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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE FLUMINENSE – DARCY RIBEIRO

LABORATORIO DE ENGENHARIA E EXPLORAÇÃO DE PETRÓLEO


MÉTODOS GEOFÍSICOS EXPERIMENTAIS

3º Relatório
Relatório da Aula Prática de Eletro-Resistividade

Aluno: Gleison Monteiro Alves


Professor: Marco Antonio de Ceia

Macaé, 23 de Novembro de 2018


Laboratório de Engenharia e Exploração de Petróleo – LENEP - UENF

Sumário
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 3
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .............................................................................................. 3
2.1 RESISTIVIDADE ELÉTRICA .................................................................................................. 3
2.2 Sondagem Elétrica Vertical (SEV) ...................................................................................... 5
3. OBJETIVOS.......................................................................................................................... 7
4. MÉTODOS EXPERIMENTAIS ................................................................................................ 7
4.1. MATERIAIS UTILIZADOS .............................................................................................. 7
4.2. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL ..................................................................................... 7
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES ............................................................................................... 8
6. CONCLUSÃO ........................................................................................................................... 9
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................. 10

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1. INTRODUÇÃO

Este relatório tem como objetivo descrever e apresentar os resultados


obtidos durante a aula prática da disciplina Métodos Geofísicos Experimentais,
ministrada pelo Professor Marco Ceia na área externa do LENEP.

É de grande importância compreender os aspectos práticos relacionados a


aplicação de medidas de eletro-resistividade, tendo em vista que esse é um dos
princípios básicos para a compreensão da perfilagem de poços na indústria do
petróleo, que é largamente utilizada para identificação da composição geológica
de subsuperfície, entender as propriedades dos reservatórios e identificar a
presença de fluidos.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A resistividade é utilizada no âmbito de perfilagem de poços, para


determinação da permoporosidade de formações de acordo com o grau de
invasão de lama. Altos valores de resistividade podem indicar a presença de óleo.
Já baixos valores de resistividade indicam a presença de água salgada, pois nela
estão presentes mais íons.

2.1 RESISTIVIDADE ELÉTRICA

É uma medida da oposição de um material ao fluxo de corrente elétrica.


Quanto mais baixa for a resistividade, mais facilmente o material permite a
passagem de uma carga elétrica. Também chamada de resistência elétrica
específica, ela representa o quanto o material se opõe à passagem da corrente
elétrica. Quanto menor for o valor da resistividade de um determinado material,

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mais facilmente ele permite a passagem de corrente elétrica. Esse fato também se
verifica quanto melhor for o condutor.

Os obstáculos impostos ao movimento eletrônico, conforme discussão


qualitativa acima são todos representados por uma propriedade mensurável,
denominada resistência, e definida pela relação:
R = V/i (1)
Essa definição significa que, quando se aplica uma diferença de potencial
(ddp), V, entre os extremos de um resistor, R, uma corrente, i, circulará, de tal
modo que a relação (1) será satisfeita. A forma mais conhecida desta relação é:
V = Ri (2)
As grandezas relacionadas em (1) são todas macroscópicas e facilmente
mensuráveis com um ohmímetro (para medir R), com um voltímetro (para medir V)
ou com um amperímetro (para medir i).

A resistividade é uma das propriedades físicas que apresenta maior


variabilidade. Alguns minerais conduzem a eletricidade via deslocamento dos
elétrons (condução eletrônica). No entanto, a maioria dos minerais das rochas são
isolantes elétricos, a corrente elétrica é transportada principalmente pela
passagem de íons nas águas intersticiais. Os íons que conduzem a corrente
elétrica resultam da dissociação de sais resultante da dissolução desses sais na
água. Dado que cada íon transporta uma diminuta quantidade de carga, quantos
mais estiverem presentes na solução, maior é a carga elétrica transportada.
Deste modo, as soluções que tiverem um maior número de íons terão uma
condutividade mais elevada. De uma maneira geral, para uma dada porosidade,
uma rocha cujos poros estão impregnados com uma água salina será tanto mais
condutiva quanto maior for a salinidade dessa água. A salinidade é assim um dos
dois fatores principais que condicionam a resistividade das rochas. O outro fator é,
obviamente, a porosidade já que quanto maior ela for, maior poderá ser o número
de íons dissolvidos nas águas intersticiais. Temos, no entanto, de ter em atenção
que a porosidade, por si só, não tem uma relação tão direta com a condutividade
como aquela que se poderia depreender pela afirmação anterior. É que, sendo a

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condução elétrica processada por via eletrolítica, é necessário que exista uma
interconexão dos vários poros, de maneira a que a corrente elétrica possa circular
ao longo das rochas. Tecnicamente, a este efeito chama-se a tortuosidade dos
poros que tem uma relação estreita com a textura dos materiais.
Pode-se tirar algumas conclusões qualitativas relacionadas a medida de
resistividade e rochas:

a) Arenitos grosseiros têm com uma grande percentagem de espaços vazios,


e por isso uma baixa resistividade.
b) Arenitos com grãos de várias dimensões têm uma porosidade mais
reduzida e, logo, uma maior resistividade.
c) A dissolução de rochas calcárias ao longo de fraturas aumenta a
porosidade e baixa a resistividade.
d) A precipitação de minerais baixa a porosidade e aumenta a resistividade.
e) As rochas graníticas conduzem a eletricidade ao longo de fissuras. As
porosidades são, nestes casos, baixas e as resistividades elevadas.
f) Os basaltos têm frequentemente a característica de os seus poros estarem
isolados uns dos outros. Assim, mesmo se tiverem uma elevada porosidade
eles podem exibir uma alta resistividade.

2.2 Sondagem Elétrica Vertical (SEV)

O Método Geofísico de Eletro-resistividade se desenvolve estabelecendo


um circuito atravessado por corrente elétrica no solo, por meio de um par de
eletrodos. Verifica-se então o potencial resultante através de outro par de
eletrodos. De acordo com a configuração dos eletrodos no terreno essa técnica
pode ser aplicada como "Sondagem Elétrica Vertical" (SEV).

A técnica da SEV consiste da determinação sucessivos da resistividade


aparente (ρa), efetuados a partir da superfície do terreno, aumentando-se a
distância entre os eletrodos de emissão de corrente e recepção de potencial,
mantendo-se a disposição ilustrada na Figura 1.

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Esta técnica é muito empregada em situações em que se deseja investigar,


em profundidade, variações litológicas e de saturação (zona não-
saturada/saturada), determinando suas espessuras e resistividades..

Com alterações nas distâncias entre os eletrodos A e B, consegue-se


alterar a profundidade de investigação da medida (Figura 1).

Figura 1: Representação esquemática do arranjo Schlumberger utilizado na prática.

Com a utilização do arranjo Schlumberger e medidas encontradas o


utilizando, uma forma de determinar a resistividade é utilizando a fórmula abaixo:

π 𝐴𝐵 2 ∆𝑉
ρ = ( )
𝑀𝑁 2 𝐼

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3. OBJETIVOS

O presente experimento tem como objetivo realizar e conhecer a técnica de


Sondagem Elétrica Vertical (SEV) utilizando o arranjo Schlumberger, a fim de
inferir a resistividade da subsuperfície em função da profundidade.

4. MÉTODOS EXPERIMENTAIS

4.1. MATERIAIS UTILIZADOS

Os materiais e equipamentos utilizados durante o experimento foram:

 2 trenas;
 Eletrodos;
 4 cabos de ligação dos eletrodos;
 1 bateria;
 Cabo de ligação da bateria;
 Bombonas com água salgada;
 Resistivímetro;
 Multímetro.

4.2. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

O procedimento experimental foi realizado através de uma Sondagem


Elétrica Vertical (SEV), utilizando um arranjo Schlumberger (como indicado na
figura 1), na área externa do Laboratório de Engenharia de Exploração de Petróleo
(LENEP).
Estabeleceu-se a distância entre os eletrodos MN como 0,5 m (1/5 da
distância dos eletrodos AB para a primeira medida). Com o auxílio de trenas, os
eletrodos (estacas metálicas) AB e MN foram fincados no solo. Para uma maior

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clareza dos efeitos da resistividade, derramou-se água salina no ponto onde os


eletrodos estavam fincados.
Em seguida, conectou-se os cabos elétricos da bateria nos eletrodos. Para
realização das medidas de resistividade, foi utilizado um multímetro. Para cada
valor de MN utilizado, foram medidos 2 pares de informação de resistividade e
tensão.
O experimento foi repetido aumentando as distâncias AB (inicialmente 2,5
metros, posteriormente usada a 5, 10, 20 e 40 metros), porém mantendo a
distância MN constante (para conseguir aumentar a profundidade da medição
obtida). Os resultados obtidos estão presentes na tabela 1 da seção Resultados e
Discussões.

5. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Os valores medidos de tensão e espaçamento entre os eletrodos (MN e


AB) estão presentes na tabela 1.

Tabela 1: Valores de tensão obtidos.

ΔV(mV) (MN = 0.5)


MN AB Medida 1 Medida 2 Medida 3 Média
0,5 2,5 196,9 190,3 196,3 194,5
0,5 5 181,2 181,1 150 170,7667
0,5 10 33,1 33 33,6 33,23333
0,5 20 90,9 91,5 91,6 91,33333
0,5 40 23,3 23,5 23,5 23,43333

Os valores de corrente e e espaçamento entre os eletrodos (MN e AB)


estão presentes na tabela 2.

Tabela 2:Valores de corrente obtidos.

I(mA) ( MN = 0.5)
MN AB Medida 1 Medida 2 Medida 3 Média

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0,5 2,5 139 139 139 139


0,5 5 135 135 135 135
0,5 10 17,2 17 17,5 17,23333
0,5 20 185,5 185 186 185,5
0,5 40 227 227 227 227

Os valores de tensão e corrente médios, assim como de resistividade


aparente (calculada utilizando fórmula descrita na fundamentação teórica) são
apresentados na tabela 3.

Tabela 3: Valores médios de tensão e corrente, e valor obtido de resistividade aparente.

ΔV Médio
MN AB (mV) I Médio (mA) Resist. Aparente
0,5 2,5 194,5 139 13,73699978
0,5 5 170,7666667 135 49,67254475
0,5 10 33,23333333 17,23333333 302,9086557
0,5 20 91,33333333 185,5 309,3516622
0,5 40 23,43333333 227 259,4390015

6. CONCLUSÃO

O principal objetivo do experimento, a determinação da resistividade de


subsuperfície e sua variação em relação a mudança dos parâmetros de medição
(distância AB), foi claramente atingida. Resultados satisfatórios e condizentes com
o esperado pela teoria foram obtidos, apesar de erros inerentes ao experimento,
como erros de medição e humanos.

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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. CEIA, Marco. Notas de Aula.


2. https://aguassubterraneas.abas.org/asubterraneas/article/viewFile/23193/15
304
Título: UTILIZAÇÃO DO MÉTODO DA ELETRORRESISTIVIDADE NA
CARACTERIZAÇÃO HIDROGEOLÓGICA DE ÁREA DE RECARGA DO
SISTEMA AQÜÍFERO GUARANI. Acessado em 01/12/18.
3. https://fenix.ciencias.ulisboa.pt/downloadFile/1407512322506757/Geoeletric
os-V3.pdf
Título: Métodos Geoelétricos Aplicados. Acessado em 01/12/18.
4. ROSA, A. J.; Carvalho, R. S.; Xavier, J.A.D. Engenharia de Reservatórios
de Petróleo. 2. ed. Rio de Janeiro: Interciência, 2006.

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