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SECÇÃO I
PARTE INTRODUTÓRIA
1.1 INTRODUÇÃO
A receita aduaneira é uma das principais fontes de financiamento das despesas do Estado
em Moçambique, sendo de vital importância a compreensão da magnitude da perca de
receita, como resultado de desarmamento pautal nas categorias B1, B21 e B22 a partir de
Janeiro de 2008.
1.2 CONTEXTUALIZAÇÃO
2
O Protocolo Comercial da SADC, assinado em Maseru aos 24 de Agosto de 1996, estabelece
um novo quadro que regula a cooperação económica entre os Estados Membros da região e
tem como objectivo promover o comércio e o desenvolvimento intra-regional, eliminando
gradualmente as barreiras tarifárias e não tarifárias ao comercio. Para tal, os países
membros comprometeram-se a levar a cabo a liberalização do comércio de bens e serviços,
com vista ao aumento da produção e de produtividade, investimento nacional,
transfronteiriço e estrangeiro bem como a diversificação e industrialização da produção
tendo em vista o desenvolvimento económico sustentável da região, bem ainda a
simplificação e harmonização dos procedimentos aduaneiros na importação, exportação e
trânsitos de mercadorias, bem como, da nomenclatura pautal.
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Esta fase pressupõe a adopção de:
Uma Pauta Aduaneira única na qual se aplica uma taxa externa comum;
Um fundo/cofre de receita aduaneira comum e critérios de partilha da receita
cobrada, tendo como pressupostos, por exemplo, o seguinte:
Esta fase será a forma de integração a um nível superior de uma União Aduaneira, pois, para
além da abolição de tarifas e barreiras comerciais entre os Estados Membros e da
harmonização das políticas aduaneiras, também haverá livre circulação de mão-de-obra e
capital, harmonização de políticas laborais e de comercio.
Nesta fase, os Estados membros prevêem a harmonização e, até mesmo, a unificação das
políticas monetárias e fiscais assim como a existência de um Banco Central comum,
prevendo-se ainda a convertibilidade obrigatória e ilimitada das diferentes Moedas da
região.
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Mercadorias com liberalização imediata a partir de 2001.
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No início deste processo e, em conformidade com os desígnios do Protocolo Comercial da
SADC, Moçambique estabeleceu o seu calendário para a redução e/ou eliminação gradual
dos direitos de importação na região rumo à sua abolição total até 2015. Para tal, alterou-se
a Pauta Aduaneira adoptando duas ofertas, uma Básica para a África do Sul e a outra
Diferenciada para os restantes Membros da SADC. O motivo da diferenciação das ofertas
prende-se com a necessidade de contrabalançar a dimensão da economia sul-africana em
relação à dos restantes Membros da SADC de modo a reduzir o seu impacto nas pequenas
economias.
Como se pode depreender, o desarmamento tarifário resulta numa perda de receitas por
parte do Estado, uma vez que os direitos aduaneiros deixam de ser cobrados para um
considerável número de produtos e, ao mesmo tempo, como consequência outros
fenómenos se antevêem susceptíveis de contrapor tais perdas, facto que justifica a
necessidade da elaboração deste estudo, bem como, de cenários alternativos que
compensem esta situação.
O Estudo compreende o período entre 2008 e 2010, dado ser esse período relativamente ao
qual se encontram definidas as projecções macroeconómicas, nomeadamente o Cenário
Fiscal de Médio Prazo e o Mapa Fiscal.
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Avançar cenários alternativos compensatórios das ofertas efectuadas por
Moçambique no âmbito do desarmamento tarifário.
Este Grupo recorreu também ao apoio técnico de outros quadros da AT, considerando os
trabalhos por eles realizados e as técnicas aplicáveis.
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SECÇÃO II
COMPORTAMENTO DAS IMPORTAÇÕES E DA RECEITA
ADUANEIRA SOBRE O COMÉRCIO INTERNACIONAL2
A origem das importações realizadas por Moçambique pode ser agrupada em quatro
grandes grupos de regiões, nomeadamente RSA, a SADC excluindo a RSA, União Europeia
(UE) e Resto do Mundo. No período compreendido entre 2001 e 2007, o volume total de
importações realizadas corresponde a 220.716,36 milhões de Meticais da nova família
(mdm), sendo 49.5% provenientes da SADC, 15.5% da União Europeia e 35% do Resto do
Mundo, conforme mostra a Tabela 1.
Fonte: TIMS
A mesma tabela espelha a evolução anual das importações provenientes das regiões acima
descritas com a indicação dos pesos, isto é, a contribuição de cada região em cada ano.
Pode-se observar que do volume total das importações provenientes da SADC, 93% são
provenientes da RSA.
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Embora o horizonte temporal considerado neste estudo seja de 2001 a 2007, a análise da receita aduaneira
apenas irá até 2006 devido à fiabilidade dos dados.
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Importa referir que das três regiões, a SADC é o principal parceiro comercial de
Moçambique, ao absorver em média, cerca de 50% das importações totais.
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2.2 ESTRUTURA DAS IMPORTAÇÕES E USO DAS PREFERÊNCIAS
No entanto, a partir de 2005 verifica-se uma troca de posição na estrutura das importações
entre as bandas tarifárias de 7.5% e 5%, passando esta última (bens de capital) a contribuir
com mais de 30% do total das importações (o maior contributo).
Este facto aponta para uma tendência de menor colecta de direitos aduaneiros no conjunto
das duas bandas com eventuais implicações no conjunto do Imposto sobre o Comércio
Externo.
Importa referir que a banda dos 7,5% tem um peso substancial devido à importação do
arroz, produto quase que tradicional na alimentação das populações urbanas e peri-
urbanas.
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Redução da tarifa geral de 30% para 25% – Decreto 39/2002 de 26 de Dezembro e
Redução de um conjunto de tarifas incidentes sobre diversas mercadorias
classificadas na categoria A de liberalização imediata no âmbito da implementação
do protocolo comercial da SADC;
Redução da tarifa geral de 25% para 20% 2007 Lei 3/2007 de 7 de Fevereiro.
Fonte: TIMS
De acordo com a Tabela 3, o uso das tarifas preferenciais pelos países da SADC aponta para
uma cifra média de 5%, tendo a RSA registado uma média de 4% para as suas exportações e
18% para os restantes membros, o que significa que os restantes 95% de valor CIF foram
verificados na importação de mercadorias que não apresentaram certificado de origem,
pese terem sido importados dos países signatários do protocolo, tendo por inerência a este
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facto pago todas as imposições devidas como se de mercadoria proveniente de fora da
região se tratasse.
Que a maioria das mercadorias importadas da RSA para Moçambique não são
originárias de lá;
Que nível de uso da certificação das mercadorias importadas é baixo (por falta de
informação/divulgação?).
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2.3 RECEITA ADUANEIRA
Para o propósito deste estudo, considera-se receita aduaneira como o somatório dos
Direitos Aduaneiros, Imposto sobre o Consumo Específico sobre as Importações (ICE) e
Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) nas importações, posteriormente deduzidos das
respectivas isenções fiscais3.
Fonte: TIMS
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Importa referir que, embora as isenções a curto reduzam as receitas potenciais, a médio/longo prazo podem
gerar externalidades positivas sobre o nível da actividade económica mediante uma estrutura de custos
reduzida, com implicações directas sobre o nível de arrecadação da receita.
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Durante o período de 2001 a 2006, a receita aduaneira cobrada foi de 50.884.14 mdm,
sendo 56.2% referentes à contribuição do IVA, cabendo aos direitos aduaneiros 34.4% e ao
9.4% ao ICE, tal como pode ser observado na Figura 2.
A receita total resultante do comércio com os Países da SADC, representou 27.399,36 mdm.
Deste valor, 94.6% provém das importações com a África do Sul.
No caso específico da região da SADC, o IVA é o imposto que mais contribui para a receita
aduaneira com cerca de 47%, seguido pelos direitos aduaneiros com cerca de 30.5% e do ICE
com 7.4%.
2.3.1 Contribuição da Receita Aduaneira para a Receita Fiscal, Estatal e PIB nominal
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Quanto à contribuição da receita aduaneira para as Receitas Fiscais, em 2001, esta era de
cerca de 45.4%, mantendo-se nos anos seguintes uma tendência decrescente, com excepção
de 2004 (47.4%), até atingir 43.6% em 2006.
Por outro lado, os direitos aduaneiros têm tido um peso, embora irregular, crescente no PIB
nominal. Como pode-se observar na Figura 3, a sua contribuição era de cerca de 5.03% em
2001, evoluindo até 5.33% em 2006.
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2.3.2 Contribuição dos direitos aduaneiros provenientes da SADC para a Receita Fiscal,
Estatal e PIB nominal
A sua contribuição para as receitas fiscais tem vindo a verificar uma tendência decrescente,
embora irregular, desde 2001. De facto, o seu peso nas receitas fiscais situa-se em 2006 em
7.49%. Em termos médios, os direitos aduaneiros contribuíram em cerca de 7.43% para as
receitas fiscais do Estado.
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A partir de Janeiro de 2008, estas categorias passarão à taxa zero em termos de direitos aduaneiros.
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No período considerado, o peso dos direitos aduaneiros no PIB nominal demonstra uma
tendência crescente, sendo este em termos médios de 0.85%.
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SECÇÃO III
PREVISÃO DAS IMPORTAÇÕES E RECEITAS PARA O PERIODO
COMPREENDIDO ENTRE 2008-2010
De uma forma geral, o desarmamento tarifário (para além das mercadorias que foram
classificadas no âmbito do protocolo da SADC como parte integrante da categoria A de
liberalização imediata) cuja implementação teve início em 2002, vem incidindo
maioritariamente sobre a tarifa máxima de direitos aduaneiros aplicada sobre os bens de
consumo que na estrutura tarifária em termos de valor CIF representa normalmente perto
de 15% do valor CIF total, ocupando o terceiro lugar depois dos bens de capital – 35% e
intermédios – 32%, como se pode observar da Tabela 2.
De sublinhar que existem dois processos de desarmamento tarifário. Um que decorre sobre
a capa de desarmamento, mas corresponde à redução da tarifa máxima geral para os
restantes países fora da SADC, e outro que respeita aos países signatários do protocolo da
SADC.
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3.1.1 O que o Estado abre mão em termos da receita teórica com o desarmamento
tarifário
Neste capítulo analisaremos a perda de receita teórica entendida como aquela que resulta
directamente da metodologia dos cálculos baseados na técnica tributária aduaneira vigente,
ou seja calculo dos impostos devidos previstos na pauta aduaneira sobre o seguinte
procedimento em cascata:
Denota-se que a base tributária principal é o valor CIF da mercadoria; única para o calculo
dos direitos aduaneiros e acrescida para os restantes em forma de cascata.
De salientar que no caso de a mercadoria sofrer uma protecção especial, ou seja, a pauta
aduaneira prever uma sobretaxa a pagar, o procedimento é o mesmo logo a seguir aos
direitos aduaneiros por aí em diante até à sua inclusão no total das imposições a pagar (o
IVA o último imposto a ser calculado). No entanto, existem casos, embora raros, de
mercadorias que apenas pagam direitos aduaneiros e outras que não pagam algum imposto.
A pauta aduaneira prevê 5 (cinco) bandas tarifárias nomeadamente 0%, 2,5%, 5%, 7,5% e
20% geralmente para produtos básicos ou essenciais como medicamentos, matérias-primas,
bens de capital, produtos semi-acabados ou intermédios e bens de consumo ou supérfluos
respectivamente.
A tarifa máxima foi a que sofreu as reduções que vimos anteriormente desde 1999 de 35%
para 30% e a última verificada este ano (2007) de 25% para 20%. Sendo de destacar que as
importações desta banda tarifária correspondem a próximo dos 15% do valor total CIF.
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Assim, perante uma redução tarifária de 25% para 20%, uma mercadoria que tenha que
pagar a taxa máxima de direitos, IVA e ICE teríamos a seguinte situação descrita na tabela
abaixo consoante a taxa de imposto de consumo específico sobre os produtos importados a
pagar para cada 100 meticais de valor CIF.
Para cada 100 meticais de valor CIF duma mercadoria que tenha que pagar direitos
aduaneiros e IVA, o Estado perde 5,85 mt, correspondendo 5 mt de direitos e 85 centavos
de IVA. Sendo que o valor dos direitos a perder mantêm-se constante (5 mt) para cada caso
de ICE diferente a pagar, o valor do ICE e do IVA vai alterando devido a variação da taxa do
ICE ao efeito cascata sobre o IVA que é o último imposto a ser calculado com reflexo sobre o
valor global a perder pelo Estado, evoluindo até alcançar os 9,65 mt correspondentes a 5 mt
de direitos, 3,25 mt de ICE e 1,40 mt de IVA para uma mercadoria que tenha a pagar a
máxima taxa de ICE 65%.
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mercadorias importadas e os restantes 5% pagam com o ICE, de Junho a Dezembro 2002
com a redução de 30% para 25% o estado perdeu teoricamente próximo de 0.4 milhões de
meticais actuais com a importação de 6.6 milhões de meticais de valor CIF de conformidade
com a nossa tabela de estrutura de importações.
Em 2006 com a redução de 25% para 20% para a região da SADC o Estado perdeu 20,3
milhões de meticais (mdm) líquidos de isenções com a importação de mercadorias no valor
de 347,01 mdm. Correspondendo 17,4 mdm em direitos e 2,95 mdm em IVA.
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Dir ice iva mdm
CIF tx Valor tx valor tx valor Total
347,01 25,0% 86,8 0 0 17,0% 73,7 160,49
347,01 20,0% 69,4 0 0 17,0% 70,8 140,19
Dif 0 5,0% 17,4 0 0 0 2,95 20,300
Já no corrente ano (2007) de Março a Agosto com a redução de 25% para 20% o Estado
perdeu preliminarmente liquido de isenções 210 milhões de meticais com a importação de
mercadorias no valor de 3.606,74 mdm, correspondendo 180,3 mdm de direitos e 30,7
mdm de IVA, o equivalente a receita de uma semana em média colectada pelas Alfândegas.
A diferença proporcional nestes números deriva do facto de se tratar de uma redução geral
da tarifa máxima associado ao incremento das importações particularmente de bens de
consumo e em certa medida da assimetria de informação. Por outras palavras os detentores
e usuários (funcionários aduaneiros e despachantes) da informação aduaneira (Lei,
regulamentos e procedimentos) constituíam um grupo restrito, tendo sido aberto o
mercado por via de concurso público para licenciamento da actividade de despachante
aduaneiro no ano de 2005.
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Estes factos concorrem obviamente para a redução do peso do imposto sobre o comércio
externo no conjunto das receitas fiscais e no contributo para o PIB a preços correntes
decrescendo de 2.2% em 2000 para 1.8 em 2006.
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3.2 PROJECÇÃO 2008-2010
Pressupostos:
Os valores de 2005, 2006 e 2007 são valores efectivos sendo o de 2007,o planificado;
Uso do Modelo Comercial de Equilíbrio Parcial com recurso à classificação pautal do
SH a 8 dígitos para assegurar homogeneidade dos produtos e assumpção das
Elasticidades de oferta constantes;
O crescimento das importações derivado do aumento do rendimento e a taxa de
inflação são valores assumidos no quadro macro: 20% para as importações até 2006
e 5% para os restantes anos; e 5% em média para a inflação;
Não são consideradas importações dos Grandes Projectos, Electricidade e Isenções;
Os cenários são tratados por país de importação e por uso da preferência tendo em
conta a condicionante de certificação atendendo às regras de origem do perfil do
protocolo da SADC;
A receita do Imposto sobre o Consumo Específico sobre a Produção Nacional é
tratada em separado dado depender da capacidade de resposta face à procura
interna e internacional;
Os valores estão milhões de Meticais da nova família.
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3.2.1 Estimativa da perda de receita resultante do desarmamento pautal
Para o final de Dezembro de 2007 até finais do terceiro trimestre de 2008 está previsto para
a região da SADC a redução das taxas de direitos aduaneiros das mercadorias das categorias
B1, B21 e B22 de 20%, 7,5% e 5% para 10%, 4% e 3%, respectivamente.
No global, espera-se perder perto de 31,15 millhões de meticais sendo 26.63 de direitos e
4.53 mdm de IVA.
Com a criação da zona de comércio livre na região, no início de Janeiro de 2008, os países
membros da SADC reduzirão as tarifas e outras barreiras ao comércio nas trocas entre si,
passando 85% das mercadorias produzidas na região a circular livremente, sob condição das
regras de origem estabelecidas no protocolo comercial da SADC, cabendo a cada Estado
determinar a sua própria política tarifária nas relações comerciais com os países não
membros.
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O impacto na receita aduaneira derivado desse facto será de 57,67 mdm sendo 49,29 de
direitos e 8,38 mdm de IVA.
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SECÇÃO IV
CENÁRIOS ALTERNATIVOS DE COMPENSAÇÃO
Com efeito, prevê-se que a taxa de crescimento real do PIB esteja nos 7,0 % para o exercício
de 2008. A inflação média anual rondará nos 5,7% e a taxa de câmbio médio será de 28,24
Mtn.
No mapa fiscal, destacam-se as receitas fiscais, não só pelo peso que representam na
estrutura da receita do Estado, mas, sobretudo pela evolução que regista no presente ano.
Integram este tipo de receitas, entre outras, os impostos sobre o rendimento de pessoas
Singulares e Colectivas (IRPS e IRPC) e o IVA.
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Assim, serão desenvolvidas as seguintes acções que deverão garantir a arrecadação de mais
receitas do Estado:
Criação de mais duas lojas do contribuinte, nas zonas Centro e Norte, visando
proporcionar maior informação sobre a actividade tributária aos contribuintes, no
âmbito da Educação Fiscal;
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Fortalecimento das actividades de fiscalização, em particular e IVA, IRPS e IRPC -
incremento na realização de auditorias pré seleccionadas e redução das auditorias
abrangentes;
Reforço das medidas de execução fiscal sobre os devedores de maior prazo e dívida
mais elevada – programação de um número específico de hastas públicas;
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o Procana – produção de bio combustíveis
o Areias pesadas de Moma
o Produção de ferro a partir das areias pesadas do Chibuto
o Companhia Vale do Rio Doce Moçambique
o Construção da refinaria de petróleo em Nampula
o Shopping Maputo Center.
Existem vários projectos/propostas de lei, que estão prontos para serem submetidos à
Assembleia da República, logo no início de 2008, cujo impacto poderá significar um
incremento na arrecadação de receitas:
Imposto sobre o Consumo Específico sobre a produção nacional: aumento das taxas
incidentes na Cerveja, de 30% para 50%, e das incidentes no tabaco para 75%;
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SECÇÃO V
CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
Portanto, é fundamental:
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Adoptar medidas de alargamento da base tributária que passam pela
implementação de reformas na área dos impostos internos;
Consolidar a Administração Tributária;
Combate à evasão fiscal.
ANEXOS
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Fonte: TIMS
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Fonte: TIMS
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Fonte: TIMS
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Fonte: TIMS
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Fonte: TIMS
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Fonte: TIMS
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Fonte: TIMS
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