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Atualidades para a PC/DF Agente e Escrivão de Polícia

Prof. Leandro Signori

1. As origens das preocupações ambientais


A subsistência do ser humano sempre dependeu dos recursos naturais à
sua volta. Ao longo da história, a exploração do meio ambiente contribuiu para
o apogeu e para o declínio de grandes civilizações. Por conta dessa forte
interdependência, o debate ambiental ganhou visibilidade aos poucos, trazendo
diferentes visões sobre o desenvolvimento e a conservação da natureza.
Durante milhares de anos, o homem argumentou que destruía o meio
ambiente para obter recursos indispensáveis à sua subsistência. Hoje, cientistas
mostram que a própria sobrevivência da humanidade está em xeque por causa
da exploração desenfreada dos recursos da natureza. Já não resta outra saída:
a preservação de nossa espécie depende de uma mudança radical.
Praticada há milênios, a agricultura sempre produziu impactos negativos
sobre o meio ambiente. O desmatamento e a desertificação do solo promovidos
por nossos ancestrais são prova disso. Porém, foi com o avanço tecnológico que
se impôs um novo ritmo de ação predatória. Foi só a partir da industrialização
que os cientistas começaram a se articular para discutir os efeitos da poluição
e os inúmeros problemas socioambientais causados pelo novo modelo de
produção.
Iniciada na Inglaterra, a Revolução Industrial foi um divisor de águas
na história da humanidade. Ela transformou artesãos em proletários, ambientes
domesticados em artificiais, subsistência em salário, imprimindo uma drástica
mudança na organização social. Além das transformações socioeconômicas, a
Revolução Industrial também intensificou problemas ambientais, acelerando a
extração dos recursos naturais.
No final do século XVIII, a comunidade científica passa a se interessar mais
intensamente pelas questões ambientais. Preocupados com a falta de freio do
progresso tecnológico, os cientistas argumentavam que era necessário
estabelecer áreas intocáveis, onde a ação transformadora do homem fosse
bloqueada. Nasciam, assim, os primeiros santuários ecológicos, como o Parque
Yellowstone, nos Estados Unidos, criado em 1872.
Após a II Guerra Mundial, no período da Guerra Fria, Estados Unidos e
União Soviética armaram-se até os dentes, ostentando arsenais bélicos
suficientes para destruir o planeta inteiro várias vezes. A corrida armamentista
alarmou não apenas os estudiosos, mas largas parcelas da população mundial.
O debate ambiental, antes restrito às camadas intelectuais, ganhou a atenção
de todas as classes, tornando-se um assunto do dia a dia.
Influenciados pela crescente pressão social, os governos não ignoraram
esses alertas. Com a chegada do século XX, diversos acordos internacionais
buscaram mitigar os efeitos nocivos da ação humana sobre a natureza.

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2. A sociedade de consumo
Vivemos em uma sociedade marcada e dominada pela lógica do consumo.
Todas as pessoas – jovens, adultos, idosos –, sejam elas ricas ou pobres, estão
inseridas nesse contexto. São centenas de milhares de produtos apresentados
como se tivéssemos a necessidade de tê-los para se alcançar a felicidade. O ato
de consumir é colocado como uma das formas que permitem ao cidadão ou ao
indivíduo sentir-se inserido na sociedade.
A economia mundial vive um momento em que um dos seus sustentáculos
é a produção em larga escala de bens materiais. Vive-se um tempo em que
existe forte pressão para que o estilo de vida seja baseado no consumo. A casa,
o carro, as viagens fazem parte desse estilo.
A expansão do consumismo acelerado acarreta alta demanda/necessidade
de energia, minérios, água e tudo o que é necessário à produção e ao
funcionamento dos bens de consumo. O consumo exacerbado, não sustentável,
globalizou-se. A expansão desenfreada do consumo trouxe consigo problemas
que antes eram vistos como indiretos, mas que hoje estão cada vez mais ligados,
de forma direta, aos problemas ambientais.
A ONU tem alertado para a velocidade da utilização dos recursos naturais,
que já é muito maior que a capacidade de regeneração da natureza. Para alguns
elementos da natureza, a reposição é impossível e a escala de tempo para a
formação é milhões de vezes maior que a vida média dos seres humanos.
Segundo o World Wildlife Fund (WWF), uma das ONGs ambientalistas mais
ativas no mundo, o homem está consumindo 30% a mais dos recursos naturais
que a Terra pode oferecer. Se continuarmos nesse ritmo predatório, em 2030 a
demanda atingirá os 100% – ou seja, precisaremos de dois planetas para
sustentar o mundo.
A biocapacidade é um indicador que mede a área de terras e águas
capazes de gerar recursos biológicos úteis e de absorver os resíduos produzidos
pelas atividades humanas. A Terra tem uma biocapacidade de 13,4 bilhões de
hectares globais. A pressão das atividades humanas sobre os ecossistemas é
medida pela pegada ecológica. Ela nos mostra se o nosso estilo de vida está
de acordo com a capacidade do planeta em oferecer e renovar seus recursos
naturais e absorver os resíduos provocados pela atividade humana.
O índice, apresentado em hectares globais, representa a superfície
ocupada por terras cultivadas, pastagens, florestas, áreas de pesca ou
edificadas. Em tese, a sustentabilidade do planeta estaria garantida se cada
pessoa no mundo utilizasse 1,8 hectare de área (quase dois campos de futebol).
O problema é que essa média é de cerca de 2,7 hectares. Nos países
desenvolvidos, esse número é ainda maior – o índice dos Estados Unidos, por
exemplo, é de 9,6 hectares por pessoa.

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Pegada ecológica humana

Crédito: Ecological Footprint Network, 2010

PASSAMOS DO LIMITE – A linha azul representa tudo de que a humanidade


dispõe para sobreviver – os recursos de um planeta, nem mais nem menos. É
sobre esse planeta que a humanidade imprime sua pegada ecológica (linha
vermelha). A maneira de manter o equilíbrio entre a pegada ecológica e a
biocapacidade é reduzir o ritmo de exploração dos recursos naturais,
desenvolvendo a produção de uma forma equilibrada.

3. O desenvolvimento sustentável
Apesar de relativamente recente, a ideia de “desenvolvimento
sustentável” era percebida há muitas décadas. A deterioração do ar, da água e
dos solos já preocupava muitos governos europeus, que vivenciavam a
destruição das florestas e dos rios, bem como a péssima qualidade de vida dos
seus habitantes.
No início do século XX ficava cada vez mais claro que esses problemas
somente cresceriam e que seria necessária uma ação conjunta. Porém, foi
somente depois da Segunda Guerra Mundial (1939–1945) que os esforços
internacionais pela preservação ambiental começaram a ter algum resultado.
Gradativamente, a comunidade internacional despertava para a
problemática atual, até que, em 1972, o Clube de Roma, uma organização
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voltada ao debate do futuro da humanidade, publicou, com o apoio de


especialistas do Massachusetts Institute of Technology (MIT), o relatório
Limites do Crescimento. Alvo de muita polêmica, o relatório afirmava que, se
continuassem os ritmos de crescimento da população, da utilização de recursos
naturais e da poluição, a humanidade correria sérios riscos de sobrevivência no
final do século XXI.
O relatório do Clube de Roma repercutiu de tal forma que, em 1972, a
ONU organizou a Conferência de Estocolmo, conhecida como 1ª Conferência
Internacional para o Meio Ambiente Humano.
Considerada um marco do movimento ambiental, foi a primeira
conferência organizada pela ONU que debateu os problemas ambientais do
planeta. Poucos avanços foram conseguidos ao final da conferência, porém a
sensibilização das lideranças da comunidade internacional acabou levando a
ONU a criar o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma).
Após a Conferência de Estocolmo, a comunidade internacional continuou
debatendo e se mobilizando sobre o tema. Mas o conceito de desenvolvimento
sustentável só iria surgir quinze anos depois, em 1987, em um contundente
documento divulgado pelo Pnuma – o Relatório Nosso Futuro Comum
(também chamado de Relatório Brundtland). A coordenação da elaboração
do documento coube à então primeira-ministra da Noruega, Gro Harlem
Brundtland.
O relatório Nosso Futuro Comum é o primeiro grande documento científico
que apresenta com detalhes as causas dos principais problemas ambientais e
ecológicos, envolvendo atividades e políticas econômicas e discutindo
abertamente os problemas das tecnologias usadas para movimentar a
sociedade.
O documento popularizou o conceito de desenvolvimento sustentável,
assim definido pelo relatório:

“Desenvolvimento sustentável é aquele que satisfaz as necessidades da


geração presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras de
satisfazerem as suas próprias necessidades.”

Galera, não há um conceito único para o desenvolvimento sustentável. Há


muitos conceitos, que variam conforme o autor. Por isso, é fundamental
compreender a ideia, a proposta do desenvolvimento sustentável.
Vários autores propõem o conceito de sustentabilidade, que, segundo os
próprios, seria mais abrangente que o desenvolvimento sustentável. Pode-se
dizer que o desenvolvimento sustentável diz respeito à noção de que a sociedade
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deve viver com os recursos naturais que o meio ambiente pode fornecer-lhe, e
não com o que ela deseja que a Terra lhe forneça. O grande desafio é aliar o
progresso econômico à preservação do meio ambiente, o que exige uma
mudança de modelo de desenvolvimento e nos padrões de consumo
vigentes.

Sustentável é o desenvolvimento visto da maneira mais ampla possível –


crescimento econômico com igualdade e justiça social, sem comprometer os
recursos naturais, que garanta qualidade de vida para as gerações futuras. A
ideia é que a pressão exercida pelas atividades humanas não seja tão intensa a
ponto de esgotar seus recursos, como terras aráveis, água limpa e florestas. Ao
mesmo tempo, todo desenvolvimento deve garantir condições de saúde,
moradia e educação a toda a população – respeitando, inclusive, as
peculiaridades e culturas de diferentes grupos, como as populações indígenas.

O debate sobre a insustentabilidade do atual modelo de desenvolvimento


e sobre formas de alcançar o desenvolvimento sustentável seguiu após a
divulgação do Relatório Nosso Futuro Comum. Na verdade, é um tema central,
cada vez mais presente nas conferências ambientais da ONU. Perpassou a Eco-
92, Rio+5, Rio+10 e Rio+20.
A Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e
Desenvolvimento (Eco-92) realizou-se no Rio de Janeiro, de 3 a 14 de junho
de 1992. A Agenda 21 foi o mais importante documento aprovado pelos
Estados-membros presentes na Eco-92. O documento está dividido em quatro
seções e quarenta capítulos sobre as mais variadas áreas. Trata-se de um
planejamento de futuro, com ações de curto, médio e longo prazos, contendo
metas, indicadores, instrumentos, recursos e responsabilidades definidas. Não é
uma agenda ambiental, mas uma agenda para o desenvolvimento sustentável.
O compromisso com a sustentabilidade traduz-se, na Agenda 21, em 27
princípios, calcados em três premissas:
• os países desenvolvidos devem mudar seu padrão de produção e
consumo e, portanto, seu modelo econômico;
• os países em desenvolvimento devem manter as metas de crescimento,
mas adotar métodos e sistemas de produção sustentáveis;
• as nações desenvolvidas devem apoiar o crescimento das mais pobres,
com recursos financeiros, transferência de tecnologia e reformas nas relações
comerciais e financeiras internacionais.

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Vinte anos após a Rio 92, os países-membros da ONU reuniram-se em


2012, no Rio de Janeiro, na Conferência da ONU para o Desenvolvimento
Sustentável – RIO+20. O evento teve como objetivo analisar os progressos
feitos, desde 1992, e avançar na adoção de políticas para o desenvolvimento
sustentável.
Previamente à conferência, a ONU divulgou um balanço geral da situação
do planeta. A entidade considerou que o progresso em prol da sustentabilidade
nas duas décadas anteriores havia sido bastante limitado. Segundo a ONU,
novas tecnologias e métodos de produção adotados pela indústria baixaram em
um terço o volume de recursos empregados em cada bem ou serviço produzido
nos últimos 25 anos.
Apesar dessa evolução, no resultado final, o planeta passou a consumir
50% a mais de recursos naturais. Isso ocorreu porque as nações mais ricas não
reduziram seu nível de consumo. Simultaneamente, as economias emergentes,
como Índia e China, extremamente populosas, passaram a consumir mais do
que nas décadas anteriores.
Como o cenário era de muita expectativa, esperavam-se resultados
concretos. Não foi o que ocorreu. A Rio+20 causou frustração aos que
esperavam metas ou agendas de compromissos.

4. Objetivos do Desenvolvimento Sustentável

A Rio+20 deliberou pela elaboração dos Objetivos do Desenvolvimento


Sustentável (ODS), que viriam após o fim do período dos Objetivos do
Desenvolvimento do Milênio (ODM) da ONU.

Em 2015, após mais de três anos de discussão, os líderes de governo e de


estado aprovaram, por consenso, o documento “Transformando Nosso
Mundo: A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável”. Nas
palavras da PNUD/ONU, “a Agenda é um plano de ação para as pessoas, o
planeta e a prosperidade. Ela busca fortalecer a paz universal com mais
liberdade e reconhece que a erradicação da pobreza em todas as suas formas e
dimensões, incluindo a pobreza extrema, é o maior desafio global ao
desenvolvimento sustentável”.
A Agenda consiste em uma Declaração, 17 Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável e as 169 metas, uma seção sobre meios de implementação e de
parcerias globais e um arcabouço para acompanhamento e revisão. Os ODS
aprovados foram construídos sobre as bases estabelecidas pelos Objetivos de
Desenvolvimento do Milênio (ODM), de maneira a completar o trabalho deles e
responder a novos desafios. São integrados e indivisíveis e mesclam, de forma

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equilibrada, as três dimensões do desenvolvimento sustentável consideradas


pela ONU: a econômica, a social e a ambiental.
A Agenda considera cinco áreas como de importância crucial para a
humanidade e para o planeta no período 2016–2030, denominadas de cinco Ps.
Vejamos na figura a seguir:

Os cinco Ps da Agenda 2030

Vamos ver agora os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável:


1. Acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares.
2. Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da
nutrição e promover a agricultura sustentável.
3. Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos,
em todas as idades.
4. Assegurar a educação inclusiva e equitativa de qualidade, e
promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos.
5. Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e
meninas.
6. Assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e
saneamento para todos.
7. Assegurar o acesso confiável, sustentável, moderno e a preço
acessível à energia para todos.
8. Promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e
sustentável, emprego pleno e produtivo e trabalho decente para todos.
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9. Construir infraestruturas robustas, promover a industrialização


inclusiva e sustentável e fomentar a inovação.
10. Reduzir a desigualdade dentro dos países e entre eles.
11. Tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos,
seguros, resistentes e sustentáveis.
12. Assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis.
13. Tomar medidas urgentes para combater a mudança do clima e seus
impactos.
14. Conservar e usar sustentavelmente dos oceanos, dos mares e dos
recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável.
15. Proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos
ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a
desertificação, deter e reverter a degradação da terra e deter a perda de
biodiversidade.
16. Promover sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento
sustentável, proporcionar o acesso à justiça para todos e construir
instituições eficazes, responsáveis e inclusivas em todos os níveis.
17. Fortalecer os meios de implementação e revitalizar a parceria global
para o desenvolvimento sustentável.

5. Problemas ambientais do planeta e do Brasil

5.1 Aquecimento global


O aquecimento global tem como causa a intensificação do
fenômeno natural do efeito estufa. Ele permite à atmosfera da Terra reter
parte do calor que o Sol envia ao planeta, o que mantém a temperatura média
do nosso planeta em torno de 14 °C, essencial para boa parte das formas de
vida.
Quando os cientistas falam em mudança do clima e em aquecimento
global, estão se referindo ao aumento extraordinário da capacidade da
atmosfera de reter calor. Situações desse tipo já ocorreram antes na história da
Terra, motivadas, por exemplo, por alterações na atividade solar ou por grandes
erupções vulcânicas. Mas agora a maioria dos cientistas acredita que o fenômeno
está sendo alimentado pela ação do homem.
Os gases responsáveis pelo efeito estufa, como o dióxido de carbono e o
gás carbônico (CO2), são produzidos pela queima de combustíveis fósseis, como
petróleo e carvão mineral. O metano (CH4) é gerado pelo arroto e flatulência do

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gado, pela decomposição da matéria orgânica no lixo e em plantações alagadas.


O óxido nitroso (N2O) advém do processo digestivo do gado. Além disso, ao
alterar o uso da terra, por meio do desmatamento e de atividades agrícolas, o
ser humano lança no ar CO2 que estava acumulado nas plantas e no solo.

Efeito Estufa

O excesso de gases liberados na atmosfera tem como consequência


alterações no clima, como o aumento das chuvas em várias regiões, o avanço
do mar em áreas litorâneas e rasas e o agravamento das secas.
O ano de 2016 consta como o mais quente já registrado desde
1880, segundo a agência norte-americana que monitora a atmosfera e
os oceanos, a NOAA. Foi também o terceiro ano consecutivo que registrou um
aumento recorde (0,94 °C) da temperatura média do planeta em relação à
média do século XX (13,9 °C). No século XXI, esse recorde já foi quebrado cinco
vezes: em 2005, 2010, 2014, 2015 e 2016.
Considerando as emissões anuais, tendo como base os últimos anos, a
China é o maior emissor mundial de CO2, seguida por Estados Unidos, União
Europeia, Rússia, Índia, Japão, Brasil e Canadá. No entanto, se considerarmos
as emissões acumuladas, os dados são diferentes. Estudo do World Resources
Institute e Global Carbon Project/Programa Internacional Geosfera-Biosfera das

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emissões acumuladas, no período entre 1850 e 2011, informam que os Estados


Unidos são os maiores emissores de CO2, seguidos da União Europeia, da
China, da Rússia e do Japão.
Quanto às emissões por setor econômico, em nível mundial, o setor de
energia (que soma transportes, produção de eletricidade e de combustíveis
fósseis) é o que mais emite gases estufa, resultado da predominância do
petróleo como energético. No Brasil, as emissões desse segmento crescem
fortemente (+44,7%), enquanto diminuem (–62%) as emissões do maior fator
poluidor do uso da terra (desmatamento).

O Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) da


ONU analisa e acompanha o processo do aquecimento global. O organismo
elabora relatórios e documentos para acompanhar a situação ambiental do
planeta. As conclusões são de que já existe um aquecimento global em
andamento, com evidências de que ele é agravado pelas atividades humanas.
A posição do IPCC não é unânime no meio científico. Um grupo
bastante minoritário de cientistas contesta a afirmação de que o aquecimento
global estaria sendo causado pelas atividades humanas. Os críticos argumentam
que até hoje a ciência não conhece todos os mecanismos que regem o clima, e
que mudanças climáticas intensas sempre aconteceram e são naturais.
Nos últimos 500 mil anos ocorreram vários períodos glaciais (nos quais a
temperatura global baixava muito) e também interglaciais (em que havia um
aquecimento global). Assim, para os críticos, mesmo que esteja ocorrendo um

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aquecimento global, ele pode ter causas naturais, e não há certeza de que as
ações humanas reforcem significativamente o efeito estufa.
De qualquer forma, o aquecimento global está ocorrendo. Vejamos
algumas das possíveis consequências:
• O nível médio da água dos oceanos subiu 99 cm de 1901 a 2010. O nível
continuará a subir e poderá submergir os pequenos países insulares e destruir
áreas costeiras habitadas.
• Haverá mudanças no ciclo global das águas e aumento de contraste na
quantidade de chuva entre as regiões úmidas e secas e de intensidade nas
estações chuvosas e secas. Áreas áridas deverão se tornar desérticas.
• Aumento na quantidade e na força de furacões, tornados e tempestades
e de problemas como deslizamentos, enchentes e desabastecimento de água.
• As camadas de gelo do Ártico, da Groenlândia e da Antártida estão
perdendo volume. E o degelo do Ártico no verão deverá continuar até o final do
século, podendo chegar a apenas 6% do que já foi durante a estação. Há
diminuição também das geleiras de montanhas, o que diminui os volumes de
rios.

A Convenção do Clima e as negociações nas COPs


Para enfrentar o problema do aquecimento global, governos do mundo
todo buscam, sob o guarda-chuva da ONU, adotar atitudes em conjunto para
diminuir as emissões dos gases de efeito estufa. Em 1992, no Rio de Janeiro, na
Eco-92, foi aprovada a Convenção Quadro sobre Mudança do Clima. Depois,
os países participantes precisavam decidir, em conjunto, o que deveriam fazer.
As discussões acontecem nas COPs (Conferência das Partes, em que cada país-
membro é considerado uma parte), realizadas anualmente.
Uma das COPs mais importantes foi a realizada em Kyoto, no Japão, em
1997 (a COP-3). Ela aprovou o Protocolo de Kyoto, no qual foi estabelecida a
estratégia de “responsabilidade comum, porém diferenciada”. Essa
expressão define que todas as nações têm responsabilidade no combate ao
aquecimento global, mas as que mais contribuíram historicamente para o
acúmulo de gases do efeito estufa têm uma obrigação maior. Trata-se das
nações mais ricas, como os Estados Unidos (EUA) e boa parte dos países da
Europa. Por terem iniciado seu processo de industrialização há muito mais
tempo, essas nações produziram a maior parte dos gases acumulados na
atmosfera.
Pelo Protocolo de Kyoto, os países desenvolvidos se comprometeram a
reduzir sua emissão de gases do efeito estufa em pelo menos 5,2% em relação

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aos níveis de 1990 – meta que deveria ser cumprida entre 2008 e 2012. Nações
em desenvolvimento, como Brasil e China, não têm metas de redução.
Para entrar em vigor, o protocolo precisava ser ratificado por países que
representassem pelo menos 55% das emissões mundiais de gases do efeito
estufa. O Protocolo de Kyoto entrou em vigor em 2005, mas grandes poluidores,
como os Estados Unidos, não o ratificaram por considerar que isso afetaria sua
economia.
O prazo do protocolo venceu em 2005, mas foi prorrogado até 2020 por
falta de um novo acordo.

COP-21 – Conferência do Clima de Paris


Em 2015, na COP-21, realizada em Paris, foi firmado o primeiro acordo a
ter o apoio de todos os 193 países-membros da ONU, que assinaram a
Convenção sobre Mudança do Clima, de 1992. Ele estabelece que todos os
países deverão se mobilizar para conter o aumento da temperatura
média da Terra, ainda neste século, “bem abaixo de 2 graus Celsius”
com relação aos níveis pré-Revolução Industrial. Também devem fazer
o possível para tentar reduzir a 1,5 °C. No atual cenário, se nada for feito,
o planeta poderá ter um aumento de temperatura de até 7,8 °C nesse período.
Isso significa que, segundo o alerta dos cientistas, a Terra está em uma
trajetória perigosa de aquecimento. Não foram dadas metas de redução de
emissão de gases do efeito estufa, mas uma intenção global em mudar para
uma economia de baixo carbono.
A principal crítica ao acordo de Paris é que todas as metas nacionais para
reduzir as emissões são voluntárias – cada país apresentou a meta de redução
de emissões que acredita poder alcançar. Além disso, o conjunto de metas
somado é considerado insuficiente para barrar o sobreaquecimento médio em
até 2 °C. Segundo o IPCC, mesmo que todos os países consigam cumprir o que
propuseram, a temperatura média subirá entre 2,7 °C e 3,5 °C. Por isso, o
acordo prevê uma revisão de metas a cada cinco anos, a partir de 2018, e uma
primeira verificação em 2023.
Em novembro de 2016, o Acordo do Clima de Paris entrou
oficialmente em vigor. O limite mínimo de 55 países que representam 55%
das emissões mundiais de gases do efeito estufa – necessário para que o acordo
entrasse em vigor – foi atingido antes do que os especialistas esperavam. O
Brasil foi um dos primeiros países a ratificar o acordo. Entre os principais países
emissores, Rússia, Austrália e Japão ainda não ratificaram o acordo.

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Principais pontos do Acordo do Clima aprovado:


- Manter o aumento da temperatura média global bem abaixo de 2 °C e
perseguir esforços para limitar esse aumento em 1,5 °C acima dos níveis pré-
industriais.
- Pico de emissões o mais rápido possível – As partes desse acordo
objetivam alcançar um pico de emissões de GEE o mais rapidamente possível,
reconhecendo que as nações em desenvolvimento vão levar mais tempo para
alcançar seu pico de emissões. O texto não determina quando as emissões
precisam parar de subir.
- Não há menção à porcentagem de corte de emissão de gases do efeito
estufa necessária – Cada parte (país) deve fazer sucessivas contribuições
nacionalmente determinadas (CND) para o acordo, mas no acordo não há um
número a ser atingido ou já inicialmente prometido.
- Países ricos devem garantir financiamento de US$ 100 bilhões por ano
em ajuda aos países em desenvolvimento para se adaptarem à mudança do
clima e enfrentarem o aquecimento global.
- Acordo deve ser revisto a cada 5 anos.

Donald Trump e o aquecimento global


O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, é um cético a respeito
do aquecimento global. Em 2012, ele usou sua conta no Twitter para dizer que
“o conceito de aquecimento global foi criado pelos chineses e para os chineses
com o objetivo de tornar a indústria dos EUA menos competitiva”. Ou seja, para
Trump, a tese do aquecimento global nada mais é do que uma forma de forçar
os EUA a trocar os combustíveis fósseis por energias limpas, o que poderia
acarretar em perdas de empregos e competitividade para o país.
Os EUA são o segundo maior emissor de gás carbônico, atrás apenas
da China. Por isso, qualquer decisão do país no intuito de conter as emissões de
gases do efeito estufa tem um impacto grande no planeta. Para tentar diminuir
o uso de combustíveis fósseis e estimular a participação de energias limpas na
matriz energética norte-americana, o então presidente Barack Obama (2009–
2017) lançou o Plano de Energia Limpa em 2015.
Em linhas gerais, a decisão estabelecia uma meta para reduzir em 32%
a emissão de carbono nas usinas termelétricas e para aumentar de 22%
para 28% o uso de fontes limpas para a geração de energia. Além disso, o
plano proibia a exploração de carvão mineral em terras públicas.

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Tendo como base as metas do plano, no Acordo de Paris, os EUA se


comprometeram a cortar, até 2025, as emissões de gases do efeito estufa em
26% em relação ao que foi emitido no ano de 2005.
Em março de 2017, o presidente dos Estados Unidos assinou a Ordem
Executiva (equivalente a um decreto) da Independência Energética, que
suspendeu medidas do Plano de Energia Limpa e fortaleceu o uso de
combustíveis fósseis.
A decisão de Donald Trump, anunciada como uma “nova revolução
energética”, tem impacto em uma série de regulações ambientais adotadas por
Obama. Na prática, isso vai permitir às usinas termelétricas voltar a
utilizar carvão, petróleo e gás sem restrições.
A ordem executiva também revogou a moratória sobre a exploração de
carvão e a construção de novas usinas de carvão. Além disso, cancelou as regras
para a redução das emissões de metano e a extração de gás de xisto.
Trump alega que as medidas que regulavam o uso do carvão impunham
severas restrições a uma atividade considerada vital para a economia de
diversas comunidades no país. Ao suspender essas regulações, Trump
pretende estimular a geração de empregos no setor.
Com a retirada dessas restrições ao uso de combustíveis fósseis, Trump
também quer ampliar a produção de energia e tornar os EUA cada vez mais
autossuficientes e independentes, sem depender de outros países para
atender às suas necessidades energéticas.
Além disso, no início de junho de 2017, cumprindo uma promessa de
campanha, o presidente dos Estados Unidos anunciou a decisão de retirar o país
do Acordo do Clima de Paris. Os termos e as condições da retirada deverão ser
conhecidos progressivamente.
Para Trump, eleito com uma campanha baseada no slogan “America First”
(ou seja, a América em primeiro lugar), o tratado do clima é prejudicial à
economia norte-americana ao exigir compromissos que afetam a sua geração
de energia, enquanto “dá poder a algumas das nações mais poluidoras do
mundo”. O presidente norte-americano agora quer renegociar o Acordo em
termos mais vantajosos para os EUA. Em declaração conjunta, Alemanha, França
e Itália disseram que o acordo não será renegociado.

E o Brasil?
O Brasil é o sétimo maior emissor mundial de gases estufa. Nesse
quesito, o Brasil continua melhorando ao diminuir as suas emissões totais. A
Terceira Comunicação Nacional do Brasil, submetida à Convenção-Quadro das
Nações Unidas sobre Mudança do Clima, aponta redução de 53,5% no total de
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gás carbônico (CO2) emitido pelo Brasil na atmosfera entre 2005 e 2010. O setor
que mais se destacou na redução das emissões foi o uso da terra, ou seja, a
retirada da vegetação para a atividade agropecuária.
A Lei da Política Nacional da Mudança do Clima (PNMC) oficializa o
compromisso do país em reduzir as suas emissões de gases de efeito estufa em
37% até 2025 e 43% até 2030 em relação aos valores de 2005. Essas metas
apresentadas na COP-21 foram consideradas ambiciosas porque são absolutas,
ou seja, não dependem do crescimento da economia como foi apresentado por
outros países. Vejamos as metas apresentadas pelo Brasil:
✓ acabar com o desmatamento ilegal;
✓ restaurar 12 milhões de hectares de florestas;
✓ recuperar 15 milhões de hectares de pastagens degradadas;
✓ integrar 5 milhões de hectares de lavoura-pecuária-florestas;
✓ garantir 45% de fontes renováveis no total da matriz energética;
✓ ampliar para 66% a participação da fonte hídrica na geração de
eletricidade;
✓ ampliar para 23% a participação de fontes renováveis (eólica, solar
e biomassa) na geração de energia elétrica; e
✓ aumentar para 16% a participação de etanol carburante e das
biomassas derivadas de cana-de-açúcar no total da matriz
energética.
Segundo relatório científico do Painel Brasileiro de Mudanças
Climáticas (2013), o aquecimento global pode levar a uma elevação da
temperatura no Brasil de 3 °C a 6 °C até 2100, situação que ficaria ainda mais
crítica com uma possível escassez de chuvas.
Na Amazônia, por exemplo, em 2100 a temperatura pode subir cerca de
6 °C e a distribuição de chuvas na região pode cair 45%. Desmatamento e
queimadas no bioma podem contribuir para alterar drasticamente o ciclo
hidrológico da floresta, prolongando a estação de seca e alterando a distribuição
de chuvas no país.
O calor acentuado, até 5,5 °C a mais do que a temperatura registrada
atualmente, desencadearia um processo de desertificação da Caatinga, bioma já
considerado ameaçado de extinção. O Pantanal sofreria uma redução de 45%
na quantidade de chuvas e um aumento de 4,5 °C na temperatura. Na Mata
Atlântica (porção Sul/Sudeste), a quantidade de chuva pode subir até 30% nas
próximas décadas, e no Pampa, até 40% – o que aumenta o risco de inundações
e deslizamentos em áreas costeiras.
Se acontecerem, essas mudanças trarão drásticas consequências para a
produtividade agrícola, a vazão dos rios vai diminuir, reduzindo a geração de

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energia, entre outros efeitos negativos. Veja, no mapa a seguir, as previsões do


Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas.

Fonte: Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas

5.2 Desmatamento
A destruição das florestas está entre os grandes problemas ambientais da
humanidade. O desmatamento acentua o aumento das temperaturas globais e
afeta os níveis de biodiversidade. A expansão de novas terras dedicadas à
agropecuária corresponde a ¾ da redução das superfícies das formações
florestais do mundo. Outras causas do desmatamento são a exploração de
madeira, o crescimento das cidades, a construção de grandes obras, como
estradas e barragens de hidrelétricas, e a mineração.
Nos séculos passados, os países desenvolvidos devastaram a maior parte
de suas florestas. A Europa, por exemplo, praticamente eliminou todas as
matas nativas do continente. Hoje, o desmatamento é maior nas nações em
desenvolvimento, principalmente no Brasil e na Indonésia.
As áreas florestais do mundo cobrem aproximadamente 1/3 das terras
emersas do planeta. Em termos continentais, a América é o continente que
apresenta as mais extensas áreas recobertas por formações florestais, devido
principalmente, às terras florestadas do Brasil, do Canadá e dos EUA. Cinco

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países – Rússia, Brasil, Canadá, Estados Unidos e China – concentram pouco


mais da metade das formações florestais do mundo.
O Brasil é um país florestal com aproximadamente 54% do seu território
coberto por florestas naturais. No entanto, o país perde anualmente milhares de
quilômetros quadrados de vegetação com o corte de árvores e as queimadas.
Estima-se que quase um quinto da mata original já tenha sido derrubada até
2010.
Somente no bioma Amazônia, estima-se que, até 2010, tenham sido
derrubados em torno de 740 mil km², cerca de 18% da mata original do bioma.
O desmate da Amazônia acontece tanto nas zonas de transição, nas bordas da
floresta com o cerrado – região conhecida como Arco do Desmatamento –,
quanto no interior da mata, principalmente no oeste paraense e no entorno da
Rodovia BR-163 (Cuiabá–Santarém), na Terra do Meio.
A taxa de desmatamento na Amazônia cresceu 16% em 2015, puxada por
aumentos expressivos em Mato Grosso, Rondônia e Amazonas. A devastação
acumulada na floresta entre agosto de 2014 e julho de 2015 foi de 5.831 km²,
contra 5.012 km² no período anterior. O maior crescimento percentual foi no
Amazonas – 54%. Mas Mato Grosso foi o estado que mais perdeu floresta: 433
km² de mata viraram fumaça em várias regiões mato-grossenses, mas
sobretudo no noroeste, região de grilagem, pecuária extensiva e extração de
madeira.
Outra pesquisa, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e da
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), analisou o
desmatamento acumulado nos últimos dez anos. Por este levantamento o Pará
foi o estado que mais desmatou a floresta no período analisado. “O avanço da
agricultura se dá pelo estado do Pará e Mato Grosso, por isso chefiam a lista dos
grandes desmatadores da Amazônia Legal” concluiu Igor Narvaes, que realizou
o estudo.
Diminuir o desmatamento na Amazônia é um dos focos mais importantes
da Política Nacional de Mudança do Clima (PNMC). O plano objetiva alcançar, até
o ano 2020, uma taxa 80% menor que a média registrada entre 1996 e 2005.
Uma das grandes polêmicas atuais sobre o uso do solo na Amazônia diz
respeito à construção de usinas hidrelétricas, que pretendem aproveitar o
potencial hídrico da Bacia Amazônica. Em 2010 e 2011, foram iniciadas as obras
das represas de Santo Antônio e Jirau, no rio Madeira, em Rondônia (ambas já
inauguradas), e a de Belo Monte, no rio Xingu, no Pará. Essa usina, com
capacidade instalada para gerar 11,2 mil megawatts, será a segunda maior do
país. Entidades ambientalistas temem os impactos sobre os ecossistemas
amazônicos, as comunidades ribeirinhas e os 2,2 mil indígenas da região.

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Outro grande problema da Amazônia, que contribui sobremaneira para o


desmatamento, são as queimadas. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (INPE), entre janeiro e junho de 2016, os focos de incêndio na
Amazônia brasileira aumentaram 81% em relação à média histórica,
com dados colhidos a partir de 1999. Houve, ainda, um aumento de 746% no
número de queimadas no Amazonas, estado que costuma ter enormes porções
de floresta preservadas.
Queimadas na Amazônia normalmente não são acidente, mas provocadas
por ação humana. Agricultores e pecuaristas usam o fogo para desmatar
grandes áreas a fim de iniciar cultivos e outras atividades. O mês de agosto
tradicionalmente é o início da temporada dessas queimadas.
Os incêndios provocam grandes prejuízos à floresta. A fauna e a flora são
imensamente afetadas. Além disso, o fogo causa emissões de gases estufa, que
agravam o aquecimento global.

5.3 Biodiversidade e extinção de espécies


A biodiversidade consiste na variedade de todas as formas de vida
(animais, vegetais e micro-organismos), espécies e ecossistemas em uma região
ou em todo o planeta. Estudos recentes começam a avaliar o valor econômico
da biodiversidade considerando os serviços ambientais que oferece à sociedade
humana, tais como a possibilidade de amenizar impactos de eventos extremos
(por exemplo, enchentes) e a contribuição para o equilíbrio da saúde mental e
física da população (lazer e turismo).
Não se fala mais em conservação de florestas apenas por causa de seu
papel climático na absorção do carbono. Florestas, como outros biomas, devem
também ser conservadas porque a diversidade genética das plantas e dos
animais é a base das atividades agrícolas, pecuárias, pesqueiras e extrativistas
e da moderna indústria de biotecnologia. A manutenção da biodiversidade é
essencial para processos vitais do meio ambiente, como a purificação de ar e
água, a fertilidade do solo, a manutenção das chuvas e a regulação climática. A
biodiversidade não se distribui de maneira uniforme pelo planeta. Ela é maior
em ambientes em que há abundância de luz solar, água doce e clima mais
estável. Isso explica por que as florestas tropicais, mesmo ocupando
apenas 7% da superfície do globo, podem abrigar até 90% de todos os
seres vivos.
Humm... agora deu para entender por que o Brasil é destaque em termos
de biodiversidade. Está no território nacional a maior floresta tropical úmida
(Floresta Amazônica), com mais de 30 mil espécies vegetais, bem como a maior
planície inundável (o Pantanal), além do Cerrado, da Caatinga e da Mata
Atlântica. Além disso, a costa brasileira possui uma série de ecossistemas que

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período de extinção em massa (já houve cinco antes por diversos motivos). O
Brasil possui atualmente 627 espécies de animais ameaçados de extinção, de
acordo com o Ministério do Meio Ambiente. As principais causas de extinção de
espécies são a degradação de ambientes naturais – consequência da abertura
de grandes áreas para a implantação de pastagens ou da agricultura
convencional –, o extrativismo desordenado, a expansão urbana, a ampliação
da malha viária, os desastres ambientais (derramamento de petróleo, poluição),
o desmatamento, a formação de lagos para hidrelétricas e a mineração.
Outra causa importante é a introdução de espécies exóticas. São aquelas
que entram em um ecossistema no qual não existiam (como, por exemplo,
ocorre no Brasil com os eucaliptos, árvore australiana). Algumas dessas espécies
se veem com vantagens competitivas no novo ambiente e, favorecidas pela
ausência de predadores, dominam nichos ocupados por espécies nativas.
A Convenção da Biodiversidade é o acordo internacional que busca
garantir a conservação e o uso sustentável da biodiversidade no mundo. O
tratado estabelece que deve haver valores comerciais para o conhecimento
acumulado pelos povos das florestas e que os países paguem pelo direito de
usar produtos sintetizados com a biodiversidade de fora de seu território. O
acordo pode significar a entrada de recursos nos países em desenvolvimento,
onde há florestas preservadas, que poderão ser aplicados para desenvolver e
preservar seus ecossistemas. Com o tratado, a saída de material genético de
uma nação para a exploração comercial em outra sem pagamento de patente
passa a ser considerada biopirataria.
No âmbito da convenção, o Protocolo de Cartagena sobre
Biossegurança estabelece normas para transferir, manipular e usar
organismos vivos modificados por biotecnologia, inclusive transgênicos. A
convenção inclui, ainda, o Protocolo de Nagoya, com metas para a
conservação e o uso sustentável da biodiversidade no mundo.

5.4 Desertificação
A desertificação é a redução da vegetação e da capacidade produtiva do
solo, principalmente em regiões áridas, semiáridas e subúmidas, causada pela
ação humana e, em menor grau, por mudanças naturais. Cerca de 15% da
superfície terrestre sofrem algum tipo de desertificação. As áreas mais afetadas
são o oeste da América do Sul, o nordeste do Brasil, o norte e o sul da África, o
Oriente Médio, a Ásia Central, o noroeste da China, a Austrália e o sudoeste dos
Estados Unidos.
O principal fator para a expansão das regiões áridas no globo é a ação do
homem, por meio do desmatamento, das atividades de agropecuária extensiva
e de certos tipos de mineração. Essas atividades levam à redução da cobertura

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vegetal, ao surgimento de terrenos arenosos, à perda de água e nutrientes do


subsolo e à erosão eólica.
Quando o solo se desertifica, a população se desloca para outras terras,
nas quais, com frequência, provoca os mesmos danos, criando um círculo
vicioso. A longo prazo, a desertificação pode causar redução drástica das terras
férteis. Atualmente, ela ameaça mais de 110 países e afeta a vida de mais de
250 milhões de pessoas. Um bilhão vive em regiões de risco e pode ser
prejudicada nos próximos anos.
As áreas semiáridas somam 13% do território brasileiro e incluem o
Polígono das Secas, que abrange a região do semiárido nordestino e o norte de
Minas Gerais. Cerca de 10% do polígono sofre de desertificação grave. O Brasil
conta com um Plano de Ação de Combate à Desertificação. Segundo o Ministério
do Meio Ambiente, os quatro núcleos de desertificação onde o processo ocorre
de forma mais acentuada são Cabrobó (PE), Gilbués (PI), Seridó (RN) e Irauçuba
(CE).

Polígono das Secas


Mais de 60% da população nordestina vive em áreas ameaçadas pela desertificação

Fontes: Ibama e Agência Nacional de Águas

5.5 Escassez de água


Mais de um bilhão de pessoas no mundo vivem sem acesso à quantidade
mínima de água de que necessitam diariamente. A crescente escassez hídrica é
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uma realidade local e global. Resultado de um fenômeno natural e cíclico,


agravado por falta de políticas públicas eficientes, a seca castiga o ser humano
há muito tempo.
Historicamente, diversos conflitos foram travados pelo controle do líquido.
A ONU identifica 273 aquíferos e 163 bacias hidrográficas transnacionais, onde
vivem mais de 40% da população mundial. A disputa pelo controle de rios e
aquíferos integra as causas de alguns dos mais longos embates entre nações,
como o confronto entre Israel e seus vizinhos.
Costuma-se dizer que a escassez é também de qualidade da água. Estima-
se que mais de 700 milhões de pessoas no mundo não têm acesso à água potável
e 2,3 bilhões carecem de esgoto tratado. A água transmite diferentes tipos de
doenças, que podem ser evitadas com investimento econômico maciço na área
de saúde e saneamento básico. Essas medidas fariam a mortalidade infantil
diminuir drasticamente no mundo e, como resultado, haveria o aumento da
expectativa de vida da população mundial.

Especialistas em gestão de recursos hídricos ponderam que a crise de água


é mais uma questão de mau gerenciamento do recurso do que de escassez
natural. O acelerado crescimento demográfico, as alterações climáticas e a

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entre os quais se destacam o Aquífero Guarani, que se estende do Centro-Oeste


ao Sudeste e Sul.
Maior aquífero do Brasil em extensão e volumes de água, o Sistema
Guarani se distribui por uma área de aproximadamente 1,1 milhão de km².
Desse total, 70% estão em território brasileiro, espalhados pelo subsolo de Mato
Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Rio Grande
do Sul e Santa Catarina, e o restante nos territórios do Uruguai, do Paraguai e
da Argentina. As reservas potenciais calculadas do Guarani são de 37 trilhões de
metros cúbicos de água.
Em 2010, pesquisadores das universidades federais do Pará (UFPA) e do
Ceará (UFC) divulgaram dados de um estudo preliminar no qual dimensionam o
Aquífero Alter do Chão, nos estados do Pará e Amazonas, com um volume de
água que o situa entre os maiores do mundo. Com área de 437,5 mil km²,
projetando reservas que seriam de 86 trilhões de metros cúbicos, um volume
tão grande que, caso confirmado, alteraria todos os cálculos das reservas
brasileiras, atualmente em 112 trilhões de metros cúbicos.
Com toda essa água na superfície e no subsolo, o Brasil não está livre do
flagelo da escassez de água. Como já dissemos, ela não está uniformemente
distribuída, tendo muito pouca água no semiárido, que sofre com secas
constantes.
No Brasil, o semiárido, no Nordeste, é uma região que sofre com secas
constantes. A seca é um fenômeno natural, mas, quando prolongada, causa
graves problemas sociais, econômicos e ambientais no sertão.
Para atenuar o problema, o Estado brasileiro desenvolveu, principalmente
a partir do século XX, políticas públicas de combate aos efeitos da seca, tais
como a construção de açudes, represas, perímetros de irrigação e políticas
sociais. Atualmente dois grandes programas governamentais estão em execução
no semiárido. Um deles é a instalação de um milhão de cisternas para coletar a
água da chuva nas zonas rurais.
O outro programa é a controversa obra de transposição do rio São
Francisco, o “Velho Chico”, principal rio do Nordeste. A área coberta por sua
bacia hidrográfica compreende seis estados e o Distrito Federal.
A transposição objetiva desviar de 1% a 3% da água do rio, por meio de
duas extensões construídas com dutos e canais, para rios e açudes que
atualmente secam durante a estiagem. Estima-se que a obra beneficiará até 12
milhões de pessoas. O Eixo Norte captará água em Cabrobó (PE) para levá-la ao
sertão do Ceará, de Pernambuco, da Paraíba e do Rio Grande do Norte. O Eixo
Leste colherá as águas em Petrolândia (PE), beneficiando o sertão e o agreste
de Pernambuco e da Paraíba.

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Idealizada desde o tempo do Império, a obra saiu do papel em 2007,


quando foi iniciada. Prevista para estar concluída em 2010, as obras de
transposição atrasaram. Quase dez anos depois do seu início, em fevereiro de
2017, foi inaugurado o Eixo Leste. O Governo Federal espera concluir o Eixo
Norte também em 2017.
O orçamento também estourou. A obra hoje tem um orçamento de R$ 9,6
bilhões, mais que o dobro do orçamento inicial de R$ 4,5 bilhões.
Há quem questione se o projeto será eficaz, pois o São Francisco depende
de outros 36 afluentes também afetados na estiagem, e temem pela própria
preservação do rio. Além disso, há o temor dos impactos da obra sobre o meio
ambiente e da expansão agrícola que promoverá.

O Brasil é um dos países mais ricos em recursos hídricos do planeta. Abriga


12% de toda a água doce disponível na superfície de planeta. O líquido, porém,
não se distribui de maneira uniforme pelo território nacional. Cerca de 72% das
reservas encontram-se nos rios da região Norte, que reúne 5% da população
nacional.

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Seca no Nordeste já dura 5 anos e pode se tornar ainda mais severa


A seca atual que aflige o Nordeste teve início em 2012 e se intensificou
desde então. Ela já dura cinco anos e é considerada a mais severa em várias
décadas. A intensidade e a persistência da atual estiagem podem ser indícios de
que as mudanças climáticas já começam a cobrar sua fatura, aponta um estudo
publicado na revista Theoretical and Applied Climatology.
“As projeções de clima geradas pelos modelos climáticos sugerem que,
daqui para a frente, as estiagens mais severas e prolongadas tenderão a ser a
regra, não mais a exceção”, afirma o hidrologista e meteorologista José Antônio
Marengo, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais
(Cemaden).
A seca é um fenômeno natural no Nordeste. Há relatos da sua incidência
desde o século 16, ou seja, desde o início da colonização do país. O clima hoje
é semiárido, mas no futuro poderá não ser mais. Em outras palavras, o sertão
pode se tornar uma zona árida e favorecer um processo de
desertificação, afirma Marengo.
Atualmente, durante os meses chuvosos, há intervalos sem precipitação
que duram de cinco a seis dias. O que as projeções indicam é que esses
intervalos “secos” tenderão a ser mais numerosos e mais longos, podendo
alcançar 40 dias.
Menos chuva significa também dias mais quentes. Segundo Marengo, a
temperatura média no Nordeste já aumentou 0,8 °C entre 1900 e 2000 e as
projeções indicam que, na melhor das hipóteses, o aquecimento vai
aumentar 2°C até 2040. No pior dos cenários, até 4,4 °C até 2100.
Nestas condições, se medidas governamentais sérias e imediatas não
forem tomadas para, por exemplo, conter os desmatamentos, o sertão pode
virar um grande deserto, alerta Marengo.
Com menos chuvas e mais calor ao longo do ano, a vegetação típica da
caatinga tenderá a ser gradualmente substituída pelas cactáceas, que são
vegetação típica de desertos. O impacto disso para a agricultura, principalmente
a familiar e de subsistência, será incomensurável.
Fonte: UOL – 21.09.2016

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5.6 Crise hídrica no Distrito Federal


O Distrito Federal (DF) enfrenta a maior crise hídrica da sua história. Assim
como ocorreu na crise hídrica de 2014, em São Paulo, a crise no Distrito Federal
é causada por fatores naturais e de gestão, ou seja, fatores humanos.
A região do Brasil onde se localiza o Distrito Federal caracteriza-se por
duas estações climáticas bem definidas – seca e chuvosa. A primeira vai de abril
a setembro e a segunda de outubro a março. Na estação seca, as chuvas são
raras. Assim, a estação chuvosa é a grande responsável por abastecer os
reservatórios de água do DF.
Ocorre que choveu menos na estação chuvosa e o nível de água dos
reservatórios caiu drasticamente. Diante da escassez de água, foram adotadas
medidas como a redução da pressão nas redes, a tarifa de contingência e o
racionamento. A tarifa de contingência implica uma cobrança extra na conta de
água para as economias que consomem mais de 10 m³/mês. A cobrança foi
suspensa em 1º de junho. O racionamento atinge as regiões abastecidas pelos
sistemas do Descoberto e Santa Maria, que ficam 24 horas sem fornecimento de
água, de seis em seis dias.
O Distrito Federal é abastecido de água por dois tipos de sistema: 85% da
população recebe água de dois reservatórios, o do Descoberto e o de Santa
Maria; e os outros 15% e parte dos produtores agrícolas consomem água de
pelo menos cinco córregos.
O consumo de água cresceu 16% per capita nos últimos seis anos. O
investimento em obras estruturantes, principalmente as voltadas para
novas captações de água, não acompanhou esse crescimento, nem a
expansão da malha urbana e nem o aumento da densidade populacional.
Outro fator é o desperdício de água. 35% da água bombeada pela
Caesb, companhia de saneamento distrital, se perde e não chega ao consumidor
final. Por ano, 86 bilhões de litros escapam no sistema de distribuição.
Especialistas apontam, ainda, o alto consumo de água pela população,
acima da média nacional, o alto consumo de água pela agricultura e a
degradação de áreas de recarga de aquíferos e proteção de mananciais.
Para conter a crise, o governo do DF e a Caesb anunciaram obras e
prometem investir R$ 765 milhões na ampliação dos sistemas de abastecimento.
São elas a construção do reservatório do Bananal, a construção do
reservatório de Corumbá IV e a captação de água do próprio Lago Paranoá.

5.7 Resíduos sólidos


A grande produção de resíduos nas sociedades modernas obriga os
governos a adotar soluções caras para armazenar esse material. Se isso não for
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feito de maneira adequada, o lixo jogado na natureza contamina a água,


prejudica a flora e a fauna, compromete a saúde pública e contribui para as
enchentes.
De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, 59% do lixo produzido pelas
cidades brasileiras vão para os lixões – locais onde os resíduos são lançados a
céu aberto, sem nenhum controle – e somente 13% são reaproveitados. Dados
como esse levaram o Governo Federal criar a Lei da Política Nacional de
Resíduos Sólidos (PNRS) em 2010.
A lei estabelece a responsabilidade compartilhada entre o poder público, a
indústria e a sociedade. Também proíbe a criação de lixões e deu prazo de quatro
anos, findo em 02/08/2014, para que os municípios substituam os lixões por
aterros sanitários – locais adequados para o destino final dos resíduos sólidos.
Vencido o prazo de adaptação, menos da metade dos municípios cumpriu a
determinação: somente 2.202, de um total de 5.564 municípios.
O Distrito Federal foi um dos entes federados que não cumpriu a
determinação da lei. O lixo dos brasilienses é depositado a menos de 15 km do
centro da capital federal, no Lixão da Estrutural. Está em construção o Aterro
Sanitário de Samambaia, para onde deverá ser levado o lixo, após entrar em
operação.
Um dos destaques da PNRS é a chamada logística reversa, que prevê a
responsabilidade do consumidor em devolver os produtos usados no final de sua
vida útil, como também a responsabilidade do comércio de receber os aparelhos
usados, e dos fabricantes e importadores de dar uma destinação final
ambientalmente adequada ao lixo. Por exemplo, ao comprar um computador, a
pessoa fica obrigada a, ao final de sua utilização, dar um destino previamente
acertado ao produto.

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QUESTÕES COMENTADAS

01) (LEANDRO SIGNORI/ESTRATÉGIA CONCURSOS/2017) O presidente


dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta terça-feira (28) um
decreto que revoga uma série de regulações contra a mudança climática
adotadas por seu antecessor, Barack Obama, uma medida concebida
para fortalecer a geração de energia doméstica e criar empregos.
Ambientalistas dizem que o decreto é perigoso e prometeram combatê-
lo nos tribunais.
(G1, 28.03.2017)
Sobre o decreto assinado por Donald Trump, assinale a alternativa
INCORRETA:
a) O principal alvo do decreto é o Plano de Energia Limpa.
b) O decreto rescinde uma proibição à exploração de carvão em terras
federais.
c) O decreto reverte regras para a contenção de emissões de gás metano
resultantes da produção de gás e petróleo.
d) Por meio do decreto, os Estados Unidos saíram do Acordo do Clima
de Paris.
e) Na campanha presidencial, Donald Trump prometeu reduzir a
regulação ambiental com o objetivo de estimular e fomentar as
indústrias de perfuração e mineração.

COMENTÁRIOS:
Donald Trump é considerado um cético em relação à tese de que o
aquecimento global tem como causas preponderantes as atividades humanas.
Na campanha presidencial, criticou a adesão dos Estados Unidos ao Acordo do
Clima de Paris, aprovado na COP-21, em dezembro de 2015.
No entanto, o decreto assinado por Donald Trump não retirou os Estados
Unidos do Acordo do Clima de Paris. A saída dos Estados Unidos do acordo foi
anunciada por Trump em 01/06/2017 e não por ocasião da assinatura do decreto
citado no fragmento de notícia da questão.
O decreto assinado pelo presidente revogou uma série de regulações
contra a mudança climática adotadas por seu antecessor, Barack Obama.
Segundo o presidente, o ato legal foi concebido para fortalecer a geração de
energia doméstica e a criação de empregos.

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O principal alvo do decreto é o Plano de Energia Limpa de Obama, que


exige que os Estados eliminem as emissões de carbono das usinas de energia –
um elemento crítico para ajudar os EUA a cumprirem seus compromissos
perante o Acordo do Clima de Paris.
O decreto também rescindiu uma proibição à exploração de carvão em
terras federais, reverteu regras para a contenção de emissões de gás metano
resultantes da produção de gás e petróleo e reduziu o peso da mudança climática
nas avaliações federais de novas regulações.
Gabarito: D

02) (FEPESE/PREFEITURA DE FLORIANÓPOLIS/2016 – PROFESSOR)


Assinale a alternativa correta a respeito das consequências da COP21
(conferência do clima da ONU).
a) A assinatura de um acordo histórico, que pela primeira vez obriga os
países ricos e industrializados a pagarem as despesas necessárias para
reduzir as emissões de carbono e conter os efeitos do aquecimento
global.
b) A assinatura de um acordo histórico, que pela primeira vez proíbe
todos os países do mundo a acabarem, até 2020, com as emissões de
carbono e conter os efeitos do aquecimento global.
c) A assinatura de um acordo histórico, que pela primeira vez envolve
quase todos os países do mundo em um esforço para ampliar as
emissões de carbono e conter os efeitos do aquecimento global.
d) A assinatura de um documento reconhecendo que, de acordo com as
mais recentes descobertas, as emissões de carbono não são
minimamente responsáveis pelo aquecimento global.
e) A assinatura de um acordo histórico, que pela primeira vez envolve
quase todos os países do mundo em um esforço para reduzir as
emissões de carbono e conter os efeitos do aquecimento global.

COMENTÁRIOS:
Na COP-21, 195 países chegaram a um acordo histórico para reduzir as
emissões de carbono e conter os efeitos do aquecimento global. O acordo
determina que os signatários ajam para que a temperatura média do planeta
sofra uma elevação “muito abaixo de 2 °C”, mas “reunindo esforços para limitar
o aumento de temperatura a 1,5 °C”, frente aos níveis da era pré-industrial. Não

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foram dadas metas de redução de emissão de gases do efeito estufa, mas uma
intenção global em mudar para uma economia de baixo carbono.
Gabarito: E

03) (NUCEPE/SEJUS-PI/2016 – AGENTE PENITENCIÁRIO) Após mais de


duas décadas de discussão e do fracasso do Protocolo de Kyoto, as
nações do mundo conseguiram construir um acordo de consenso global
para adotar medidas que reduzam as consequências negativas sobre o
clima e a vida no planeta. Trata-se do Acordo de Paris (COP – 21),
assinado por 195 países-membros da Convenção das Nações Unidas
sobre Mudança do Clima, realizada em dezembro de 2015. Apesar do
aparente sucesso da conferência, o acordo não foi imune a críticas de
ambientalistas e de parte da comunidade científica. Com relação às
discussões e desdobramentos da COP-21, assinale a alternativa
CORRETA.
a) O acordo de Paris prevê o apoio financeiro aos países em
desenvolvimento para frear suas emissões de gases estufa, mas
condicionou a liberação dos recursos ao cumprimento de uma agenda
de modernização e liberalização dos estados nestes países.
b) Os relatórios dos cientistas vinculados à ONU, originalmente
destinados a orientar os formuladores de políticas públicas para o
estabelecimento de estratégias de contenção das emissões de gases,
foram omissos quanto à vulnerabilidade dos ambientes costeiros.
c) A principal crítica ao Acordo de Paris é que o conjunto das metas
nacionais somadas para a redução de emissões de gases estufa, além
de consideradas insuficientes para barrar o sobreaquecimento médio de
em até 2ºC, são voluntárias.
d) O Protocolo de Kyoto tinha caráter impositivo, definindo rígidas
metas para os países signatários e criando grandes óbices ao
crescimento econômico dos países desenvolvidos. Apesar do apoio
incondicional dos EUA, Kyoto pouco contribuiu para a redução das
emissões.
e) Para atingir os objetivos previstos pelo Acordo de Paris e evitar
terríveis consequências, será preciso promover uma reviravolta
energética, diminuindo nossa dependência dos combustíveis fósseis,
principalmente nas nações subdesenvolvidas, as maiores poluidoras.

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COMENTÁRIOS:
A) Incorreta. O Acordo de Paris prevê o apoio financeiro aos países em
desenvolvimento para frear suas emissões de gases estufa. A liberação dos
recursos não está condicionada a uma agenda de modernização e liberalização
dos estados nesses países.

B) Incorreta. Os relatórios dos cientistas vinculados à ONU, originalmente


destinados a orientar os formuladores de políticas públicas para o
estabelecimento de estratégias de contenção das emissões de gases, NÃO foram
omissos quanto à vulnerabilidade dos ambientes costeiros.

C) Correta. A principal crítica ao Acordo de Paris é que todas as metas nacionais


para a redução das emissões são voluntárias. Além disso, por enquanto, o
conjunto das metas somadas é considerado insuficiente para barrar o
sobreaquecimento médio em até 2 °C.

D) Incorreta. O Protocolo de Kyoto tinha um caráter impositivo, com definição


de metas para os países desenvolvidos que ratificaram o Protocolo. As demais
nações, incluindo Brasil, China, países da África e de outras partes do mundo,
foram desobrigadas a cumprir metas para não prejudicar seu desenvolvimento
econômico e social. O caráter impositivo do Protocolo de Kyoto, definindo metas
aos países desenvolvidos signatários, tornou-se seu principal problema. Isso
porque os EUA, o maior emissor à época, e hoje o segundo maior, não o
assinaram. Outros, como Canadá, Japão e Rússia, avisaram que não cumpririam
as metas em tempos difíceis para suas economias. Como resultado, Kyoto
diminuiu as emissões, mas longe do que é calculado como necessário.

E) Incorreta. Para atingir os objetivos previstos pelo Acordo de Paris e evitar


terríveis consequências, será preciso promover uma reviravolta energética,
diminuindo a dependência do mundo dos combustíveis fósseis, principalmente
nas nações desenvolvidas, as maiores poluidoras.

Gabarito: C

04) (NUCEPE/SEJUS-PI/2016 – AGENTE PENITENCIÁRIO) Após


conseguir reduzir expressivamente a destruição na Amazônia nos
últimos anos, o Brasil voltou a sofrer um revés na luta contra o
desmatamento. Órgãos oficiais estimam em 16% o aumento da marcha
do desflorestamento entre agosto de 2014 e julho de 2015. Em maior
ou menor grau, a degradação também alcança outros biomas brasileiros
como a caatinga, os campos sulinos, pantanal, cerrado e biomas
costeiros. Sobre o desmatamento da cobertura vegetal nativa no Brasil
é CORRETO afirmar:

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a) A aplicação do novo Código Florestal, somado à criação de novas


unidades de conservação e reservas indígenas, constituem exemplos de
ações eficientes na erradicação das ações de madeireiras ilegais e
expansão desordenada do agronegócio.
b) A usina hidrelétrica de Belo Monte (AM) que entrou em
funcionamento comercial em abril de 2016 é ainda objeto de
controvérsias, por ter produzido impactos socioambientais na
Amazônia, devido à extensão de seu imenso reservatório.
c) No cerrado, o segundo maior bioma do país e, na atualidade, o mais
ameaçado, o ranking do desmatamento é liderado por Maranhão,
Tocantins, Piauí e Bahia, área conhecida como Matopiba, e considerada
a última fronteira agrícola do país.
d) A meta prevista pela COP-21, conferência da ONU sobre o clima,
realizada em Paris em dezembro de 2015, foi plenamente cumprida pelo
país que recuperou 15 milhões de hectares de pastagens degradadas
com a adoção pioneira de técnicas agroecológicas.
e) Com cerca de 40% de sua cobertura vegetal nativa preservada, a
Mata Atlântica cobria, originalmente, 1,3 milhão de km² do território
brasileiro, sendo o último bioma a sofrer o impacto da ocupação devido
às atividades econômicas predatórias.
COMENTÁRIOS:
a) Incorreta. As madeireiras ilegais continuam desmatando criminosamente as
florestas brasileiras e o agronegócio continua se expandindo de forma
desordenada. Especialistas dizem que o Código Florestal não é efetivamente
aplicado e que não há um planejamento territorial sustentável da ocupação do
território brasileiro de forma a preservar o meio ambiente e promover o
desenvolvimento econômico nacional.

b) Incorreta. A usina hidrelétrica de Belo Monte começou a operar


comercialmente em abril de 2016. Sua construção no curso do rio Xingu, no
sudoeste do Pará, teve início em 2011 e foi marcada por muita polêmica no que
diz respeito aos impactos socioambientais e às necessidades energéticas. Para
minimizar os efeitos negativos, Belo Monte não tem reservatório, operando a fio
d’água, ou seja, vai gerar energia conforme a quantidade de água existente no
rio. A extensão da área alagada é de 503 km², bem menos do que Itaipu (1.350
km²). Mesmo assim, sua construção trouxe prejuízos ambientais e sociais que
não foram devidamente solucionados com as medidas compensatórias exigidas
pela legislação. Um dos principais efeitos foi a profunda alteração nas
comunidades tradicionais da região, que tiveram que deixar suas casas. Os
conflitos gerados pela chegada de trabalhadores atraídos pela obra e a
consequente ocupação irregular da região também estimularam o
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desmatamento de terras públicas e a extração ilegal de madeira. Além disso,


ainda precisam ser estudadas as consequências da obra sobre a hidrologia, a
carga sedimentar dos rios e a perda de espécies da flora e da fauna aquática.
c) Correta. O Cerrado, segundo maior bioma do país, é, na atualidade, o mais
ameaçado pelo desmatamento. A região conhecida por “Matopiba”, localizada no
Maranhão, Tocantins, Piauí e na Bahia, é a de intenso desmatamento.
d) Incorreta. Na COP-21, a conferência do clima das Nações Unidas, realizada
em dezembro de 2015 em Paris, todos os países-membros assumiram
compromissos voluntários para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. O
Brasil se comprometeu, entre outras coisas, a acabar com o desmatamento
ilegal, restaurar 12 milhões de hectares de florestas (um hectare corresponde a
aproximadamente um campo de futebol) e recuperar 15 milhões de hectares de
pastagens degradadas. Essa seria a principal contribuição do país para reduzir
as emissões de gases de efeito estufa em 37% até 2025 e 43% até 2030 (em
relação aos índices de 2005).
e) Incorreta. Originalmente, a Mata Atlântica cobria cerca de 1,3 milhão de
km² do território nacional. Foi o primeiro bioma que sofreu o impacto da
ocupação humana. Hoje, restam cerca de 90 mil km² em fragmentos esparsos,
que correspondem a apenas 7% da cobertura original em áreas descontínuas.
Gabarito: C

05) (FAFIPA/APPA PR/2016 – ANALISTA PORTUÁRIO) No dia 15 de


outubro de 2016, um acordo adotado em Kigali, capital de Ruanda, após
uma semana de negociações e uma reunião que durou toda a noite,
introduz uma emenda ao Protocolo de Montreal, assinado em 1987.
Assinale a alternativa CORRETA sobre objetivos do referido acordo.
a) Visa ao estabelecimento de um mecanismo internacional de
financiamento voltado para a Redução de Emissões por Desmatamento
e Degradação Florestal (REDD).
b) Visa à eliminação progressiva dos hidrofluorocarbonos (HFC).
c) Visa à eliminação progressiva dos desmatamentos das florestas
tropicais.
d) Visa à Prevenção da Poluição Marinha por Alijamento de Resíduos e
outras Matérias.

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COMENTÁRIOS:
O Protocolo de Montreal sobre Substâncias que Destroem a Camada de
Ozônio é um acordo internacional, criado no âmbito da Convenção de Viena para
a Proteção da Camada de Ozônio de 1985.
O aparecimento de buracos na Camada de Ozônio (O3) da estratosfera é
um processo natural, já que, em certas épocas do ano, reações químicas na
atmosfera produzem aberturas, que depois se fecham. O ozônio absorve parte
da radiação ultravioleta B (UVB) emitida pelo sol. Sem ela, as plantas teriam
uma redução na capacidade de fotossíntese e haveria maior incidência de câncer
de pele e catarata.
A atividade humana, porém, acentuou o processo. As reações que
destroem o ozônio são intensificadas pela emissão de compostos químicos
halogenados artificiais, sobretudo os clorofluorcarbonos (CFCs) e os
hidroclorofluorcarbonos (HCFCs). São gases usados como fluidos refrigerantes
em geladeiras, aparelhos de ar-condicionado e como propelente de aerossóis.
No âmbito do Protocolo de Montreal, decidiu-se pela substituição dos CFCs
e HCFCs pelos hidrofluorcarbonos (HFCs) que não afetam a Camada de Ozônio.
Porém, os HFCs contribuem para o aquecimento global.
Por isso, os 197 países integrantes do Protocolo de Montreal, reunidos em
Kigali, Ruanda, aprovaram a redução de 80% a 85% do uso de HFCs no planeta
até meados do século.
Gabarito: B

(CESPE/TJDFT/2015 – TÉCNICO JUDICIÁRIO) Naomi Oreskes,


historiadora americana e professora em Harvard, autora do livro O
colapso da civilização ocidental, avisa: “Chegou a hora de percebermos
que é possível ter crescimento econômico e cuidado com o meio
ambiente ao mesmo tempo. Dizer que as duas coisas são excludentes é
a real ameaça à nossa prosperidade”. Na sua cruzada científica pela
salvação do planeta, ela exalta o papa Francisco. Para ela, “cientistas
tratam o problema em termos científicos, e não atingem o coração das
pessoas. O papa veio colocar a questão em termos morais e veio dizer
que o que está acontecendo é uma injustiça. Ele está fazendo o que os
líderes políticos não fazem”.
O Estado de S.Paulo, caderno Aliás, capa, 30/8/2015 (com adaptações).
Considerando que o fragmento de texto apresentado é uma referência
inicial, julgue o item que se segue acerca do tema nele abordado.

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06) O texto sugere que optar pelo desenvolvimento material e proteger


o planeta são fatores excludentes no mundo atual.

COMENTÁRIOS:
O texto não sugere o que diz o enunciado. Vejamos a transcrição da frase
de Naomi Oreskes: “Chegou a hora de percebermos que é possível ter
crescimento econômico e cuidado com o meio ambiente ao mesmo tempo. Dizer
que as duas coisas são excludentes é a real ameaça à nossa prosperidade”.
Fica claro que, conforme o texto, é possível haver crescimento econômico
(desenvolvimento material) cuidando do meio ambiente (proteção do planeta).
Esse é o paradigma do desenvolvimento sustentável, crescimento
econômico com preservação ambiental.
Gabarito: Errado

07) O tema aquecimento global é controverso e está inscrito na pauta


das grandes questões ambientais, que, nos dias de hoje, são debatidas
por organizações não governamentais, em foros acadêmicos, e por
líderes políticos mundiais, em encontros.

COMENTÁRIOS:
O aquecimento global é uma realidade e é motivo de grandes e
permanentes debates envolvendo cientistas, ONGs, governos, organismos
internacionais e cidadãos. A opinião majoritária desses atores é a de que o
planeta Terra está aquecendo e de que a causa da elevação da temperatura
média do planeta provém da ação humana.
A controvérsia está em que um grupo minoritário questiona se a Terra
estaria em processo de aquecimento global. Outros concordam que a
temperatura média do planeta está em elevação, mas divergem que as causas
provêm da ação humana. Defendem que é um processo natural, do próprio
planeta Terra.
Gabarito: Certo

08) O avanço da industrialização no mundo contemporâneo contribuiu


para a degradação de áreas naturais e para o surgimento de sensíveis
alterações climáticas devido ao modelo que privilegiava o aumento da
capacidade produtiva sem maiores preocupações com o meio ambiente.

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COMENTÁRIOS:
A industrialização é um acontecimento relativamente recente na história
da humanidade. Iniciou na Europa na segunda metade do século XVIII. Por dois
séculos, o avanço da industrialização ocorreu quase sem nenhuma preocupação
com a preservação ambiental, com o uso racional e sustentável dos recursos
naturais. A industrialização gerou, também, a urbanização das sociedades.
A emergência da questão ambiental é um fenômeno recente na história da
humanidade, data da segunda metade do século passado. Durante muito tempo
considerava-se a natureza como uma fonte inesgotável de recursos naturais e
com capacidade de absorver a poluição em qualquer escala. Mentalidade que,
mais tarde, a realidade comprovou estar errada.
Gabarito: Certo

09) Responsável pelo maior volume de gases do efeito estufa lançados


na atmosfera, o petróleo é hoje uma fonte de energia relegada a plano
secundário, o que tem diminuído a relevância que tinha frente a outras
fontes de energia, como a eólica e a solar.

COMENTÁRIOS:
O maior volume de gases intensificadores do efeito estufa lançados na
atmosfera provém da queima do petróleo como combustível. Não é uma fonte
de energia secundarizada na matriz energética mundial. Individualmente é o
insumo mais utilizado como fonte de energia no mundo. Lentamente, o petróleo
perde relevância, mas, por várias décadas, segundo projeções, continuará sendo
o insumo mais utilizado na matriz energética mundial.
Gabarito: Errado

10) (IDECAN/PRODEB/2015 – ANALISTA DE PROCESSOS


ORGANIZACIONAIS) Os objetivos de redução dos gases de efeito estufa,
anunciados até agora em nível mundial, levariam a um aquecimento
climático “bem superior a dois graus”, limite fixado pela Organização
das Nações Unidas (ONU), segundo estudo divulgado em setembro de
2015, em Bonn (Alemanha). Ocupando o posto de maior país emissor de
gases do efeito estufa está:
A) Índia.
B) Brasil.

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C) Rússia.
D) Estados Unidos da América.

COMENTÁRIOS:
Considerando o total emitido pelos países do chamado carbono
acumulado, os Estados Unidos são os maiores emissores mundiais. Dados do
World Resources Institute e do Global Carbon Project, entre 1850 e 2011,
indicam que os EUA foram responsáveis por 27% das emissões totais de CO no
período, seguidos da União Europeia (25 países) com 25%, China com 11%,
Rússia com 8% e Japão com 4%.
Contudo, considerando as emissões recentes, as que são emitidas
anualmente, os EUA não são mais o maior emissor, estão em segundo lugar.
Nos últimos anos, no balanço anual, o país que mais emite CO é a China.
Gabarito: D

11) (FCC/METRÔ SP/2015) Em entrevista à TV NBR em 23/09/2014, a


Ministra do Meio Ambiente do Brasil disse que a comunidade
internacional vai se debruçar, a partir de agora, sobre a agenda dos
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), estabelecida na
Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável.
(Adaptado de: http://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2014-
09/brasil-reforca-necessidade-da-agendade-desenvolvi-mento-sustentavel)
Um dos temas fundamentais da agenda sustentável é a
a) redução dos cultivos familiares que empregam agrotóxicos.
b) proibição do plantio e consumo de alimentos transgênicos.
c) ampliação da geração de energias renováveis.
d) promoção de campanhas para o planejamento familiar.
e) erradicação dos intermediários na coleta de lixo reciclável.

COMENTÁRIOS:
A RIO+20 deliberou pela elaboração dos Objetivos do Desenvolvimento
Sustentável (ODS), que deverão orientar as políticas nacionais e as atividades
de cooperação internacional até 2030, sucedendo e atualizando os Objetivos de
Desenvolvimento do Milênio (ODM). Os ODS foram lançados em setembro de
2015. São 17 objetivos e 169 metas, envolvendo temáticas diversificadas, como
erradicação da pobreza, segurança alimentar e agricultura, saúde, educação,
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igualdade de gênero, redução das desigualdades, energia, água e saneamento,


padrões sustentáveis de produção e de consumo, mudança do clima, cidades
sustentáveis, proteção e uso sustentável dos oceanos e dos ecossistemas
terrestres, crescimento econômico inclusivo, infraestrutura e industrialização,
governança, e meios de implementação. Na área de energia, uma das metas é
“até 2030, aumentar substancialmente a participação de energias renováveis na
matriz energética global”.
Gabarito: C

12) (FCC/METRÔ SP/2015) Em entrevista à TV NBR em 23/09/2014, a


Ministra do Meio Ambiente do Brasil disse que a comunidade
internacional vai se debruçar, a partir de agora, sobre a agenda dos
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), estabelecida na
Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável.
(Adaptado de: http://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2014-09/brasil-reforca-
necessidade-da-agendade-desenvolvi-mento-sustentavel)

Um dos temas fundamentais da agenda sustentável é a


a) redução dos cultivos familiares que empregam agrotóxicos.
b) proibição do plantio e consumo de alimentos transgênicos.
c) ampliação da geração de energias renováveis.
d) promoção de campanhas para o planejamento familiar.
e) erradicação dos intermediários na coleta de lixo reciclável.

COMENTÁRIOS:
A RIO+20 deliberou pela elaboração dos Objetivos do Desenvolvimento
Sustentável (ODS), que deverão orientar as políticas nacionais e as atividades
de cooperação internacional até 2030, sucedendo e atualizando os Objetivos de
Desenvolvimento do Milênio (ODM). Os ODS foram lançados em setembro de
2015. São 17 objetivos e 169 metas, envolvendo temáticas diversificadas, como
erradicação da pobreza, segurança alimentar e agricultura, saúde, educação,
igualdade de gênero, redução das desigualdades, energia, água e saneamento,
padrões sustentáveis de produção e de consumo, mudança do clima, cidades
sustentáveis, proteção e uso sustentável dos oceanos e dos ecossistemas
terrestres, crescimento econômico inclusivo, infraestrutura e industrialização,
governança, e meios de implementação. Na área de energia, uma das metas é
“até 2030, aumentar substancialmente a participação de energias renováveis na
matriz energética global”.
Gabarito: C
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13) (FCC/METRÔ SP/2015) Detentor do título de maior emissor de


gases de efeito estufa do mundo, respondendo por cerca de 24,65% das
emissões globais, o país poderá diminuir o consumo de carvão mineral
porque tem potencial para dobrar o consumo de energias renováveis até
2030, segundo um estudo realizado pela Agência Internacional de
Energia Renovável (Irena, na sigla em inglês).
(http://outraspalavras.net/outrasmidias/destaque-outrasmidias/surpresa-abraca-
as-energias-renovaveis/)

O país retratado no texto é


a) a China.
b) os Estados Unidos.
c) a Alemanha.
d) a Rússia.
e) o Japão.

COMENTÁRIOS:
A China é o país que mais emite gases do efeito estufa, responsáveis pelo
aquecimento global. O carvão é o principal insumo da matriz energética chinesa.
Os Estados Unidos são o segundo maior emissor mundial.
Gabarito: A

14) (VUNESP/CÂMARA MUNICIPAL DE CAIEIRAS/2015) No início do


mês de outubro, o governo federal pôs pela primeira vez em teste o
bombeamento que fará a água circular pelos canais oriundos da
transposição do rio.
O bombeamento de água começou nesta quinta-feira (09.10.14) e
seguirá ao longo da próxima semana, primeiramente no canal do eixo
leste da obra.
(http://www1.folha.uol.com.br/poder/2014/10/1530911-governo-federal-faz-primeiro-teste-da-
transposicao.shtml)

O rio que terá parte das águas destinadas à transposição é o


a) Amazonas.
b) São Francisco.
c) Paraná.
d) Parnaíba.
e) Tocantins.

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COMENTÁRIOS:
O Governo Federal desenvolve o projeto de transposição das águas do rio
São Francisco. Está construindo canais que vão transferir de 1% a 3% das águas
do “Velho Chico” para rios e açudes que atualmente secam durante a estiagem
do semiárido nordestino. O governo diz que a obra beneficiará 12 milhões de
pessoas e estimulará a agricultura nas áreas beneficiadas dos estados do Ceará,
de Pernambuco, da Paraíba, do Rio Grande do Norte.
Gabarito: B
15) (VUNESP/CÂMARA MUNICIPAL DE CAIEIRAS/2015 – ASSISTENTE
LEGISLATIVO) Agora é oficial: o desmatamento na Amazônia disparou
em agosto e setembro [2014]. Foram devastados 1.626 km² de
florestas, um crescimento de 122% sobre os mesmos dois meses de
2013.
As análises mensais do sistema de alertas de desmatamento Deter
estavam prontas pelo menos desde 14 de outubro no Inpe (Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais). Em agosto, foram desmatados 890,2
km², um salto de 208% sobre os 288,6 km² do mesmo mês de 2013. Em
setembro foram 736 km², 66% mais que no ano passado.
(http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2014/11/1544688-desmatamento--na-amazonia-dispara-em-
agosto-e-setembro.shtml. Adaptado)

Um dos fatores responsáveis pelo aumento do desmatamento foi


a) a construção de hidrelétricas.
b) a abertura de uma ferrovia.
c) o reinício das obras da BR-163.
d) a redução de terras indígenas.
e) a expansão da agropecuária.

COMENTÁRIOS:
Pessoal, mesmo que vocês não tivessem lido nada sobre o assunto, é fácil
responder a questão. A extração ilegal de madeira, a criação de gado e a lavoura
de soja são as principais causas do desmatamento da Amazônia. Quando
falamos da criação de gado e da lavoura de soja, estamos falando da expansão
da agropecuária.
Assim, a alternativa “e” é o nosso gabarito.

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16) (FCC/DPE RR/2015 – AUXILIAR ADMINISTRATIVO) Leia a notícia


amplamente divulgada no final de abril de 2015.
Desde 2008, o Brasil ocupa o primeiro lugar no ranking mundial de
consumo de ...... . Enquanto nos últimos dez anos o mercado mundial
desse setor cresceu 93%, no Brasil, esse crescimento foi de 190%, de
acordo com dados divulgados pela Anvisa. Segundo o Dossiê Abrasco,
publicado nesta terça-feira (28/04) no Rio de Janeiro, 70% dos
alimentos in natura consumidos no país estão contaminados.
(Adaptado de: http://brasil.elpais.com/brasil)
A notícia trata do consumo de
a) produtos orgânicos.
b) sementes transgênicas.
c) fertilizantes químicos.
d) agrotóxicos.
e) sementes agroecológicas.

COMENTÁRIOS:
Desde 2008, o Brasil ocupa o primeiro lugar no ranking mundial de
consumo de agrotóxicos. Nos últimos dez anos, o consumo cresceu 190% no
Brasil, enquanto no mundo cresceu menos da metade, 93%. Segundo o Instituto
Nacional do Câncer (INCA), o consumo no Brasil equivale a cada brasileiro tomar
um galão de cinco litros de veneno por ano. As informações têm como base o
mês de abril de 2015.
Gabarito: D

17) (FCC/DPE RR/2015 – AUXILIAR ADMINISTRATIVO) Considere a


seguinte notícia divulgada em 2015:
No Brasil Central, um dos tipos de vegetação mais ameaçados,
especialmente pela pecuária e pelo plantio de soja, é ...... , que tem valor
inestimável para o equilíbrio do planeta e para pesquisas científicas.
Uma área imensa foi perdida, mas a boa notícia é que a taxa de
degradação caiu nos últimos anos.
(Adaptado de: http://www.correiobraziliense.com.br)

A notícia de 2015 destaca o tipo de vegetação denominado


a) cerrado.
b) restinga.
c) floresta tropical.

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d) mata das araucárias.


e) mangue.

COMENTÁRIOS:
Qual é o tipo de vegetação dominante no Brasil central? É o Cerrado,
pessoal. Eis a dica para acertar a questão. No Brasil central ainda encontramos
a Floresta Amazônica ou equatorial, o Pantanal e fragmentos de Mata Atlântica
e campos.
Restinga e mangue são tipos de vegetação litorânea. Podemos considerar
a Mata Atlântica como uma floresta tropical. A Mata de Araucárias, quase
totalmente desmatada, é encontrada na região Sul.
O Cerrado tem sido muito desmatado para a criação de gado e o cultivo
de grãos, principalmente a soja.
Gabarito: A

18) (FCC/TCE SP/2015 – AUXILIAR DE FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA) Em


02 de agosto, os 193 Estados-membros da ONU chegaram a um acordo
sobre o rascunho do documento final que constituirá a nova agenda de
desenvolvimento sustentável (ODS), que será formalmente adotada
pelos líderes mundiais em Nova York durante a Cúpula de
Desenvolvimento Sustentável em setembro.
O documento final destaca, como um de seus principais objetivos:
a) a erradicação da pobreza no mundo.
b) o fim do terrorismo na África e no Oriente Médio.
c) a luta contra a xenofobia no mundo.
d) a expansão da justiça social em todo o mundo.
e) o fim das perseguições religiosas no mundo.

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COMENTÁRIOS:
Eis uma forma fácil de memorizarmos os ODS:

Pelo que estudamos, o gabarito é a alternativa “A”.

(CESPE/ICMBIO/2014 – TÉCNICO ADMINISTRATIVO /AMBIENTAL)


Acerca do desmatamento na Amazônia Legal, julgue o item que se
segue.
19) A construção de obras de infraestrutura na Amazônia é vista como
estratégica para frear o aumento do desmatamento florestal, uma vez
que contribui para regularização do uso do solo.

COMENTÁRIOS:
Historicamente, a construção das grandes obras de infraestrutura na
Amazônia tem causado vários impactos sociais e ambientais, entre eles o
desmatamento florestal.
Gabarito: Errado

20) (CESPE/MDIC/2014 – AGENTE ADMINISTRATIVO) A poluição


atmosférica é um dos mais graves problemas do mundo contemporâneo
e, caso nada seja feito para reduzi-la ou impedir sua expansão, colocará
em risco a própria sobrevivência no planeta.
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COMENTÁRIOS:
A poluição atmosférica, sobretudo aquela relacionada à emissão de gases
estufa, causadores do aquecimento global, é um dos mais graves problemas do
mundo contemporâneo. Caso nada seja feito para reduzir a poluição atmosférica
ou impedir a sua expansão, o planeta sofrerá drásticas consequências, que
podem colocar em risco a existência das formas de vida.
Gabarito: Certo

21) (CESPE/MDIC/2014 – AGENTE ADMINISTRATIVO) A emissão de


gases poluentes na atmosfera, como os resultantes da queima de
combustíveis fósseis, contribui decisivamente para as alterações
climáticas com as quais o mundo contemporâneo vem convivendo há
algum tempo.

COMENTÁRIOS:
O mundo contemporâneo convive com a problemática do aquecimento
global, causado pela intensificação do fenômeno natural do efeito estufa. A
emissão de gases estufa na atmosfera, como os resultantes da queima de
combustíveis fósseis (por exemplo, gás carbônico), contribui decisivamente para
as alterações climáticas.
Gabarito: Certo

22) (ESAF/MF/2014 – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO) Sobre as


questões ambientais da atualidade, é correto afirmar:
a) No Brasil, a criação de gado está entre as atividades econômicas que
contribuem para as mudanças do clima – tanto pela sua relação com o
desmatamento, como pela produção de gás metano pelos animais.
b) Ao contrário de outros problemas ambientais que podem apresentar
consequências regionais, nacionais ou globais, a chuva ácida é um
fenômeno que ocorre no mesmo local em que houve a emissão dos gases
tóxicos que levam à sua formação.
c) Os gases de efeito estufa são os causadores dos buracos na camada
de ozônio e da desertificação: os buracos permitem que os raios solares
entrem diretamente na atmosfera e atinjam a vegetação, causando sua
deterioração gradual.

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d) Uma medida relevante para o enfrentamento das mudanças do clima


foi a proibição do uso dos clorofluorcarbono os (CFC) na produção de
geladeiras e ar condicionados.
e) Um dos fatores que contribuíram para os avanços nas medidas
propostas pelo Protocolo de Quioto foi a sua ratificação pelos Estados
Unidos.

COMENTÁRIOS:
a) Correto. A criação de gado está entre as atividades econômicas que
contribuem para as mudanças do clima – tanto pela sua relação com o
desmatamento como pela produção de gás metano pelos animais. O gado
produz o gás metano (CH4), um dos gases causadores do aquecimento global.
b) Correto. A chuva ácida pode, sim, ocorrer no mesmo local em que houve a
emissão dos gases tóxicos que levaram a sua formação. Se a questão tivesse
afirmado que o fenômeno ocorre exclusivamente no local em que houve a
emissão de gases tóxicos, estaria incorreta.
c) Incorreto. Não são todos os gases, mas alguns gases com pequena
contribuição no efeito estufa, como os clorofluorcarbonos, que são os
responsáveis pelo buraco na Camada de Ozônio.
d) Incorreto. A proibição do uso dos clorofluorcarbonetos (CFCs) na produção
de geladeiras e ar-condicionados foi uma medida relevante para conter a
destruição da Camada de Ozônio.
e) Incorreto. Os Estados Unidos não ratificaram o Protocolo de Quioto.
Por ter mais de um item correto, a questão foi ANULADA.

23) (FCC/CÂMARA MUN DE SÃO PAULO/2014 - CONSULTOR TÉCNICO


LEGISLATIVO) Em outubro de 2013, em Brasília, ocorreu a etapa
nacional da maior conferência já realizada no país: a 4a Conferência
Nacional de Meio Ambiente, destinada a discutir a Política Nacional de
Resíduos Sólidos, instituída pela Lei no 12.305/10.
Um dos pontos mais importantes da Lei e da Conferência que afeta o
conjunto de cidades brasileiras, no ano de 2014, é a
a) criação de infraestrutura nacional para tratamento de esgotos.
b) definição de políticas de despoluição do litoral.
c) substituição de todos os lixões por aterros sanitários.
d) regulamentação de uma política nacional de despoluição fluvial.

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e) implementação de mecanismos de controle de poluição dos rios


urbanos.

COMENTÁRIOS:
A Lei nº 12.305/2010 instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos
(PNRS). Pessoal, se a norma trata de resíduos sólidos, obviamente não vai
versar sobre criação de infraestrutura nacional para tratamento de esgotos,
despoluição do litoral, despoluição fluvial e controle de poluição dos rios urbanos.
Isso tudo é objeto de normas de recursos hídricos e águas.
A PNRS proíbe o lançamento in natura a céu aberto (lixões) de resíduos
sólidos, excetuados os resíduos de mineração. Todos os lixões deverão ser
substituídos por aterros sanitários em até quatro anos após a data de publicação
da lei (a publicação ocorreu em 03.08.2010).
Gabarito: C

24) (FGV/BNB/2014 – ANALISTA BANCÁRIO) Analise as características


dos biomas descritos abaixo:
I. É um bioma exclusivamente brasileiro, constituído principalmente por
savanas estépicas, ocupando a totalidade do estado do Ceará, parte de
Alagoas, Bahia, Pernambuco e Piauí, entre outros. Entre as espécies de
planta encontradas nesse bioma, há a amburana, a aroeira, o umbu e o
juazeiro.
II. É um bioma considerado uma das savanas mais ricas do mundo em
biodiversidade, reunindo uma grande variedade de paisagens, entre
chapadas e vales. Esse bioma se estende pelos estados de Mato Grosso,
Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins, Minas Gerais, Distrito Federal e
Piauí, sobretudo.
As características descritas correspondem, respectivamente, aos
biomas:
a) Mata Atlântica e Pampa;
b) Pampa e Amazônia;
c) Caatinga e Cerrado;
d) Cerrado e Mata Atlântica;
e) Amazônia e Caatinga.

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COMENTÁRIOS:
A Floresta Amazônica caracteriza-se pela grande diversidade: um
hectare contém mais de 300 espécies. É uma floresta densa, úmida e latifoliada,
isto é, composta por árvores de folhas largas, que propiciam intensa
evapotranspiração.
A Caatinga é caracterizada pelo domínio de espécies arbustivas,
especialmente cactáceas, entremeadas por gramíneas e por algumas árvores de
maior porte. Por isso, é considerada uma vegetação complexa. As plantas
denominadas xerófitas (adaptadas a climas secos) têm muitos espinhos, caules
grossos e poucas folhas. Entre as espécies mais conhecidas estão a umburana,
o umbuzeiro e o mandacaru. Com algumas dessas plantas são produzidos óleos
vegetais, ceras, fibras e, principalmente, forragem para a pecuária, a base da
renda dos vaqueiros e dos fazendeiros do sertão.
O Cerrado caracteriza-se pela presença de arbustos e árvores dotados de
raízes profundas, troncos e galhos retorcidos e recobertos por cascas grossas.
Essas formações são entremeadas por gramíneas e poucas árvores de maior
porte. A presença de três grandes bacias hidrográficas da América do Sul na
região (Tocantins–Araguaia, São Francisco e Prata) favorece a biodiversidade,
bastante afetada pela expansão agrícola. O bioma que ostenta uma rica
biodiversidade já perdeu 48% da sua vegetação original, até 2010, segundo o
Ministério do Meio Ambiente.
O Pantanal é um complexo heterogêneo composto de cerrados, florestas,
campos, charcos inundáveis e ambientes aquáticos (lagoas, riachos).
Desenvolve-se em terrenos baixos (planícies) e, devido à baixa declividade do
terreno, a água que extrapola os canais dos rios escoa lentamente pelo terreno,
mantendo-o alagado durante um período (período de chuva nas cabeceiras dos
rios). A vegetação diversifica-se conforme três tipos de áreas: as alagadas, as
periodicamente alagadas e as que não sofrem inundação.
Caracterizada pela sua imensa biodiversidade, a Mata Atlântica abriga
muitas espécies vegetais que também prosperam na Floresta Amazônica. Muitos
dos animais brasileiros ameaçados de extinção vivem em suas florestas:
espécies de mico-leão, o macaco muriqui (monocarvoeiro), a lontra, o tatu-
canastra e a onça-pintada. No entanto, essa magnífica formação florestal está
seriamente ameaçada, restando em trono de 7% da sua área original. Ocorre,
sobretudo, nas encostas próximas ao litoral, estendendo-se desde o Rio Grande
do Norte até o Rio Grande do Sul.
No centro-sul do Rio Grande do Sul, desenvolveu-se uma rica vegetação
herbácea de gramíneas, associada ao clima subtropical. São os pampas
gaúchos, imensas planícies caracterizadas por uma sucessão de suaves colinas
cobertas de campos limpos, chamadas popularmente de coxilhas. Os pampas

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constituem paisagens naturais de excepcional qualidade para a criação de gado,


uma das principais atividades econômicas da região.
Gabarito: C

25) (FGV/AL BA/2014 – TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR) É um indicador


utilizado para avaliar o consumo humano de recursos naturais em
relação à capacidade da Terra de regenerá los.
Esse indicador mede a área biologicamente produtiva necessária para
regenerar os recursos consumidos por uma população humana, de modo
a estimar quantos “planetas Terra” seriam necessários para sustentar a
humanidade, caso todos vivessem segundo um determinado estilo de
vida.
A descrição acima faz referência à noção de
a) pegada ecológica.
b) manejo sustentável.
c) biodiversidade.
d) sustentabilidade.
e) ecossistema.
COMENTÁRIOS:
A pressão das atividades humanas sobre os ecossistemas é medida pela
pegada ecológica. Ela nos mostra se o nosso estilo de vida está de acordo com
a capacidade do planeta em oferecer e renovar seus recursos naturais e absorver
os resíduos provocados pela atividade humana.
O índice foi criado pelo World Wildlife Fund (WWF). Apresentado em
hectares globais, representa a superfície ocupada por terras cultivadas,
pastagens, florestas, áreas de pesca ou edificadas. Em tese, a sustentabilidade
do planeta estaria garantida se cada pessoa no mundo utilizasse 1,8 hectare de
área (quase dois campos de futebol). O problema é que essa média é de cerca
de 2,7 hectares. Nos países desenvolvidos, esse número é ainda maior – o índice
dos Estados Unidos, por exemplo, é de 9,6 hectares por pessoa.
Gabarito: A

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26) (FGV/BNB/2014 – ANALISTA BANCÁRIO)

Fonte: Jornal O Globo, 05/11/2004.


"A Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação
(UNCCD) conceitua desertificação como o processo de degradação das
terras em regiões áridas, semiáridas e subúmidas secas, em decorrência
de fatores como ação antrópica e mudanças climáticas. Essa degradação
é a perda ou redução da produtividade econômica ou biológica dos
ecossistemas secos, causadas pela erosão do solo, deterioração dos
recursos hídricos e perda da vegetação natural".
CIRILO, José Almir, "Políticas públicas de recursos hídricos para o semiárido" in
Estudos Avançados, 2008, vol.22, n.63, p. 68.
Com base nas informações fornecidas, analise as afirmativas a respeito
do impacto climático desse processo no semiárido brasileiro.
I. Entre as áreas do Nordeste afetadas pelo processo de desertificação
encontram-se o "núcleo de Seridó", na região centro-sul do Rio Grande
do Norte e centro-norte da Paraíba; o "núcleo de Irauçuba" no noroeste
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cearense; o "núcleo de Gilbués" no Piauí e o de Cabrobó em


Pernambuco.
II. As mudanças climáticas globais em curso geram, na região semiárida
brasileira, aumento da temperatura e da evaporação nos corpos d'água
e consequente redução do volume neles escoado, além de concentração
do período chuvoso em menor espaço de tempo, com redução da
precipitação.
III. O semiárido brasileiro apresenta situações difíceis de serem
superadas, pois os solos são, em sua maior parte, muito rasos, com a
rocha quase aflorante, o que prejudica a formação de aquíferos, sua
recarga e a qualidade de suas águas.
Assinale se:
a) somente a afirmativa I estiver correta;
b) somente a afirmativa II estiver correta;
c) somente a afirmativa III estiver correta;
d) somente as afirmativas I e II estiverem corretas;
e) todas as afirmativas estiverem corretas.

COMENTÁRIOS:
As áreas semiáridas somam 13% do território brasileiro e incluem o
Polígono das Secas, que abrange a região do semiárido nordestino e o norte de
Minas Gerais. Cerca de 10% do polígono sofre de desertificação grave. Segundo
o Ministério do Meio Ambiente, os quatro núcleos de desertificação onde o
processo ocorre de forma mais acentuada são Cabrobó (PE), Gilbués (PI), Seridó
(RN) e Irauçuba (CE).
Segundo relatórios divulgados pelo Painel Intergovernamental de
Mudanças Climáticas (IPCC) e pelo Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas, as
mudanças climáticas globais em curso geram, na região semiárida brasileira,
aumento da temperatura e da evaporação nos corpos d’água e consequente
redução do volume neles escoado, além de concentração do período chuvoso em
menor espaço de tempo, com redução da precipitação.
O solo da Caatinga é raso e pedregoso, sujeito a intemperismo físico e
pouca erosão. Esse tipo de solo prejudica a formação de aquíferos, sua recarga
e a qualidade de suas águas.
Gabarito: E

27) (ESAF/MF/2014 – ASSISTENTE TÉCNICO-ADMINISTRATIVO) Sobre


o desenvolvimento sustentável e iniciativas governamentais e de

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organismos internacionais voltadas à sua promoção, assinale a


afirmativa incorreta.
a) A Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente e o
Desenvolvimento (Eco-92) propôs a superação da ideia de que
crescimento econômico é o mesmo que desenvolvimento. Com a Eco-92,
passa-se a falar em desenvolvimento sustentável, que contempla 3
dimensões interdependentes: a econômica, a social e a ambiental.
b) A primeira definição de desenvolvimento sustentável – como sendo
“aquele que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a
capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades"
– adota somente o enfrentamento dos problemas ambientais como
objetivo do desenvolvimento sustentável.
c) A Agenda Ambiental da Administração Pública (A3P) é um programa
de gestão socioambiental criado pelo Ministério do Meio Ambiente. O
programa tem sido implementado por diversos órgãos e instituições
públicas das três esferas de governo e no âmbito dos três poderes e
pode ser usado como modelo de gestão socioambiental por outros
segmentos da sociedade.
d) A Eco-92 e as conferências internacionais que a sucederam tiveram
importante papel na edição de leis brasileiras voltadas à promoção do
desenvolvimento sustentável, a exemplo da Lei n. 12.187/2009, que
institui a Política Nacional sobre Mudança do Clima, e da Lei n.
12.305/2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos.
e) Embora os resultados práticos das conferências que sucederam a
Eco-92 – em especial a Rio+10 em Johanesburgo e a Rio+20 no Brasil –
sejam fortemente criticados, estas conferências têm um importante
papel de questionamento e mobilização dos povos em relação ao tipo de
desenvolvimento que se deseja e às responsabilidades individuais e
coletivas pelo legado que deixaremos às gerações futuras.

COMENTÁRIOS:
a) Correta. Crescimento econômico é um conceito referente ao crescimento da
atividade econômica, à expansão do Produto Interno Bruto (PIB). Isso é
diferente de desenvolvimento, que pode ser humano, social, econômico,
ambiental, entre outros. Muitos autores discorrem que o desenvolvimento
sustentável contempla até mais de três dimensões interdependentes, seriam
cinco: econômica, social, ambiental, cultural e política ou democrática.
b) Incorreta. O mais conhecido conceito de desenvolvimento sustentável é
aquele apresentado no Relatório Brundtland – Nosso Futuro Comum.

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Conforme o documento, desenvolvimento sustentável é “aquele que satisfaz as


necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras
de suprir suas próprias necessidades”. Veja que o conceito é um tanto genérico,
amplo e não restringe o desenvolvimento sustentável ao enfrentamento dos
problemas ambientais.
c) Correta. A Agenda Ambiental da Administração Pública (A3P) é um programa
de gestão socioambiental criado pelo Ministério do Meio Ambiente. O programa
tem sido implementado por diversos órgãos e instituições públicas das três
esferas de governo e no âmbito dos três poderes e pode ser usado como modelo
de gestão socioambiental por outros segmentos da sociedade.
d) Correta. A Eco-92 e as conferências internacionais que a sucederam tiveram
importante papel na edição de leis brasileiras, voltadas à promoção do
desenvolvimento sustentável, a exemplo da Lei nº 12.187/2009, que institui a
Política Nacional sobre Mudança do Clima, e da Lei nº 12.305/2010, que institui
a Política Nacional de Resíduos Sólidos.
e) Correta. As conferências da ONU são os principais momentos de debate e
tomada de decisões sobre o futuro do planeta. Elas têm um importante papel de
questionamento e mobilização dos povos em relação ao tipo de desenvolvimento
que se deseja e às responsabilidades individuais e coletivas pelo legado que
deixaremos às gerações futuras.
Gabarito: B

28) (CESPE/CNJ/2013 – Analista Judiciário) Há consenso entre


especialistas e ambientalistas de que mudanças climáticas e efeito
estufa decorrem da ação humana sobre a natureza. Em escala global,
esse processo se intensificou a partir da Revolução Industrial.

COMENTÁRIOS:
O efeito estufa é um fenômeno natural. Ele permite à atmosfera da Terra
reter parte do calor que o Sol envia ao planeta, o que mantém a temperatura
média do nosso planeta em torno de 14 °C, essencial para boa parte das formas
de vida. O calor é retido por gases responsáveis pelo efeito estufa, como o
dióxido de carbono e o gás carbônico (CO ), metano (CH ) e óxido nitroso (N O).
A teoria do aquecimento global, formulada pelos cientistas, consiste em
um aumento extraordinário da capacidade da atmosfera de reter calor, devido
ao aumento da concentração de gases estufa, causada pelas atividades
antrópicas (humanas), tendo como consequência a acelerada elevação da
temperatura média do planeta. Essa é a posição da maioria dos cientistas,

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expressada no Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) da


ONU.
Um segmento minoritário permanece propenso a acreditar que fatores
naturais podem ser responsáveis por praticamente todo o aquecimento
registrado no último século.
Sobre um dos aspectos dessa teoria não existem dúvidas: as emissões de
origem antrópica de dióxido de carbono ampliaram-se com vigor a partir de 1850
(Revolução Industrial) e continuaram a crescer nos séculos XX e XXI.
Gabarito: Errado

29) (CESPE/TJDFT/2013 – Analista Judiciário) O petróleo impulsionou


a economia internacional e chegou a representar 50% do consumo
mundial de energia primária no início dos anos 70. Esse número sofreu
queda, mas ainda representa cerca de 43%. O Oriente Médio detém
65,4% das reservas petrolíferas do mundo. O anúncio da descoberta do
pré-sal em 2007 mudou radicalmente o panorama do setor de petróleo
no Brasil, que poderá mais que triplicar suas reservas petrolíferas até
2020.
O Globo. Caderno Amanhã, 8/1/2013, p. 6 (com adaptações).
Tendo o fragmento de texto acima como referência inicial e
considerando as múltiplas implicações do tema por ele abordado, além
de aspectos marcantes do atual estágio de desenvolvimento da
economia mundial, julgue o item que se segue.
A mais aceita definição de desenvolvimento sustentável é a que se
baseia no suprimento das necessidades da geração atual, sem
comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras
gerações.

COMENTÁRIOS:
São muitos os conceitos de desenvolvimento sustentável, elaborados e
estudados por cientistas, intelectuais e entidades internacionais. O termo
apareceu pela primeira vez em 1987, no Relatório Brundtland, elaborado pela
Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, criada em 1983 pela
Assembleia das Nações Unidas.
Para o relatório, desenvolvimento sustentável é:
O desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes, sem
comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias
necessidades.
Gabarito: Certo
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30) (CESGRANRIO/IBGE/2013 – TECNOLOGISTA/GEOGRAFIA) A


sustentabilidade do desenvolvimento exige, quase por definição, a
democratização do Estado e não o seu abandono. Parece-me oportuno,
sob esta lógica, delinear algumas dimensões e critérios operacionais de
sustentabilidade. Uma dessas dimensões vincula-se estreitamente ao
processo de construção da cidadania e busca garantir a incorporação
plena dos indivíduos ao processo de desenvolvimento. Esta resume-se,
em seus aspectos micro, na democratização da sociedade, e macro, na
democratização do Estado.
GUIMARÃES, R. Desenvolvimento sustentável: da retórica à formulação de políticas públicas. In:
Becker, B. e Miranda, M. (Org.) A geografia política do desenvolvimento sustentável. Rio
de Janeiro: UFRJ, 1987, p. 39. Adaptado.

No texto acima, o desenvolvimento sustentável é abordado


descrevendo-se a sua dimensão
a) ambiental, ao enfatizar a manutenção da capacidade de carga dos
ecossistemas para absorver as agressões antrópicas.
b) ecológica, ao tratar da base física do processo de crescimento com o
objetivo de conservação e uso racional dos recursos naturais.
c) demográfica, ao comparar tendências econômicas com base nas
variáveis do crescimento e distribuição das populações humanas.
d) cultural, ao reconhecer a base do desenvolvimento na manutenção
da diversidade de sistemas simbólicos inerentes à sociedade.
e) política, ao assumir que o desenvolvimento exige a contribuição de
um aparato jurídico-institucional para a sua plena realização.

COMENTÁRIOS:
O texto fala em democratização do Estado e construção da cidadania. Diz
que a dimensão em tela resume-se, em seus aspectos micro, na democratização
da sociedade, e macro, na democratização do Estado. Quando falamos de
democracia e cidadania, estamos falando de política. Assim, a dimensão do
desenvolvimento sustentável abordada no fragmento textual é a política.
Dimensão que exige a contribuição de um aparato jurídico-institucional para a
sua plena realização, que é uma das características do Estado democrático de
direito.

Ressalta-se que não há uma definição única de desenvolvimento


sustentável, há dezenas de definições. Tampouco há uma única categorização
para as dimensões do desenvolvimento sustentável, há várias.

Gabarito: E

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31) (CESGRANRIO/IBGE/2013 – TECNOLOGISTA/GEOGRAFIA) Nas


reuniões de cúpula sobre os rumos ambientais globais da humanidade,
de Founex a Estocolmo, até o Relatório Brundtland, a ênfase tem sido
em mais crescimento econômico, com formas, conteúdos e usos sociais
completamente modificados, orientação no sentido das necessidades
das pessoas, da distribuição equitativa de renda e de técnicas de
produção adequadas à preservação dos recursos.
SACHS, I. Estratégias de transição para o século XXI. In: Bursztyn, M. (Org.). Para pensar o
desenvolvimento sustentável. São Paulo: Brasiliense, 1993. Adaptado.

Do exame das reuniões de cúpula referidas no texto, identifica-se que,


na conferência das Nações Unidas realizada em 1972, em Estocolmo,
a) buscaram-se soluções técnicas para os problemas de contaminação,
com o lema “Uma só Terra”.
b) implementou-se a noção de desenvolvimento sustentável, com o
lema “Outro mundo é possível”.
c) definiu-se o acordo sobre as mudanças climáticas para limitar as
emissões de CO2, com o lema “Nosso futuro comum”.
d) criou-se o termo antropoceno para definir um novo período
geológico, com o lema “Um planeta para todos”.
e) renovou-se o compromisso político com o desenvolvimento
sustentável, com o lema “Por uma economia verde”.

COMENTÁRIOS:
a) Correta. Com o lema “Uma só Terra”, a Conferência de Estocolmo foi
marcada pela disputa do “crescimento zero”, defendido pelos países
desenvolvidos; e o “crescimento a qualquer custo”, defendido pelas nações
subdesenvolvidas e em desenvolvimento. Nos debates buscaram-se soluções
técnicas para os problemas de contaminação. Na conferência surgiu um novo
conceito, o ecodesenvolvimento, caracterizado como um processo criativo de
transformação do meio em que vivemos, porém com a ajuda de técnicas
ecologicamente corretas e que sejam adequadas a cada um dos lugares.
b) Incorreta. O conceito de desenvolvimento sustentável surgiu, em 1987, no
relatório Nosso Futuro Comum, também conhecido como Relatório
Brundtland, elaborado pela Comissão Mundial para o Meio Ambiente e
Desenvolvimento (CMMAD) da ONU. “Outro mundo é possível” é o lema do
Fórum Social Mundial (FSM).
c) Incorreta. Somente 20 anos depois, na ECO-92, é que foi aprovado um
documento sobre a mudança do clima, a Convenção Quadro sobre a Mudança

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do Clima. No entanto, a Convenção não estabeleceu metas de reduções de


emissões ou de limitações de emissões de CO2.
d) Incorreta. O termo antropoceno tem sido utilizado por cientistas para
descrever o período mais recente na história do planeta Terra. O lema “Um
planeta para todos” não representa nenhum movimento de amplitude
considerável.
e) Incorreta. A RIO+20 foi a conferência que renovou o compromisso político
com o desenvolvimento sustentável. O evento teve como objetivo analisar os
progressos feitos desde a Eco-92 e avançar na adoção de políticas para o
desenvolvimento sustentável. A economia verde foi um dos principais temas
debatidos, mas não teve uma definição criada no documento final.
Gabarito: A

32) (IADES/SUDAM/2013 – ANALISTA TÉCNICO ADMINISTRATIVO) Os


Recursos Naturais e o Desenvolvimento Sustentável
A entidade do terceiro setor WWF (Fundo Mundial para a Natureza), em
parceria com o Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio
Ambiente), realizou uma pesquisa sobre a pressão exercida pelo ser
humano sobre o planeta, quanto à exploração dos recursos naturais. Os
resultados desse trabalho foram sintetizados no Relatório do Planeta
Vivo 2000. O estudo se baseou no índice de pressão ecológica que cada
pessoa exerce sobre a terra, ou seja, a necessidade que cada indivíduo
tem de gerar alimentos, bens, mercadorias e energia. Quanto ao assunto
abordado pelo texto e aos diversos aspectos da temática que ele suscita,
assinale a alternativa incorreta.
(A) As pesquisas aplicadas ao desenvolvimento da agricultura, depois
da revolução verde, deram origem à biorrevolução, ou seja, ao crescente
processo da agricultura pela biotecnologia; assim, potencializa-se a
capacidade industrial de transformar a matéria-prima orgânica e se
estabelece uma incrível versatilidade na elaboração de produtos
básicos, erradicando os inúmeros impactos ambientais desse processo.
(B) Entre os diversos fóruns realizados pela ONU – Organização das
Nações Unidas – sobre o assunto Desenvolvimento Sustentável, merece
destaque a Conferência do Rio-1992, ou Eco-92.
(C) É fato que, quanto maior a produção industrial de bens de consumo
duráveis e não duráveis, maior será a demanda por recursos naturais,
em especial as fontes de energia. Consequentemente, quanto maior o
consumo, maior será a produção dos diversos tipos de resíduos, daí a

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necessidade de promover, junto à sociedade global, reciclagem como


forma de amenizar os impactos ambientais.
(D) Recentemente, o IPCC – Painel Intergovernamental da ONU sobre
Mudanças Climáticas - organizou conferências sobre o tema e, entre
elas, destacam-se as Conferências das Partes realizadas no continente
africano (África do Sul) e a última, no Oriente Médio (no Catar).
(E) Vinte anos depois da Conferência no Rio de Janeiro no início da
década de 1990, ambientalistas e diversos representantes de quase
duas centenas de países se reuniram no Brasil para um novo encontro
da ONU sobre o meio ambiente, a denominada Rio + 20.

COMENTÁRIOS:
Questão muito fácil! Pegadinha em que você não pode cair! Para qualquer
atividade produtiva, qualquer que seja, não existe tecnologia que elimine
totalmente ou venha a erradicar os inúmeros impactos ambientais do seu
processo.
Gabarito: A

33) (UEPA/SEFAZ PA/2013 – FISCAL DE RECEITAS ESTADUAIS) Leia o


Texto para responder a questão
“Há, sem dúvida, uma estreita relação entre a pobreza e a degradação
do meio ambiente. No entanto, existem diversas maneiras de analisar
esta correspondência, dependendo dos interesses de quem faz o estudo.
Uma ideia bastante aceita, por exemplo, é a de que populações pobres
têm um impacto maior sobre o ambiente em que vivem, do que outros
grupos de maior renda. De maneira superficial, este raciocínio parece
correto, se pensarmos na ocupação irregular de áreas de proteção a
mananciais, florestas urbanas e encostas de morro. Exemplos deste tipo
de situação é a fixação de populações em áreas no entorno das represas
de Guarapiranga e Billings, em São Paulo; o avanço das favelas cariocas
sobre a floresta da Tijuca; e a ocupação de morros em cidades litorâneas
do Sudeste do país”.
Disponível em http://tesmotetas.blogspot.com.br/2012/06/ pobreza-e-meio-ambiente-ricardo-rose.html

Considerando a relação meio ambiente e sociedade abordada pelo Texto


indique a alternativa correta.
a) O enfrentamento dos problemas ambientais pelas sociedades
contemporâneas depende da sua capacidade de aliar desenvolvimento
humano, crescimento econômico e preservação ambiental.

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b) O desenvolvimento sustentável proposto pelo Clube de Roma na


década de 1970, apresentou a redução demográfica como solução para
a crise ambiental contemporânea.
c) Os problemas ambientais da contemporaneidade resultam da
ausência de consciência política do cidadão em promover o
desenvolvimento sustentável.
d) O atraso tecnológico e a economia agrícola dos países pobres são os
grandes responsáveis pelos problemas ambientais contemporâneos.
e) A crise ecológica de fins do século XX gerou novos paradigmas,
disseminando práticas de consumo sustentável especialmente nos
países em vias de desenvolvimento.

COMENTÁRIOS:
a) Correta. O desenvolvimento sustentável é a alternativa ao atual modelo de
desenvolvimento ambientalmente predatório, economicamente inviável e
socialmente injusto. O desenvolvimento sustentável assenta-se no tripé
desenvolvimento humano, crescimento econômico e preservação ambiental.
b) Incorreta. Como solução para a crise ambiental contemporânea, o Clube de
Roma defendeu, na década de 1970, a tese do crescimento zero. Pela proposta,
o mundo não cresceria mais economicamente, o que condenaria os países
subdesenvolvidos à estagnação e à pobreza eterna.
c) Incorreta. Fundamentalmente, os problemas ambientais contemporâneos
resultam do modelo de desenvolvimento economicista e consumista da
humanidade.
d) Incorreta. Os grandes responsáveis pelos problemas ambientais
contemporâneos são a exploração predatória da natureza e o consumismo do
ser humano.
e) Incorreta. A crise ecológica gerou novos paradigmas disseminando práticas
de consumo sustentável, especialmente nos países desenvolvidos.
Gabarito: A

34) (UEPA/SEFAZ PA/2013 – FISCAL DE RECEITAS ESTADUAIS) Leia o


Texto para responder a Questão
“O aquecimento global é uma consequência das alterações climáticas
ocorridas no planeta."
Diversas pesquisas confirmam o aumento da temperatura média global.
Conforme cientistas do Painel Intergovernamental em Mudança do

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Clima (IPCC), da Organização das Nações Unidas (ONU), o século XX foi


o mais quente dos últimos cinco séculos, com aumento de temperatura
média entre 0,3°C e 0,6°C. "Esse crescimento pode parecer
insignificante, mas é suficiente para modificar todo clima de uma região
e afetar profundamente a biodiversidade, desencadeando vários
desastres ambientais".
Brasil Escola, disponível: http://www.brasilescola.com/ geografia/aquecimento-
global.htm (com adaptações)
Sobre o aquecimento global é correto afirmar que:
a) o aquecimento global está diretamente relacionado aos fenômenos
físicos e naturais como degelo das camadas polares a desertificação e à
atividade industrial.
b) as previsões mais otimistas da comunidade científica estimam que
nos próximos anos nos aproximaremos da erradicação da emissão de
gases poluentes pela consciência social e política do problema.
c) o Brasil, principal poluidor e emissor de gases de efeito estufa, tem
nos desmatamentos e nas queimadas as principais fontes de emissão de
gases causadores do aquecimento global.
d) as principais atribuições para o aquecimento global são relacionadas
às atividades humanas, que intensificam o efeito estufa através do
aumento na queima de gases de combustíveis fósseis, como petróleo,
carvão mineral e gás natural.
e) através do Protocolo de Kyoto as nações desenvolvidas
comprometem-se a reduzir sua emissão de gases que provocam o efeito
estufa, pela metade em relação aos níveis de 1990.
COMENTÁRIOS:
a) Incorreta. O aquecimento global está diretamente relacionado ao aumento
da concentração de gases estufa na atmosfera. O degelo das camadas polares é
uma das consequências do aquecimento global.
b) Incorreta. As previsões da comunidade científica indicam um aumento da
emissão de gases estufa na atmosfera, em linha com o que vem ocorrendo nas
últimas décadas. Os sucessivos alertas dos cientistas não têm sido suficientes
para a formação de uma sólida consciência social e da adoção, por meio da
classe política mundial, de medidas para a efetiva solução do problema.
c) Incorreta. O desmatamento foi, durante muito tempo, a principal fonte das
emissões brasileiras de gases do efeito estufa. Conforme o último Relatório de
Estimativas Anuais de Emissões de Gases de Efeito Estufa, divulgado em outubro
de 2013 pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, a agropecuária passou a ser

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a maior emissora, seguida do conjunto dos usos da energia, sobretudo os


combustíveis fósseis.
d) Correta. As atividades antrópicas (humanas) são as grandes responsáveis
pelo fenômeno da intensificação do efeito estufa, principalmente, por meio da
queima de combustíveis fósseis, como o petróleo, carvão e gás natural.
e) Incorreta. Por meio do Protocolo de Quioto, as nações desenvolvidas se
comprometeram a reduzir as suas emissões de gases em 5,2% em relação aos
níveis de 1990. A redução deveria ter ocorrido no período de 2008 a 2012,
denominado de Primeiro Período de Compromisso do Protocolo de Quioto.
Gabarito: D

35) (CESPE/TCU/2012 – TECNICO DE CONTROLE EXTERNO) Dois


séculos após o início da Revolução Industrial, o carvão ainda hoje é a
principal fonte geradora de energia elétrica do mundo. Países como
Estados Unidos da América, Japão, China, Índia, África do Sul e Rússia
são tão dependentes do carvão, no século XXI, quanto era a Inglaterra,
no século XIX. No Brasil, o carvão responde por 1,5% da matriz
energética; no mundo, ele representa 41%. Preço baixo, oferta
abundante e estoques longevos transformaram o carvão em uma fonte
de energia atraente do ponto de vista econômico, mesmo respondendo
por 30% a 35% das emissões globais de gás carbônico.
O Globo, caderno Amanhã, 31/7/2012, p. 22 (com adaptações).
Tendo o texto acima como referência inicial e considerando a amplitude
do tema por ele suscitado, julgue os itens seguintes

A preocupação ambiental, praticamente inexistente no passado e ao


longo das primeiras fases da Revolução Industrial, ganha espaço no
mundo contemporâneo. O desafio da atualidade é produzir sem poluir,
preceito seguido, em consenso, pelos países ricos, emergentes e pobres.

COMENTÁRIOS:
A preocupação ambiental praticamente não existia no passado. Havia uma
crença de que os recursos naturais eram ilimitados e capazes de absorver toda
e qualquer poluição gerada pela humanidade. A preocupação ambiental é
recente, data da segunda metade do século passado.
O desafio da atualidade é produzir sem poluir, preceito em que a prática
tem demonstrado ser muito difícil de ser seguido pelos países no mundo. A

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questão ambiental ainda está em segundo plano em relação à economia, seja


nos países ricos, emergentes ou pobres.
Gabarito: Errado

36) (CESPE/TJ RR/2012 – CARGOS DE NÍVEL MÉDIO) Os efeitos do


desequilíbrio ambiental e do consumo desenfreado atingirão
homogeneamente o planeta, igualando países desenvolvidos e não
desenvolvidos como alvos de um mesmo problema.

COMENTÁRIOS:
O planeta não é homogêneo física e ambientalmente, de forma que os
desequilíbrios ambientais atingem e vão atingir diferentemente cada região e
país. Um exemplo é o aquecimento global, que tem causado a elevação do nível
médio dos oceanos. Os países ricos, mais a China e a Rússia são os maiores
emissores de gases estufa. Porém, não são os primeiros e os mais diretamente
atingidos. Por enquanto, quem mais tem sofrido são os países insulares, cuja
contribuição para o aquecimento global é insignificante. Muitos vão desaparecer,
serão submersos pelos oceanos.
Gabarito: Errado

37) (CESPE/TJ RR/2012 – CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR) Um dos


principais dilemas a serem enfrentados por muitos países nos dias de
hoje é o de conciliar metas de longo prazo, como a redução das emissões
de gases poluentes e do consumo, com a necessidade de estimular a
economia no curto prazo para a geração de emprego e renda às
populações.

COMENTÁRIOS:
Os países precisam responder às demandas imediatas das suas
populações, como emprego, renda digna e melhoria da qualidade de vida. Para
responder a essas demandas, muitas vezes reféns de uma visão inadequada de
desenvolvimento, os países sacrificam a qualidade ambiental presente e futura
do seu próprio povo. É o dilema de crescer sem destruir, de vida digna com
preservação ambiental e de consumir sem exaurir os recursos naturais da Terra.
Gabarito: Certo

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38) (CESPE/MPE PI/2012 – Analista Ministerial) O êxito da campanha


mundial em favor do desenvolvimento sustentável pode ser mensurado
por algumas vitórias significativas, como, por exemplo, a redução da
produção e do consumo de plástico em escala universal.

COMENTÁRIOS:
O modelo de produção e consumo global não mudou significativamente,
continuamos vivendo na sociedade do descartável. A destruição das florestas e
dos ecossistemas continua avançando e a emissão de gases intensificadores do
efeito estufa continua aumentando, com a elevação da temperatura média do
planeta.
Como falar, então, em êxito da campanha mundial em favor do
desenvolvimento sustentável? Globalmente, a situação ambiental do planeta não
melhorou.
Gabarito: Errado

39) (CESPE/STJ/2012 – Analista Judiciário) O fato de a camada de gelo


estar diminuindo em determinadas áreas da Antártica pode estar
relacionado ao processo de esfriamento da temperatura terrestre, grave
problema sobre o qual os cientistas têm feito sucessivos alertas.

COMENTÁRIOS:
A diminuição da camada de gelo em porções da Antártica está relacionada
ao processo de elevação acelerada da temperatura média da Terra, denominada
de aquecimento global, que tem como causa o aumento da concentração, na
atmosfera, de gases estufa, causado por atividades antrópicas.
Gabarito: Errado

(CESPE/TJ RR/2012 – TÉCNICO JUDICIÁRIO) As populações mais


pobres do planeta sentirão os efeitos mais devastadores das mudanças
climáticas e do consumo de países ricos em um mundo com sete bilhões
de habitantes, de acordo com o Fundo de População das Nações Unidas
(UNFPA). O alerta foi dado durante o lançamento do Relatório da
Situação da População Mundial 2011, documento por meio do qual a
entidade conclama a comunidade internacional a brigar pela redução do
consumo excessivo e das emissões de gases de efeito estufa.
O Globo, 27/10/2011, p. 38 (com adaptações).

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Considerando o texto acima, bem como as múltiplas implicações do


tema por ele abordado, julgue o item seguinte.
40) A emissão demasiada de gases poluentes originou um fenômeno
inédito na natureza, o efeito estufa.

COMENTÁRIOS:
O efeito estufa não é um fenômeno inédito. É um fenômeno existente na
natureza. Ele permite à atmosfera da Terra reter parte do calor que o Sol envia
ao planeta, o que mantém a temperatura média do nosso planeta em torno de
14 °C, essencial para boa parte das formas de vida.
Quando falamos de aquecimento global, estamos falando da intensificação
do efeito estufa, ocasionado pelas atividades humanas.
Gabarito: Errado

41) Os efeitos do desequilíbrio ambiental e do consumo desenfreado


atingirão homogeneamente o planeta, igualando países desenvolvidos
e não desenvolvidos como alvos de um mesmo problema.

COMENTÁRIOS:
Os estudos científicos indicam e demonstram que os efeitos do
desequilíbrio ambiental e do consumo desenfreado atingirão de forma
diferenciada os países e as regiões do planeta. Os países pobres serão os mais
atingidos e os que mais sofrerão os impactos do desequilíbrio ambiental do
planeta. E por terem menos recursos financeiros e tecnológicos, terão mais
dificuldade de adaptar-se às mudanças, as suas populações são as que mais
sofrerão os impactos ambientais adversos.
Gabarito: Errado

42) A conclamação feita no relatório citado no texto visa assegurar o


equilíbrio da natureza que sustenta a vida e o atendimento das
necessidades de bilhões de pessoas.

COMENTÁRIOS:
A conclamação feita no relatório se refere ao aquecimento global e à
imperiosa necessidade de uma drástica redução da emissão de gases estufa.
Também diz respeito ao consumismo excessivo que leva a uma superexploração
dos recursos naturais, desequilibrando o meio ambiente do planeta.
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Gabarito: Certo
43) (CESPE/MPE PI/2012 – ANALISTA MINISTERIAL) Além de contar
com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, a
Organização das Nações Unidas tem-se notabilizado por organizar
grandes conferências mundiais voltadas para as questões ambientais e
para a promoção do desenvolvimento sustentável.

COMENTÁRIOS:
A Organização das Nações Unidas (ONU) conta com um programa
específico para a área ambiental: o Programa das Nações Unidas para o Meio
Ambiente (PNUMA). Além disso, nas últimas quatro décadas, a ONU tem-se
notabilizado por organizar grandes conferências mundiais voltadas para as
questões ambientais e para a promoção do desenvolvimento sustentável, como
a Conferência de Estocolmo (1972), Rio-92 (1992) e Rio+20 (2012).
Gabarito: Certo

44) (CESPE/MPE PI/2012 – ANALISTA MINISTERIAL) O aquecimento


global é considerado atualmente um problema de dimensão
preocupante por envolver mudanças climáticas que afetam a vida no
planeta.

COMENTÁRIOS:
O aquecimento global pode ser considerado o mais grave problema
ambiental do planeta. Resulta da intensificação do efeito estufa, fenômeno
natural que mantém a Terra aquecida. O fenômeno provoca uma série de
mudanças climáticas, como a elevação da temperatura e do nível médio dos
oceanos e a modificação do regime de chuvas e ventos.
Gabarito: Certo

45) A China, por possuir um desenvolvimento econômico que se baseia


na agricultura orgânica e na industrialização tecnologicamente
avançada, é um dos países que menos emitem CO2 na atmosfera.

COMENTÁRIOS:
A agricultura chinesa não se baseia na agricultura orgânica, pelo contrário,
tem como base a agricultura convencional. Desde o início da década de 80 do
século passado, o país passa por um processo acelerado de desenvolvimento
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industrial. O setor já alcança um bom nível tecnológico, mas esta não é a


realidade da indústria chinesa, bastante forte no segmento de bens de consumo
e na indústria pesada (altamente poluente).
A China é o país que mais consome energia no mundo, sendo que 70% do
seu consumo energético vêm do carvão, fonte altamente poluidora, e 20% do
petróleo. Ou seja, a matriz energética chinesa é essencialmente fóssil, que,
aliada ao seu grande consumo, faz da China um dos maiores emissores mundiais
de gases estufa.
Gabarito: Errado

46) (CESGRANRIO/CAIXA/2012 – ADVOGADO) Entre 1800 e 2010 a


população cresceu, aproximadamente, sete vezes (de 1 bilhão para 7
bilhões de habitantes), e a economia (PIB) aumentou cerca de 50 vezes.
Hoje, pode-se dimensionar o impacto do ser humano na Terra por meio
de uma metodologia utilizada para medir as quantidades de terra e de
água (em termos de hectares globais – gha) que seriam necessárias
para sustentar o consumo atual da população.
ALVES, J. A Terra no limite. Revista Veja, ed. especial, ano 43, n. 2196, dez. 2010, p. 24. Adaptado.

No contexto da sustentabilidade planetária, a metodologia acima é


denominada
a) agroecologia
b) biorremediação
c) controle biológico
d) manejo ambiental
e) pegada ecológica

COMENTÁRIOS:
A pressão das atividades humanas sobre os ecossistemas é medida pela
pegada ecológica. Ela nos mostra se o nosso estilo de vida está de acordo com
a capacidade do planeta em oferecer e renovar seus recursos naturais e absorver
os resíduos provocados pela atividade humana.
O índice, apresentado em hectares globais, representa a superfície
ocupada por terras cultivadas, pastagens, florestas, áreas de pesca ou
edificadas. Em tese, a sustentabilidade do planeta estaria garantida se cada
pessoa no mundo utilizasse 1,8 hectare de área (quase dois campos de futebol).
O problema é que essa média é de cerca de 2,7 hectares. Nos países
desenvolvidos, esse número é ainda maior – o índice dos Estados Unidos, por
exemplo, é de 9,6 hectares por pessoa.
Gabarito: E
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47) (FUNIVERSA/PC DF/2012 – PERITO CRIMINAL) A questão


ambiental entrou na agenda política do mundo contemporâneo.
Governantes, cientistas e organizações sociais, independentemente das
posições assumidas, buscam meios de aprofundar o conhecimento
acerca do tema, como forma de subsidiar tomada de decisões no
enfrentamento do problema. Da Conferência de Estocolmo (1972),
passando pela Rio-92 e chegando à Rio+20, um princípio ecológico é
abraçado por ambientalistas e, sendo emblemático da luta pela
preservação da vida, pode ser assim sintetizado:
a) Aliar desenvolvimento econômico aos limites do planeta é desafio que
diz respeito aos governos de países emergentes, fugindo da alçada dos
demais Estados e atores sociais.
b) A preservação de todas as formas de vida no planeta requer o
imediato retorno às condições de produção existentes no mundo antes
do advento da Revolução Industrial.
c) A volta à agricultura de subsistência, com o abandono das práticas
econômicas ditadas pelos mercados, é condição essencial para o fim das
emissões de na atmosfera.
d) Inexistentes no passado, os desastres naturais que atemorizam o
mundo contemporâneo, a exemplo de terremotos e maremotos, estão
diretamente ligados às atuais mudanças climáticas.
e) A necessária adequação do sistema produtivo à capacidade de
regeneração do planeta implica não consumir nem descartar mais
produtos que a Terra é capaz de suportar.

COMENTÁRIOS:
a) Errada. Aliar desenvolvimento econômico aos limites do planeta é um desafio
que diz respeito absolutamente a todos, sejam países, pessoas, organizações ou
atores sociais.
b) Errada. Para preservar as formas de vida existentes no planeta, não é
necessário retornar às condições de vida da era pré-industrial. É possível aliar o
conforto e a modernidade atual à sustentabilidade ambiental. Mas, para isso, é
necessária uma mudança de valores, de modos de vida, de produção e consumo,
enfim, mudar o processo civilizatório da humanidade.
c) Errada. Também não é necessário retornar à agricultura de subsistência.
Porém, algumas práticas econômicas insustentáveis ditadas pelos mercados
deveriam, sim, ser superadas por outras sustentáveis. Como exemplo, cito a
ideologia do transporte individual movido a combustíveis fósseis, um dos
grandes vilões da emissão de CO2 na atmosfera.

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d) Errada. Maremotos e terremotos são fenômenos naturais, fazem parte da


história geológica e natural da Terra. Têm como causa o tectonismo. Não estão
relacionados com as mudanças climáticas presentes e pretéritas.
e) Certa. Esse é o desafio que a humanidade ainda não conseguiu alcançar.
Utilizar os recursos naturais no máximo até o limite da capacidade de suporte
do planeta Terra.
Gabarito: E

48) (ESAF/MI/2012 – CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR) Recente relatório


do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) informa
que, nas duas últimas décadas, a população cresceu 26% (são 1,45
bilhão de pessoas a mais) enquanto o consumo de recursos naturais
aumentou 40%. As emissões de gás carbônico aumentaram 36% no
mesmo período. A propósito desse quadro, assinale a opção correta.
a) O uso acelerado de recursos naturais é um sinal de alerta para o
planeta, que pode vir a enfrentar a exaustão de recursos estratégicos.
b) Apesar de seu efeito poluidor, as emissões de gás carbônico ainda
não podem ser relacionadas às mudanças climáticas, a exemplo do
aquecimento global.
c) Em geral, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos países é
inversamente proporcional ao aumento do consumo de recursos
naturais.
d) Nos últimos anos, verifica-se aparente paradoxo ambiental:
enquanto o nível do mar tem aumentado, recua significativamente o
número de catástrofes naturais.
e) O relatório do Pnuma demonstra que já não há mais possibilidade de
se alterar a trajetória de tendências perigosas que ameaçam a vida
humana no planeta.

COMENTÁRIOS:
a) Correta. A ONU e outras entidades ambientais e científicas internacionais
têm alertado para a velocidade da utilização dos recursos naturais, que já é
muito maior que a capacidade de regeneração da natureza. Segundo o World
Wildlife Fund (WWF), o homem está consumindo 30% a mais dos recursos
naturais que a Terra pode oferecer. Se continuarmos nesse ritmo predatório, em
2030 a demanda atingirá os 100%, ou seja, precisaremos de dois planetas para
sustentar o mundo.

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b) Incorreta. O CO (gás carbônico) é o principal gás causador da intensificação


do efeito estufa, responsável pelo aquecimento global.
c) Incorreta. Em geral, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos países
é diretamente proporcional ao aumento do consumo de recursos naturais.
d) Incorreta. As mudanças ambientais pelas quais o planeta Terra tem passado
demonstram que, nos últimos anos, o nível médio dos oceanos tem se elevado,
bem como tem ocorrido um aumento no número de catástrofes naturais.
e) Incorreta. Ainda há tempo para uma mudança efetiva no processo
civilizatório da humanidade de forma a evitar e, onde não for mais possível,
minimizar as tendências perigosas que ameaçam a vida humana no planeta.
Gabarito: A

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LISTA DE QUESTÕES

01) (LEANDRO SIGNORI/ESTRATÉGIA CONCURSOS/2017) O presidente


dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta terça-feira (28) um
decreto que revoga uma série de regulações contra a mudança climática
adotadas por seu antecessor, Barack Obama, uma medida concebida
para fortalecer a geração de energia doméstica e criar empregos.
Ambientalistas dizem que o decreto é perigoso e prometeram combatê-
lo nos tribunais.
(G1, 28.03.2017)
Sobre o decreto assinado por Donald Trump, assinale a alternativa
INCORRETA:
a) O principal alvo do decreto é o Plano de Energia Limpa.
b) O decreto rescinde uma proibição à exploração de carvão em terras
federais.
c) O decreto reverte regras para a contenção de emissões de gás metano
resultantes da produção de gás e petróleo.
d) Por meio do decreto, os Estados Unidos saíram do Acordo do Clima
de Paris.
e) Na campanha presidencial, Donald Trump prometeu reduzir a
regulação ambiental com o objetivo de estimular e fomentar as
indústrias de perfuração e mineração.

02) (FEPESE/PREFEITURA DE FLORIANÓPOLIS/2016 – PROFESSOR)


Assinale a alternativa correta a respeito das consequências da COP21
(conferência do clima da ONU).
a) A assinatura de um acordo histórico, que pela primeira vez obriga os
países ricos e industrializados a pagarem as despesas necessárias para
reduzir as emissões de carbono e conter os efeitos do aquecimento
global.
b) A assinatura de um acordo histórico, que pela primeira vez proíbe
todos os países do mundo a acabarem, até 2020, com as emissões de
carbono e conter os efeitos do aquecimento global.
c) A assinatura de um acordo histórico, que pela primeira vez envolve
quase todos os países do mundo em um esforço para ampliar as
emissões de carbono e conter os efeitos do aquecimento global.

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d) A assinatura de um documento reconhecendo que, de acordo com as


mais recentes descobertas, as emissões de carbono não são
minimamente responsáveis pelo aquecimento global.
e) A assinatura de um acordo histórico, que pela primeira vez envolve
quase todos os países do mundo em um esforço para reduzir as
emissões de carbono e conter os efeitos do aquecimento global.

03) (NUCEPE/SEJUS-PI/2016 – AGENTE PENITENCIÁRIO) Após mais de


duas décadas de discussão e do fracasso do Protocolo de Kyoto, as
nações do mundo conseguiram construir um acordo de consenso global
para adotar medidas que reduzam as consequências negativas sobre o
clima e a vida no planeta. Trata-se do Acordo de Paris (COP – 21),
assinado por 195 países-membros da Convenção das Nações Unidas
sobre Mudança do Clima, realizada em dezembro de 2015. Apesar do
aparente sucesso da conferência, o acordo não foi imune a críticas de
ambientalistas e de parte da comunidade científica. Com relação às
discussões e desdobramentos da COP-21, assinale a alternativa
CORRETA.
a) O acordo de Paris prevê o apoio financeiro aos países em
desenvolvimento para frear suas emissões de gases estufa, mas
condicionou a liberação dos recursos ao cumprimento de uma agenda
de modernização e liberalização dos estados nestes países.
b) Os relatórios dos cientistas vinculados à ONU, originalmente
destinados a orientar os formuladores de políticas públicas para o
estabelecimento de estratégias de contenção das emissões de gases,
foram omissos quanto à vulnerabilidade dos ambientes costeiros.
c) A principal crítica ao Acordo de Paris é que o conjunto das metas
nacionais somadas para a redução de emissões de gases estufa, além
de consideradas insuficientes para barrar o sobreaquecimento médio de
em até 2ºC, são voluntárias.
d) O Protocolo de Kyoto tinha caráter impositivo, definindo rígidas
metas para os países signatários e criando grandes óbices ao
crescimento econômico dos países desenvolvidos. Apesar do apoio
incondicional dos EUA, Kyoto pouco contribuiu para a redução das
emissões.
e) Para atingir os objetivos previstos pelo Acordo de Paris e evitar
terríveis consequências, será preciso promover uma reviravolta
energética, diminuindo nossa dependência dos combustíveis fósseis,
principalmente nas nações subdesenvolvidas, as maiores poluidoras.

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04) (NUCEPE/SEJUS-PI/2016 – AGENTE PENITENCIÁRIO) Após


conseguir reduzir expressivamente a destruição na Amazônia nos
últimos anos, o Brasil voltou a sofrer um revés na luta contra o
desmatamento. Órgãos oficiais estimam em 16% o aumento da marcha
do desflorestamento entre agosto de 2014 e julho de 2015. Em maior
ou menor grau, a degradação também alcança outros biomas brasileiros
como a caatinga, os campos sulinos, pantanal, cerrado e biomas
costeiros. Sobre o desmatamento da cobertura vegetal nativa no Brasil
é CORRETO afirmar:
a) A aplicação do novo Código Florestal, somado à criação de novas
unidades de conservação e reservas indígenas, constituem exemplos de
ações eficientes na erradicação das ações de madeireiras ilegais e
expansão desordenada do agronegócio.
b) A usina hidrelétrica de Belo Monte (AM) que entrou em
funcionamento comercial em abril de 2016 é ainda objeto de
controvérsias, por ter produzido impactos socioambientais na
Amazônia, devido à extensão de seu imenso reservatório.
c) No cerrado, o segundo maior bioma do país e, na atualidade, o mais
ameaçado, o ranking do desmatamento é liderado por Maranhão,
Tocantins, Piauí e Bahia, área conhecida como Matopiba, e considerada
a última fronteira agrícola do país.
d) A meta prevista pela COP-21, conferência da ONU sobre o clima,
realizada em Paris em dezembro de 2015, foi plenamente cumprida pelo
país que recuperou 15 milhões de hectares de pastagens degradadas
com a adoção pioneira de técnicas agroecológicas.
e) Com cerca de 40% de sua cobertura vegetal nativa preservada, a
Mata Atlântica cobria, originalmente, 1,3 milhão de km² do território
brasileiro, sendo o último bioma a sofrer o impacto da ocupação devido
às atividades econômicas predatórias.

05) (FAFIPA/APPA PR/2016 – ANALISTA PORTUÁRIO) No dia 15 de


outubro de 2016, um acordo adotado em Kigali, capital de Ruanda, após
uma semana de negociações e uma reunião que durou toda a noite,
introduz uma emenda ao Protocolo de Montreal, assinado em 1987.
Assinale a alternativa CORRETA sobre objetivos do referido acordo.
a) Visa ao estabelecimento de um mecanismo internacional de
financiamento voltado para a Redução de Emissões por Desmatamento
e Degradação Florestal (REDD).
b) Visa à eliminação progressiva dos hidrofluorocarbonos (HFC).

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c) Visa à eliminação progressiva dos desmatamentos das florestas


tropicais.
d) Visa à Prevenção da Poluição Marinha por Alijamento de Resíduos e
outras Matérias.

(CESPE/TJDFT/2015 – TÉCNICO JUDICIÁRIO) Naomi Oreskes,


historiadora americana e professora em Harvard, autora do livro O
colapso da civilização ocidental, avisa: “Chegou a hora de percebermos
que é possível ter crescimento econômico e cuidado com o meio
ambiente ao mesmo tempo. Dizer que as duas coisas são excludentes é
a real ameaça à nossa prosperidade”. Na sua cruzada científica pela
salvação do planeta, ela exalta o papa Francisco. Para ela, “cientistas
tratam o problema em termos científicos, e não atingem o coração das
pessoas. O papa veio colocar a questão em termos morais e veio dizer
que o que está acontecendo é uma injustiça. Ele está fazendo o que os
líderes políticos não fazem”.
O Estado de S.Paulo, caderno Aliás, capa, 30/8/2015 (com adaptações).
Considerando que o fragmento de texto apresentado é uma referência
inicial, julgue o item que se segue acerca do tema nele abordado.

06) O texto sugere que optar pelo desenvolvimento material e proteger


o planeta são fatores excludentes no mundo atual.

07) O tema aquecimento global é controverso e está inscrito na pauta


das grandes questões ambientais, que, nos dias de hoje, são debatidas
por organizações não governamentais, em foros acadêmicos, e por
líderes políticos mundiais, em encontros.

08) O avanço da industrialização no mundo contemporâneo contribuiu


para a degradação de áreas naturais e para o surgimento de sensíveis
alterações climáticas devido ao modelo que privilegiava o aumento da
capacidade produtiva sem maiores preocupações com o meio ambiente.

09) Responsável pelo maior volume de gases do efeito estufa lançados


na atmosfera, o petróleo é hoje uma fonte de energia relegada a plano
secundário, o que tem diminuído a relevância que tinha frente a outras
fontes de energia, como a eólica e a solar.

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10) (IDECAN/PRODEB/2015 – ANALISTA DE PROCESSOS


ORGANIZACIONAIS) Os objetivos de redução dos gases de efeito estufa,
anunciados até agora em nível mundial, levariam a um aquecimento
climático “bem superior a dois graus”, limite fixado pela Organização
das Nações Unidas (ONU), segundo estudo divulgado em setembro de
2015, em Bonn (Alemanha). Ocupando o posto de maior país emissor de
gases do efeito estufa está:
A) Índia.
B) Brasil.
C) Rússia.
D) Estados Unidos da América.

11) (FCC/METRÔ SP/2015) Em entrevista à TV NBR em 23/09/2014, a


Ministra do Meio Ambiente do Brasil disse que a comunidade
internacional vai se debruçar, a partir de agora, sobre a agenda dos
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), estabelecida na
Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável.
(Adaptado de: http://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2014-
09/brasil-reforca-necessidade-da-agendade-desenvolvi-mento-sustentavel)
Um dos temas fundamentais da agenda sustentável é a
a) redução dos cultivos familiares que empregam agrotóxicos.
b) proibição do plantio e consumo de alimentos transgênicos.
c) ampliação da geração de energias renováveis.
d) promoção de campanhas para o planejamento familiar.
e) erradicação dos intermediários na coleta de lixo reciclável.

12) (FCC/METRÔ SP/2015) Em entrevista à TV NBR em 23/09/2014, a


Ministra do Meio Ambiente do Brasil disse que a comunidade
internacional vai se debruçar, a partir de agora, sobre a agenda dos
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), estabelecida na
Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável.
(Adaptado de: http://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2014-09/brasil-reforca-
necessidade-da-agendade-desenvolvi-mento-sustentavel)

Um dos temas fundamentais da agenda sustentável é a


a) redução dos cultivos familiares que empregam agrotóxicos.
b) proibição do plantio e consumo de alimentos transgênicos.

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c) ampliação da geração de energias renováveis.


d) promoção de campanhas para o planejamento familiar.
e) erradicação dos intermediários na coleta de lixo reciclável.

13) (FCC/METRÔ SP/2015) Detentor do título de maior emissor de


gases de efeito estufa do mundo, respondendo por cerca de 24,65% das
emissões globais, o país poderá diminuir o consumo de carvão mineral
porque tem potencial para dobrar o consumo de energias renováveis até
2030, segundo um estudo realizado pela Agência Internacional de
Energia Renovável (Irena, na sigla em inglês).
(http://outraspalavras.net/outrasmidias/destaque-outrasmidias/surpresa-abraca-
as-energias-renovaveis/)

O país retratado no texto é


a) a China.
b) os Estados Unidos.
c) a Alemanha.
d) a Rússia.
e) o Japão.

14) (VUNESP/CÂMARA MUNICIPAL DE CAIEIRAS/2015) No início do


mês de outubro, o governo federal pôs pela primeira vez em teste o
bombeamento que fará a água circular pelos canais oriundos da
transposição do rio.
O bombeamento de água começou nesta quinta-feira (09.10.14) e
seguirá ao longo da próxima semana, primeiramente no canal do eixo
leste da obra.
(http://www1.folha.uol.com.br/poder/2014/10/1530911-governo-federal-faz-primeiro-teste-da-
transposicao.shtml)

O rio que terá parte das águas destinadas à transposição é o


a) Amazonas.
b) São Francisco.
c) Paraná.
d) Parnaíba.
e) Tocantins.

15) (VUNESP/CÂMARA MUNICIPAL DE CAIEIRAS/2015 – ASSISTENTE


LEGISLATIVO) Agora é oficial: o desmatamento na Amazônia disparou
em agosto e setembro [2014]. Foram devastados 1.626 km² de

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florestas, um crescimento de 122% sobre os mesmos dois meses de


2013.
As análises mensais do sistema de alertas de desmatamento Deter
estavam prontas pelo menos desde 14 de outubro no Inpe (Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais). Em agosto, foram desmatados 890,2
km², um salto de 208% sobre os 288,6 km² do mesmo mês de 2013. Em
setembro foram 736 km², 66% mais que no ano passado.
(http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2014/11/1544688-desmatamento--na-amazonia-dispara-em-
agosto-e-setembro.shtml. Adaptado)

Um dos fatores responsáveis pelo aumento do desmatamento foi


a) a construção de hidrelétricas.
b) a abertura de uma ferrovia.
c) o reinício das obras da BR-163.
d) a redução de terras indígenas.
e) a expansão da agropecuária.

16) (FCC/DPE RR/2015 – AUXILIAR ADMINISTRATIVO) Leia a notícia


amplamente divulgada no final de abril de 2015.
Desde 2008, o Brasil ocupa o primeiro lugar no ranking mundial de
consumo de ...... . Enquanto nos últimos dez anos o mercado mundial
desse setor cresceu 93%, no Brasil, esse crescimento foi de 190%, de
acordo com dados divulgados pela Anvisa. Segundo o Dossiê Abrasco,
publicado nesta terça-feira (28/04) no Rio de Janeiro, 70% dos
alimentos in natura consumidos no país estão contaminados.
(Adaptado de: http://brasil.elpais.com/brasil)
A notícia trata do consumo de
a) produtos orgânicos.
b) sementes transgênicas.
c) fertilizantes químicos.
d) agrotóxicos.
e) sementes agroecológicas.

17) (FCC/DPE RR/2015 – AUXILIAR ADMINISTRATIVO) Considere a


seguinte notícia divulgada em 2015:
No Brasil Central, um dos tipos de vegetação mais ameaçados,
especialmente pela pecuária e pelo plantio de soja, é ...... , que tem valor
inestimável para o equilíbrio do planeta e para pesquisas científicas.

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Uma área imensa foi perdida, mas a boa notícia é que a taxa de
degradação caiu nos últimos anos.
(Adaptado de: http://www.correiobraziliense.com.br)

A notícia de 2015 destaca o tipo de vegetação denominado


a) cerrado.
b) restinga.
c) floresta tropical.
d) mata das araucárias.
e) mangue.

18) (FCC/TCE SP/2015 – AUXILIAR DE FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA) Em


02 de agosto, os 193 Estados-membros da ONU chegaram a um acordo
sobre o rascunho do documento final que constituirá a nova agenda de
desenvolvimento sustentável (ODS), que será formalmente adotada
pelos líderes mundiais em Nova York durante a Cúpula de
Desenvolvimento Sustentável em setembro.
O documento final destaca, como um de seus principais objetivos:
a) a erradicação da pobreza no mundo.
b) o fim do terrorismo na África e no Oriente Médio.
c) a luta contra a xenofobia no mundo.
d) a expansão da justiça social em todo o mundo.
e) o fim das perseguições religiosas no mundo.

(CESPE/ICMBIO/2014 – TÉCNICO ADMINISTRATIVO /AMBIENTAL)


Acerca do desmatamento na Amazônia Legal, julgue o item que se
segue.

19) A construção de obras de infraestrutura na Amazônia é vista como


estratégica para frear o aumento do desmatamento florestal, uma vez
que contribui para regularização do uso do solo.

20) (CESPE/MDIC/2014 – AGENTE ADMINISTRATIVO) A poluição


atmosférica é um dos mais graves problemas do mundo contemporâneo
e, caso nada seja feito para reduzi-la ou impedir sua expansão, colocará
em risco a própria sobrevivência no planeta.

21) (CESPE/MDIC/2014 – AGENTE ADMINISTRATIVO) A emissão de


gases poluentes na atmosfera, como os resultantes da queima de
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combustíveis fósseis, contribui decisivamente para as alterações


climáticas com as quais o mundo contemporâneo vem convivendo há
algum tempo.

22) (ESAF/MF/2014 – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO) Sobre as


questões ambientais da atualidade, é correto afirmar:
a) No Brasil, a criação de gado está entre as atividades econômicas que
contribuem para as mudanças do clima – tanto pela sua relação com o
desmatamento, como pela produção de gás metano pelos animais.
b) Ao contrário de outros problemas ambientais que podem apresentar
consequências regionais, nacionais ou globais, a chuva ácida é um
fenômeno que ocorre no mesmo local em que houve a emissão dos gases
tóxicos que levam à sua formação.
c) Os gases de efeito estufa são os causadores dos buracos na camada
de ozônio e da desertificação: os buracos permitem que os raios solares
entrem diretamente na atmosfera e atinjam a vegetação, causando sua
deterioração gradual.
d) Uma medida relevante para o enfrentamento das mudanças do clima
foi a proibição do uso dos clorofluorcarbono os (CFC) na produção de
geladeiras e ar condicionados.
e) Um dos fatores que contribuíram para os avanços nas medidas
propostas pelo Protocolo de Quioto foi a sua ratificação pelos Estados
Unidos.

23) (FCC/CÂMARA MUN DE SÃO PAULO/2014 - CONSULTOR TÉCNICO


LEGISLATIVO) Em outubro de 2013, em Brasília, ocorreu a etapa
nacional da maior conferência já realizada no país: a 4a Conferência
Nacional de Meio Ambiente, destinada a discutir a Política Nacional de
Resíduos Sólidos, instituída pela Lei no 12.305/10.
Um dos pontos mais importantes da Lei e da Conferência que afeta o
conjunto de cidades brasileiras, no ano de 2014, é a
a) criação de infraestrutura nacional para tratamento de esgotos.
b) definição de políticas de despoluição do litoral.
c) substituição de todos os lixões por aterros sanitários.
d) regulamentação de uma política nacional de despoluição fluvial.
e) implementação de mecanismos de controle de poluição dos rios
urbanos.

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24) (FGV/BNB/2014 – ANALISTA BANCÁRIO) Analise as características


dos biomas descritos abaixo:
I. É um bioma exclusivamente brasileiro, constituído principalmente por
savanas estépicas, ocupando a totalidade do estado do Ceará, parte de
Alagoas, Bahia, Pernambuco e Piauí, entre outros. Entre as espécies de
planta encontradas nesse bioma, há a amburana, a aroeira, o umbu e o
juazeiro.
II. É um bioma considerado uma das savanas mais ricas do mundo em
biodiversidade, reunindo uma grande variedade de paisagens, entre
chapadas e vales. Esse bioma se estende pelos estados de Mato Grosso,
Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins, Minas Gerais, Distrito Federal e
Piauí, sobretudo.
As características descritas correspondem, respectivamente, aos
biomas:
a) Mata Atlântica e Pampa;
b) Pampa e Amazônia;
c) Caatinga e Cerrado;
d) Cerrado e Mata Atlântica;
e) Amazônia e Caatinga.

25) (FGV/AL BA/2014 – TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR) É um indicador


utilizado para avaliar o consumo humano de recursos naturais em
relação à capacidade da Terra de regenerá los.
Esse indicador mede a área biologicamente produtiva necessária para
regenerar os recursos consumidos por uma população humana, de modo
a estimar quantos “planetas Terra” seriam necessários para sustentar a
humanidade, caso todos vivessem segundo um determinado estilo de
vida.
A descrição acima faz referência à noção de
a) pegada ecológica.
b) manejo sustentável.
c) biodiversidade.
d) sustentabilidade.
e) ecossistema.

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26) (FGV/BNB/2014 – ANALISTA BANCÁRIO)

Fonte: Jornal O Globo, 05/11/2004.


"A Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação
(UNCCD) conceitua desertificação como o processo de degradação das
terras em regiões áridas, semiáridas e subúmidas secas, em decorrência
de fatores como ação antrópica e mudanças climáticas. Essa degradação
é a perda ou redução da produtividade econômica ou biológica dos
ecossistemas secos, causadas pela erosão do solo, deterioração dos
recursos hídricos e perda da vegetação natural".
CIRILO, José Almir, "Políticas públicas de recursos hídricos para o semiárido" in
Estudos Avançados, 2008, vol.22, n.63, p. 68.
Com base nas informações fornecidas, analise as afirmativas a respeito
do impacto climático desse processo no semiárido brasileiro.
I. Entre as áreas do Nordeste afetadas pelo processo de desertificação
encontram-se o "núcleo de Seridó", na região centro-sul do Rio Grande
do Norte e centro-norte da Paraíba; o "núcleo de Irauçuba" no noroeste
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cearense; o "núcleo de Gilbués" no Piauí e o de Cabrobó em


Pernambuco.
II. As mudanças climáticas globais em curso geram, na região semiárida
brasileira, aumento da temperatura e da evaporação nos corpos d'água
e consequente redução do volume neles escoado, além de concentração
do período chuvoso em menor espaço de tempo, com redução da
precipitação.
III. O semiárido brasileiro apresenta situações difíceis de serem
superadas, pois os solos são, em sua maior parte, muito rasos, com a
rocha quase aflorante, o que prejudica a formação de aquíferos, sua
recarga e a qualidade de suas águas.
Assinale se:
a) somente a afirmativa I estiver correta;
b) somente a afirmativa II estiver correta;
c) somente a afirmativa III estiver correta;
d) somente as afirmativas I e II estiverem corretas;
e) todas as afirmativas estiverem corretas.

27) (ESAF/MF/2014 – ASSISTENTE TÉCNICO-ADMINISTRATIVO) Sobre


o desenvolvimento sustentável e iniciativas governamentais e de
organismos internacionais voltadas à sua promoção, assinale a
afirmativa incorreta.
a) A Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente e o
Desenvolvimento (Eco-92) propôs a superação da ideia de que
crescimento econômico é o mesmo que desenvolvimento. Com a Eco-92,
passa-se a falar em desenvolvimento sustentável, que contempla 3
dimensões interdependentes: a econômica, a social e a ambiental.
b) A primeira definição de desenvolvimento sustentável – como sendo
“aquele que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a
capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades"
– adota somente o enfrentamento dos problemas ambientais como
objetivo do desenvolvimento sustentável.
c) A Agenda Ambiental da Administração Pública (A3P) é um programa
de gestão socioambiental criado pelo Ministério do Meio Ambiente. O
programa tem sido implementado por diversos órgãos e instituições
públicas das três esferas de governo e no âmbito dos três poderes e
pode ser usado como modelo de gestão socioambiental por outros
segmentos da sociedade.

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d) A Eco-92 e as conferências internacionais que a sucederam tiveram


importante papel na edição de leis brasileiras voltadas à promoção do
desenvolvimento sustentável, a exemplo da Lei n. 12.187/2009, que
institui a Política Nacional sobre Mudança do Clima, e da Lei n.
12.305/2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos.
e) Embora os resultados práticos das conferências que sucederam a
Eco-92 – em especial a Rio+10 em Johanesburgo e a Rio+20 no Brasil –
sejam fortemente criticados, estas conferências têm um importante
papel de questionamento e mobilização dos povos em relação ao tipo de
desenvolvimento que se deseja e às responsabilidades individuais e
coletivas pelo legado que deixaremos às gerações futuras.

28) (CESPE/CNJ/2013 – Analista Judiciário) Há consenso entre


especialistas e ambientalistas de que mudanças climáticas e efeito
estufa decorrem da ação humana sobre a natureza. Em escala global,
esse processo se intensificou a partir da Revolução Industrial.

29) (CESPE/TJDFT/2013 – Analista Judiciário) O petróleo impulsionou


a economia internacional e chegou a representar 50% do consumo
mundial de energia primária no início dos anos 70. Esse número sofreu
queda, mas ainda representa cerca de 43%. O Oriente Médio detém
65,4% das reservas petrolíferas do mundo. O anúncio da descoberta do
pré-sal em 2007 mudou radicalmente o panorama do setor de petróleo
no Brasil, que poderá mais que triplicar suas reservas petrolíferas até
2020.
O Globo. Caderno Amanhã, 8/1/2013, p. 6 (com adaptações).
Tendo o fragmento de texto acima como referência inicial e
considerando as múltiplas implicações do tema por ele abordado, além
de aspectos marcantes do atual estágio de desenvolvimento da
economia mundial, julgue o item que se segue.
A mais aceita definição de desenvolvimento sustentável é a que se
baseia no suprimento das necessidades da geração atual, sem
comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras
gerações.

30) (CESGRANRIO/IBGE/2013 – TECNOLOGISTA/GEOGRAFIA) A


sustentabilidade do desenvolvimento exige, quase por definição, a
democratização do Estado e não o seu abandono. Parece-me oportuno,
sob esta lógica, delinear algumas dimensões e critérios operacionais de

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sustentabilidade. Uma dessas dimensões vincula-se estreitamente ao


processo de construção da cidadania e busca garantir a incorporação
plena dos indivíduos ao processo de desenvolvimento. Esta resume-se,
em seus aspectos micro, na democratização da sociedade, e macro, na
democratização do Estado.
GUIMARÃES, R. Desenvolvimento sustentável: da retórica à formulação de políticas públicas. In:
Becker, B. e Miranda, M. (Org.) A geografia política do desenvolvimento sustentável. Rio
de Janeiro: UFRJ, 1987, p. 39. Adaptado.

No texto acima, o desenvolvimento sustentável é abordado


descrevendo-se a sua dimensão
a) ambiental, ao enfatizar a manutenção da capacidade de carga dos
ecossistemas para absorver as agressões antrópicas.
b) ecológica, ao tratar da base física do processo de crescimento com o
objetivo de conservação e uso racional dos recursos naturais.
c) demográfica, ao comparar tendências econômicas com base nas
variáveis do crescimento e distribuição das populações humanas.
d) cultural, ao reconhecer a base do desenvolvimento na manutenção
da diversidade de sistemas simbólicos inerentes à sociedade.
e) política, ao assumir que o desenvolvimento exige a contribuição de
um aparato jurídico-institucional para a sua plena realização.

31) (CESGRANRIO/IBGE/2013 – TECNOLOGISTA/GEOGRAFIA) Nas


reuniões de cúpula sobre os rumos ambientais globais da humanidade,
de Founex a Estocolmo, até o Relatório Brundtland, a ênfase tem sido
em mais crescimento econômico, com formas, conteúdos e usos sociais
completamente modificados, orientação no sentido das necessidades
das pessoas, da distribuição equitativa de renda e de técnicas de
produção adequadas à preservação dos recursos.
SACHS, I. Estratégias de transição para o século XXI. In: Bursztyn, M. (Org.). Para pensar o
desenvolvimento sustentável. São Paulo: Brasiliense, 1993. Adaptado.

Do exame das reuniões de cúpula referidas no texto, identifica-se que,


na conferência das Nações Unidas realizada em 1972, em Estocolmo,
a) buscaram-se soluções técnicas para os problemas de contaminação,
com o lema “Uma só Terra”.
b) implementou-se a noção de desenvolvimento sustentável, com o
lema “Outro mundo é possível”.
c) definiu-se o acordo sobre as mudanças climáticas para limitar as
emissões de CO2, com o lema “Nosso futuro comum”.

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d) criou-se o termo antropoceno para definir um novo período


geológico, com o lema “Um planeta para todos”.
e) renovou-se o compromisso político com o desenvolvimento
sustentável, com o lema “Por uma economia verde”.

32) (IADES/SUDAM/2013 – ANALISTA TÉCNICO ADMINISTRATIVO) Os


Recursos Naturais e o Desenvolvimento Sustentável
A entidade do terceiro setor WWF (Fundo Mundial para a Natureza), em
parceria com o Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio
Ambiente), realizou uma pesquisa sobre a pressão exercida pelo ser
humano sobre o planeta, quanto à exploração dos recursos naturais. Os
resultados desse trabalho foram sintetizados no Relatório do Planeta
Vivo 2000. O estudo se baseou no índice de pressão ecológica que cada
pessoa exerce sobre a terra, ou seja, a necessidade que cada indivíduo
tem de gerar alimentos, bens, mercadorias e energia. Quanto ao assunto
abordado pelo texto e aos diversos aspectos da temática que ele suscita,
assinale a alternativa incorreta.
(A) As pesquisas aplicadas ao desenvolvimento da agricultura, depois
da revolução verde, deram origem à biorrevolução, ou seja, ao crescente
processo da agricultura pela biotecnologia; assim, potencializa-se a
capacidade industrial de transformar a matéria-prima orgânica e se
estabelece uma incrível versatilidade na elaboração de produtos
básicos, erradicando os inúmeros impactos ambientais desse processo.
(B) Entre os diversos fóruns realizados pela ONU – Organização das
Nações Unidas – sobre o assunto Desenvolvimento Sustentável, merece
destaque a Conferência do Rio-1992, ou Eco-92.
(C) É fato que, quanto maior a produção industrial de bens de consumo
duráveis e não duráveis, maior será a demanda por recursos naturais,
em especial as fontes de energia. Consequentemente, quanto maior o
consumo, maior será a produção dos diversos tipos de resíduos, daí a
necessidade de promover, junto à sociedade global, reciclagem como
forma de amenizar os impactos ambientais.
(D) Recentemente, o IPCC – Painel Intergovernamental da ONU sobre
Mudanças Climáticas - organizou conferências sobre o tema e, entre
elas, destacam-se as Conferências das Partes realizadas no continente
africano (África do Sul) e a última, no Oriente Médio (no Catar).
(E) Vinte anos depois da Conferência no Rio de Janeiro no início da
década de 1990, ambientalistas e diversos representantes de quase

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duas centenas de países se reuniram no Brasil para um novo encontro


da ONU sobre o meio ambiente, a denominada Rio + 20.

33) (UEPA/SEFAZ PA/2013 – FISCAL DE RECEITAS ESTADUAIS) Leia o


Texto para responder a questão
“Há, sem dúvida, uma estreita relação entre a pobreza e a degradação
do meio ambiente. No entanto, existem diversas maneiras de analisar
esta correspondência, dependendo dos interesses de quem faz o estudo.
Uma ideia bastante aceita, por exemplo, é a de que populações pobres
têm um impacto maior sobre o ambiente em que vivem, do que outros
grupos de maior renda. De maneira superficial, este raciocínio parece
correto, se pensarmos na ocupação irregular de áreas de proteção a
mananciais, florestas urbanas e encostas de morro. Exemplos deste tipo
de situação é a fixação de populações em áreas no entorno das represas
de Guarapiranga e Billings, em São Paulo; o avanço das favelas cariocas
sobre a floresta da Tijuca; e a ocupação de morros em cidades litorâneas
do Sudeste do país”.
Disponível em http://tesmotetas.blogspot.com.br/2012/06/ pobreza-e-meio-ambiente-ricardo-rose.html

Considerando a relação meio ambiente e sociedade abordada pelo Texto


indique a alternativa correta.
a) O enfrentamento dos problemas ambientais pelas sociedades
contemporâneas depende da sua capacidade de aliar desenvolvimento
humano, crescimento econômico e preservação ambiental.
b) O desenvolvimento sustentável proposto pelo Clube de Roma na
década de 1970, apresentou a redução demográfica como solução para
a crise ambiental contemporânea.
c) Os problemas ambientais da contemporaneidade resultam da
ausência de consciência política do cidadão em promover o
desenvolvimento sustentável.
d) O atraso tecnológico e a economia agrícola dos países pobres são os
grandes responsáveis pelos problemas ambientais contemporâneos.
e) A crise ecológica de fins do século XX gerou novos paradigmas,
disseminando práticas de consumo sustentável especialmente nos
países em vias de desenvolvimento.

34) (UEPA/SEFAZ PA/2013 – FISCAL DE RECEITAS ESTADUAIS) Leia o


Texto para responder a Questão

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“O aquecimento global é uma consequência das alterações climáticas


ocorridas no planeta."
Diversas pesquisas confirmam o aumento da temperatura média global.
Conforme cientistas do Painel Intergovernamental em Mudança do
Clima (IPCC), da Organização das Nações Unidas (ONU), o século XX foi
o mais quente dos últimos cinco séculos, com aumento de temperatura
média entre 0,3°C e 0,6°C. "Esse crescimento pode parecer
insignificante, mas é suficiente para modificar todo clima de uma região
e afetar profundamente a biodiversidade, desencadeando vários
desastres ambientais".
Brasil Escola, disponível: http://www.brasilescola.com/ geografia/aquecimento-
global.htm (com adaptações)
Sobre o aquecimento global é correto afirmar que:
a) o aquecimento global está diretamente relacionado aos fenômenos
físicos e naturais como degelo das camadas polares a desertificação e à
atividade industrial.
b) as previsões mais otimistas da comunidade científica estimam que
nos próximos anos nos aproximaremos da erradicação da emissão de
gases poluentes pela consciência social e política do problema.
c) o Brasil, principal poluidor e emissor de gases de efeito estufa, tem
nos desmatamentos e nas queimadas as principais fontes de emissão de
gases causadores do aquecimento global.
d) as principais atribuições para o aquecimento global são relacionadas
às atividades humanas, que intensificam o efeito estufa através do
aumento na queima de gases de combustíveis fósseis, como petróleo,
carvão mineral e gás natural.
e) através do Protocolo de Kyoto as nações desenvolvidas
comprometem-se a reduzir sua emissão de gases que provocam o efeito
estufa, pela metade em relação aos níveis de 1990.

35) (CESPE/TCU/2012 – TECNICO DE CONTROLE EXTERNO) Dois


séculos após o início da Revolução Industrial, o carvão ainda hoje é a
principal fonte geradora de energia elétrica do mundo. Países como
Estados Unidos da América, Japão, China, Índia, África do Sul e Rússia
são tão dependentes do carvão, no século XXI, quanto era a Inglaterra,
no século XIX. No Brasil, o carvão responde por 1,5% da matriz
energética; no mundo, ele representa 41%. Preço baixo, oferta
abundante e estoques longevos transformaram o carvão em uma fonte

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de energia atraente do ponto de vista econômico, mesmo respondendo


por 30% a 35% das emissões globais de gás carbônico.
O Globo, caderno Amanhã, 31/7/2012, p. 22 (com adaptações).
Tendo o texto acima como referência inicial e considerando a amplitude
do tema por ele suscitado, julgue os itens seguintes

A preocupação ambiental, praticamente inexistente no passado e ao


longo das primeiras fases da Revolução Industrial, ganha espaço no
mundo contemporâneo. O desafio da atualidade é produzir sem poluir,
preceito seguido, em consenso, pelos países ricos, emergentes e pobres.

36) (CESPE/TJ RR/2012 – CARGOS DE NÍVEL MÉDIO) Os efeitos do


desequilíbrio ambiental e do consumo desenfreado atingirão
homogeneamente o planeta, igualando países desenvolvidos e não
desenvolvidos como alvos de um mesmo problema.

37) (CESPE/TJ RR/2012 – CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR) Um dos


principais dilemas a serem enfrentados por muitos países nos dias de
hoje é o de conciliar metas de longo prazo, como a redução das emissões
de gases poluentes e do consumo, com a necessidade de estimular a
economia no curto prazo para a geração de emprego e renda às
populações.

38) (CESPE/MPE PI/2012 – Analista Ministerial) O êxito da campanha


mundial em favor do desenvolvimento sustentável pode ser mensurado
por algumas vitórias significativas, como, por exemplo, a redução da
produção e do consumo de plástico em escala universal.

39) (CESPE/STJ/2012 – Analista Judiciário) O fato de a camada de gelo


estar diminuindo em determinadas áreas da Antártica pode estar
relacionado ao processo de esfriamento da temperatura terrestre, grave
problema sobre o qual os cientistas têm feito sucessivos alertas.

(CESPE/TJ RR/2012 – TÉCNICO JUDICIÁRIO) As populações mais


pobres do planeta sentirão os efeitos mais devastadores das mudanças
climáticas e do consumo de países ricos em um mundo com sete bilhões
de habitantes, de acordo com o Fundo de População das Nações Unidas
(UNFPA). O alerta foi dado durante o lançamento do Relatório da
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Situação da População Mundial 2011, documento por meio do qual a


entidade conclama a comunidade internacional a brigar pela redução do
consumo excessivo e das emissões de gases de efeito estufa.
O Globo, 27/10/2011, p. 38 (com adaptações).
Considerando o texto acima, bem como as múltiplas implicações do
tema por ele abordado, julgue o item seguinte.

40) A emissão demasiada de gases poluentes originou um fenômeno


inédito na natureza, o efeito estufa.

41) Os efeitos do desequilíbrio ambiental e do consumo desenfreado


atingirão homogeneamente o planeta, igualando países desenvolvidos
e não desenvolvidos como alvos de um mesmo problema.

42) A conclamação feita no relatório citado no texto visa assegurar o


equilíbrio da natureza que sustenta a vida e o atendimento das
necessidades de bilhões de pessoas.

43) (CESPE/MPE PI/2012 – ANALISTA MINISTERIAL) Além de contar


com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, a
Organização das Nações Unidas tem-se notabilizado por organizar
grandes conferências mundiais voltadas para as questões ambientais e
para a promoção do desenvolvimento sustentável.

44) (CESPE/MPE PI/2012 – ANALISTA MINISTERIAL) O aquecimento


global é considerado atualmente um problema de dimensão
preocupante por envolver mudanças climáticas que afetam a vida no
planeta.

45) A China, por possuir um desenvolvimento econômico que se baseia


na agricultura orgânica e na industrialização tecnologicamente
avançada, é um dos países que menos emitem CO2 na atmosfera.

46) (CESGRANRIO/CAIXA/2012 – ADVOGADO) Entre 1800 e 2010 a


população cresceu, aproximadamente, sete vezes (de 1 bilhão para 7
bilhões de habitantes), e a economia (PIB) aumentou cerca de 50 vezes.
Hoje, pode-se dimensionar o impacto do ser humano na Terra por meio
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de uma metodologia utilizada para medir as quantidades de terra e de


água (em termos de hectares globais – gha) que seriam necessárias
para sustentar o consumo atual da população.
ALVES, J. A Terra no limite. Revista Veja, ed. especial, ano 43, n. 2196, dez. 2010, p. 24. Adaptado.

No contexto da sustentabilidade planetária, a metodologia acima é


denominada
a) agroecologia
b) biorremediação
c) controle biológico
d) manejo ambiental
e) pegada ecológica

47) (FUNIVERSA/PC DF/2012 – PERITO CRIMINAL) A questão


ambiental entrou na agenda política do mundo contemporâneo.
Governantes, cientistas e organizações sociais, independentemente das
posições assumidas, buscam meios de aprofundar o conhecimento
acerca do tema, como forma de subsidiar tomada de decisões no
enfrentamento do problema. Da Conferência de Estocolmo (1972),
passando pela Rio-92 e chegando à Rio+20, um princípio ecológico é
abraçado por ambientalistas e, sendo emblemático da luta pela
preservação da vida, pode ser assim sintetizado:
a) Aliar desenvolvimento econômico aos limites do planeta é desafio que
diz respeito aos governos de países emergentes, fugindo da alçada dos
demais Estados e atores sociais.
b) A preservação de todas as formas de vida no planeta requer o
imediato retorno às condições de produção existentes no mundo antes
do advento da Revolução Industrial.
c) A volta à agricultura de subsistência, com o abandono das práticas
econômicas ditadas pelos mercados, é condição essencial para o fim das
emissões de na atmosfera.
d) Inexistentes no passado, os desastres naturais que atemorizam o
mundo contemporâneo, a exemplo de terremotos e maremotos, estão
diretamente ligados às atuais mudanças climáticas.
e) A necessária adequação do sistema produtivo à capacidade de
regeneração do planeta implica não consumir nem descartar mais
produtos que a Terra é capaz de suportar.

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48) (ESAF/MI/2012 – CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR) Recente relatório


do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) informa
que, nas duas últimas décadas, a população cresceu 26% (são 1,45
bilhão de pessoas a mais) enquanto o consumo de recursos naturais
aumentou 40%. As emissões de gás carbônico aumentaram 36% no
mesmo período. A propósito desse quadro, assinale a opção correta.
a) O uso acelerado de recursos naturais é um sinal de alerta para o
planeta, que pode vir a enfrentar a exaustão de recursos estratégicos.
b) Apesar de seu efeito poluidor, as emissões de gás carbônico ainda
não podem ser relacionadas às mudanças climáticas, a exemplo do
aquecimento global.
c) Em geral, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos países é
inversamente proporcional ao aumento do consumo de recursos
naturais.
d) Nos últimos anos, verifica-se aparente paradoxo ambiental:
enquanto o nível do mar tem aumentado, recua significativamente o
número de catástrofes naturais.
e) O relatório do Pnuma demonstra que já não há mais possibilidade de
se alterar a trajetória de tendências perigosas que ameaçam a vida
humana no planeta.

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01 – D 02 – E 03 - C 04 – C 05 – B

06 - E 07 - C 08 - C 09 - E 10 – D

11 - C 12 - C 13 - A 14 - B 15 – E

16 - D 17 - A 18 - A 19 – E 20 – C

21 – C 22 – ANULADA 23 - C 24 - C 25 – A

26 – E 27 – B 28 – E 29 – C 30 –E

31 – A 32 – A 33 – A 34 – D 35 – E

36 – E 37 – C 38 – E 39 – E 40 – E

41 – E 42 - C 43 - C 44 - C 45 - E

46 - E 47 - E 48 - A XXXX XXXX

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