Iniciamos o terceiro milênio enfrentando um vasto número de problemas ambientais,

que ameaçam não somente o equilíbrio ecológico do planeta, como também a sua
biodiversidade, inclusive a vida humana.
Desde a década de 70 a humanidade vem tomando consciência de que existe uma crise
ambiental planetária e nunca se falou tanto conservação da natureza e em problemas
socioambientais como na atualidade. Os impactos ambientais gerados a natureza são em sua
grande maioria irreversíveis. Dentre eles incluem-se mudanças nos ecossistemas, contaminação
dos recursos naturais, aquecimento global, degradação ambiental (como acidificação dos
oceanos), extinção em massa e perda de biodiversidade.
O atual crescimento repentino da população humana nos últimos três séculos pode ser
responsável pelo agravamento de muitos problemas ambientais, levantando inquietações de que
o planeta talvez não consiga sustentar o número atual ou futuro de habitantes. Modificar o
ambiente para atender às necessidades da sociedade está causando efeitos severos, que se
agravam à medida que o problema da superpopulação humana continua. Algumas atividades
humanas que causam danos (direta ou indiretamente) ao meio ambiente em escala global
incluem o consumo exagerado, a super exploração dos recursos naturais, a poluição e o
desmatamento, para citar apenas alguns.
Uma das consequências mais conhecidas dos impactos causados pela superpopulação é
o aquecimento global, resultante da emissão de gases associados ao efeito estufa. A queima em
larga escala de petróleo, carvão e gás natural para gerar combustível e eletricidade é um dos
principais causadores do que pode ser o mais grave dos problemas ambientais enfrentados pelo
planeta. Entre as consequências mais graves do aquecimento global, podemos destacar a
extinção de diversas espécies, alteração na frequência e intensidade das chuvas, ondas de calor,
crescimento de regiões desérticas, elevação do nível do mar e intensificação de fenômenos
meteorológicos.
Muitos outros problemas ambientais podem ser apontados. Um deles é a contaminação
de alimentos por produtos químicos nocivos à saúde humana, como adubos químicos,
agrotóxicos, hormônios e medicamentos aplicados comumente ao gado para que ele cresça mais
rapidamente ou não contraia doenças. Podemos acrescentar ainda a crescente poluição dos
oceanos e mares, o avanço da desertificação, o desmatamento acelerado das últimas grandes
reservas florestais originais do planeta (Amazônia, bacia do rio Congo e Taiga), a extinção
irreversível de milhares ou até milhões de espécies vegetais e animais, etc.
O mundo detém atualmente uma população de aproximadamente 7,7 bilhões de pessoas,
para que o planeta não entre em colapso é necessário encontrar formas sustentáveis de
desenvolvimento, além de integrar as questões sociais e ambientais nesse processo.
Diante de tal conjuntura, existem diversas teorias que prometem solucionar os
problemas ambientais, algumas radicais outras mais flexíveis e coerentes.
Uma das primeiras estratégias a serem colocadas em prática é o maior e melhor controle
da natalidade, permitindo simultaneamente uma melhoria ambiental e social, uma vez que evita
o aumento da extração de recursos. Devendo ser aplicado especialmente em países em
desenvolvimento, implementando sistemas de assistência a mulheres, pois quando as mulheres
têm o poder de controlar a sua própria reprodução e ganhar acesso à educação e a serviços
sociais básicos, o número médio de nascimentos por mulher cai significativamente. Se forem
feitos corretamente, esses sistemas de assistência podem tirar mulheres da pobreza extrema,
mesmo em países onde a atuação do Estado permanece, deficiente.
 Vale ressaltar dois pontos fundamentais para que o aumento de pessoas no mundo não
se transforme em um grande “pesadelo”: transição adequada para um sistema econômico que
favoreça o crescimento e que ele seja ligado principalmente, a preservação do meio ambiente.
Esforços conjuntos devem ser feitos para evitar a diminuição da biodiversidade.
Proteger e recuperar habitats é apenas um lado da questão - combater a caça e a pesca ilegais e
o comércio de vidas selvagens é outro. Isso deve ser feito em parceria com populações locais,
para que a conservação da vida selvagem seja do seu interesse, tanto social como econômico.
No caso do aquecimento global não há evidencias cientificas que revertam a situação
atual, porem algumas medidas podem ser tomadas para retardar as mudanças climáticas, como:
Substituir os combustíveis fósseis por energia renovável, a substituição de combustíveis fósseis
poderá ser o maior desafio do século XXI. Existem muitos candidatos, que variam do etanol
feito a partir de produtos agrícolas ao hidrogênio obtido por eletrólise da água, mas todos
apresentam alguns reveses e nenhum está imediatamente disponível na escala necessária;
Atualizar a infraestrutura , o investimento em uma nova infraestrutura, ou a atualização radical das
estradas e linhas de transmissão existentes, ajudariam a reduzir as emissões de gases de efeito
estufa e promover o crescimento econômico nos países em desenvolvimento; Consumir menos, a
forma mais fácil de reduzir as emissões dos gases do efeito estufa é simplesmente comprar menos
coisas. Seja abrindo mão de um automóvel ou empregando uma sacola de compras reutilizável, a
redução do consumo resulta em uma menor queima de combustíveis fósseis para extrair, produzir
e transportar produtos ao redor do mundo; parar o desmatamento e começar a reflorestar, todo ano,
13 milhões de hectares de florestas são derrubados. Só a madeira extraída dos trópicos contribui
com 1,5 bilhão de toneladas métricas de carbono na atmosfera. Isto representa 20% das emissões
de gases de efeito estufa de origem humana, e uma fonte que poderia ser evitada de forma
relativamente fácil.
Outro fator que pode ser extremamente eficiente no processo de conservação está
inserido no contexto da educação. Essa forma ocorre na construção de um ensino ligado à
qualidade, e não à quantidade. Formar pessoas conscientes ambientalmente a partir de aulas
específicas de educação ambiental possibilita a produção de resultados positivos de médio a
longo prazo, o lado positivo desse item é que a mudança ocorre na base da sociedade (jovens),
originando pessoas preocupadas com os problemas relacionados ao ambiente. O esforço
educacional deve, no entanto, ampliar-se e assumir forma permanente, buscando despertar a
consciência ecológica em todo e qualquer ponto da Terra onde haja vida.
Para contribuir com os itens anteriores é importante a implantação de medidas comuns
a todos os países do mundo, com a finalidade de surtir efeito na mesma escala, nesse caso seria
necessária a participação efetiva das nações desenvolvidas.
Por fim não se deve esquecer que por mais insensatas que sejam as suas ações, o homem
faz parte da natureza e jamais pode ser esquecido, ao se tratar da questão ambiental. Os
processos de educação e a disseminação do conhecimento ecológico irão pouco a pouco
divulgando a importância dos ecossistemas, mostrando que, com a sua destruição progressiva,
o homem estará empobrecendo cada vez mais o seu habitat e comprometendo o seu futuro e o
das novas gerações.