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O Capitulo começa com um questionamento: o objeto possui função ou funções?

Em sua forma singular abrange todos os aspectos do produto, por isso em vez de
funcionamento, vários Designer usam a palavra funcional para descrever a aparência de
um produto, independente da questão dele funcionar ou não, então o que vale, se ele
parecer ser funcional e não funcionar?

Apesar de ter vários produtos de um mesmo segmento, possuindo as mesmas


características e funções é preciso ter algo especial, algum significado e identidade para
se destacar. Antigamente, acreditava-se em um produto perfeito, porém com o passar
dos tempos, o industrialismo veio para quebrar essa ideia, estamos em constate
evolução, sempre há algo novo e melhor e é claro que isso se dá pela necessidade do
capitalismo ao incentivar a compra de mercadorias.

É o valor agregado que diferencia um produto de outro, porém para cada um, o
valor é diferente, por exemplo, uma pessoa pode gostar de um relógio porque remete
ao usado por seu avô, enquanto outro usa porque viu que seu cantor preferido
comprou, apesar do valor ser individual, existe também o valor que a marca passa,
fazendo com que seu público se interesse, usando o marketing como habilidade de
manipular a comunicação visual de valores simbólicos.

Portanto podemos afirmar que todo objeto carrega algum significado ligado a
memória e quando desconhecemos aquele produto nosso cérebro o rejeita, o que traz
algumas dificuldades para os Designer, ao fazer uma cadeira, por exemplo, o usuário ira
se identificar com aquela que traz o signo e não com uma que é totalmente diferente,
um obstáculo que podemos balancear usando da inovação, mas não deixando de lado
os princípios do objeto. Todo artefato é fruto de manipulação, para trazer seu significado
ao público, até sua forma de se comportar é diferente de acordo com o produto.

A aparência do objeto é uma das principais causas desse significado, uma criança
adora desenhos infantis, logo terá mais sucesso se apresentar essas características em
seu produto, pode ter vários significados em um produto. Agora vamos a outra
pergunta: uma cadeira que não serve para sentar, continua sendo uma cadeira? Irei
responder a essa pergunta usando o exemplo da garrafa, que continua sendo chamada
assim, apesar de suas variadas formas, matérias e cores, assim a aparência não diz tudo
sobre um produto, é preciso entender a linguagem das formas, então uma cadeira
apesar de não servir para sentar, por sua forma e aparência, continua com esse nome.
O que leva a outro problema, qual a natureza de um objeto? Ela é uma cadeira ou um
pedaço de madeira? Se existe uma peça de unicórnio de plástico tridimensional, qual a
natureza desse objeto? De plástico ou de fato, a figura impressa de um unicórnio? Não
existe uma resposta adequada para essas perguntas, para cada um há um entendimento
que difere da questão.

Já que aprendemos tão facilmente a forma de um objeto, será que também é


possível ele perder seu significado? Podemos citar como exemplo as peças antigas que
estão no museu, elas perderam seu significado, porém não quer dizer que não são
utilizados, apesar de um martelo antigo, por exemplo, ser muito diferente do atual, das
picaretas, dos machados, sua característica morfológica permanece intacta, se usa dos
artefatos antigos para poder fazer um redesign e conseguimos fazer isso com as mesmas
habilidades que as crianças possuem ao de raciocinar por meio de formas um objeto,
como na infância imaginamos rostos nas nuvens do céu. Essa semelhança, muitas vezes
ultrapassam barreiras, produtos parecidos, mas com uma funcionalidade totalmente
diferente, como isso é possível? É usado os conceitos de “moda” e “estilo”, para
justificar essa diferença.

O que podemos concluir com tudo isso é que a maioria dos seus aspectos estão
em constante transformação, apesar da sua aparência, configuração e morfologia ter
alguns aspectos constantes.

O processo de significação dos artefatos, possui quatro fatores. Cujo primeira


etapa a “materialidade”, a forma, construção, material, um objeto continua sendo ele
mesmo quebrado. Já o segundo é o “ambiente” o entorno onde o objeto se encontra,
quando muda seu contexto o artefato também se transforma. O terceiro são os
“usuários” com seus próprios gostos, sentimentos e vontades, tem o poder de
transformar e significar um objeto de uma forma totalmente diferente. Por fim, o quarto
fator é o “tempo” que esse artefato ficará no meio ambiente, claramente é o fato que
menos levamos em consideração, já que descartamos com muita rapidez os objetos.
Os objetos não morrem, mesmo que seja como lixo, eles são bastantes
resistentes, estamos a ponto de sermos soterrados pelas coisas que descartamos. É
claro que há soluções que podemos fazer como ser humano, o abito de descartar menos
e reciclar mais, mas como Designer, o ciclo de vida pode ser mais abrangente ao tomar
cuidado com a fase de projeção, existe esquemas que mostram a vida do produto,
partindo da introdução do produto no mercado e parando na hora que o produto é
descartado. Já nos gráficos produzidos por engenheiros, o ciclo é circular, prevendo
instâncias de reciclagem ou recuperação para fechar o ciclo, porém esse modelo é muito
pouco usado.

Existe assim a necessidade de projetar pensando no pós-uso, o que é um


processo desafiador mas promete revolucionar o processo de projetar. Como sabemos
que o artefato sobrevive muito tempo depois de descartado é possível chegar a alguns
princípios: a reversibilidade com matérias desmontáveis, tornando mais fácil reciclar
peças; a outra seria a durabilidade, quanto mais durar e simbolizar valores, menos as
pessoas querem descartar já que o objeto traz algum sentimento sob o usuário. Há
artefatos que são relíquias para o proprietário, por isso, eles têm a consciência que
precisam proteger e cuidar. Podemos afirmar que os desafios ainda são grandes, mas se
cada um fazer sua parte como ser humano e profissional, é possível melhorar, de uma
coisa tenho certeza, se todo objeto fosse tratado como relíquia, o mundo teria muito
menos lixos.

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