Sei sulla pagina 1di 40

Contenção e Recuperação

Guia de Equipamentos

Apoio - Barreiras e Recuperadores -

DIREÇÃO DO COMBATE À POLUIÇÃO DO MAR (DCPM)


Este guia de Apoio foi produzido e publicado pela Direção de Combate à Poluição do Mar (DCPM) da DGAM. Toda
a informação e fotografias, com exceção da capa que foi tirada num dos exercícios da DCPM, foi obtida através de
folhetos do ITOPF (The International Tank Owners Pollution Federation Limited”) e de documentação da OSRL
(“Oil Spill Response Limited”).

Direção do Combate à Poluição do Mar (DCPM)

Contato em caso de emergência - comunicação de incidente:


COMAR/MRCC Lisboa (24/7) - tlf: 214401919/fax: 214401954/mrcc.lisboa@marinha.pt
MRCC Ponta Delgada (24/7) - tlf: 296281777/fax: 296205239/mrcc.delgada@marinha.pt
MRSC Funchal, Madeira (24/7) - tlf: 291213110/fax: 291228232/mrsc.funchal@marinha.pt

Contato em caso de emergência - apoio técnico:


DCPM (dias úteis, 09h-17h) - tlf: 210 984 041/fax: 211938459/dgam.scpmh@marinha.pt
DCPM (fora das horas normais de serviço) - 917592700/919992641/917425590/dgam.scpmh@marinha.pt
Introdução 4

Barreiras 5
Definição 5
Tipos de barreiras 8
Características das barreiras mais comuns 11
Colocação de barreiras 12
Formas de contenção/proteção 15
Tipos de falhas das barreiras 22
Índice

Recuperadores 24

Definição 24
Seleção do recuperador 25
Tipos de recuperadores 26
Características dos recuperadores mais comuns 37
Limitações dos recuperadores 39
Guia de Apoio na contenção e recuperação Este guia pretende servir de apoio na hora de definir
qual o dispositivo de combate à poluição a utilizar, pro-
A contenção e recuperação de hidrocarbonetos curando dar uma visão das possibilidades da utilização
pode ser feita no mar ou na costa, e recorre-se da de barreiras e recuperadores, das suas limitações e da
utilização de dois grandes tipos de equipamen- sua adequação, ou não, face ao tipo de hidrocarboneto
tos: as barreiras e os recuperadores. derramado e às condições de mar e meteorológicas que
se fazem sentir localmente na altura.
A contenção é um meio que auxilia o fim que é a recu-
peração. Além da contenção as barreiras podem ser
1. INTRODUÇÃO

usadas também com outros fins, como é o caso da pro-


teção. Os recuperadores também podem ser usados
sem o auxílio das barreiras mas, regra geral, tornam-se
muito menos eficientes.

Tal como noutro tipo de operações, existem fatores que


limitam o desempenho quer das barreiras quer dos
recuperadores.

Tanto uns como outros necessitam de meios auxiliares


para a sua operação, nomeadamente unidades de
potência, bombas, mangueiras, etc.

4
DEFINIÇÃO
2. BARREIRAS

As barreiras são dispositivos flutuantes desenhados para realizarem uma ou mais das seguintes funções:
• Concentração e contenção do hidrocarboneto - rodear o hidrocarboneto que flutua prevenindo o seu
espalhamento na superfície da água e aumentar a espessura da mancha de hidrocarboneto para facilitar a
sua recolha;
• Deflexão - orientar/divergir o hidrocarboneto para um local na costa adequado à sua posterior recolha, por
exemplo por camiões de aspiração, bombas, ou outros métodos de recolha;
• Proteção - impedir a passagem do hidrocarboneto para zonas de importância económica ou locais biologica-
mente sensíveis como por exemplo, entradas de portos, tomadas de água; aquaculturas ou reservas naturais.
• Assistência às operações de limpeza na costa - através da redução da área de impacto do hidrocarbone-
to mobilizado e da contenção do hidrocarboneto mobilizado para melhorar a eficácia dos equipamentos de
recuperação.

5
DEFINIÇÃO

Exemplos da utilização de barreiras Exemplos da utilização de barreiras


Fig. 1 Fig. 2
em deflexão em proteção
2. BARREIRAS

6
DEFINIÇÃO

Exemplos da utilização de barreiras Exemplos da utilização de barreiras na assis-


Fig. 3 Fig. 4 tência às operações de limpeza na costa
em contenção
2. BARREIRAS

7
TIPOS DE BARREIRAS
Existem barreiras em diferentes tamanhos, materiais e formatos, de acordo com as diferentes situações e
ambientes nos quais podem ser utilizadas. As caraterísticas mais importantes de uma barreira são:
• bordo livre (à superfície) para evitar ou reduzir a passagem do hidrocarboneto sobre esta;
• saia que fica abaixo da superfície e previne ou reduz a passagem do hidrocarboneto sob a barreira;
• flutuação, seja ela por meio de ar, espuma ou outro material flutuante;
• elemento de tensão longitudinal (corrente ou cabo metálico) para resistir às forças do vento, ondulação e
2. BARREIRAS

correntes;
• lastro para manter a barreira na vertical.

Existem diversos critérios para classificar as barreiras:


• quanto à sua resistência e local de aplicação - oceânicas ou de alto mar, de praia, portuárias ou estuari-
nas;
• quanto à sua natureza - químicas, flutuantes e especiais;
• quanto à sua rigidez - flexíveis, semi-flexíveis e rígidas;
• quanto ao seu formato - cortina (saia sub-superficial contínua ou tela flexível suportada por ar ou compartimentos flutuantes
cheios com espuma, normalmente de seção transversal circular) e cerca (normalmente de seção transversal plana, mantida na vertical
devido a flutuadores internos ou externos, lastro e suportes contra o vento).
8
TIPOS DE BARREIRAS

Barreira tipo cortina, de flutuação Barreira tipo cerca, com flutuação


Fig. 5 Fig. 6
sólida externa

Barreira tipo cortina, de flutuação sólida Barreira tipo cerca, com flutuação externa
União
2. BARREIRAS

União Saia flexível


Bordo livre
Flutuador de espuma
Flutuador sólido de espuma

Bordo livre

Saia Lastro
Lastro Corrente de amarração

9
TIPOS DE BARREIRAS

Fig. 7 Barreira tipo cortina, insuflável Fig. 8 Barreira de praia

Barreira tipo cortina, insuflável Barreira de praia


União
2. BARREIRAS

Compartimento Bordo livre


Compartimento Válvula de
para insuflação Válvula de flutuante por insuflação
de ar insuflação insuflação de ar de ar
de ar Freio de
reboque

Saia Compartimento
de lastro cheios Válvula de
com água enchimento
com água
Lastro/correia de tensão
Maré alta Maré baixa

10
CARACTERÍSTICAS DAS BARREIRAS MAIS COMUNS

Capacidade Ancorada
Tipo de Método de Armaze- Custo Utilização
de se adaptar ou Limpeza
Barreira flutuação namento relativo preferencial
à ondulação rebocada?

compacta na costa e no
insuflável bom ambas simples alto
quando vazia mar
Cortina
águas costeiras
2. BARREIRAS

espuma sólida volumosa razoável ancorada fácil/simples médio a baixo abrigadas, ex:
portos
difícil/média; os
hidrocarbonetos
podem ficar
flutuadores de águas abriga-
“presos” atrás
Cerca espuma exter- volumosa má ancorada baixo das; ex: por-
dos flutuadores
nos tos, marinas
ou nas junções
dos comparti-
mentos
compartimen-
médio; os hidro- ao longo de
to superior
carbonetos margens abri-
insuflável,
compacta podem ficar gadas com
Praia compartimen- bom ancorada alto
quando vazia “presos” na jun- influência da
tos inferiores
ção dos compar- maré (sem
cheios com
timentos rebentação)
água
11
COLOCAÇÃO DE BARREIRAS
A disposição e o lançamento das barreiras na água são, a par do estado do mar e das correntes, o fator que
mais afeta a sua eficácia.

As barreiras são eficazes quando confinam e orientam os poluentes de modo a que estes possam ser recolhidos
de forma rápida e em quantidades relevantes.

Os fatores que mais afetam a eficácia das barreiras são:


• a agitação e as correntes marítimas;
2. BARREIRAS

• a má ligação dos diversos componentes da barreira entre si, ou entre a barreira e a amarração;
• o desequilíbrio e amarrações insuficientes para o seu suporte;
• o deficiente processo de reboque, se aplicável.

Boia

Âncora
Pesos Fig. 9 Amarração típica de uma barreira

12
COLOCAÇÃO DE BARREIRAS

Corrente Ângulo máximo


(nós) (m/s) (º)
Peso do ferro Força exercida (kg força)
0,7 0,35 90
1,0 0,5 45 (kg) lama areia argila
2. BARREIRAS

1,5 0,75 28 15 200 250 300

2,0 1,0 20 25 350 400 500

2,5 1,25 16 35 600 700 700

3,0 1,5 13

Ângulos máximos de deflexão da bar- Força exercida por ferros tipo Dan-
Tab. 1 Tab. 2
reira em relação à corrente forth em diferentes tipos de solo

13
COLOCAÇÃO DE BARREIRAS

Gráfico indicativo dos ângulos de deflexão da barreira em


Fig. 10
relação à corrente

Corrente
Velocidade da corrente (nós)
2. BARREIRAS

corrente

ângulo da barreira

Ângulos da barreira (graus)


14
FORMAS DE CONTENÇÃO/PROTECÇÃO

Fig. 11 Contenção em “U” Fig. 12 Contenção em “V” Fig. 13 Contenção em “J”


2. BARREIRAS

As três formas de contenção ilustradas em cima consistem no reboque de uma, ou duas, barreiras por navios
que vão avançando em direção à mancha poluente. O objetivo é concentrar o poluente no seio da barreira,
aumentando a sua espessura, para aumenta a eficácia da recolha do mesmo. No caso da contenção em “V”, no
vértice segue um navio que tem incorporado um recuperador que vai recolhendo o poluente à medida que o
conjunto avança pela mancha.

15
FORMAS DE CONTENÇÃO/PROTECÇÃO

Fig. 14 Exemplo real de Contenção em “U” Fig.15 Exemplo real de Contenção em “V”
2. BARREIRAS

16
FORMAS DE CONTENÇÃO/PROTECÇÃO

Fig.16 Envolvimento Fig.17 Dois casos reais de contenção por envolvimento


2. BARREIRAS

Neste caso as barreiras envolvem a fonte dos poluentes, mantendo-os confinados no seu interior. Esta técnica
também poderá ser usada para impedir que os poluentes atinjam uma zona considerada sensível, protegendo-a
ao manter os poluentes do lado de fora.

17
FORMAS DE CONTENÇÃO/PROTECÇÃO

Fig.18 Arrasto Fig.19 Caso real de contenção por arrasto


2. BARREIRAS

A(s) barreira(s) projeta(m)-se quase perpendicularmente ao costado da embarcação ou navio que a(s) reboca
(m), orientando os poluentes para junto do casco, onde está um recuperador que os recolhe.

18
FORMAS DE CONTENÇÃO/PROTECÇÃO

Fig.20 Exclusão
2. BARREIRAS

Numa baía, enseada, pequeno rio ou gruta, podem estender-se barreiras entre os extremos mais próximos, para
bloquear os poluentes e proteger uma zona sensível.

A disposição das barreiras não pode ignoras as correntes de maré, devendo mesmo aproveitá-las.

19
FORMAS DE CONTENÇÃO/PROTECÇÃO

Fig.21 Desvio Fig.22 Caso real de contenção por desvio


2. BARREIRAS

Esta disposição tem como objetivo a deflexão dos poluentes de uma zona sensível, orientando-os para um local
previamente identificado, onde, por exemplo, se possa proceder à sua recolha.

20
FORMAS DE CONTENÇÃO/PROTECÇÃO

Fig.23 Cascata
2. BARREIRAS

Semelhante à configuração anterior, mas utilizada quando as barreiras existentes não se adequam a outro tipo
de configuração.

21
TIPOS DE FALHAS DAS BARREIRAS
Apesar das barreiras terem sido desenvolvidas para serem usadas em sistemas de águas rápidas ou para serem
rebocadas a uma velocidade relativamente alta, os formatos mais convencionais não são capazes de conter
hidrocarbonetos face a velocidades muito superiores a 1 nó, quando dispostas no ângulo certo. A forma como o
hidrocarboneto escapa da barreira é função tanto do tipo de hidrocarboneto como do formato da barreira. As
figuras seguintes mostram algumas das possíveis falhas das barreiras:

Fig.24 Arrastamento Fig.25 Falha de drenagem Fig.26 Acumulação crítica


2. BARREIRAS

Os hidrocarbonetos com viscosidades mais baixas Os hidrocarbonetos com baixas viscosidades têm Os hidrocarbonetos mais viscosos têm menos
escapam a velocidades menores do que os hidro- também tendência a formar gotículas que se tendência a serem arrastados na água e podem
carbonetos mais viscosos. Com a turbulência na separam da zona de acumulação de hidrocarbo- formar camadas mais espessas na zona de con-
crista da onda, causada por correntes elevadas, netos na face da barreira, acabando por viajar na tato com a barreira. Quando se atinge a espes-
começam a soltar-se gotas do lado de baixo da vertical e abaixo da saia da barreira. sura de acumulação crítica, o hidrocarboneto é
mancha de hidrocarbonetos que são, em seguida, varrido por baixo da barreira.
lançadas por baixo da barreira.

22
TIPOS DE FALHAS DAS BARREIRAS

Fig.27 Salpicos Fig.28 Submersão Fig.29 Alisamento


2. BARREIRAS

Além das correntes dos rios e das marés, o vento e Correntes muito fortes podem provocar a sub- Correntes muito fortes podem igualmente levar a
as ondas podem gerar movimentos na água que mersão da barreira, principalmente quando a que a barreira perca a sua posição vertical e
ultrapassem a velocidade de escape. Neste caso flutuação da barreira é insuficiente. fique na horizontal, permitindo assim que todo o
poderão ocorrer salpicos excessivos do hidrocarbo- hidrocarboneto acumulado passe acima e abaixo
neto acumulado, por cima da barreira. dela.

23
DEFINIÇÃO
3. RECUPERADORES

O grande objetivo de uma operação de recolha é recuperar a maior quantidade de hidrocarboneto, dentro daqui-
lo que for razoável e economicamente possível. Os equipamentos que recolhem e bombeiam o hidrocarboneto
são frequentemente combinados num “Recuperador”.
Todos os recuperadores são desenhados para recolher hidrocarbonetos em detrimento da água (são oleofílicos e
hidrofóbicos), no entanto o seu design varia consideravelmente de acordo com o uso pretendido, por exemplo no
mar, em águas abrigadas ou na costa.
Um recuperador para ser utilizado na água inclui uma forma de flutuação ou meio de suporte, enquanto designs
mais complicados podem ter propulsão própria e vários elementos de recolha, tanques de armazenamento inter-
nos e instalações para separação hidrocarbonetos/água.

24
SELEÇÃO DO RECUPERADOR
Existem alguns fatores que devem ser tidos em conta na altura de selecionar o recuperador a utilizar. Os mais
importantes são:
• a viscosidade
• as propriedades de adesão do hidrocarboneto derramado (incluindo qualquer alteração nessas proprieda-
3. RECUPERADORES

des devido ao seu envelhecimento)


• o estado do mar
• a quantidade de detritos.

NOTA: Não existe nenhum recuperador possível de ser utilizado em qualquer situação decorrente de um derrame de hidrocarbonetos. Nor-
malmente pode ser necessária uma seleção de diferentes recuperadores, principalmente à medida que o hidrocarboneto vai envelhecendo e,
consequentemente, sofrendo alteração nas suas propriedades.

Depois é importante identificar quais as intenções de utilização do recuperador e quais as condições operacionais
esperadas (por exemplo, se é para ser utilizado como parte integral dum navio de recolha ou se é para ser colo-
cado em terra num porto). Após a definição destes aspetos, deverão ser avaliados outros critérios como: tama-
nho, robustez e facilidade de operação, manuseamento e manutenção.

25
TIPOS DE RECUPERADORES
O elemento de recolha de um recuperador recolhe o hidrocarboneto da superfície da água, que flui depois para a
entrada de um sistema de bombagem que o transfere para ser armazenado. O mecanismo através do qual o
hidrocarboneto é removido da superfície da água inclui:
• sistemas oleofílicos, baseados na adesão do hidrocarboneto a uma superfície móvel;
3. RECUPERADORES

• sistemas de sucção;
• sistemas de acumulação (“weir”), que têm por base a gravidade;
• outros sistemas mecânicos, que elevam fisicamente o hidrocarboneto utilizando “colheres”, correias ou gar-
ras.

26
TIPOS DE RECUPERADORES
Sistemas Oleofílicos

Os sistemas oleofílicos utilizam materiais que têm afinidade preferencial com os hidrocarbonetos em detrimento
da água - materiais oleofílicos e hidrofóbicos. O hidrocarboneto adere à superfície material que normalmente tem
3. RECUPERADORES

a forma de um disco, um tambor, um cordão, uma escova ou um tapete, e, à medida que vai rodando vai reco-
lhendo o hidrocarboneto da superfície da água. Uma vez retirado da água o hidrocarboneto é raspado ou espre-
mido do material e cai num reservatório de onde é bombeado para posterior armazenamento.

Os recuperadores oleofílicos são mais eficientes para médias viscosidades, entre os 100 e os 2.000 Cst. Produtos
com baixas viscosidades, como gasóleo ou querosene, normalmente não se acumulam nas superfícies oleofílicas
em quantidade suficiente para atingir taxas de recolha elevadas. Os hidrocarbonetos com viscosidades muito
elevadas, como um bunker pesado, é excessivamente pegajoso e pode tornar a sua remoção do material muito
difícil. Por outro lado, as emulsões podem ser de tal maneira não aderentes que a sua remoção é difícil com
alguns designs de sistemas oleofílicos, por exemplo os discos vão cortar a emulsão em vez de possibilitarem a
sua recolha.

Discos e tambores com rugosidades são mais eficientes do que os lisos.


27
TIPOS DE RECUPERADORES

Esquema de funcionamento de um Exemplo de um recuperador oleofílico


Fig. 30 Fig. 31
recuperador oleofílico de discos de discos.
3. RECUPERADORES

RECUPERADOR DE DISCOS Hidrocarboneto que


Raspador aderiu ao disco

Hidrocarboneto
recuperado

Hidrocarboneto

Água

28
TIPOS DE RECUPERADORES

Exemplo de um recuperador oleofíli- Exemplo de um recuperador oleofílico


Fig. 32 Fig. 33
co de tambor. de escovas.
3. RECUPERADORES

29
TIPOS DE RECUPERADORES

Exemplo de um recuperador oleofíli- Exemplo de um recuperador oleofílico


Fig. 34 Fig. 35
co de cordão horizontal. de cordão vertical.
3. RECUPERADORES

30
TIPOS DE RECUPERADORES
Sistemas de Sucção

Em termos de teoria operacional, estes são os sistemas mais simples, nos quais os hidrocarbonetos são recolhi-
dos por bombas ou sistemas de sucção de ar diretamente da superfície da água. Em particular, cisternas ou
3. RECUPERADORES

reboques de vácuo, que combinam os elementos de recolha, armazenamento, transporte e separação hidrocar-
bonetos/água, estão muitas vezes disponíveis nos locais do derrame, sejam propriedade de entidades comer-
ciais, municipais ou agrícolas. São ideais para a recolha de hidrocarbonetos na ou próximos da costa. Existem
também equipamentos portáteis mais pequenos.

O método mais simples de recolha com estes recuperadores é colocar a boca de aspiração diretamente no hidro-
carboneto que flutua, com uma rede que impeça a entrada de detritos. Contudo, esta operação resulta muitas
vezes na recolha de elevadas quantidades de água (70%). Quando existirem regulações que o permitam, e o
equipamento necessário estiver disponível, o excesso de água deve ser decantado para maximizar a capacidade
de armazenamento disponível.

Recolhem qualquer tipo de produto. Exigem grande trabalho “braçal”. Existe um elevado risco de explosão ao
utilizar estes sistemas.
31
TIPOS DE RECUPERADORES

Esquema de funcionamento de um Exemplo de recuperadores de sucção


Fig. 36 Fig. 37
recuperador de sucção. facilmente disponibilizados
3. RECUPERADORES

32
TIPOS DE RECUPERADORES

Esquema de um recuperador de suc- Colocação da boca de aspiração ligada a uma bom-


Fig. 39 ba de vácuo, diretamente no hidrocarboneto
Fig. 38
ção portátil.
3. RECUPERADORES

33
TIPOS DE RECUPERADORES
Sistemas de Acumulação (“weir”)

Os recuperadores de acumulação usam a gravidade para, de forma seletiva, drenarem o hidrocarboneto da


superfície da água. Através do posicionamento do bordo do recuperador ao nível da zona de separação entre o
3. RECUPERADORES

hidrocarboneto flutuante e a água, ou ligeiramente abaixo, o hidrocarboneto flui pelo recuperador para ser reco-
lhido seletivamente, contendo o mínimo de água possível.
Existem alguns modelos mais avançados, que são ajustáveis permitindo o seu auto nivelamento vertical. Em
alternativa, existem modelos mais simples mas nos quais a entrada de água pode ser superior.

Não são efetivos com ondas altas, no entanto a pequena ondulação não costuma interferir na recuperação. Para
reduzir as perdas por fricção ao longo das mangueiras de transferência, alguns destes recuperadores têm bom-
bas para que o hidrocarboneto recolhido seja bombeado através da mangueira em vez de estar apenas depen-
dente da sucção. Não funcionam com hidrocarbonetos leves a médios. Recolhem hidrocarbonetos emulsificados.
Não recolhem detergentes eficientemente.

Muitas vezes, possível atingir níveis de recuperação e seleção de hidrocarbonetos elevados, acoplando um siste-
ma “weir” a um recuperador por sucção.
34
TIPOS DE RECUPERADORES

Esquema de funcionamento de um Esquema de um recuperador de


Fig. 40 Fig. 41
recuperador de acumulação “weir”
3. RECUPERADORES

35
TIPOS DE RECUPERADORES
Outros sistemas mecânicos

Outros designs de recuperadores foram adaptados para melhor lidar com a ondulação e mar agitado. Sistemas
rotativos de correias elevadas podem ser parcialmente descidos abaixo da zona de contacto do hidrocarboneto
3. RECUPERADORES

com a água, de modo a reduzir a influência das ondas superficiais.


Os tapetes podem ser construídas com um material oleofílico, como já foi referido, ou podem usar baldes ou
remos para ajudar a retirar o hidrocarboneto da água.

Eficiência dos Recuperadores

escoamento mecânico

eficiência na
recolha de
hidrocarbo-
netos (%) vácuo
oleofílico

Gráfico que mostra a eficiência dos diferentes


Fig. 42 tipos de recuperadores com hidrocarbonetos de
viscosidade (cSt) diferentes viscosidades
36
CARACTERÍSTICAS DOS RECUPERADORES MAIS COMUNS
Recuperador Taxa de Recolha Hidrocarbonetos Estado do mar Detritos Meios auxiliares
Dependente do nº e
Conseguem ser muito Necessita dos seguintes meios em
tamanho dos discos. Mais eficiente com
seletivos com poucas Pode entupir com separado: unidade de potência,
Discos Testes demonstram hidrocarbonetos de
ondas e corrente, com detritos. mangueiras hidráulicas e de descar-
que discos dentados média viscosidade.
pouca entrada de água. ga, sistema de armazenamento.
são mais eficientes.
3. RECUPERADORES

Mais eficiente com


As unidades mais pequenas incluem
Dependente do nº e hidrocarbonetos Recolhe muito pouca Tolera detritos
unidade de potência e tanque de
velocidade dos cor- médios, apesar de ou nenhuma água. significativos,
Cordão armazenamento. As unidades maio-
dões. Normalmente também poder ser Pode operar em águas gelo e outras
res necessitam de meios auxiliares
têm baixo rendimento. eficaz com hidrocarbo- agitadas. obstruções.
separados.
netos pesados.

Dependente do nº e
Oleofílicos

tamanho dos tambo- Conseguem ser muito Necessita dos seguintes meios em
Mais eficiente com
res. Testes mostram seletivos com poucas Pode entupir com separado: unidade de potência,
Tambor hidrocarbonetos
que os tambores sul- ondas e corrente, com detritos. mangueiras hidráulicas e de descar-
médios.
cados são mais efica- pouca entrada de água. ga, sistema de armazenamento.
zes.

Recolha nenhuma ou
Diferentes tamanhos Tolera pequenos Necessita dos seguintes meios em
Rendimento depen- muito pouca água.
de escovas para hidro- detritos mas separado: unidade de potência,
Escovas dente do nº e veloci- Alguns modelos podem
carbonetos leves, pode entupir com mangueiras hidráulicas e de descar-
dade das escovas. operar em águas agita-
médios e pesados. detritos maiores. ga, sistema de armazenamento.
das.

Pode recolher o hidrocarboneto dire-


Pode ser altamente
Tolera pequenos tamente para o local de armazena-
Mais eficiente com seletivo e recolher
detritos mas mento no topo do tapete. Necessita
Tapete Baixa a média. hidrocarbonetos pesa- pouca água. Pode
pode entupir com de meios auxiliares para a descarga
dos. operar em águas agita-
detritos maiores. do hidrocarboneto do navio para
das.
terra.

37
CARACTERÍSTICAS DOS RECUPERADORES MAIS COMUNS
Hidrocarbone-
Recuperador Taxa de Recolha Estado do mar Detritos Meios auxiliares
tos

Utilizado em águas calmas.


A existência de pequenas Cisternas e reboques de
Dependente da bom- Mais eficiente com ondas leva À recolha exces- vácuo normalmente incluem
Pode entupir com
Vácuo/sucção ba de vácuo. Normal- hidrocarbonetos siva de água. Pode ser a fonte de energia, a bomba
detritos
mente baixa a média. leves. acoplado um sistema de e o local de armazenamen-
3. RECUPERADORES

escoamento para aumentar to.


a seletividade.

Pode entupir com


Dependente da capa- Eficaz com hidrocar- Necessita dos seguintes
detritos, no entanto
cidade da bomba, do bonetos de leves a meios em separado: unida-
Escoamento Pode ser altamente seletivo algumas bombas
Não-oleofílicos

tipo de hidrocarbone- pesados. Hidrocarbo- de de potência, mangueiras


(weir) em águas calmas. conseguem lidar
to, etc. Pode ser ele- netos muito pesados hidráulicas e de descarga,
com pequenos
vada. podem não escoar. sistema de armazenamento.
detritos.

Pode recolher o hidrocarbo-


neto diretamente para o
Pode ser altamente seletivo Tolera pequenos
Mais eficaz com local de armazenamento no
e recolher pouca água. detritos mas pode
Tapete Baixa a média hidrocarbonetos topo do tapete. Necessita de
Pode operar em águas entupir com detri-
pesados. meios auxiliares para a
agitadas. tos maiores.
descarga do hidrocarboneto
do navio para terra.

Pode entupir com


Necessita dos seguintes
detritos, no entanto
meios em separado: unida-
Eficaz com hidrocar- Pode ser altamente seletivo algumas bombas
Tambor Média de de potência, mangueiras
bonetos pesados. em águas calmas. conseguem lidar
hidráulicas e de descarga,
com pequenos
sistema de armazenamento.
detritos.

38
LIMITAÇÕES NA RECUPERAÇÃO DE HIDROCARBONETOS

Como em muitas outras técnicas de resposta a derrames, a eficiência da recuperação de hidrocarbonetos é


influenciada por inúmeros fatores, entre os quais:
as condições meteorológicas adversas;
3. RECUPERADORES

a viscosidade do hidrocarboneto;
os efeitos das correntes e do vento.

Do mesmo modo, a capacidade de um sistema para recolher seletivamente hidrocarbonetos pode ser um
fator importante se a capacidade de armazenamento é limitada. Um outro fator limitante é a capacidade da
bomba, que tem influência na distância até ao local de armazenamento.

A capacidade de armazenamento é também muitas vezes um fator limitante na recuperação de hidrocarbo-


netos.

39
Direção do Combate à Poluição do Mar

DEZEMBRO 2013

Potrebbero piacerti anche