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SISTEMA DE AVALIAÇÃO

BASEADO EM
EVIDÊNCIA EMPÍRICA – ASEBA
AVALIAÇÃO CLÍNICA DE CRIANÇA E DE ADOLESCENTE

Nome | Paula | 2019


Índice
Sistema de Avaliação Baseado em Evidência Empírica (ASEBA) ........................................................ 3
O Sistema de Avaliação Baseado em Evidência Empírica ........................................................................ 3
A bateria ASEBA para o período escolar integra: ................................................................................... 4
Questionário de Comportamentos da Criança para Idades entre 6 e 18 anos (CBCL 6 - 18) ........ 5
Questionário de Autoavaliação para Jovens (YSR) ............................................................................... 7
Questionário de Comportamentos da Criança para Professores (TRF) ........................................... 8
Escalas da bateria ASEBA para o período escolar .................................................................................. 9
Escalas de competência da CBCL ............................................................................................................... 9
Escalas de competência da YSR .................................................................................................................. 9
Funcionamento adaptativo da TRF ........................................................................................................... 10
Escalas de síndromes .................................................................................................................................. 10
Escalas de síndromes da CBCL 6 – 18 ........................................................................................................ 10
Escalas de síndromes da CBCL ...................................................................................................................11
Escalas de Internalização e de Externalização na CBCL 6-18................................................................11
Síndromes das Escalas de Internalização e Externalização na CBCL 6-18 .......................................... 12
Escalas de Síndromes da YSR ................................................................................................................ 12
Escalas de Síndromes da TRF ................................................................................................................ 12
Escalas Orientadas pelo DSM-5 ............................................................................................................. 13
Cotação da CBCL, YSR e TRF ................................................................................................................. 14
ADVERTÊNCIAS .................................................................................................................................... 14
Cotação da CBCL .......................................................................................................................................... 14
Escala de Atividades (inclui: I. Desportos, II. Outras Atividades, IV. Trabalhos). ................................ 14
Escala de Atividades I. Desportos……………………………………………………………………………………………………...15
Competência nos Desportos: .................................................................................................................. 15
II.Outras Atividades (Passatempos, Atividades e Jogos Favoritos do seu filho).................................. 15
IV. Trabalhos (Empregos ou Tarefas) .................................................................................................... 15
Score Total para a Escala de Atividades ................................................................................................ 16
Escala Social ................................................................................................................................................ 16
III.Organizações (Organizações, Clubes, Equipas ou Grupos) ............................................................ 16
Score Total para a Escala Social ............................................................................................................. 18

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Escala Escola (inclui: Rendimento Médio, Educação Especial, Repetição de ano e Problemas
Escolares) ....................................................................................................................................................... 18
VII. 1. Rendimento Médio .......................................................................................................................... 18
VII.2. Educação Especial ............................................................................................................................ 18
VII.3. Repetição de Ano .............................................................................................................................. 18
VII.4. Problemas Escolares ......................................................................................................................... 19
Score Total para a Escala Escola ............................................................................................................ 19
Internalização, Externalização e Total de Problemas........................................................................... 19
Cotação da YSR ............................................................................................................................................ 22
Escalas de Competências .......................................................................................................................... 22
Escalas de Síndromes ................................................................................................................................ 23
Escalas de Competências ....................................................................................................................... 23
Cotação da TRF ............................................................................................................................................ 24
Rendimento Académico ............................................................................................................................ 24
Questionário de Comportamento da Criança para idades entre 1 1/2 e 5 anos (CBCL 1 ½ - 5) ... 25
Questionário de Desenvolvimento da Linguagem (Language Development Survey - LDS) ..... 26
Questionário de Comportamento da Criança para Educadores, Cuidadores e Auxiliares
Educativos (CTRF) ...................................................................................................................................... 28
Escalas de Síndromes da CBCL 11/2-5....................................................................................................... 28
Internalização e Externalização na CBCL 1 1/2-5 ................................................................................ 29
Escalas de Síndromes da C-TRF ............................................................................................................... 29
Entrevista Clínica Semi-estruturada para Crianças e Adolescentes 6-18 anos (SCICA).............. 29
Instruções iniciais ....................................................................................................................................... 31
Se for usado um gravador .......................................................................................................................... 31
Cotação manual da SCICA ......................................................................................................................... 31
Cotação ....................................................................................................................................................... 32

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Sistema de Avaliação Baseado em
Evidência Empírica (ASEBA)
 Os instrumentos do ASEBA visam aumentar a fidelidade e validade da avaliação do
funcionamento socioemocional:
• através da estandardização e
• do facto de permitirem comparar os resultados entre informadores e com os estudos existentes.

 A base destes instrumentos foi o desenvolvimento da CBCL, que remonta à década de 1960
(Achenbach, 1966).

 Achenbach propôs um modelo multiaxial de avaliação, assente na inclusão de diferentes tipos e


fontes de informação relevantes na avaliação dos problemas comportamentais/emocionais e
competências das(os)crianças/adolescentes.

 O Sistema de Avaliação Baseado em Evidência Empírica – ASEBA (Achenbach System of


Empirically Based Assessment; Achenbach, 1991, 2001) consiste num conjunto de questionários
baseados na investigação e na prática clínica.

 Foram desenvolvidos e aprimorados durante as últimas décadas.

 Têm como objetivo:


• avaliar problemas comportamentais, emocionais e sociais,
• competências e funcionamento adaptativo do sujeito.

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• É o sistema de avaliação psicológica mais usado e pesquisado no mundo.
• Foi traduzido em mais de 85 línguas.
• É amplamente citado na literatura internacional.

 A bateria ASEBA para o período escolar integra:


• Child Behavior Checklist for ages 6-18 (CBCL 6-18; Achenbach, Rescorla, Dias, Ramalho,
Lima, Machado, & Gonçalves, 2014),
• Teacher´s Report Form (TRF; Achenbach, Rescorla, Dias, Ramalho, Lima, Machado, &
Gonçalves, 2014),
• Youth Self-Report (YSR; Achenbach, Rescorla, Dias, Ramalho, Lima, Machado, & Gonçalves,
2014),
• Semistructured Clinical Interview for Children & Adolescents (SCICA; McConaughy &
Achenbach, 2001).

 Os questionários da bateria ASEBA podem ser utilizados em diferentes contextos, para:


• definir uma linha de base sobre o funcionamento da(o) criança/adolescente e aferir se há
necessidade de intervenção,
• identificar problemas e desvios em relação à norma,
• determinar se há necessidade de aprofundar a avaliação,
• auxiliar na identificação de continuidades e descontinuidades no funcionamento das crianças,
em função dos contextos.

 A CBCL e a TRF podem ser preenchidas por todos os adultos significativos que interagem com
a criança.
 Ajudam os profissionais a documentar as semelhanças e as diferenças relatadas no comportamento
da(o) criança/adolescente.
 A YSR é preenchida pelo própria(o) adolescente, para documentar as semelhanças e as
diferenças na forma como:
• a/o jovem se perceciona a si próprio e
• os outros a/o percecionam.

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Questionário de Comportamentos da
Criança para Idades entre 6 e 18 anos
(CBCL 6 - 18)
 A CBCL 6-18 é um questionário composto por:
• 112 itens com questões estruturadas, referentes a problemas, comportamentos e competências,
e
• 3 questões abertas, que permitem conhecer a perceção geral dos pais ou outros informadores
que interagem com a/o criança/adolescente no contexto familiar.
 Os itens descrevem problemas comportamentais, emocionais e sociais das crianças no período
escolar (6-18 anos).
 São pontuados em escalas de síndromes e em escalas orientadas pelo DSM-5 (APA, 2013).

 As questões abertas permitem ao adulto registar informação sobre:


• doenças,
• dificuldades,
• principais preocupações com a(o) criança/adolescente e
• áreas fortes da(o) criança/adolescente.

 Deve ser preenchida por ambos os pais, ou outros cuidadores da criança, mas sempre de forma
individual, por forma a preservar a independência dos observadores.

 Inclui informação demográfica sobre:


• a criança (e.g., nome, idade, sexo, escolaridade e data de nascimento),
• o informador (e.g., nome, sexo, profissão),
• o tipo de relação que tem com a criança (e.g., mãe, pai, pais adotivos, madrasta/padrasto, ou
outro tipo de relacionamento).

 A informação sobre a profissão dos pais, ou cuidadores, permite inferir o nível socioeconómico da
família.

 O/A informador(a) deve responder a 112 itens, considerando o comportamento da(o)


criança/adolescente, nos últimos seis meses.

 O processo de resposta implica o posicionamento do/a informador(a) numa escala de Likert de três
pontos:
• 0 - não é verdadeira,
• 1 - alguma forma ou algumas vezes verdadeira e
• 2 - muito verdadeira ou frequentemente verdadeira.

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 Nalguns itens, são solicitadas descrições sobre os problemas referidos.

 O item 113 requer que o informador escreva sobre outros problemas que não tenham sido
previamente descritos.

 No caso dos informadores com dificuldade na leitura, ou que, por outros motivos, não consigam
preencher o questionário CBCL autonomamente, a/o psicóloga(o):
• entrega uma cópia do questionário ao progenitor/informador,
• fica com segunda cópia e
• fornece as seguintes instruções:
‘Vou ler-lhe as perguntas deste questionário, em voz alta, e tomar nota das suas respostas.’

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Questionário de Autoavaliação para
Jovens (YSR)
A YSR tem como objetivo conhecer a perceção do jovem, entre os 11 e os 18 anos, sobre o seu
comportamento, problemas e competências.

 É constituída por:
• 112 itens, com questões estruturadas, referentes aos problemas,
• 3 questões abertas, que visam recolher informação sobre doenças, dificuldades e
preocupações, bem como sobre o que melhor o descreve, e
• questões que versam sobre informação sociodemográfica e itens de competências.

 Na eventualidade de a/o adolescente não conseguir preencher o questionário autonomamente, a/o


psicóloga(a) poderá auxiliá-lo no processo de resposta.

 O informador deve responder a 112 itens, considerando o seu comportamento, nos últimos seis
meses.

 O processo de resposta implica o posicionamento a/o adolescente numa escala de Likert de três
pontos:
• 0 - não é verdadeira,
• 1 - alguma forma ou algumas vezes verdadeira e
• 2 - muito verdadeira ou frequentemente verdadeira.

 Dos 112 itens da YSR, 105 têm congéneres na CBCL.


 Nalguns itens, são solicitadas as descrições dos problemas referidos.
 O item 113 requer que o jovem escreva sobre outros problemas que não figuram nos itens anteriores.

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Questionário de Comportamentos da
Criança para Professores (TRF)
 A TRF é um questionário constituído por:
• 112 itens, com questões estruturadas que descrevem tipos específicos de problemas
comportamentais, emocionais e sociais que caraterizam crianças no período escolar (6-18 anos);
• um item adicional (113), que requer que o informador escreva sobre problemas que não
constam nos itens anteriores;
• itens de resposta aberta, para encorajar o informador a descrever a criança e a especificar as
suas caraterísticas positivas e áreas fortes.

 Dos 112 itens, 97 têm congéneres na CBCL.

 Este questionário permite recolher informação sobre:


• dados sociodemográficos da criança,
• papel do informador junto da mesma (i.e. professor titular de turma, professor de apoio,
professor de educação especial),
• o grau de conhecimento que tem da(o) criança/adolescente,
• em que contexto a observa,
• a quantidade de tempo que está com ela,
• em que tipo de aula/serviço se insere,
• informações relativas ao seu rendimento académico e
• a algumas caraterísticas adaptativas.

 O TRF deve ser preenchido por:


• professores,
• assistentes operacionais, e/ou
• outras pessoas que observem o funcionamento da criança no contexto escolar.

 O processo de resposta implica o posicionamento numa escala de Likert de três pontos:


• 0 - não é verdadeira,
• 1 - alguma forma ou algumas vezes verdadeira e
• 2 - muito verdadeira ou frequentemente verdadeira.
O/A informador(a) deve considerar o comportamento da(o) criança/adolescente nos últimos dois
meses.

 Embora a TRF tenha sido desenhada para crianças e adolescentes entre os 6 e os 18 anos, poderá
ser utilizada para avaliar crianças de 5 anos de idade que:
• estejam no seu primeiro ano de escolaridade,
• se prevê reavaliar depois do sexto aniversário.

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Escalas da bateria ASEBA para o
período escolar
 Os itens relativos à competência e ao funcionamento adaptativo fornecem informação sobre o
funcionamento da(o) criança/adolescente nos contextos familiar e escolar,
• na relação com os pares e
• nas atividades recreativas.

 Esta informação auxilia o profissional a identificar recursos distintos na criança através da


perspetiva de cada informador.

Escalas de competência da CBCL

 O perfil de cotação das competências da CBCL integra as seguintes escalas:

• Atividades: quantidade e qualidade da participação da criança em desportos, outras atividades


recreativas, emprego e tarefas.

• Social: participação em organizações, número de amigos próximos, número de contactos


semanais com os amigos, o quão bem a criança se dá com os outros, diverte-se e trabalha sozinha.

• Escola: rendimento académico, apoio da educação especial, retenções e outros problemas


escolares.

Escalas de competência da YSR

 O perfil de cotação das competências da YSR é definido da mesma forma que o perfil de
competências da CBCL.

 Contudo, na YSR, não é solicitada informação sobre o apoio da educação especial, retenções e
outros problemas escolares.

 Não é cotada, no que diz respeito à escala Escola.

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 Apresenta apenas as escalas Social e Atividades, às quais se soma a autoavaliação do rendimento
académico.

Funcionamento adaptativo da TRF

 O perfil de Funcionamento Adaptativo da TRF abrange os resultados para os itens respeitantes:


• ao rendimento escolar,
• à capacidade de trabalho,
• ao comportamento adequado,
• à aprendizagem e
• à felicidade da criança.

Escalas de síndromes

 Uma síndrome é um conjunto de problemas que, habitualmente, ocorrem em simultâneo.

 Para determinar quais os itens-problema da bateria ASEBA para o período escolar que seguem esta
tendência de coocorrência:

• realizaram-se análises estatísticas dos questionários preenchidos por um número significativo


de informadores.

 Estas análises conduziram à construção da versão original das escalas de síndromes e à posterior
validação junto da população portuguesa

Escalas de síndromes da CBCL 6 – 18

 No perfil de cotação da CBCL, podem identificar-se oito escalas de síndromes:

• Ansiedade/Depressão,
• Isolamento/Depressão,
• Queixas Somáticas,
• Problemas Sociais,
• Problemas de Pensamento,

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• Problemas de Atenção,
• Comportamento Delinquente e
• Comportamento Agressivo.

Escalas de síndromes da CBCL

 A designação atribuída a cada escala representa o resumo dos principais tipos de problemas que
formam a síndrome.

 No perfil, abaixo do nome da escala, pode verificar-se a cotação que o informador atribuiu a cada
item (0, 1 ou 2).

 À direita da cotação, encontra-se a indicação do número do item da CBCL, seguida da designação


abreviada do conteúdo do item.

 A partir dos scores obtidos nessas escalas, a cotação da criança ou adolescente pode ser incluída
nos limites clínico, limítrofe ou normativo, em relação ao seu funcionamento global.

Escalas de Internalização e de Externalização na CBCL 6-18

 As pontuações das(os) crianças e adolescentes podem ser, igualmente, agrupadas em duas escalas
mais amplas:

• Internalização e
• Externalização.
• Engloba problemas relacionados com:
• o indivíduo e
• sintomas de natureza subjetiva (i.e., isolamento social, ansiedade, medos).

 A escala de Internalização abrange as três síndromes que se encontram do lado esquerdo do perfil:

• Ansiedade/Depressão,
• Isolamento/Depressão e
• Queixas Somáticas.

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 A escala de Externalização engloba, principalmente, conflitos com outras pessoas e expetativas
sobre a criança.
• Integra as duas síndromes que se encontram do lado direito do perfil:
• Comportamento Delinquente e
• Comportamento Agressivo.

 Na CBCL, a presença de sintomatologia geral é obtida a partir do somatório de todos os itens do


questionário, indicado pelo score Total de Problemas (no perfil,Total).

Síndromes das Escalas de Internalização e Externalização na CBCL 6-18

Escala Síndrome
Ansiedade/Depressão
Isolamento/Depressão
Internalização Queixas Somáticas
Comportamento Delinquente
Externalização Comportamento Agressivo

Escalas de Síndromes da YSR

 Tal como acontece com a informação reportada na CBCL, é possível identificar na YSR síndromes
de problemas.

 As síndromes que derivam da informação apresentada na YSR são todas equivalentes (em
designação e significado) às obtidas na CBCL.

 O procedimento de identificação dos valores das escalas de

 Internalização e de Externalização na YSR é semelhante ao realizado com a CBCL.

 É ainda possível calcular um score Total de Problemas (no perfil, Total) na YSR, que é obtido a
partir do somatório de todos os itens do questionário.

Escalas de Síndromes da TRF

 Na TRF a identificação das síndromes é feita tal como na CBCL e na YSR.

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 As síndromes da TRF têm a mesma designação e significado do que aquelas obtidas na CBCL, com
a exceção da síndrome Problemas de Atenção, que contempla duas subescalas para:

• Desatenção,
• Hiperatividade-Impulsividade.

 O perfil apresenta os itens destas últimas subescalas em duas colunas separadas, que permitem a
obtenção do resultado total para cada subescala.

 A soma destes dois resultados permite obter o resultado total para a síndrome Problemas de Atenção.

 O processo relativo à identificação das escalas de Internalização e de Externalização na TRF, bem


como o cálculo do score Total de Problemas (no perfil,Total) é igual ao requerido pela CBCL.

Escalas Orientadas pelo DSM-5

 O sistema ASEBA viabiliza a adoção de uma perspetiva assente num sistema de diagnóstico formal
mais utilizado atualmente:
• o Manual de Diagnóstico e Estatística de Perturbações Mentais da American Psychiatric
Association (DSM-5; APA, 2013).
• A investigação suporta a existência de associações significativas entre os critérios de
diagnóstico do DSM e os resultados das escalas da bateria ASEBA.

 Com a atualização do DSM-5:


• a designação de algumas das categorias de diagnóstico foram alteradas,
• modificaram-se algumas escalas da bateria ASEBA orientadas pelo DSM para os 6-18 anos.

 Contudo, a força desta associação depende de diversos fatores:

• a formação e orientação teórica de quem faz o diagnóstico;


• a idade da criança que está a ser avaliada;
• os tipos de problemas apresentados pela criança;
• a informação em que se baseia o diagnóstico;
• a forma como os dados são obtidos e relacionados, e
• as escalas de síndromes utilizadas para realizar o diagnóstico.

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Cotação da CBCL, YSR e TRF

 Os perfis da CBCL e da TRF:


• estão separados em função do género, e
• apresentam normas específicas para as idades 6-11 e 12-18.

 Os conteúdos das escalas são os mesmos para ambos os géneros e faixas etárias.

 Na YSR, as normas para ambos os géneros são apresentadas num


mesmo perfil.

ADVERTÊNCIAS
 Não cotar as escalas de competência, se faltar informação referente a mais do que uma pontuação
indicada de cada escala.

 Não cotar as escalas de problemas na CBCL, na TRF, ou na YSR, se faltarem dados em mais de
8 itens, excluindo os itens 56h e 113 e os itens socialmente desejáveis da YSR (6, 15, 49, 59, 60,
73, 80, 88, 92, 98, 106, 107, 108, 109).

Cotação da CBCL
Escalas de Competências (Atividades, Social e Escola)

Escala de Atividades (inclui: I. Desportos, II. Outras Atividades, IV. Trabalhos).


➢ Desportos

• Se o informador assinalar ‘Não pratica nenhum desporto’ – introduzir 0 no perfil.


• Se o informador assinalar 1 desporto – introduzir 1 no perfil
• Se o informador assinalar 2 desportos – introduzir 2 no perfil.
• Se o informador assinalar 3 ou mais deportos – introduzir 3 no perfil.

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➢ Escala de Atividades
I. Desportos
Competência nos Desportos

• Se o informador assinalar Não Sei – introduzir 0 no perfil


• Para cada resposta menos do que a média ou abaixo da média – cotar 1 no perfil
• Para cada resposta média – cotar 2 no perfil
• Para cada resposta mais do que a média ou acima da média – cotar 3 no perfil

Nota: Se o informador assinalar dois valores para o mesmo item, regista-se o valor 1, junto do item
no perfil.

Escala de Atividades

→ Excluindo os espaços em branco e as respostas ‘não sei’, deve ser calculada a média destas
pontuações através da:
• soma da competência nos diferentes desportos e
• divisão do valor da soma pelo número de pontuações que somou.
Insere-se, depois, esta média no perfil.

➢ II.Outras Atividades (Passatempos, Atividades e Jogos Favoritos do seu filho)

• Se o informador assinalar Nenhum passatempo/atividade/jogo – introduzir 0 no perfil.


• Se o informador assinalar 1 passatempo/atividade/jogo – introduzir 1 no perfil.
• Se o informador assinalar 2 passatempos/atividades/jogos – introduzir 2 no perfil.
• Se o informador assinalar 3 ou mais passatempos/atividades/jogos – introduzir 3 no perfil.

→ Competência nas Outras Atividades


• Se o informador assinalar Não Sei – introduzir 0 no perfil.
• Para cada resposta menos do que a média ou abaixo da média – cotar 1 no perfil.
• Para cada resposta médio – cotar 2 no perfil.
• Para cada resposta mais do que a média– cotar 3 no perfil.

➢ IV. Trabalhos (Empregos ou Tarefas)

• Se o informador assinalar Não desempenha nenhuma tarefa – introduzir 0 no perfil em Nº de


trabalhos.
• Se o informador assinalar 1 tarefa – introduzir 1 no perfil em Nº de trabalhos.
• Se o informador assinalar 2 tarefas – introduzir 2 no perfil em Nº de trabalhos.
• Se o informador assinalar 3 ou mais tarefas – introduzir 3 no perfil em Nº de trabalhos.

→ Competência no Trabalho (Grau de Competência)

• Se o informador assinalar Não Sei – introduzir 0 no perfil.


• Para cada resposta Menos – cotar 1 no perfil.

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• Para cada resposta Médio – cotar 2 no perfil.
• Para cada resposta Mais – cotar 3 no perfil.

→ IV. Trabalhos (Empregos ou Tarefas) e Competência no Trabalho (Grau de Competência)



▪ Excluindo os espaços em branco e as respostas ‘não sei’:
• calcula-se a média destas pontuações, através da soma da cotação nas diferentes atividades e
• divide-se pelo número de pontuações que somou.
▪ Insere-se esta média no perfil.

 Score Total para a Escala de Atividades

▪ Para poder obter este score, somam-se as 6 pontuações dos itens da escala de Atividades.
▪ Se a informação em falta impedir o cálculo de uma pontuação, introduz-se o valor da média das
outras 5 pontuações.
▪ Se os itens Competência nos desportos, Competência nas Outras Atividades, ou Grau de
competência no trabalho, estiverem ausentes e a média das outras 5 pontuações exceder 2.0,
arredonda-se para 2.0.
▪ Arredondar o total para o valor de .5 mais próximo.

Escala Social
➢ III.Organizações (Organizações, Clubes, Equipas ou Grupos)

• Se o informador assinalar Não pertence a nenhuma organização, clube ou grupo – introduzir 0 no


perfil.
• Se o informador assinalar 1– introduzir 1 no perfil.
• Se o informador assinalar 2 – introduzir 2 no perfil.
• Se o informador assinalar 3 ou mais – introduzir 3 no perfil.

➢ Escala Social (inclui: III. Organizações, V. Amigos, VI. Comportamento com os Outros)
III.Organizações (Organizações, Clubes, Equipas ou Grupos)
Grau de atividade nas organizações/clubes/equipas/grupos

• Se o informador assinalar Não Sei – introduzir 0 no perfil


• Para cada resposta Menos – cotar 1 no perfil
• Para cada resposta Médio – cotar 2 no perfil
• Para cada resposta Mais– cotar 3 no perfil

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Escala Social
 Excluindo os espaços em branco e as respostas não sei, calcula- se a média destas pontuações,
através da soma da cotação nas diferentes organizações e posterior divisão pelo número de
pontuações que somou.
 Insere-se esta média no perfil.

❖ V. Número de Amigos

• Se o informador assinalar Nenhum – introduzir 0 no perfil


• Se o informador assinalar 1 – introduzir 1 no perfil
• Se o informador assinalar 2 ou 3 – introduzir 2 no perfil
• Se o informador assinalar 4 ou mais – introduzir 3 no perfil

❖ Frequência de contacto com amigos (Atividades com os amigos fora das horas de aula)

 Este item pode ser cotado com 1 ou 2 se não forem relatados amigos íntimos no item anterior
• Se o informador assinalar menos do que 1 vez – introduzir 0 no perfil
• Se o informador assinalar 1 ou 2 vezes – introduzir 1 no perfil
• Se o informador assinalar 3 ou mais vezes – introduzir 2 no perfil

❖ VI.A. Comportamento com outros (Relacionamento com a. irmãos/irmãs, b. Outras


crianças/jovens e c. Pais)

• Se o informador assinalar Pior – cotar 0 no perfil.


• Se o informador assinalar Médio – cotar 1 no perfil.
• Se o informador assinalar Melhor – cotar 2 no perfil.
• Excluindo os itens que não foram preenchidos pelo informador, calcula-se a média dessas pontuações,
introduzindo-a, depois, no perfil.

❖ VI. B. Comportamento sozinho (d. Consegue divertir-se e trabalhar por si próprio)

• Se o informador assinalar Pior – introduzir 0 no perfil


• Se o informador assinalar Médio – introduzir 1 no perfil
• Se o informador assinalar Melhor – introduzir 2 no perfil

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 Score Total para a Escala Social

 Soma-se as 6 pontuações dos itens da escala Social.


 Se informação em falta impedir o cálculo de uma pontuação, substitui-se a média das outras cinco
pontuações para a ausência de pontuação no cálculo total.
 Se o item III (Média de atividade nas çoções), V (Contacto com amigos), VI.A (Comportamento
com os outros), ou VI.B (comportamento sozinho) estão ausentes e a média das outras 5 pontuações
exceder 2.0:
• arredondar para baixo, ou seja, para 2.0.
• arredondar o total para o valor de .5 mais próximo.

Escala Escola (inclui: Rendimento Médio, Educação Especial, Repetição de ano e


Problemas Escolares)

❖ VII. 1. Rendimento Médio

Para cada disciplina:


 Se o informador assinalar Maus resultados – cotar 0 no perfil.
 Se o informador assinalar Abaixo da média – cotar 1 no perfil.
 Se o informador assinalar Médio – cotar 2 no perfil.
 Se o informador assinalar Acima da média – cotar 3 no perfil.
 Introduz-se a média destas pontuações no perfil.
 As disciplinas incluem Português, Francês e/ou Inglês, Matemática, História e outras disciplinas,
como, por exemplo, Ciências Físico-químicas, Biologia, Geografia e Educação Visual.
 Não são consideradas as disciplinas de Educação Física, Educação Musical, ou outras semelhantes.

❖ VII.2. Educação Especial

 Para qualquer tipo de serviços, estabelecimentos ou classes especiais do tipo remediativo, atraso,
perturbações emocionais, problemas de aprendizagem, défice percetual-motor, leitura, sala de
apoio, etc.
 Se o informador assinalar sim – introduzir 0 no perfil.
 Se o informador assinalar não – introduzir 1 no perfil.

❖ VII.3. Repetição de Ano

 Se repetiu algum ano letivo – introduzir 0 no perfil.


 Se não repetiu nenhum ano letivo – introduzir 1 no perfil.

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❖ VII.4. Problemas Escolares

 Se o informador assinalou algum problema escolar que esteve presente, nos últimos 6 meses, mas
não foi descrito acima – introduzir 0 no perfil.
 Se o informador não assinalar nenhum problema além dos que foram pontuados – introduzir 1 no
perfil.

 Score Total para a Escala Escola

 Para obter este score, somam-se as quatro pontuações dos itens da escala Escola do perfil, a não ser
que falte alguma pontuação.
 Arredonda-se o total para o valor de .5 mais próximo.
 O perfil de competências apresenta os percentis, no lado esquerdo, e as notas T no lado direito.
 Os percentis permitem comparar o resultado bruto de cada escala de competências com a amostra
normativa de crianças, por género e idade.
 As notas T providenciam uma medida que é similar para todas as escalas.
 Os intervalos de percentis englobam diferentes valores que apresentam uma correspondência direta
com as notas T.

São definidos três intervalos para as notas T:

 borderline (demarcado pelas linhas tracejadas em que as notas T variam entre 31 e 35),
 clínico (abaixo das linhas tracejadas em que as notas T <31) e
 normativo (acima das linhas tracejadas em que as notas T >35).

Total de Competências

 É calculado através da soma das pontuações das escalas de Atividades, Social, e Escola.
 Não se pode calcular a pontuação do Total de Competências, se alguma das pontuações destas 3
escalas estiver em falta.
 As notas T para o Total de Competências figuram na tabela que consta à direita do perfil.
 Circunda-se a pontuação do Total de Competências da criança, na coluna correspondente à sua
idade (6-11 ou 12-18).
 Estabelece-se a correspondência entre a nota bruta e a nota T, do lado direito.
 O intervalo clínico apresenta notas T <37 (percentil <10);
 O intervalo borderline varia entre as notas T = 37 - 40 (percentil 10 - 16);
 O intervalo normativo apresenta notas T > 40 (percentil >16), conforme sombreado no quadro dos
resultados T, à direita do perfil.

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 Os pontos de corte do Total de Competências são mais elevados (i.e. menos restritivos) do que nas
escalas Atividades, Social e Escola, porque cada uma destas escalas contém menos itens do que o
Total de Competências.

Escalas de Síndromes

 Para cada item-problema, regista-se, no formulário do perfil, o valor 0, 1 ou 2 correspondente a


cada resposta no espaço apropriado junto do item.
 Se o informador assinalou dois valores para o mesmo item, regista- se o valor 1 junto do item no
perfil.

 Os comentários do informador deverão ser utilizados para decidir se os itens serão, ou não, cotados
segundo os seguintes parâmetros:
• Para cada problema reportado pelo informador, apenas deverá ser cotado o item que, de modo
mais específico, descreve o problema.
• Se os comentários do informador mostram que mais do que um item foi cotado para um
determinado problema, ou se o informador considerou os itens 56h e 113, para classificar um
problema que se encontra identificado num outro local, regista-se apenas o item mais específico.
• Para itens em que o informador descreveu costumava fazer isto, usa-se a mesma cotação do
informador, exceto quando a informação se reportar claramente a um período anterior a 6 meses,
especificados nas instruções para a CBCL e para a YSR, ou anterior a 2 meses, para a TRF.

֎ Em caso de dúvida, utiliza-se a cotação indicada pelo informador, com exceção dos seguintes
itens:
• Item 9, Obsessões – excluir qualquer comportamento que não seja claramente obsessivo (e.g.,
não cotar não aceita um não como resposta.)
• Item 46, Movimentos nervosos – se não consegue estar sentado, ou outra informação que se
enquadre inteiramente no item 10 for aqui assinalada, cotar apenas o item 10.
• Item 56d, Problemas com a vista – cotação 0 para usa óculos, vê mal ao perto, ou para outros
problemas visuais de origem física.
• Item 66, Compulsões – não cotar comportamentos não compulsivos (e.g., continua a bater no
irmão).
• Item 72, Provoca fogos – cotar brincar com fósforos ou com isqueiros, se for relatado pelos
pais.
• Item 77, Dorme mais do que a maioria - não cotar quer ficar na cama, mas cotar dificuldade
em acordar a criança.
• Item 83, Acumula coisas – não cotar hobby de coleções, tal como selos, bonecas.
• Item 84, Comportamento estranho ou Item 85, Ideias estranhas – se o descrito pelo
informador se encontrar especificamente contemplado num outro item, deverá cotar-se apenas
o item que melhor descrever o problema.

• Item 105, Drogas – se o álcool e o tabaco forem colocados aqui, cotar o item 2 ou 99, se já não
tiverem sido cotados.

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• Item 113, Outros Problemas – cotar apenas quando o problema não se encontre especificamente
descrito num outro item;

 Se o informador registar mais do que um problema, deverá considerar-se apenas aquele que obtiver
o valor mais elevado, para a cotação do Total de Problemas.

 A união das pontuações obtidas em cada uma das escalas permite o desenho de um perfil que
demonstra as escalas em que a pontuação da criança é pautada por pontuações baixas, intermédias
ou elevadas.

 As linhas a tracejado no perfil delimitam o intervalo borderline, que se situa entre o percentil 93 e
97 para uma amostra normativa de crianças não referenciadas.

 O intervalo borderline define resultados que são suficientemente altos, devendo ser alvo de
preocupação, embora não se desviem tão significativamente como as pontuações que estão acima
do tracejado superior.

 Os resultados que se encontram acima desta linha (i.e., acima do percentil 97 da amostra normativa)
indicam que o informador reportou um número suficiente de problemas para ser considerado
clinicamente significativos.

 Os resultados abaixo da linha tracejada inferior encontram-se dentro do intervalo de valores


normativos.

Internalização, Externalização e Total de Problemas

 O cálculo dos resultados da escala de Internalização é facilmente obtido através da soma dos
resultados das três síndromes que a compõem (Escala I, II e III), tal como é apresentado abaixo do
título Cálculos, no lado direito do perfil.
 De modo semelhante, os resultados da escala de Externalização (Escala VII, VIII) são obtidos
somando os resultados das duas síndromes que se inserem neste mesmo grupo.

 Os resultados T para as cotações dos grupos de Internalização e Externalização encontram-se


referenciados num quadro à direita do quadro Cálculos.
• Estes resultados T indicam quão elevados são os valores de Internalização e Externalização,
numa escala semelhante à escala das cotações T para cada uma das síndromes.
• Ao observar os resultados T de Internalização e Externalização, é possível compreender se os
problemas da criança tendem a concentrar-se num dos grupos, em ambos, ou em nenhum dos
dois.
• As linhas sombreadas no quadro dos resultados T, à direita do perfil, indicam os valores
borderline para os grupos de síndromes de Internalização e de Externalização, que se situam
num intervalo de resultados T entre 60 a 63 (percentil 84 a percentil 90).

 Resultados T acima de 63 encontram-se no intervalo clínico.

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 Os problemas abrangidos pelas escalas de síndromes são menos numerosos e diversos do que
aqueles presentes nas escalas de Internalização e de Externalização.
 As escalas de síndrome têm pontos de corte para os intervalos borderline e clínicos mais elevados
do que os das escalas de Internalização e de Externalização.

 A pontuação do Total de Problemas (Total) é calculada pela soma dos resultados obtidos nas
escalas:
• Internalização,
• Externalização,
• síndromes Problemas Sociais (escala IV),
• Problemas de Pensamento (escala V),
• Problemas de Atenção (escala VI) e
• outros problemas (Outros probs).

 Os resultados T para as cotações do Total de Problemas, encontram-se num espaço à direita de


Cálculos com os resultados T de Internalização e de Externalização.

 É possível comparar os resultados de dois ou mais informadores nos perfis cotados manualmente,
através do desenho de linhas com cores diferentes que mostrem as pontuações de cada informador.
 É, assim, possível verificar até que ponto cada um destes informadores difere de forma significativa
no modo como avalia a criança em cada escala.

Cotação da YSR
➢ Escalas de Competências

 A cotação é similar à da CBCL 6-18.


 A única diferença centra-se no facto de a escala Escola ser constituída por apenas um item.
 Para se obter um valor nesta escala, deverá proceder-se à cotação de cada disciplina, no item VII
do questionário (resultados escolares), de acordo com a seguinte classificação:
• Se o informador assinalar Maus resultados – cotar 0
• Se o informador assinalar Abaixo da média – cotar 1
• Se o informador assinalar Médio – cotar 2
• Se o informador assinalar Acima da média – cotar 3

 Deverá ser calculada a média destas pontuações, resultando num valor entre 0 e 3 (não existe no
perfil um local para introdução deste valor).
 Soma-se, depois, esta média ao valor total das escalas Atividades e Social no cálculo do score Total
de Competências.

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 As notas T para o score Total de Competências da YSR podem ser consultadas na tabela existente
no lado direito do perfil.

➢ Escalas de Síndromes

 A YSR apresenta oito escalas de síndromes, que são as mesmas da CBCL.


 Como no perfil da CBCL, o perfil da YSR exibe a pontuação 0, 1 ou 2 atribuída pelo jovem a cada
item.
 Em caso de dúvida, utiliza-se a cotação indicada pelo informador, com exceção dos itens 9, 40, 66
e 70.

→ Item 9, Não consegue afastar certas ideias do pensamento


• Não se cinge às obsessões.
• Incluir quase todo o tipo de pensamentos, exceto problemas que estão especificados na lista.
• Se o jovem escrever sexo para este item, por exemplo, é mais apropriado cotá-lo no item 96,
Penso demasiado em sexo.
• Se não for abrangido por outro item, as respostas devem ser consideradas normais para a idade
do jovem e deve ser considerada a cotação do jovem (e.g., carros, raparigas, rapazes).

→ Item 40, Ouve sons e 70.Vê coisas


• Cotar experiências, como zumbido nos ouvidos e manchas diante dos olhos, tal como o jovem
cotou;
• Não cotar experiências que decorrem sob a influência de drogas e álcool.

• Item 66, Ações repetidas


• Não se cinge às compulsões.
• Pode incluir diversos comportamentos, exceto problemas que estão especificados na lista.
Repetições verbais ou gaguejar, por exemplo, é mais apropriado cotar no item 79, Problemas de
linguagem.

 O resultado total das diferentes escalas é obtido, através do cálculo da soma das pontuações dos
itens de cada escala.
 No gráfico, circunda-se o número correspondente a cada uma dessas escalas e desenha-se uma linha
que liga os valores assinalados para formar o perfil.
 Atendendo ao lado esquerdo do gráfico, pode identificar-se o percentil correspondente a cada um
dos resultados de cada escala.

 As linhas tracejadas no perfil indicam o intervalo de valores borderline, que se encontra


compreendido entre os percentis 93 e o 97 (resultado T de 65 a 69).
 A secção OUTROS PROBLEMAS não constitui uma escala.
 Porém, o seu valor deverá ser adicionado para o cálculo da cotação do Total de Problemas (Total)
na coluna Cálculos.

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Cotação da TRF
Funcionamento Adaptativo (Rendimento Académico, Trabalho, Comportamento Adequado,
Feliz)
 O perfil do funcionamento adaptativo da TRF engloba os itens relativos ao rendimento
académico, bem como as caraterísticas adaptativas (Trabalho, Comportamento adequado,
Feliz).

❖ Rendimento Académico

 Item VII. Para cada disciplina, deverá cotar as pontuações dos professores da seguinte forma:
• Se o informador assinalar Muito abaixo = 1
• Se o informador assinalar Um pouco abaixo = 2
• Se o informador assinalar Dentro do nível = 3
• Se o informador assinalar Um pouco acima = 4
• Se o informador assinalar Bastante acima = 5
• Se o professor assinalou dois valores para o mesmo item, regista-se o valor 1 junto do item no
perfil.

 Introduz-se a média das classificações do professor para todas as disciplinas abaixo do título
Rendimento Académico no perfil (as disciplinas podem incluir Português, Francês e/ou Inglês,
Matemática, História e outras disciplinas, como, Ciências Físico- Químicas, Biologia, Geografia e
Educação Visual.
 Não considerar Educação Física, Educação Musical, ou outras semelhantes.

 Item VIII. 1 a VIII. 4. - Para avaliar a comparação com os outros alunos da turma, os itens
VIII 1 a 4 (está a trabalhar; está a comportar-se adequadamente; está a aprender; é feliz) deverão
pontuar-se da seguinte forma:
• Se o informador assinalar Muitíssimo menos = 1
• Se o informador assinalar Menos = 2
• Se o informador assinalar Um pouco menos = 3
• Se o informador assinalar Na média = 4
• Se o informador assinalar Um pouco mais = 5
• Se o informador assinalar Mais = 6
• Se o informador assinalar Muitíssimo mais = 7

 Introduz-se a pontuação no perfil (VIII. 1.Trabalha Muito; VIII. 2. Comportamento Adequado;VIII.


3. Aprendizagem;VIII. 4. Feliz).
 Preenche-se a coluna soma dos itens e efetua-se a soma final.
 Não calcular a soma, se estiver em falta algum dos 4 itens.

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 O perfil do funcionamento adaptativo da TRF é análogo ao perfil de competências da CBCL e da
YSR, diferindo apenas em dois aspetos.
• Os percentis do perfil do funcionamento adaptativo da TRF variam de 7 a 93.
• As notas T variam de 35 a 65.
 O processo de obtenção da pontuação das escalas de síndromes, bem como das escalas de
Internalização, Externalização e Total de Problemas, é igual ao requerido pela CBCL.
 Os pontos de corte são os mesmos para a CBCL 6-18.

Questionário de Comportamento da
Criança para idades entre 1 1/2 e 5
anos (CBCL 1 ½ - 5)
 A CBCL 11/2-5 é um questionário composto por 99 itens com questões estruturadas e 3 questões
abertas.
 Permite conhecer a perceção dos pais, ou outros informadores que convivam com a criança em
contexto familiar, sobre os seus comportamentos, problemas e competências.
 Os itens que integram o questionário descrevem tipos específicos de problemas comportamentais,
emocionais e sociais que:
• caraterizam crianças que se encontram no período pré-escolar e
• são pontuados em escalas de síndromes e em escalas orientadas pelo DSM (APA, 2013).

 As questões abertas solicitam informação sobre doenças, dificuldades e sobre o que mais preocupa
o informador em relação àquela criança, bem como sobre o que melhor a
descreve.
 Deve ser preenchido, preferencialmente, por ambos os pais/cuidadores da criança de forma
independente.
 Inclui informação demográfica sobre:
• a criança,
• a identificação do informador e
• dados sobre a sua relação com a criança (por exemplo, mãe, pai, pais adotivos ou outro tipo de
relacionamento).

 Ao informador, é solicitado que classifique os 99 itens, relativamente aos dois últimos meses, de
acordo com uma escala de Likert de três pontos, igual à que consta nos questionários dirigidos à
idade escolar.

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Questionário de Desenvolvimento da
Linguagem (Language Development
Survey - LDS)

 Os atrasos na aquisição de competências de linguagem constituem uma preocupação comum no


que concerne ao desenvolvimento de crianças pequenas.
 Estes atrasos podem interferir no funcionamento das crianças, gerando problemas comportamentais
e emocionais.
 A sintomatologia psicopatológica pode interferir no desenvolvimento da linguagem, como ocorre
nas perturbações que incluem dificuldades de comunicação.

 O LDS tem como objetivo recolher informação sobre a linguagem da criança.


 Deve ser preenchido pelos pais das crianças;
• com menos de três anos,
• com mais de três anos em relação às quais se suspeite de algum atraso do desenvolvimento da
linguagem.

 O LDS solicita informações sobre:


• a história do nascimento da criança,

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• a ocorrência de infeções auditivas,
• a existência de problemas linguísticos na família,
• aspetos associados a atrasos no desenvolvimento da linguagem.

 É, também, pedido que os informadores indiquem as melhores frases com múltiplas palavras ditas
pela criança.
 Adicionalmente, constam no LDS 310 palavras que constituem uma amostra das primeiras palavras
que a maior parte das crianças aprende e reproduz.
 É pedido ao informador que assinale as palavras que a criança diz espontaneamente, existindo ainda
um espaço para adicionar outras palavras utilizadas pela criança.

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Questionário de Comportamento da
Criança para Educadores, Cuidadores
e Auxiliares Educativos (CTRF)

 A C-TRF dirige-se a educadores de infância, professores, auxiliares educativos, ou outras pessoas


que observem a criança em grupos de, pelo menos, quatro crianças.
 Permite recolher informação demográfica sobre a criança, qual o papel do informador junto da
mesma, o quão bem a conhece e em que contexto a observa.
 Integra diversos itens que são comuns à CBCL 11/2-5.

 Integra 99 itens com questões estruturadas.


 Refere-se a comportamentos apresentados pela criança, nos últimos 2 meses.
 Os itens são pontuados numa escala Likert de três pontos.
 Inclui itens de resposta aberta, a fim de que o informador a descreva a criança e identifique o que
de melhor ela tem.

Escalas de Síndromes da CBCL 11/2-5

 O perfil de cotação da CBCL 11/2 -5 identifica sete escalas de síndromes com as seguintes
designações:
• Reatividade Emocional,
• Ansiedade/Depressão,
• Queixas Somáticas,
• Isolamento Social,
• Problemas de Sono,
• Problemas de Atenção e
• Comportamento Agressivo.

 A denominação atribuída a cada escala resume os tipos de problemas que formam a síndrome.

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Internalização e Externalização na CBCL 1 1/2-5

Escala Síndromes
Reatividade emocional
Internalização Ansiedade/Depressão
Queixas somáticas
Isolamento
Problemas de Atenção
Externalização Comportamento Agressivo

Escalas de Síndromes da C-TRF

 É possível identificar na C-TRF síndromes de problemas.


 As síndromes são equivalentes, em designação e significado, às obtidas na CBCL 11/2 -5, com a
exceção da síndrome Problemas de Sono, que não é contemplada no C-TRF.
 O processo de cotação das escalas de Internalização e de Externalização na C-TRF é igual ao
requerido pela CBCL 11/2-5.
 Tal como na CBCL 11/2-5, é possível calcular um score Total de Problemas, obtido a partir do
somatório de todos os itens do questionário.

Entrevista Clínica Semi-estruturada


para Crianças e Adolescentes 6-18
anos (SCICA)

 A SCICA foi desenvolvida na década de 1980 por McCounaughy e Achenbach, a fim de


complementar a taxonomia e avaliação multiaxial com uma entrevista que viabilizasse uma
avaliação direta da criança.
 Inicialmente, dirigia-se apenas a crianças entre os 6 e os 11 anos.
 Posteriormente, passou a incluir, também, o intervalo 12-18 anos.
 Alicerça-se, simultaneamente, numa abordagem:
• ideográfica,
• nomotética.

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A SCICA é uma entrevista clínica estandardizada semi- estruturada.
 Dirige-se a crianças/adolescentes entre os 6 e os 18 anos.
 Integra duas partes:
• Protocolo,
• Formulários de observação e de autorrelato.

 Embora o seu formato seja semi-estruturado, a cotação nos formulários de observação e de


autorrelato é quantitativa.
• O tempo de administração oscila entre 60 e 90 minutos.
• A sua estrutura é flexibilizável em função das especificidades de cada criança/adolescente.

 O protocolo da SCICA permite recolher amostras de funcionamento em 9 áreas gerais


1. atividades, escola, emprego;
2. amigos;
3. relações familiares;
4. fantasias;
5. autoperceção, sentimentos;
6. problemas relatados pelos pais/professores;
7. testes de realização (opcional);
8. para idades entre os 6-12: pesquisar anormalidades motoras – destreza fina e grossa
(opcional);
9. para idades entre os 13 – 18: queixas somáticas, álcool, droga, problemas com a lei.

 O formulário de observação inclui:


• 120 itens centrados nos problemas,
• um item de resposta aberta para registar até 3 problemas adicionais observados durante a
entrevista.

 Permite recolher informação sobre o comportamento, afeto e estilo de interação observadas durante
a entrevista e as tarefas que integram a SCICA.
 O formulário de autorrelato integra:
• 114 itens que descrevem problemas que a/o criança/adolescente podem reportar, durante a
entrevista,
• um item de resposta aberta (247) para registar até 3 problemas adicionais observados durante
a entrevista.

 Os itens 228-235, que incidem sobre queixas somáticas, são específicos para crianças com idades
compreendidas entre os 6 e os 12 anos.
 Os itens 236-246 abrangem outras queixas somáticas, abuso de substâncias e infração da lei

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 Alguns dos itens destes formulários foram adaptados com base nos itens da CBCL e do TRF,
enquanto outros são específicos deste instrumento.
 Os itens são cotados numa escala de Likert de 3 pontos (0 – sem ocorrência; 3 – ocorrência muito
severa).

Instruções iniciais
“Vamos passar algum tempo a conversar e a fazer coisas juntos para que eu possa conhecer-te melhor
e fique a saber o que tu gostas e o que tu não gostas. Esta conversa é privada e não vou dizer aos teus
pais e professores o que tu me disseres, a não ser que me dês autorização para o fazer. A única coisa
que poderei contar é se disseres que te vais magoar a ti próprio ou a outra pessoa, ou que alguém te
magoou a ti”.

Se for usado um gravador:


“Vamos gravar a nossa conversa neste gravador, para me ajudar a lembrar o que dissemos.”

 Depois de fornecer as instruções iniciais, a/o psicólogo(a) inicia a exploração da primeira área
temática, ou de outras áreas temáticas que sejam espontaneamente referidas pelo sujeito.

 Podem ser utilizados materiais de jogo com crianças mais novas que se mostrem mais inibidas, ou
relutantes, em envolver-se nas tarefas.

 Os temas são então referidos, introduzindo perguntas na discussão, durante o jogo.


 Com as crianças mais novas, podem ser utilizados: blocos de madeira, família de bonecos com mãe,
pai, rapaz, rapariga, bebé e outras figuras adultas, mobília da casa das
bonecas.
 As perguntas específicas para idades entre os 13 e os 18 anos estão devidamente sinalizadas no
protocolo.

Cotação manual da SCICA

 Se estiverem por preencher mais de 8 itens no formulário de observação ou de autorrelato, não é


possível cotar as escalas de síndromes.

 O número que é introduzido à esquerda do número do item nos formulários de observação e de


autorrelato indica a que escala pertence cada um dos itens.

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 Na folha de perfil, introduzem-se as respostas a cada um dos itens (i.e., 0, 1, 2 ou 3).

 Se o item não integra as escalas de síndromes, introduzem-se as respostas no verso da página, em


que se encontra o perfil referente às escalas de síndromes.

 Não é necessário fazer uma distinção rigorosa entre os aspetos que dizem respeito à observação
e ao autorrelato, visto que algumas caraterísticas/comportamentos são passíveis de integrar em
ambos os formulários.

 Se for claro que os problemas descritos pela(o) criança/adolescente se reportam a um período


anterior a 6 meses, deve cotar-se 0 no(s) respetivo(s) item(ns).

 Apenas o item que descreve, mais especificamente, uma observação particular ou autorrelato
deve ser cotada.

 Para obter a pontuação bruta para cada escala de síndrome, somam-se as pontuações 1, 2 e 3,
introduzindo, depois, o resultado desta soma no ‘TOTAL’ de cada escala.

Cotação
 Com base nos formulários de observação e de autorrelato, é possível construir um perfil,
similar ao obtido a partir da CBCL, do YSR ou do TRF.

 As escalas obtidas a partir da análise fatorial são:


1. Ansiedade/Depressão,
2. Comportamento Ansioso,
3. Problemas Familiares,
4. Isolamento,
5. Comportamento agressivo,
6. Problemas de atenção,
7. Comportamento estranho,
8. Comportamento de oposição.

1. Ansiedade/Depressão

 Trata-se de uma escala derivada do autorrelato.


 É semelhante ao síndrome com a mesma designação na CBCL.
 Correlaciona-se com a Ansiedade/Depressão na CBCL.

2. Comportamento Ansioso

 Avalia os indicadores de ansiedade através da observação do comportamento da(o)


criança/adolescente.

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 Não está correlacionada com as escalas da CBCL, nem do TRF.

3. Problemas Familiares

 É uma subescala obtida a partir do autorrelato e sem equivalente noutros questionários.


 Está correlacionado com a escala Queixas Somáticas na CBCL e no TRF.

4. Isolamento

 É uma escala obtida com base na observação, contrariamente ao que acontece na CBCL.
 Está correlacionado com a escala de Isolamento da CBCL e do TRF.

5. Comportamento agressivo

 É obtido com base no autorrelato e é semelhante à escala que surge sob a mesma designação
na CBCL.
 Está correlacionado com a escala de Comportamento Agressivo na CBCL e no TRF.

6. Problemas de Atenção

 Baseia-se na observação.
 Correlaciona-se com a escala Problemas de Atenção na CBCL.

7. Comportamento estranho

 Baseia-se na observação.
 Integra itens que a aproximam da escala Problemas de Pensamento da CBCL.
 Está correlacionada com a escala Problemas Sociais da CBCL e com a escala Problemas de
Pensamento no TRF.

8. Comportamentos de oposição

 Baseia-se na observação.
 Integra itens que a aproximam das Escalas de Externalização do CBCL.
 Está correlacionada com a escala Problemas Sociais na CBCL e, sobretudo, com a escala
Comportamento Agressivo no TRF.

 Com base no perfil, é possível obter totais parciais para:


• Internalização,
• Externalização,
• Total de Problemas.

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