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CONTRATOS DE DISTRIBUIÇÃO
CASO N.º 15
CASO N.º 16
Há mais de dez anos, Jerónimo, ainda estudante de medicina chinesa, casado com
Joana, celebrou com a conhecida sociedade inglesa Oriental Therapy Ltd. um contrato nos
termos do qual este abriria o primeiro centro de medicina tradicional oriental em Lisboa,
num prédio que Jerónimo arrendara em Picoas. O centro obedeceria à imagem e ao modelo
de sucesso desenvolvido por aquela empresa no Reino Unido. Para além do direito de
entrada a pagar no momento da celebração do contrato, Jerónimo vinculou-se ao
pagamento mensal de 5% dos lucros decorrentes da exploração do centro. Apesar das
dificuldades iniciais, graças ao extraordinário esforço e prestígio de Jerónimo, o sucesso
do Reino Unido repetiu-se em Portugal e o centro passou a obter lucros significativos.
Recentemente, com os lucros obtidos, Jerónimo decide fazer uma viagem à volta
do mundo e, com o consentimento da sociedade inglesa, vende o centro a Luís. Pouco
tempo depois, Jerónimo vem exigir da sociedade inglesa uma indemnização pela clientela
que ele próprio angariara e de que esta continuava a beneficiar por Luís continuar a pagar
5% dos lucros. Furiosos com a situação, os administradores da Oriental Therapy Ltd.
decidem terminar negócio em Portugal: ainda não tinham decorrido três meses sobre a
aquisição do negócio por Luís, enviam-lhe uma carta pondo termo ao contrato. Luís, que
fizera um avultadíssimo investimento na loja, fica indignado e entende que o contrato não
pode terminar daquela maneira.
1. Jerónimo não paga o direito de entrada. Pode o credor nomear à penhora os bens
comuns do casal?