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[Recensão a] Cícero, Tratado da República.

Tradução do latim, introdução e notas de


Francisco de Oliveira
Autor(es): Catroga, Fernando
Publicado por: Imprensa da Universidade de Coimbra
URL URI:http://hdl.handle.net/10316.2/41589
persistente:
DOI: DOI:https://doi.org/10.14195/2183-8925_29_30

Accessed : 10-Apr-2019 13:26:31

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Revista de Historia das Ideias

Vol. 29 (2008)

RECENSÕES CRÍTICAS E NOTAS DE LEITURA

Cícero, Tratado da República. Tradução do latim, introdução e notas de Francisco


de Oliveira, Lisboa, Círculo de Leitores-Ternas & Debates, 2008

Esta nota não é uma recensão, mas, tão só, um mero registo e uma
saudação. Para recensear a obra citada, falta ao anotador suficientes
conhecimentos de latim para poder emitir juízos acerca do valor da tradução.
No entanto, as qualidades profissionais de quem a fez, bem como a garantia
indirecta que advém do prestígio da escola em que o seu autor se integra
- recorde-se que Francisco de Oliveira dedica o seu trabalho a Maria Helena
da Rocha Pereira - são certificações seguras do seu rigor científico.
Igualmente se pretende saudar o aparecimento da colecção em que ela se
integra. Dirigido por Diogo Pires Aurélio, o projecto visa tornar acessíveis
alguns dos textos que, desde a Antiguidade até aos nossos dias, marcaram
a história do pensamento político europeu.
Mas a feitura desta nota também foi incitada pela certeza de que a
importância do Tratado da República ultrapassa a esfera dos especialistas.
Tanto o aparato erudito como a elucidação internalista da terminologia
usada por Cícero apontam para algo de decisivo na cultura ocidental,
a saber: a latinização da linguagem grega que nasceu do governo político
da polis e que teve no adversário de Catilina um dos seus mais profundos
conhecedores entre os intelectuais romanos. E, através dele, esse património
será reinventado pelos prolongamentos da sua herança no Renascimento e,
mais tarde, no pensamento político moderno.
Levando em conta a excelente e iluminadora introdução de Francisco
de Oliveira, pode mesmo afirmar-se que se está perante um esclarecedor
exercício de história conceptual, em ordem a melhor se inteligir o significado

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Revista de Historia das Ideias

da continuidade do debate, que já vinha da Grécia, acerca da melhor forma


política para se evitar a tirania. O que, em Cícero, passava pela demonstração
da superioridade das formas mistas, ponderadas e equilibradas de distri­
buição do poder na politela.
Ora, numa conjuntura em que a política parece carecida de virtù - termo
preferido de Maquiavel e Montesquieu, discípulos confessos de Cícero
- e em que as lógicas identitárias parecem estar imbuídas de sentimentos
de pertença localistas e naturalizados, a leitura do Tratado será um bom
ponto de partida sobre a necessidade de se dar primazia a sentimentos de
pertença que estejam polarizados pelo ideal de patria civitatis, isto é, pelo
apego ao império da Lei e do Direito. Limiar superior de sociabilidade
e de participação cívica que, em Cícero, era sinónimo de Res publica.

Fernando Catroga

Alain Talion (ed.), Le sentiment national dans l'Europe méridionale aux XVIe et
XVIIe siècles, Madrid, Casa de Velázquez, 2007

Blythe Alice Raviola (ed.), Lo spazio sabaudo. Intersezioni, frontiere e confini in


età moderna, Milano, Franco Angeli, 2007

Le sentiment national dans l'Europe méridionale aux XVIe et XVIIe siècles é


um volume de estudos, reunidos e apresentados por Alain Talion, cujos
autores são: Tamar Herzog ("Être Espagnol dans un monde moderne et
transatlantique"), Arlette Jouanna ("Le thème de la liberté française dans
les controverses politiques au temps des guerres de Religion"), Gianvittorio
Signorotto ("Identità e interessi nell' Italia dei potentati"), Jean-Pierre
Dedieu ("Comment l'État forge la nation. L"Espanhe' du XVIe siècle au
début du XIXe siècle"), Bertrand Haan ("L'affirmation d'un sentiment
national espagnol face à la France du début des guerres de Religion"),
Jean-François Dubost ("Enjeux identitaires et politiques d'une polémique.
Français, Italiens et Espagnols dans les libelles publiés en France en 1615"),
Pablo Fernández Albaladejo ("Entre 'godos' y 'montañeses'. Avatares de
una primera identidad española"), Jean-Frédéric Schaub ("Le sentiment
national est-il une catégorie pertinente pour comprendre les adhésions
et les conflits sous l'Ancien Régime?"), Adriano Prosperi ("Alle origini di
una identità nazionale. L'Italia fra l'antico e i 'barbari' nella storiografia
dell'Umanesimo e della Controriforma"), Cesare Vasoli ("Unità o disunione
deUTtalia? Uno storiografo della Controriforma, Scipione Ammirato e
la sua replica al Mchiavelli"), Richard L. Kagan ("Nación y patria en la

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