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UC4 – 2º PERÍODO
até a curvatura menor do estômago e os primeiros 2 cm da fissuras sagitais direita e esquerda passam de cada lado
parte superior do duodeno. A margem livre e espessa do dos — e a porta do fígado transversal separa — dois lobos
omento menor estende-se entre a porta do fígado e o acessórios (partes do lobo hepático direito anatômico):
duodeno (o ligamento hepatoduodenal) e envolve as o lobo quadrado anterior e inferiormente, e o lobo
estruturas que atravessam a porta do fígado. O restante do caudado posterior e superiormente. O lobo caudado foi
omento menor, que se assemelha a uma lâmina, assim denominado não em vista de sua posição caudal
o ligamento hepatogástrico, estende-se entre o sulco para (não é), mas porque muitas vezes dá origem a uma
o ligamento venoso do fígado e a curvatura menor do “cauda” na forma de um processo papilar alongado.
estômago. O processo caudado estende-se para a direita, entre a
Além das fissuras, as impressões na face visceral (em VCI e a porta do fígado, unindo os lobos caudado e
áreas dela) refletem a relação do fígado com: hepático direito.
•Lado direito da face anterior do estômago (áreas
gástrica e pilórica)
•Parte superior do duodeno (área duodenal)
•Omento menor (estende-se até a fissura do ligamento
venoso)
•Vesícula biliar (fossa da vesícula biliar)
•Flexura direita do colo e colo transverso direito (área
cólica)
•Rim e glândula suprarrenal direitos (áreas
renal e suprarrenal)
na divisão primária (1a) da tríade portal em ramos direito e bifurcação da artéria hepática. Na porta do fígado, ou perto
esquerdo, sendo o plano entre as partes hepáticas direita dela, a artéria hepática e a veia porta terminam dividindo-
e esquerda a fissura portal principal, na qual está a veia se em ramos direito e esquerdo; esses ramos primários
hepática média. Na face visceral, esse plano é demarcado suprem as partes direita e esquerda do fígado,
pela fissura sagital direita. O plano é demarcado na face respectivamente. Nas partes direita e esquerda do fígado,
diafragmática mediante extrapolação de uma linha as ramificações secundárias simultâneas da veia porta e
imaginária — a linha de Cantlie (Cantlie, 1898) — que da artéria hepática suprem as divisões medial e lateral das
segue da fossa da vesícula biliar até a VCI. As partes partes direita e esquerda do fígado, com três dos quatro
direita e esquerda do fígado são subdivididas ramos secundários sofrendo ramificações adicionais
verticalmente em divisões medial e lateral pelas fissura (terciárias) para suprirem independentemente sete dos oito
portal direita e fissura umbilical, nas quais estão as veias segmentos hepáticos.
hepáticas direita e esquerda. A fissura portal direita não Entre as divisões estão as veias hepáticas direita,
tem demarcação externa. Cada uma das quatro divisões intermédia e esquerda, que são intersegmentares em sua
recebe um ramo secundário (2o) da tríade portal. (Nota: a distribuição e função, drenando partes dos segmentos
divisão medial da parte esquerda do fígado — divisão adjacentes. As veias hepáticas, formadas pela união
medial esquerda — é parte do lobo anatômico direito; das veias coletoras que, por sua vez, drenam as veias
a divisão lateral esquerda corresponde ao lobo anatômico centrais do parênquima hepático, abrem-se na VCI logo
esquerdo.) Um plano hepático transverso no nível das abaixo do diafragma. A fixação dessas veias à VCI ajuda a
partes horizontais dos ramos direito e esquerdo da tríade manter o fígado em posição.
portal subdivide três das quatro divisões (todas, com
exceção da divisão medial esquerda), criando DUCTO COLÉDOCO
seis segmentos hepáticos, que recebem ramos terciários O ducto colédoco (antes chamado de ducto biliar comum)
da tríade. A divisão medial esquerda também é contada forma-se na margem livre do omento menor pela união
como um segmento hepático, de modo que a parte dos ductos cístico e hepático comum. O comprimento do
principal do fígado tem sete segmentos (segmentos II a ducto colédoco varia de 5 a 15 cm, dependendo do local
VIII, numerados em sentido horário), que também recebem onde o ducto cístico se une ao ducto hepático comum.
um nome descritivo. O lobo caudado (segmento I, levando O ducto colédoco desce posteriormente à parte superior
o número total de segmentos a oito) é suprido por ramos do duodeno e situa-se em um sulco na face posterior da
das duas divisões e é drenado por suas próprias veias cabeça do pâncreas. No lado esquerdo da parte
hepáticas menores. descendente do duodeno, o ducto colédoco entra em
Embora o padrão de segmentação descrito seja o mais contato com o ducto pancreático. Esses ductos seguem
comum, os segmentos variam muito em tamanho e obliquamente através da parede dessa parte do duodeno,
formato em razão da variação individual na ramificação onde se unem para formar uma dilatação, a ampola
dos vasos hepáticos e portas. A importância clínica dos hepatopancreática . A extremidade distal da ampola abre-
segmentos hepáticos é explicada no boxe azul, se no duodeno através da papila maior do duodeno . O
“Lobectomias e segmentectomia hepáticas”, adiante. músculo circular ao redor da extremidade distal do ducto
colédoco é mais espesso para formar o músculo
esfíncter do ducto colédoco (L. ductus choledochus).
VASOS SANGUÍNEOS DO FÍGADO
Quando o esfíncter contrai, a bile não consegue entrar na
O fígado, como os pulmões, tem irrigação dupla (vasos
ampola e no duodeno; portanto, reflui e segue pelo ducto
aferentes): uma venosa dominante e uma arterial menor.
cístico até a vesícula biliar, onde é concentrada e
A veia porta traz 75 a 80% do sangue para o fígado. O
armazenada.
sangue porta, que contém aproximadamente 40% mais
A irrigação arterial do ducto colédoco provém de:
oxigênio do que o sangue que retorna ao coração pelo
•Artéria cística: que irriga a parte proximal do ducto
circuito sistêmico, sustenta o parênquima hepático (células
•Artéria hepática direita: que irriga a parte média do ducto
hepáticas ou hepatócitos). A veia porta conduz
•Artéria pancreaticoduodenal superior posterior e artéria
praticamente todos os nutrientes absorvidos
gastroduodenal: que irrigam a parte retroduodenal do
A veia porta, curta e larga, é formada pela união das veias
ducto.
mesentérica superior e esplênica, posteriormente ao colo
A drenagem venosa da parte proximal do ducto colédoco e
do pâncreas. Ascende anteriormente à VCI como parte da
dos ductos hepáticos geralmente entra diretamente no
tríade portal no ligamento hepatoduodenal. A artéria
fígado. A veia pancreaticoduodenal superior
hepática, um ramo do tronco celíaco, pode ser dividida
posterior drena a parte distal do ducto colédoco e esvazia-
em artéria hepática comum, do tronco celíaco até a
se na veia porta ou em uma de suas tributárias.
origem da artéria gastroduodenal, e artéria hepática
Os vasos linfáticos do ducto colédoco seguem até
própria, da origem da artéria gastroduodenal até a
os linfonodos císticos perto do colo da vesícula biliar,
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VESÍCULA BILIAR
A vesícula biliar (7 a 10 cm de comprimento) situa-se
na fossa da vesícula biliar na face visceral do fígado. Essa
fossa rasa está situada na junção das partes direita e
esquerda do fígado.
A relação entre vesícula biliar e duodeno é tão íntima que
a parte superior do duodeno no cadáver geralmente é
tingida de bile. Como o fígado e a vesícula biliar devem ser A irrigação arterial da vesícula biliar e do ducto
rebatidos para cima para expor a vesícula biliar em um cístico provém principalmente da artéria cística. A artéria
acesso cirúrgico anterior (e os atlas costumam representá- cística normalmente origina-se da artéria hepática
la nessa posição), é fácil esquecer que em sua posição direita no triângulo entre o ducto hepático comum, o ducto
natural o corpo da vesícula biliar situa-se anterior à parte cístico e a face visceral do fígado, o trígono cisto-
superior do duodeno, e seu colo e o ducto cístico situam- hepático (triângulo de Calot). Há variações na origem e no
se imediatamente superiores ao duodeno. trajeto da artéria cística.
A vesícula biliar piriforme consegue armazenar até 50 ml A drenagem venosa do colo da vesícula biliar e do ducto
de bile. O peritônio circunda completamente o fundo da cístico flui pelas veias císticas. Essas veias pequenas, em
vesícula biliar e une seu corpo e colo ao fígado. A face geral múltiplas, entram diretamente no fígado ou drenam
hepática da vesícula biliar fixa-se ao fígado por tecido através da veia porta para o fígado, depois de se unirem
conjuntivo da cápsula fibrosa do fígado. às veias que drenam os ductos hepáticos e a parte
A vesícula biliar tem três partes: proximal do ducto colédoco. As veias do fundo e do corpo
•Fundo: a extremidade larga e arredondada do órgão que da vesícula biliar seguem diretamente até a face visceral
geralmente se projeta a partir da margem inferior do fígado do fígado e drenam para os sinusoides hepáticos. Como
na extremidade da 9a cartilagem costal direita na LMC essa drenagem se faz de um leito capilar (sinusoidal) para
•Corpo: parte principal, que toca a face visceral do fígado, outro, constitui um sistema porta adicional (paralelo).
o colo transverso e a parte superior do duodeno A drenagem linfática da vesícula biliar se faz para
•Colo: extremidade estreita e afilada, oposta ao fundo e os linfonodos hepáticos, frequentemente através
voltada para a porta do fígado; normalmente faz uma curva dos linfonodos císticos localizados perto do colo da
em forma de S e se une ao ducto cístico. vesícula biliar. Os vasos linfáticos eferentes desses
O ducto cístico (3 a 4 cm de comprimento) une o colo da linfonodos seguem até os linfonodos celíacos.
vesícula biliar ao ducto hepático comum. A túnica mucosa Os nervos para a vesícula biliar e ducto cístico seguem ao
do colo forma a prega espiral (válvula espiral). A prega longo da artéria cística a partir do plexo nervoso
espiral ajuda a manter o ducto cístico aberto; assim, a bile celíaco (fibras [de dor] aferentes viscerais e
pode ser facilmente desviada para a vesícula biliar quando simpáticas), nervo vago (parassimpático) e nervo frênico
a extremidade distal do ducto colédoco é fechada direito (na verdade, fibras aferentes somáticas). A
pelo músculo esfíncter do ducto colédoco e/ou músculo estimulação parassimpática causa contrações da vesícula
esfíncter da ampola hepatopancreática, ou a bile pode biliar e relaxamento dos esfíncteres na ampola
passar para o duodeno quando a vesícula biliar se contrai. hepatopancreática. Entretanto, essas respostas
A prega espiral também oferece resistência adicional ao geralmente são estimuladas pelo
esvaziamento súbito de bile quando os esfíncteres estão hormônio colecistocinina (CCK), produzido pelas paredes
fechados e há aumento súbito da pressão intra-abdominal, duodenais (em resposta à chegada de alimentos
como ao espirrar ou tossir. O ducto cístico segue entre as gordurosos) e que circula na corrente sanguínea.
lâminas do omento menor, geralmente paralelo ao ducto
hepático comum, ao qual se une para formar o ducto
colédoco. Pâncreas
O pâncreas é uma glândula acessória da digestão,
alongada, retroperitoneal, situada sobrejacente e
transversalmente aos corpos das vértebras L I e L II (o
nível do plano transpilórico) na parede posterior do
abdome. Situa-se atrás do estômago, entre o duodeno à
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direita e o baço à esquerda. O mesocolo transverso está O músculo esfíncter do ducto pancreático (ao redor da
fixado à sua margem anterior. O pâncreas produz: parte terminal do ducto pancreático), o músculo esfíncter
•Secreção exócrina (suco pancreático produzido pelas do ducto colédoco (ao redor da extremidade do ducto
células acinares) que é liberada no duodeno através dos colédoco) e o músculo esfíncter da ampola
ductos pancreáticos principal e acessório hepatopancreática (de Oddi), ao redor da ampola
•Secreções endócrinas (glucagon e insulina, produzidos hepatopancreática, são esfíncteres de músculo liso que
pelas ilhotas pancreáticas [de Langerhans]) que passam controlam o fluxo de bile e de suco pancreático para a
para o sangue. ampola e impedem o refluxo do conteúdo duodenal para a
Para fins descritivos, o pâncreas é dividido em quatro ampola hepatopancreática.
partes: cabeça, colo, corpo e cauda. O ducto pancreático acessório abre-se no duodeno no
A cabeça do pâncreas é a parte expandida da glândula cume da papila menor do duodeno. Em geral, o ducto
que é circundada pela curvatura em forma de C do acessório comunica-se com o ducto pancreático principal.
duodeno à direita dos vasos mesentéricos superiores logo Em alguns casos, o ducto pancreático principal é menor do
abaixo do plano transpilórico. Está firmemente fixada à que o ducto pancreático acessório e pode não haver
face medial das partes descendente e horizontal do conexão entre os dois. Nesses casos, o ducto acessório
duodeno. O processo uncinado, uma projeção da parte conduz a maior parte do suco pancreático.
inferior da cabeça do pâncreas, estende-se medialmente A irrigação arterial do pâncreas provém principalmente dos
para a esquerda, posteriormente à AMS. A cabeça do ramos da artéria esplênica, que é muito tortuosa.
pâncreas está apoiada posteriormente na VCI, artéria e Várias artérias pancreáticas formam diversos arcos com
veia renais direitas, e veia renal esquerda. Em seu trajeto ramos pancreáticos das
para se abrir na parte descendente do duodeno, o ducto artérias gastroduodenal e mesentérica superior. Até 10
colédoco situa-se em um sulco na face posterossuperior ramos da artéria esplênica irrigam o corpo e a cauda do
da cabeça ou está inserido em sua substância. pâncreas. As artérias pancreaticoduodenais superiores
O colo do pâncreas é curto (1,5 a 2 cm) e está situado anterior e posterior, ramos da artéria gastroduodenal, e
sobre os vasos mesentéricos superiores, que deixam um as artérias pancreaticoduodenais inferiores
sulco em sua face posterior. A face anterior do colo, anterior e posterior, ramos da AMS, formam arcos
coberta por peritônio, está situada adjacente ao piloro do anteriores e posteriores que irrigam a cabeça do pâncreas.
estômago. A VMS une-se à veia esplênica posterior ao A drenagem venosa do pâncreas é feita por meio
colo para formar a veia porta. das veias pancreáticas correspondentes, tributárias das
O corpo do pâncreas é o prosseguimento do colo e situa- partes esplênica e mesentérica superior da veia porta; a
se à esquerda dos vasos mesentéricos superiores, maioria delas drena para a veia esplênica.
passando sobre a aorta e a vértebra L II, logo acima do Os vasos linfáticos pancreáticos acompanham os vasos
plano transpilórico e posteriormente à bolsa omental. A sanguíneos. A maioria dos vasos termina nos linfonodos
face anterior do corpo do pâncreas é coberta por peritônio, pancreaticoesplênicos, situados ao longo da artéria
está situada no assoalho da bolsa omental e forma parte esplênica. Alguns vasos terminam nos linfonodos pilóricos.
do leito do estômago. A face posterior do corpo do Os vasos eferentes desses linfonodos drenam para
pâncreas não tem peritônio e está em contato com a aorta, os linfonodos mesentéricos superiores ou para
AMS, glândula suprarrenal esquerda, rim esquerdo e os linfonodos celíacos através dos linfonodos hepáticos.
vasos renais esquerdos. Os nervos do pâncreas são derivados dos nervos
A cauda do pâncreas situa-se anteriormente ao rim vago e esplâncnico abdominopélvico que atravessam o
esquerdo, onde está intimamente relacionada ao hilo diafragma. As fibras parassimpáticas e simpáticas chegam
esplênico e à flexura esquerda do colo. A cauda é ao pâncreas ao longo das artérias do plexo celíaco e
relativamente móvel e passa entre as camadas do do plexo mesentérico superior (ver também “Resumo da
ligamento esplenorrenal junto com os vasos esplênicos. inervação das vísceras abdominais”, mais adiante). Além
O ducto pancreático principal começa na cauda do das fibras simpáticas que seguem para os vasos
pâncreas e atravessa o parênquima da glândula até a sanguíneos, fibras simpáticas e parassimpáticas são
cabeça do pâncreas: aí ele se volta inferiormente e tem distribuídas para as células acinares e ilhotas
íntima relação com o ducto colédoco. O ducto pancreático pancreáticas. As fibras parassimpáticas são
principal e o ducto colédoco geralmente se unem para secretomotoras, mas a secreção pancreática é mediada
formar a ampola hepatopancreática (de Vater) curta e principalmente por secretina e colecistocinina, hormônios
dilatada, que se abre na parte descendente do duodeno, secretados pelas células epiteliais do duodeno e parte
no cume da papila maior do duodeno. Em no mínimo 25% proximal da mucosa intestinal sob o estímulo do conteúdo
das pessoas, os ductos se abrem no duodeno ácido do estômago.
separadamente.
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