a precisão é expressa na forma +/- (a + b), onde (a) é a
constante aditiva expressa e mm e (b) é o fator escala expresso em partes por milhão da
distância, portanto dependente da distância (d).
15.4 Ajustamento
As observações realizadas pelo homem se caracterizam pela inevitável presença dos erros
de medida, sejam eles: grosseiros, sistemáticos ou aleatórios. Erros que decorrem não apenas de
falhas humanas, mas também da imperfeição do equipamento e da influência das condições
ambientais nas quais se processa a mensuração, assim eliminados os erros grosseiros a acurácia
das medidas envolve erros sistemáticos e aleatórios e a precisão envolve somente os erros
aleatórios. Esse fato leva a se fazer uma multiplicação das observações e que na verdade cria
outro problema, ou seja, dentre várias medidas como extrair um resultado que seja único e que
possa representar com maior confiança a grandeza medida.
Esse problema, bem como a estimativa da precisão da solução adotada é tratado pelo
ajustamento de observações. O ajustamento conduzirá a uma solução única tornando as
observações coerentes com um modelo matemático.
O método dos mínimos quadrados indicado por Gauss e Legendre é a opção dos
geodesistas para o problema, ou seja: aceitar como melhor estimativa de uma medida (X) o valor
que torna mínima a soma dos quadrados dos resíduos (ri).
agosto 2016 34
n
r
i 1
i
2
mínimo
16 Unidades de medidas
exa - E = 1018 peta - P = 1015 tera - T = 1012 giga - G = 109 mega - M = 106 quilo - k = 103
hecto - h = 102 deca - da = 10
km hm dam unidade dm cm mm
quilômetro hectômetro decâmetro metro decímetro centímetro milímetro
deci - d = 10-1 centi - c = 10-2 mili - m = 10-3 micro - = 10-6 nano - n = 10-9 pico - p = 10-12
femto - f = 10-15 atto - a = 10-18
agosto 2016 35
0
Angstron A 10-10
18 Medidas de distâncias
Vários métodos podem ser usados para a determinação de medidas de distâncias e cada
um deles utiliza um instrumento adequado, por exemplo: trena, estação total, GPS, teodolito,
mira, hodômetro e até mesmo o passo.
A escolha do método está diretamente vinculada a finalidade do trabalho e
fundamentalmente com a responsabilidade e ética do profissional.
A trena, instrumento indispensável pode ser flexível: de invar, de aço, de fibra, de tecido,
ou rígida: metro de pedreiro, régua, hodômetros.
As estações totais também são usadas para obtenção de distâncias, apresentando
resultados melhores e proporcionando rapidez na realização das medidas.
Os receptores para observações de satélites também oferecem rapidez, qualidade e
acurácia na obtenção de medidas de distâncias, porém sua utilização deve ser criteriosa, assim
como o método de obtenção dos dados deve ser adequado a finalidade do trabalho.
Em topografia as medidas de comprimento são obtidas por métodos distintos, porém a
apresentação final do levantamento topográfico tem as medidas projetadas no plano horizontal
ou vertical.
Para calcular a distância (d) mede-se o ângulo (), com teodolito ou Estação Total (ET), e
a distância AB com trena ou ET. (Figura 18.1 a, b e c)
d
A C
β d(AC) BC2 AB2
b)
d
A B
c) a b d 2 a 2 b 2 2 a b cos
Medir com trena sempre foi um desafio para os profissionais, dadas as dificuldades de
operação nos locais de trabalho.
A tecnologia encontrou a solução na eletrônica fabricando instrumentos eletro-óptico-
mecânico que emitem uma onda eletromagnética tais como: luz visível, infravermelho, laser,
micro-ondas, que ao ser refletida retorna ao emissor sendo possível obter a medida percorrida, ou
seja, a distância entre os pontos onde está o emissor (MED) e o prisma refletor. A evolução dos
instrumentos tornou possível acoplar o MED ao teodolito criando a Estação Total - ET.
A ET permite avaliar a distância horizontal, inclinada ou a diferença de nível entre o
instrumento (ET) e o prisma.
19 Medidas angulares
Consiste na medida conjugada (PD ; PI) do ângulo. A medida final será a média dos
valores obtidos.
Medições angulares horizontais com visadas nas direções determinantes nas posições
direta e inversa da luneta (leituras conjugadas) de um medidor de ângulos. Uma série de leituras
conjugadas consiste na observação sucessiva de todas as direções a partir da direção origem,
fazendo o giro no sentido horário. Cada série é iniciada com outra leitura do limbo horizontal. Os
valores dos ângulos horizontais medidos são as médias aritméticas dos valores obtidos nas
diversas séries
O intervalo, medido no limbo horizontal do instrumento não digital, entre as posições da
direção-origem neste limbo, chama-se intervalo de reiteração. Assim, para observação de “n”
séries de leituras conjugadas pelo método das direções, o intervalo de reiteração deve ser 180°/n.
Como exemplo: três séries de leituras conjugadas, o intervalo de reiteração deve ser
180°/3 = 60°, e a direção-origem deve ocupar, no limbo horizontal do instrumento, posições nas
proximidades de 0°, 60° e 120° na posição direta de luneta e 180º, 240º e 300º na posição
invertida. Os valores dos ângulos medidos são as médias aritméticas dos seus valores obtidos nas
diversas séries.
Figura geométrica definida por uma semirreta no plano vertical. São medidos com origem
no zênite (Z), vertical para cima, no nadir (N), vertical para baixo, ou na horizontal (α), na
maioria dos instrumentos a leitura é zenital.
dm d 0 v t
onde:
dm = declinação magnética
d0 = declinação magnética na data t0 (anos)
v = variação anual da declinação para o local em questão
t = tempo transcorrido a partir da data de referência.
Exercício: Qual a declinação magnética e a variação anual da declinação magnética para o ponto
P3 localizado no campus da FATEC-SP com latitude 23°31’46”S e longitude 46°37’58”W?
20.1 Rumos (R)
É o ângulo horizontal medido a partir da direção Norte ou Sul (origem) até a direção
desejada, variando de 0° a 90°. Assim os rumos podem ser:
NE-Nordeste SE-Sudeste SW-Sudoeste NW-Noroeste
20.1.1 Propriedade do Rumo: O Rumo ré de uma linha é angularmente igual ao Rumo vante,
mas no quadrante oposto.
20.2 Azimute (Az)
É o ângulo horizontal medido a partir da direção Norte, no sentido horário (à direita), até
a direção desejada, variando de 0° a 360°.
20.2.1 Propriedade do Azimute: O Azimute Vante guarda com o Azimute Ré uma diferença de
180°.
20.3 Propriedades gerais de rumos e azimutes
I quadrante NE R = Az III quadrante SW R = Az - 180º
II quadrante SE R = 180º – Az IV quadrante NW R = 360º - Az
agosto 2016 39
21 Poligonais
Figura geométrica formada por uma sequência de semirretas (lados), sendo que no início
e no final de cada uma é materializado um marco topográfico de referência com material
adequado à finalidade do levantamento topográfico, por exemplo: madeira, concreto, pino de
aço.
Para todos os tipos de poligonais é necessário orientá-las, medir os ângulos que os lados
fazem entre si e suas distâncias (comprimentos), o que pressupõe erros de fechamento angular e
linear. (Figura 21.1)
Figura 21.1 Exemplo de poligonal fechada
129°59’01”
59°31’15”
163°57’42”
103°41’02”
Para poligonais fechadas o controle do fechamento angular pode ser feito a partir dos
ângulos internos, externos ou de deflexões. A diferença entre o ângulo calculado e a soma dos
ângulos observados resulta no erro angular (ea).
onde: n = nº de vértices
agosto 2016 40
21.4 Distribuição do erro (de) angular
ea
de onde: ea = erro angular n = número de vértices
n
21.5 Cálculo dos azimutes
É calculado a partir das diferenças das coordenadas “x” e “y” que representam as
projeções dos lados da poligonal sobre os eixos cartesianos.
n n n n
x () x () ex y() y() ey
n 1 n 1 n 1 n 1
x
n 1
0 y 0
n 1
ef e2x e2y
Onde: ex = erro absoluto em x ey = erro absoluto em y
Quando o erro é superior à tolerância estabelecida o levantamento deve ser refeito, total
ou parcialmente. Quando o erro é aceitável este é distribuído proporcionalmente aos lados da
poligonal ou as suas projeções.
ex ey
Cx Cy
P P
onde:
Cx Correção da abscissa do lado correspondente
Cy Correção da ordenada do lado correspondente
Comprimento do lado considerado P = perímetro da poligonal.
ex ey
Cx x Cy y
x y
onde:
Cx Correção da abscissa do lado correspondente
Cy Correção da ordenada do lado correspondente
x é a abscissa do lado correspondente y é a ordenada do lado correspondente
x é a soma (não algébrica) das abscissas y é a soma (não algébrica) das ordenadas
A partir do ponto inicial faz-se a somatória das coordenadas parciais corrigidas. O ponto
inicial tem coordenadas conhecidas ou arbitrárias, normalmente com valores diferentes de zero
para que não ocorra coordenadas negativas, ou seja: todas as coordenadas são positivas, portanto
a representação do levantamento será no 1º quadrante.
Xn = X(n-1) + xn Yn = Y(n-1) + yn
Onde:
X e Y são as coordenadas totais x e y são as coordenadas parciais n é o número do ponto
A área de uma superfície plana limitada por uma figura geométrica fechada pode ser
determinada analiticamente utilizando-se as coordenadas totais (Método de Gauss); por processo
geométrico transformando a figura num triângulo equivalente ou em figuras simples ou por
processo mecânico utilizando um planímetro.
agosto 2016 42
21.10.1 Processo analítico
3
Y3 3’
Y2 2’ 2
Y4 4’ 4
Y1 1’ 1
Y5 5’
5
X
X4 X5 X3 X1 X2
A área apresentada na Figura 21.1 (Afig) é dada pela somatória das áreas dos trapézios
formados a partir dos lados do poligono e alturas dadas pela diferença de ordenadas dos vértices
que definem os seus lados.
2A X n Yn 1 Yn 1
n
n 1
- Regra prática
(-)
X1 X2 X3 X4 X5 X1
Y1 Y2 Y3 Y4 Y5 Y1
(+)
agosto 2016 43
22 Altimetria
Pode ser feita por pontos cotados, curvas de nível, ou seções transversais.
Os pontos cotados são pontos materializados no terreno que são representados na peça
gráfica acompanhados do valor de sua altitude ou cota.
A curva de nível é uma linha sinuosa resultante da união das projeções dos pontos de
interseção dos planos paralelos equidistantes que cortam a superfície terrestre, portanto o lugar
geométrico dos pontos de mesma altitude ou cota figura 22.1
Esses planos horizontais são paralelos no campo topográfico e perpendiculares a vertical
do lugar.
Figura 22.1 Representação de curvas de nível
Fonte: IBGE
agosto 2016 44
f) As curvas de nível formam um “M” acima das confluências fluviais. Figura 22.3
Figura 22.3 Curva de nível em confluência fluvial
g) Em geral as curvas de nível formam um “U” nas elevações, cuja base aponta para o pé da
elevação. Figura 22.4
Figura 22.4 Curva de nível nas elevações
22.2 Nivelamento
É a operação por meio da qual se determina a diferença de altura (desnível) entre dois ou
mais pontos em relação a um ponto chamado Referência de Nível (RN), portanto a distância
entre as superfícies equipotenciais que passam por esses pontos.
Operação de campo que utiliza instrumentos, tais como: Teodolito, Estação Total - ET,
Clinômetro, que permitem visadas inclinadas. O desnível é determinado a partir da medida do
ângulo vertical e da distância entre os pontos considerados. Figura 22.6
agosto 2016 45
Figura 22.6 Esquema de nivelamento trigonométrico
Mira
Lm
z V
A
I B
A H
Utiliza a mira (régua) onde se faz a leitura (Lm) que corresponde a distância vertical do
ponto onde ela está apoiada até o ponto onde o retículo horizontal da luneta do instrumento a
intercepta. Essa direção (visada) também define o ângulo vertical. Quando o instrumento é uma
ET o ângulo vertical e a distância são observados visando-se o prisma apoiado no ponto de
interesse.
Em função da finalidade do trabalho e distância dos pontos deve ser considerado o efeito
da curvatura da terra e da refração atmosférica.
CB = CA + AI V – Lm
Onde:
Operação de campo com o instrumento denominado nível (só permite visada horizontal)
e uma régua, denominada mira, para se obter a medida da distância vertical do ponto onde ela
está apoiada até o ponto onde o retículo horizontal da luneta do instrumento a intercepta. (Figura
22.7)
Figura 22.7 Esquema de nivelamento geométrico
Lr Mira Lv
Ci
B
A
É a distância vertical entre dois planos horizontais, o de cota conhecida (Cc) e o plano do
instrumento, isto é, aquele que contém a linha de visada do nível.
É feita na mira colocada no ponto de cota a ser determinada (Cn). Pode ser de mudança
(Lvm), quando feita no último ponto antes da mudança do instrumento ou intermediária (Lvi),
aquelas que forem feitas entre uma leitura ré e uma de mudança.
CB = Ci – Lv Ci = CA + Lr
D=e/m
Exemplo 1
Para um nivelamento com 3 mudanças de instrumento e um erro de 3 mm, teremos uma correção
de 1mm em cada cota de instrumento.
agosto 2016 47
As cotas dos pontos determinadas na posição 1 do instrumento serão corrigidas de 1mm,
como essa correção alterou a cota do ponto onde foi feita a leitura de mudança (Lm) ela altera a
próxima cota do instrumento, pois nesse ponto é feita uma leitura ré (Lr), portanto além da
correção de 1mm da distribuição na posição 2 temos mais 1mm oriundo da correção anterior e
assim por diante.
Assim, neste exemplo, os pontos determinados na última posição de instrumento recebem
a correção de 3mm.
Exemplo 2:
Num circuito com 5 pontos, sendo o primeiro a RN. A distância entre os pontos nivelados é
conhecida e igual a:
RN - 1 = 2 km ; 1 – 2 = 1 km ; 2 – 3 = 3 km ; 3 – 4 = 4 km e 4 – RN = 2 km.
Assim, a correção para o ponto 1 será: C = - 0,005 . 2 = - 0,010 m a altura do ponto 1 terá uma
redução de 0,010 m e assim por diante.
23 Taqueometria
A taqueometria, palavra de origem grega que significa medida rápida é um procedimento
que permite fazer simultaneamente as medidas de distâncias e de ângulos utilizando um teodolito
(taqueômetro) e uma mira. Também definida como técnica para se obter rapidamente o relevo de
um terreno. Com o uso das estações totais esse método de levantamento é pouco utilizado.
O método deve ser utilizado em trabalhos que exigem baixa precisão.
Os modelos matemáticos usados são:
f f
Dh I cos 2 (f c) cos Dv I sen cos (f c) sen
i i
Onde:
Dh Distância horizontal
Dv Distância vertical (do plano horizontal que passa pela luneta até a leitura do fio médio na mira)
c Distância do centro da luneta à objetiva
f Distância focal
I (Ls - Li) = diferença da leitura superior (Ls) e leitura inferior (Li) na mira
Ângulo de inclinação da luneta
agosto 2016 48
i Distância entre os retículos superior e inferior
Cn Altitude ou cota a ser determinada
Cc Altitude ou cota conhecida
AI Altura do instrumento
Lm Leitura média
Observação:
Para instrumentos zenitais (z) temos:
c) a sua área;
Vários são os projetos que apresentam formas geométricas curvas, o projeto de estrada é
um bom exemplo.
Esses projetos são executados tendo como base um levantamento topográfico. No caso da
estrada o traçado do seu eixo (greide), ligando duas localidades, é feito levando em conta as
interferências naturais ou artificiais.
As mudanças de direção decorrentes das interferências e também necessárias para atender
as características do projeto exigem concordâncias entre as várias tangentes que podem ser
curvas horizontais. Figura 24.1
agosto 2016 50
Figura 24.1 Esquema de curva horizontal
PI
A
T
A/2 D
d
c PT
PC
R R
A/2
T Â R Â
G
R D dm 2
dm
 180º D 2c
Tg
2
PC = PI – T PT = PC + D
Onde:
Nota:
1 - Em estradas é comum utilizar o conceito de Grau da Curva (G), que é o ângulo central que
corresponde ao arco de 20 m.
360º G
2 R 20
agosto 2016 51
24.3 Curva vertical
Y PIV
i1 f i 2
PCV PTV
x
L/2
X
L
Onde:
g 2
Cota P x cot a PCV
2L x i1
Onde:
g é a variação da declividade (diferença algébrica das rampas)
R é o raio da curva vertical
Nota:
A planilha de locação deve conter as seguintes informações:
Número da estaca, distância entre estacas, cota do terreno, cota da tangente, comprimento da
flecha, cota final e observações.
agosto 2016 52
25 Controle de recalque
26 Terraplenagem
agosto 2016 53
26.2 Cálculo da cota de projeto para terreno plano
Quando se quer um terreno plano com aproveitamento do solo local, sem considerar o
empolamento (situação para fins didáticos), ou seja: volume de corte igual ao de aterro, o volume
total (VT) de solo (soma dos volumes entre seções) será dividido pela área do terreno em estudo,
obtendo-se a altura média do projeto (hm). A cota do projeto (CP) será dada pela cota de
referência (CR) mais a altura média.
hm = VT/área CP = CR + hm
1 2 1
2 4 2
1 3 2
1 1
27 Cartografia
A cartografia é uma ciência porque se constitui num campo de atividade humana que
requer desenvolvimento de conhecimentos específicos, aplicação sistemática de operações de
campo e de laboratório, metodologia de procedimentos, tecnologia e apoio de outras ciências.
É também arte porque envolve aspectos técnicos e visuais que devem ser dispostos de tal
forma a permitir ao leitor uma visão clara, harmônica e simples dos elementos que serão
representados com símbolos ou convenções.
Também é a arte de conceber, medir, redigir e divulgar os mapas. Abrange o conjunto de
estudos e operações científicas, artísticas e técnicas que intervêm a partir dos resultados das
observações diretas ou exploração de uma documentação.
A representação da superfície da Terra pode ser feita através de mapas ou plantas e é
plana, ou seja, uma projeção dos pontos da superfície física da Terra na peça gráfica.
º
S º S
agosto 2016 55
Figura 27.2 Coeficiente de deformação linear ou Fator de escala e origem
K = dp / de
Onde:
Na projeção UTM o Meridiano Central de cada fuso e o equador são retas, ao passo que
os outros meridianos e paralelos são curvas. Assim o ângulo formado entre o Norte da
Quadrícula (NQ), paralelo ao MC, e o Norte Geográfico (NG), tangente à transformada de
meridiano, é chamado de convergência meridiana ( ). Figura 27.3
Equador
NG NQ NQ NG
γ γ
agosto 2016 56
27.3.3.1 Cálculo da Convergência meridiana
O ângulo (convergência de meridiano) pode ser calculado pela fórmula
d
. sen ou . sen
R
agosto 2016 57
27.4 Projeções RTM e LTM
Outras projeções conformes são usadas, por exemplo: a LTM (Local Transverso de
Mercator) e RTM (Regional Transverso de Mercator), diferenciam-se da UTM nas seguintes
especificações:
a) RTM
Fusos de 2º de amplitude em longitude.
Meridiano Central nas longitudes ímpares.
Fator de escala K0 = 0,9996.
Para o hemisfério sul
Origem 500.000 m para as ordenadas (N), e 400.000 m para as abscissas (E).
b) LTM
Fusos de 1º de amplitude em longitude.
Meridiano Central a cada 30’.
Fator de escala K0 = 0,999995.
Para o hemisfério sul
Origem 500.000 m para as ordenadas (N), e 200.000 m para as abscissas (E).
a = semi-eixo maior
ab
Semi- eixo maior f= (achatamento)
a
28 Instrumentos
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28.1 Teodolito, Estação Total e Nível
Z V
V
H
H
L
L
onde:
Teodolito e Estação Total Nível
V – Eixo Principal ou Vertical V – Eixo Vertical ou de Rotação
A primeira verificação a ser feita é visual, ou seja, devemos observar o aspecto geral do
instrumento e dos acessórios. Nessa etapa podemos constatar se houve queda, se existem partes
quebradas, amassadas, enfim, alterações significativas que possam prejudicar a qualidade do
serviço.
Caso não ocorra a calagem, a correção é feita nos parafusos retificadores do nível. Essa
correção corresponde a metade do deslocamento e a outra metade é feita movimentando os
parafusos calantes. Repete-se a operação até que se consiga a perfeita calagem das bolhas em
qualquer posição da alidade.
Verificação: Com o instrumento estacionado, calar as bolhas dos níveis e visar um ponto elevado
(A) bem materializado. Em seguida visar uma régua colocada no solo ou na mesma
cota do instrumento e fazer a leitura L1.
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Inverter a luneta e novamente visar o ponto (A), abaixar a luneta até a régua e fazer
a leitura L2.
Se L1 = L2 , então H V. Se as leituras forem diferentes indica que a luneta
descreve um plano vertical inclinado.
Verificação: Instalar o instrumento, nivelar a alidade e visar uma régua apoiada na horizontal e
no mesmo plano de visada. Anota-se a leitura da régua e o ângulo horizontal.
Inverter a luneta e fixá-la com ângulo horizontal com diferença de exatos 180º do
primeiro. A leitura na régua é feita na visada correspondente a esse segundo ângulo.
Se as leituras na régua forem iguais a posição dos retículos está correta e Z H.
Caso exista diferença nas leituras, a correção é feita nos parafusos de fixação dos retículos.
Caso se verifique deslocamento a correção é feita nos parafusos de ajuste do prumo ótico. A
correção a ser feita corresponde a metade do deslocamento, a outra metade será feita
movimentando os parafusos calantes.
e) O zero do círculo vertical deve coincidir com a direção zenital, ou nadiral, ou horizontal,
dependendo da fabricação do instrumento, quando a luneta estiver apontada para essa
direção.
Verificação: Com o instrumento instalado, visar um ponto distante garantindo uma boa
colimação no cruzamento dos retículos. Fazer a leitura do ângulo vertical.
Inverter a luneta e colimar no mesmo ponto fazendo a segunda leitura angular
vertical.
Se a soma das leituras for 360º, não existe o erro no sistema ótico do círculo
vertical (erro de índice).
Caso exista diferença, a correção será feita nos parafusos de correção do sistema ótico de
leitura.
f) O ponto de cruzamento do eixo horizontal com o eixo de colimação deve coincidir com o
centro da alidade.
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g) A graduação do círculo (limbo) horizontal deve ser de boa qualidade.
Verificação: Instalar o instrumento em um ponto (A) e fazer leituras angulares visando outros
dois pontos (B e C) a igual distância de (A).
Fazer leituras angulares horizontais em partes diferentes do limbo.
As diferenças encontradas nas medidas representam o erro de graduação que é de
fabricação.
28.2.2 Nível
Caso não ocorra a calagem, a correção é feita nos parafusos retificadores do nível. Essa
correção corresponde a metade do deslocamento e a outra metade é feita movimentando os
parafusos calantes. Repete-se a operação até que se consiga a perfeita calagem das bolhas
em qualquer posição da alidade.
Se existir erro entre as diferenças de leituras a correção será feita no nível da luneta, para
instrumentos de colimação manual e nos parafusos de ajuste dos retículos, para instrumentos
com colimação automática.
28.3 Aceitação
28.3.1 Teodolitos
precisão baixa 30” precisão média 07” precisão alta 02”
28.3.2 Níveis
precisão baixa precisão média precisão alta precisão muito alta
10mm/km 10mm/km 3mm/km 1mm/km
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28.3.3 Medidor Eletrônico de Distância - MED
28.4 Recomendações
a) Instrumentos com dois níveis, um tubular e outro esférico, a retificação é feita primeiro no
nível tubular.
b) Os parafusos calantes devem oferecer estabilidade ao instrumento.
c) Nas operações de trabalho ou nas de verificação garantir que o instrumento não receba
diretamente a incidência dos raios solares.
d) O tripé deve oferecer uma base firme e estável.
e) Por se tratar de instrumentos de precisão o seu manuseio deve ser cuidadoso.
f) Transportar o instrumento de uma estação para outra separado do tripé.
g) Transportar os instrumentos para o local de trabalho com proteção antichoque.
h) Os instrumentos devem ser guardados fora da caixa e em local com pouca umidade (50%).
i) Para evitar o endurecimento do lubrificante os instrumentos não devem ficar por muito tempo
sem uso ou manuseio.
j) A lubrificação deve ser feita, preferencialmente, por especialistas. Usar lubrificantes indicados
pelo fabricante.
k) As lentes devem ser limpas com pano seco e macio.
b) empregado, a pessoa física que presta serviços de natureza não eventual a empregador, sob a
dependência deste e mediante salário;
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c) empresa, o estabelecimento ou o conjunto de estabelecimentos, canteiros de obra, frente de
trabalho, locais de trabalho e outras, constituindo a organização de que se utiliza o empregador
para atingir seus objetivos;
d) estabelecimento, cada uma das unidades da empresa, funcionando em lugares diferentes, tais
como: fábrica, refinaria, usina, escritório, loja, oficina, depósito, laboratório;
II - elaborar ordens de serviço sobre segurança e medicina do trabalho, dando ciência aos
empregados, com os seguintes objetivos:
b) os meios para prevenir e limitar tais riscos e as medidas adotadas pela empresa;
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c) os resultados dos exames médicos e de exames complementares de diagnóstico aos
quais os próprios trabalhadores forem submetidos;
III - submeter-se aos exames médicos previstos nas Normas Regulamentadoras - NR;
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São obrigatórios a elaboração e o cumprimento do Programa de Condições e Meio
Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção - PCMAT nos estabelecimentos com 20
(vinte) trabalhadores ou mais, contemplando os aspectos desta NR e outros dispositivos
complementares de segurança.
O PCMAT deve contemplar as exigências contidas na NR 9 - Programa de Prevenção e
Riscos Ambientais.
O PCMAT deve ser mantido no estabelecimento à disposição do órgão regional do
Ministério do Trabalho - MTb.
O PCMAT deve ser elaborado e executado por profissional legalmente habilitado na área
de segurança do trabalho.
Implementar o PCMAT nos estabelecimentos é de responsabilidade do empregador ou do
condomínio.
I - memorial sobre condições e meio ambiente de trabalho nas atividades e operações, levando-se
em consideração riscos de acidentes e de doenças do trabalho e suas respectivas medidas
preventivas;
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30 Bibliografia
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