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FACULDADE SÃO TOMAZ DE AQUINO

CURSO DE ENFERMAGEM

CLAUDIA MARIA DO CARMO BISPO


DAVID ROBSON DE SANTANA LIMA

ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO E NO CONTROLE


DAS INFECÇÕES HOSPITALARES ASSOCIADA AOS
PROCEDIMENTOS INVASIVOS

SALVADOR – BAHIA
2009
CLAUDIA MARIA DO CARMO BISPO
DAVID ROBSON DE SANTANA LIMA

ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO E NO CONTROLE


DAS INFECÇÕES HOSPITALARES ASSOCIADA AOS
PROCEDIMENTOS INVASIVOS

Monografia apresentada ao Curso de


Enfermagem da Faculdade São Tomaz de
Aquino como requisito parcial para obtenção
do Título de Bacharel em Enfermagem.

Profª Orientadora: Espec. Isabela Sampaio


Arigón

SALVADOR – BAHIA
2009
CLAUDIA MARIA DO CARMO BISPO
DAVID ROBSON DE SANTANA LIMA

ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO E NO CONTROLE


DAS INFECÇÕES HOSPITALARES ASSOCIADA AOS
PROCEDIMENTOS INVASIVOS

Monografia apresentada à Comissão Examinadora designada pelo Curso de


Enfermagem da Faculdade São Tomaz de Aquino para obtenção do título de
Bacharel em Enfermagem.
Salvador, 06 de Agosto de 2009

BANCA EXAMINADORA

Profº. Espc. Ricardo Fraga


Faculdade São Tomaz de Aquino
Assinatura:________________________________________________

Profº. Espc. Isabela Sampaio Arigón


Faculdade São Tomaz de Aquino
Assinatura:________________________________________________

Profº. Espc. Gilmara


Faculdade São Tomaz de Aquino
Assinatura:________________________________________________
AGRADECIMENTOS

Agradecemos primeiro à Deus,


O Senhor de todas as coisas.
E aos nossos pais pelo incentivo,
paciência e compreensão.
DEDICATÓRIA

Dedicamos este trabalho a todos os Profissionais de Enfermagem,


pela luta e pela dedicação para com a vida alheia
O segredo de progredir é começar.
O segredo de começar é dividir
as tarefas árduas e complicadas
em tarefas pequenas e fáceis de executar,
e depois começar pela primeira.

(Mark Twain)
RESUMO

A infecção hospitalar é uma das questões relevantes da problemática situação que


se encontram os hospitais brasileiros. Dos procedimentos hospitalares, os métodos
invasivos são os que mais aumentam os índices de infecções hospitalares quando
não atendem às técnicas recomendadas para a sua realização. Diante disso, é que
essa pesquisa teve como objetivo caracterizar a prática dos profissionais de
enfermagem no que se refere à prevenção e controle das infecções hospitalares
associada aos procedimentos invasivos nas UTI’s e os cuidados que devem ser
tomados para diminuir o índice de tais infecções. A metodologia empregada para a
realização desse estudo foi pesquisa bibliográfica, pois esta abrangeu a leitura,
análise e interpretação de livros, periódicos, textos legais, documentos
mimeografados ou xerocopiados, acerca do assuntro abordado. Percebeu-se que os
profissionais de Enfermagem são preocupados com os riscos de o paciente adquirir
IH, a assistência de Enfermagem é organizada, bem estruturada, com rotinas bem
definidas. Contudo, em sua prática, ferem muitos princípios de prevenção e controle
das IH, expondo o paciente a elas. As principais falhas dizem respeito à lavagem
das mãos e uso de luvas, ou feitos inadequadamente ou não feitos. Assim, os altos
índices de IH refletem a necessidade de uma atenção diferenciada para essa
problemática, principalmente em relação ao aspecto técnico da realização dos
procedimentos invasivos específicos da equipe de Enfermagem. Percebeu-se como
conclusão deste estudo que, os profissionais de Enfermagem se preocupados com
os riscos de o paciente adquirir a Infecção Hospitalar a partir de métodos invasivos
nas UTI’s, para isso tal assistência é bem organizada, e estruturada atuando com
rotinas definidas.

Palavras-chave: Infecção Hospitalar. Métodos invasivos. Profissionais de


Enfermagem. Unidade de Terapia Intensiva.
ABSTRACT

It is observed that, the hospital infection is one of the excellent questions of the
problematic situation that if finds the hospitals Brazilian. Of the hospital procedures,
the invasive methods are the ones that more increase the indices of hospital
infections when they do not take care of to the techniques recommended for its
accomplishment (ZANON, 1987). The invasive methods are procedures that take the
patients to be vulnerable, therefore breach natural barriers, penetrating in socket of
the organism. Ahead of this, it is that this research had as objective to characterize
practical of the professionals of nursing as for the prevention and the control of the
hospital infections associate to the invasive procedures in UTI' s and the cares that
must be taken to diminish the index of such infections. The methodology used for the
accomplishment of this study was bibliographical research, therefore this enclosed
the reading, analysis and legal interpretation of books, periodic, texts,
mimeografados documents or xerocopiados, concerning assuntro boarded. (GIL,
1991). As result perceived that the professionals of Nursing are worried about the
risks of the patient to acquire IH, the assistance of Nursing is organized,
structuralized well, with well defined routines. However, in practical its, they wound
many principles of prevention and control of the IH, displaying the patient they. The
main imperfections say respect to the laudering of the hands and use of gloves, or
made inadequately or not made. Thus, the high indices of IH reflect the necessity of
an attention differentiated for this problematic one, mainly in relation to the aspect
technician of the accomplishment of the specific invasive procedures of the team of
Nursing. It was perceived as conclusion of this study that, the professionals of
Nursing if worried about the risks of the patient to acquire the Hospital Infection from
methods invasive in UTI' s, for this such assistance well is organized, and
structuralized acting with definite routines.

Keywords: Hospital infection. Invasive methods. Professionals of Nursing. Unit


Intensive Care.
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO....................................................................................................10

2 A INFECÇÃO HOSPITALAR – NOÇÕES GERAIS............................................12

2.1 ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DA INFECÇÃO......................................16

2.2 VIAS DE TRANSMISSÃO.............................................................................17

2.3 TIPOS DE INFECÇÕES HOSPITALARES...................................................17

3 OS MÉTODOS INVASIVOS E AS INFECÇÕES

HOSPITALARES NAS UTI’S.................................................................................19

3.1 PREVENÇÃO DA INFECÇÃO HOSPITALAR..............................................22

3.2 ATUAÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM...............................................22

3.3 PROCEDIMENTOS INVASIVOS, NORMAS E ATUAÇÃO

DA ENFERMAGEM........................................................................................26

3.3.1 PRINCÍPIOS QUE REGEM A PREVENÇÃO E CONTROLE

DAS INFECÇÕES HOSPITALARES.............................................................32

4 METODOLOGIA ................................................................................................33

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS...............................................................................34

REFERÊNCIAS.....................................................................................................36
1 INTRODUÇÃO

Infecção hospitalar é aquela adquirida durante a hospitalização e que o


paciente não apresenta em período de incubação ou quando da sua admissão ao
hospital. No geral, elas surgem depois de 48 a 72 horas de internação. (ZANON,
1987).

O acontecimento de uma infecção hospitalar não sugere basicamente, que o


hospital ou a equipe tenha cometido um erro nos procedimentos de assistência ao
paciente. A culpabilidade da equipe no que se refere à infecção acontece quando
fica demonstrado que a equipe atuou com descuido no tratamento do paciente.

A utilização imprópria e generalizada de procedimentos invasivos


diagnósticos e terapêuticos e drogas antimicrobianas em pacientes hospitalizado
acompanhados dos altos custos provenientes do diagnóstico, tratamento e dos
problemas do índice de tolerância e alto índice de mortalidade por infecção, tem
agravado a problemática das infecções hospitalares. Diante desse quadro e da
negligência existente nos hospitais brasileiros, relacionada às ações de prevenção e
controle de Infecção, o Ministério da Saúde, em 1983 definiu um dispositivo legal e
publicou a Portaria 196, que obriga os Hospitais a criarem Comissões de Controle
de Infecção Hospitalar (CCIH), com a participação de uma equipe multiprofissional.
(BRASIL, PORTARIA 196; FURTADO, 1989; PEREIRA, 1988; STARLING, 1993).

Em outros países como os Estados Unidos a incidência da Infecção


Hospitalar abrange em torno de 3,5 a 15% dos pacientes hospitalizados, estudos
atuais da OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde) divulgam que nos
hospitais latino-americanos a infecção hospitalar oscila de 5 a 70%. (AYLIFE, et al,
1999).

No Brasil, a infecção hospitalar alcança atualmente uma importância médico-


social ampla, uma vez que se calcula que seja a quarta causa de morte, perdendo
apenas para as cardiopatias, gastroenterites e neoplasias em geral. A infecção
hospitalar é no Brasil uma carga para a sociedade por causa da grande quantidade
dos hospitais, à sofisticação da medicina, ao processo no campo dos antibióticos, ao
número excessivo de leitos em um só local, as salas de cirurgias não isoladas e ao
tráfego intenso de doentes, profissionais e visitantes. (ZANON, 1987).

Nesse sentido, afirma-se que a infecção hospitalar, além de gerar uma


problemática ética e legal suscita prejuízos aos pacientes, pois aumenta a sua
permanência no hospital, o seu estado emocional é alterado, levando-o a um
rompimento da sua dinâmica social; à instituição, pois passa a existir um aumento
de dias de internação do paciente, aumentando a utilização de terapêutica
medicamentosa, e o custo com a alimentação; à sociedade, por causa da diminuição
do número de leitos hospitalares disponíveis, da não produtividade do indivíduo
doente, e do aumento do custo hospitalar.

A motivação para a escolha desse tema é por entender a grande relevância


no controle da infecção hospitalar, pois sem este controle observa-se um sério
problema, acarretando uma maior taxa de mortalidade e letalidade, como também
maior custo com maior tempo de hospitalização. Para as universidades é de vital
importância preparar o profissional de saúde, para que ele esteja qualificado e
consciente da necessidade dos cuidados na sua atuação profissional a fim de
eliminar todas as facilidades de promoção de infecção hospitalar.

Buscou-se como problema de pesquisa: de que forma o enfermeiro pode


atuar na prevenção e controle de infecções hospitalares em procedimentos invasivos
na UTI ?

Este estudo teve como objetivo caracterizar a prática dos profissionais de


enfermagem no que se refere à prevenção e controle das infecções hospitalares
associada aos procedimentos invasivos nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI).

Para a obtenção dos dados necessários para esse estudo surgiu a


necessidade de uma pesquisa bibliográfica, pois esta, abrange a leitura, análise e
interpretação de livros, periódicos, textos legais, documentos mimeografados ou
xerocopiados, acerca do assuntro abordado (GIL, 1991).
2 A INFECÇÃO HOSPITALAR – NOÇÕES GERAIS

A infecção é uma enfermidade que engloba microrganismos (bactérias,


fungos, vírus e protozoários). No início acontece a penetração do agente infeccioso
(microrganismos) no corpo do hospedeiro (ser humano) existindo a partir de então a
multiplicação dos microrganismos, com conseqüente apresentação de sinais e
sintomas, que podem ser representados através de febre, dor no local afetado,
alteração de exames laboratoriais, debilidade, etc. As infecções podem acontecer
em diversas localizações do corpo do indivíduo, ou disseminar-se pela corrente
sangüínea (BOLICK, 2000).

A infecção hospitalar é uma síndrome infecciosa que o indivíduo adquire


depois da sua hospitalização ou realização de procedimento ambulatorial. Dentre os
procedimentos ambulatoriais mais comuns que levam a uma infecção hospitalar
estão: cateterismo cardíaco, exames radiológicos com utilização de contraste,
retirada de pequenas lesões da pele, e retirados de nódulos da mama.

Andrade (2000, p. 51), em relação à infecção hospitalar observa que:

A infecção hospitalar é toda patologia infecciosa contraída no


hospital, devido a microorganismos reconhecíveis clínica e
microbiologicamente, e que afeta o paciente hospitalar, ou em
tratamento ambulatorial, assim como a patologia contraída pelo
pessoal de saúde devido à sua atividade e independentemente dos
sintomas se revelarem ou não durante a estada no hospital.

Esse tipo de infecção é considerado uma doença grave, que apresenta um


tratamento difícil. Ela é causada por bactérias que se desenvolvem dentro do
hospital, e que, por isso, são mais resistentes aos tratamentos. Embora tenha cura,
ela é um tipo de enfermidade que leva a uma série de medidas para preveni-la,
incluindo desde o treinamento das equipes de profissionais de saúde e técnicos que
estão em contato direto e indireto com os doentes, até cuidados rigorosos por parte
dos visitantes que vão aos hospitais levar conforto aos seus doentes.
Essa enfermidade surgiu praticamente junto com os hospitais. No passado, os
médicos não sabiam nada sobre a importância de se manterem hábitos de higiene, e
eles próprios eram responsáveis pela transmissão de inúmeras doenças entre seus
pacientes internados. Somente no século XIX foi que compreendeu-se que o simples
ato de lavar as mãos entre o atendimento a um paciente e outro poderia diminuir,
significativamente, o número de doenças nos hospitais.

De acordo com a Portaria 196 de 24 de junho de 1983 do Ministério da


Saúde, infecção hospitalar é definida como, "qualquer infecção adquirida após a
internação do paciente e que se manifesta durante a internação ou mesmo após a
alta, quando tiver relacionada com a hospitalização". (BRASIL, PORTARIA 196;
FURTADO, 1989; PEREIRA, 1988; STARLING, 1993).

A questão da Infecção Hospitalar no Brasil é considerada grave quando


720.000 pessoas são infectadas em hospitais brasileiros por ano, e dessas,
144.000, ou seja, 20% morrem. Esta situação se agrava se for considerado que no
Brasil o índice de tolerância gira em torno de 6%, o que significa triplicar o
percentual de tolerância da Organização Mundial de Saúde (OMS) que é de 2%.
Esta situação agrava a problemática dos hospitais brasileiros, quando o custo do
paciente com Infecção hospitalar é três vezes maior (PEREIRA; MORITA, 1998).

Os fatores que levam o paciente adquirir uma infecção hospitalar são: os


intrínsecos ao próprio paciente, à agressão diagnóstica e terapêutica e ao ambiente
hospitalar.

Como fatores inerentes ao próprio paciente têm-se: a idade, sendo que, as


pessoas que estão mais suscetíveis a esse tipo de infecção, são os idosos e as
crianças (principalmente os prematuros). Outro fator inerente é o fumo, isso porque,
ele diminui as defesas respiratórias, a malformação congênita, onde as
meningomieloceles favorecem a instalação de meningites, as anomalias do trato
urinário, que levam às infecções urinárias e de outros tipos; as lesões cutâneas, que
permitem a penetração dos microrganismos por quebra da barreira e de proteção da
pele; a desnutrição, que é um fator importante, de causa predisponente porque
provoca alteração da flora intestinal, diminuição da resistência tecidual etc.; a
obesidade, que tem o fluxo sanguíneo diminuído no tecido adiposo, provocando
sobrecarga de todos os sistemas; a diabetes, que provoca absorção inadequada de
medicamentos administrativos por via I.M., e, dificuldade de cicatrização devido à
acidose, que diminui a proliferação dos fibroblastos, as viroses respiratórias onde a
gripe predispõe o paciente a pneumonias, a insuficiência cardíaca, insuficiência
renal, hipotensão, choque e coma, essas alterações tendem à infecção. (PEREIRA;
MORITA, 1998).

Outros fatores inerentes à agressão diagnóstica e terapêutica são: a presença


de terapêutica respiratória e anestésica, nebulização inalação, aspiração
endotraqueal, traqueostomia, intubação, ventilação assistida, a realização de
exames como a biópsia e a laparoscopia, a administração de medicamentos como
antibióticos, corticosteróides, citostáticos vasopressores, soluções hipertônicas,
solução de aminoácidos, NPP (Nutrição Parenteral Prolongada), venóclise em geral,
a transfusão sanguínea e derivados, realização de punções arteriais, venosas e
raquianas, a presença de cateteres nos vasos (dissecções arteriais e venosas), a
passagem de sonda vesical, a existência de próteses vasculares e cardíacas, a
realização de cirurgias na qual a incidência de infecção no pós-operatório aumenta
de acordo com o grau de contaminação bacteriana da cirurgia que pode ser: limpa,
Potencialmente contaminada ou infectada, o local a operação na qual o risco nas
abdominais é maior do que nas torácicas, o tamanho da ferida operatória, a duração
da cirurgia, a intercorrência no ato cirúrgico, as falhas de técnicas cirúrgicas que
ocorre devido ao desbridamento inadequado, manipulação grosseira dos tecidos,
hemostasia incompleta, distúrbio do suprimento sanguíneo local, quebra da técnica
asséptica, sutura sob tensão, espaços mortos anatômicos, (permitindo o
desenvolvimento de hematomas e seromas),drenagem inadequada(COUTO, 1999).

O terceiro fator inerente ao ambiente hospitalar, são: o ambiente poluído de


antibióticos e quimioterápicos que selecionam as espécies multirresistentes, a
existência de microrganismos mais resistentes e virulentos que contaminam artigos
e áreas hospitalares (medicamentos, soluções germicidas, alimento, móveis, etc.) e
infectam paciente susceptível, a existência de hospedeiros susceptíveis que
possuem folhas nos mecanismos de defesa e sofrem agressões diagnósticas e/ou
terapêuticas, as modificações da flora endógena normal do paciente, pois ao ser
destruída pelos antibióticos, ela será substituída pela flora hospitalar, que é mais
patogênica e resistente, o aumento do número de pessoas lidando com o mesmo
paciente e circulando nas dependências hospitalares, o aumento da circulação de
pacientes dentro do hospital, o pessoal auxiliar não preparado para atuar no controle
e prevenção da infecção, a planta física inadequada como a falta de pias nas
enfermarias, sala de medicação próxima ao banheiro etc. e o número de lixos
excessivos na enfermaria (FERNANDES, 2000).

As infecções podem ser classificadas, segundo Oliveira (1998), em 03 (três)


categorias de acordo com a época do início da infecção em relação à admissão do
paciente no hospital. A primeira diz respeito às infecções já existentes por ocasião
da admissão. As mesmas são clinicamente aparentes, ou na fase de incubação ou
ainda, no estado de portador (ou latente). Nestas situações, os microrganismos
podem causar doenças no paciente ou serem transmitidos a outras pessoas do
hospital.

A segunda caracteriza as infecções que se manifestam durante a


hospitalização, com diagnóstico confirmado por exames clínicos e de laboratórios.
Nesta categoria a contaminação pode se dar através de fontes endógenas
(provenientes da flora normal) ou exógena (originadas de fontes externas).

A terceira categoria é concernente às infecções que se manifestam após a


alta do paciente. Algumas infecções só se tornam clinicamente aparentes após a
alta hospitalar contribuindo, desta forma, para prolongar a morbidade do doente,
além do alastramento pela comunidade.

Os autores também destacam que o alastramento da infecção hospitalar pode


não ser evitado devido à demora na identificação do problema. Os fatores que
influenciam a infecção, compreendendo pessoas, alimentos, animais, artrópodes e
fômites contaminados por microrganismos infecciosos; o agente infeccioso
(etiológico); a via de transmissão, a susceptibilidade do hospedeiro e o meio
ambiente.

O hospital é o local mais propício para a aquisição de infecções devido a alta


população de espécies virulentas de microrganismos que habitam e se desenvolvem
neste ambiente. Por este motivo, muitas bactérias tornam-se resistentes aos
antibióticos, fazendo com que o tratamento seja bastante difícil.
Segundo a Organização Mundial de Saúde - OMS (1983), infecção hospitalar
é qualquer infecção adquirida após a admissão do paciente, que se manifeste
durante a internação, ou mesmo após a alta, quando puder ser relacionada à
hospitalização (BRASIL, 1997).

Para Mezzomo (1984), a infecção hospitalar é a infecção adquirida através da


transmissão de agentes patogênicos contidos nas partículas em suspensão no ar
(aerossóis).

Já Bolick (2000), conceitua infecção hospitalar como um processo infeccioso


que não estava presente ou evidente na ocasião em que o paciente foi internado no
hospital ou na instituição de assistência à saúde.

2.1 ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DA INFECÇÃO HOSPITALAR

De acordo com Starling (1993), do ponto de vista epidemiológico, devem ser


consideradas duas hipóteses etiológicas concernentes à infecção hospitalar:
exposição e susceptibilidade. Estão proposições estão inter-relacionadas.

A exposição implica não apenas o contato com o paciente, mas também com
o pessoal do hospital, visitantes ou ainda entre pacientes, alimentos, água, roupas e
demais instalações do hospital, como copas, lavanderia etc. A necessidade de
locomoção do paciente para áreas diversas, com a finalidade de submeter-se a
exames complementares, possibilita seu contato com funcionários, ampliando as
possibilidades de adquirir uma infecção hospitalar.

A susceptibilidade aumentada, no hospedeiro, desempenha papel relevante


na promoção de infecção nosocomial. Formam-se grupos, como, aqueles com
deficiência de imunidade celular ou humoral; aqueles em que estão comprometidas
as barreiras físicas contra a invasão de agentes patogênicos; aqueles que estão
recebendo drogas capazes de induzir anormalidades nos mecanismos normais de
defesa. (STARLING, 1993).
2.2 VIAS DE TRANSMISSÃO

De acordo com Fernandes (2000), pode dar-se o contato direto (pessoa a


pessoa) ou indireto (pessoa-objeto inanimado-pessoa), dependendo do agente.

A via direta acha se envolvida muito freqüentemente e pode se processar das


seguintes maneiras: contato manual, através de qualquer dos elementos da equipe
de saúde, bem como pela disseminação de gotículas infectadas, como resultado de
espirros, tosse ou mesmo de conservação (FERNANDES, 2000).

A via indireta envolve a disseminação de organismos, a partir de uma fonte de


contágio a um receptor, através da contaminação de água, alimentos, roupas,
nebulizadores, equipamentos vários, soluções, sangue e derivados (FERNANDES,
2000).

A transmissão por via aérea tem sido muito valorizada, contudo, é preciso
uma análise mais detalhada de seu papel. Partículas que variam de tamanho de 5 a
100micra podem permanecer em suspensão por um tempo mais ou menos longo,
caindo depois ao solo e misturando-se à poeira, sendo posteriormente suspensas
pelas correntes de ar ou trânsito (FURTADO, 1989).

A poeira hospitalar é constituída em sua maioria, por partículas que medem


de 10 à 150 micra e seu papel na transição de infecções hospitalares é indireto,
através da contaminação dos fômites.

2.3 TIPOS DE INFECÇÕES HOSPITALARES

Segundo Oliveira (et al,1998), os tecidos e os sistemas orgânicos que são


naturalmente locais de infecção hospitalar causados por microrganismos
hospitalares são: urinário, respiratório, ferida e sangue.
A ferida operatória é qualquer ferida cirúrgica que elimine secreção purulenta
com ou sem cultura positiva. Classificam-se as cirúrgicas em: limpas que são
realizados na ausência de processo infeccioso local, em condições ideais de sala de
cirurgia, em tecidos de fácil descontaminação, as potencialmente contaminadas que
são realizadas na ausência de supuração local, em tecidos de difícil
descontaminação ( conjuntiva ocular,devido externo, duodeno,vesícula biliar,uretra e
útero), os contaminados que são realizados na ausência de supuração local, em
feridas traumáticas recentes, em tecidos ricos em flora bacteriana residente e de
difícil descontaminação (cavidade bucal, glândulas salivares, trato respiratório alto,
cólon, reto, ânus, vulva e vagina) e os infectados que são realizados em qualquer
tecido com presença de supuração local, feridas traumáticas sujas, úlcera
perfuradas (OLIVEIRA et al, 1998).

Na infecção urinária a sonda favorece a infecção por ser uma via de cesso o
microrganismo, e causa ulceração e inflamação na mucosa uretral e vesical. A sua
incidência é diretamente proporcional a freqüência da sondagem vesical, tempo de
permanência do cateter e tipo de sistema coletor de urina.

Na infecção Broncopulmonar a penetração dos agentes infecciosos no trato


pulmonar ocorre através da inalação de partículas contaminadas e,
esporadicamente, pela via hematogênica. As causas que predispõem os pacientes a
desenvolverem este tipo de infecção são: patologia de base, quadro de coma,
hipotensão, acidose, azotemia (elevação da uréia e creatinina), hipoventilação,
imobilidade e diminuição do reflexo da tosse, traqueostomia, intubação, nebulização,
sedação, ventilação assistida, anestesia geral (FURTADO, 1989).

A bacteremia representa a grande quantidade de germes veiculados pelo


sangue, sendo introduzidos na corrente circulatória: pelas funções arteriais e
venosas, na coleta de sangue para exame ou como via de administração de drogas,
pelos cateteres nos vasos: flebotomia, cateter arterial e venoso, arteriografia,
cateterismo cardíaco, pela introdução de medicamentos contaminados e pela
hemodiálise (OLIVEIRA, et al,1998).

Os surtos de gastroentrites são associados a patologia de base : retocolites


ulcerativas, enterocolites, obstrução intestinal, tumores, necrose de alça intestinal ,
diminuição de peristaltismo intestinal devido a anestesia, imobilidade prolongada,
tipo de alimentação,etc., proliferação dos microrganismos devido a diminuição da
acidez gástrica provocada pela ingestão de antiácidos, aspiração e drenagem do
suco gástrico, lavagem gástrica, antibioticoterapia por destruição da flora intestinal
normal, ingestão de alimentos contaminados, presença de colostomias, ileostomias
e jejunostomias, que são portas de entrada aos microrganismos e lavagens
intestinais freqüentes que alteram a flora intestinal normal e irritam a mucosa
intestinal (ZANON, 1987).

3 OS MÉTODOS INVASIVOS E AS INFECÇÕES HOSPITALARES


NAS UTI’S

Na atualidade é surpreendente o número de recursos tecnológicos


disponíveis na medicina para conclusões diagnósticas ou realização de
procedimentos terapêuticos. Estes avanços possibilitaram a criação de um vasto
número de equipamentos, dispositivos e materiais imprescindíveis para um
tratamento seguro e assistência adequada. Dessa forma, é também grande e
variado o número de procedimentos invasivos em uso, o que justifica que continuem
sendo alvo de atenção dos profissionais de saúde comprometidos com o controle
das infecções hospitalares (ZANON, 1987).

Esses recursos são os procedimentos invasivos que provocam o rompimento


das barreiras naturais ou penetram em cavidades do organismo e verifica-se que
hoje, dificilmente, um paciente hospitalizado não experimente um destes, por mais
simples que seja (ZANON, 1987).

Alguns procedimentos invasivos realizados no cotidiano, com finalidades


diagnosticas ou terapêuticas, podem ocasionar a infecção secundária, tais como:
sondagem e intubação através de orifícios naturais, procedimentos endoscópicos
através de incisões, punções e drenagens através de cavidades serosas, punções e
drenagens de cistos, coleções líquidas e canais viscerais, punções de tumores
sólidos, cateterismo de trajetos fistulosos, cateterismo vascular e pequenas cirurgias.

A infecção secundária a procedimento invasivo é proveniente, na maioria dos


casos, de erros técnicos na execução do ato. Entretanto, a infecção pode ocorrer em
virtude da quebra de barreira introduzida pelo procedimento ou da própria doença de
base do paciente. Por essa razão, o controle deve estender-se à indicação do
procedimento, realização do mesmo e manutenção dos dispositivos, no caso de
sondas e cateteres (CAVALCANTE, 2000).

Os procedimentos invasivos, por abrirem vias de acesso nos tecidos estéreis


do organismo, tornam-se causas de infecção hospitalar, dependendo dos cuidados
de assepsia e anti-sepsia tomados para o procedimento e o estado geral do paciente
(ZANON, 1987).

Os principais procedimentos de invasão às barreiras naturais desenvolvidas


pelos profissionais da Enfermagem são: o cateterismo vesical, a punção venosa
periférica, a sondagem nasogástrica, a aspiração endotraqueal e aspiração traqueal.
Dentre estes, destaca-se o cateterismo vesical que é um dos procedimentos
invasivos realizados no hospital, que mais contribui para o desenvolvimento de
infecção, dependendo da técnica, da duração da cateterização e do sistema de
drenagem empregado (CAVALCANTE, 2000).

Observou-se com freqüência que, após a realização de um procedimento


invasivo, seguem-se casos de infecção associada. Desta forma, evidencia-se que a
sua indicação deva ser muito criteriosa, seja ela diagnóstica ou terapêutica,
principalmente nos casos de imunodeprimidos e crianças, especialmente os recém-
nascidos (ZANON, 1987).

A realização do procedimento deve seguir padronização estabelecida pela


comissão de controle de infecção hospitalar e ser praticada por profissional
habilitado e de grande experiência. Este procedimento por ser invasivo apresentar
riscos, sendo de fundamental importância na terapêutica e em muitos casos
essencial para: prevenir traumas maiores, fazer a manutenção da vida; salvar vidas.
Principalmente em casos críticos de pacientes em UTI ( ZANON,1987).
A manutenção de sondas e cateteres também deve obedecer estritamente a
padronização relativa a prazos de permanência, trocas, curativos e cuidados de
assepsia. Em hospitais do primeiro mundo existem equipes multiprofissionais
exclusivas para a manutenção de cateteres.

Os índices de infecção hospitalar nas UTIs tendem a ser maior do que


aqueles encontrados nos demais setores do hospital, devido à gravidade das
patologias de base, aos procedimentos invasivos utilizados ao longo do tempo de
internação e ao comprometimento imunológico, que tornam os pacientes mais
susceptíveis à aquisição de infecções. Pneumonias hospitalares ocasionadas por
bactérias multirresistentes em pacientes sob ventilação mecânica, infecções do trato
urinário, infecções de sítio cirúrgico e de tecidos moles têm sido as mais
freqüentemente diagnosticadas em UTIs (CAVALCANTE, 2000).

A infecção é manifestação freqüente no paciente grave, internado na Unidade


de Terapia Intensiva. O paciente pode ter infecção de origem comunitária, isto é, já
presente ou incubada na época da admissão hospitalar, ou nosocomial, definida
pelo aparecimento após quarenta e oito (48) horas de internação.

As infecções nosocomiais podem ainda ser consideradas precoces, quando


surgem nas primeiras noventa e seis (96) horas de internação, ou tardias, quando,
geralmente, está envolvido um processo de colonização microbiana por patógenos
hospitalares. Cerca de 5% dos pacientes hospitalizados nos Estados Unidos (USA)
adquirem infecções nosocomiais, variando com as características do hospital e o
tipo de serviço. Grandes hospitais universitários têm mais infecção do que pequenos
hospitais não universitários, principalmente nos serviços cirúrgicos (SEGRETTI,
1989). As infecções mais freqüentes são urinárias (35 a 45%), feridas cirúrgicas e
pneumonias (10 a 25%) (COUTO, 1999).
3.1 PREVENÇÃO DA INFECÇÃO HOSPITALAR

Segundo Ayliffe et al (1998), a responsabilidade do hospital na prevenção e


controle de infecções estende-se aos seus pacientes, pessoais e visitantes. Desta
forma, é necessário enfatizar o papel que cada um pode vir a representar para
contribuir com o controle da infecção hospitalar. Quanto aos visitantes, eles
precisam aceitar e obedecer às normas ditadas pelos hospitais. Para isso, eles
devem ter consciência da extensão do problema e os riscos que as visitas
representam para os doentes internados e para si próprios.

A fim de fornecer diretrizes aos hospitais para cumprir essas


responsabilidades, o Ministério da Saúde, através da Portaria 2.616/98,
regulamentou as ações de controle e prevenção de infecção hospitalar no Brasil,
utilizando-se do Programa de Controle de Infecções Hospitalares (PCIH) (AYLIFFE
et al,1998).

3.2 ATUAÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM

As idéias desenvolvidas a seguir foram baseadas nas contribuições de


OLIVEIRA et al (1998). A equipe de enfermagem deve atuar no controle das
infecções hospitalares observando técnicas assépticas gerais: Utilizar materiais
esterilizados nos procedimentos invasivos e na realização de curativos, observando
técnicas assépticas na execução das técnicas de enfermagem, lavar as mãos antes
de comer, de iniciar o trabalho e do procedimento asséptico, quando as mãos
estiverem sujas, após atender cada paciente sair do toalete, assoar ou limpar o
nariz, sair de área de isolamento, manipular material contaminado e sujo, ao termino
do serviço.
Ter cuidado no manuseio de roupas sujas colocando-as em hamper (saco de
tecido com suporte) não tocá-las nos uniformes, os cobertores devem ser de uso
individual e lavados após alta do paciente e a cada 3 ( três ) semanas ( de
preferência semanalmente) , não colocar roupas de um paciente no leito de outro
paciente, não sentar nos leitos dos pacientes, forrar colchões e travesseiros com
material impermeável afim de facilitar a limpeza e dificultar a contaminação, não
contaminar roupas hospitalares guardando-as em armários limpos e fechados, não
levando-as em excesso para as enfermarias, não as colocando em superfícies
contaminadas, sujas, úmidas, não usando roupas de cama colocadas no leito de
outro paciente, isolar os pacientes infectados ou com suspeita, orientar e
supervisionar os pacientes sobre os cuidados de higiene e assepsia.

Classificar os artigos segundo o risco potencial de transmissão de infecções:


Os critérios são os que penetram nos tecidos sub-epiteliais, no sistema vascular e
em qualquer órgãos; sendo de microrganismo como pôr exemplo: instrumentos
cirúrgicos, soluções infectavam e roupas utilizadas nos atos cirúrgicos e nas
unidades de alto risco,os semicríticos que são que entram em contato com mucosas
integra como, por exemplo: equipamento de anestesia gasosa, equipamento de
assistência ventilatória, sondas vesicais, coletores traqueais e nasogástrico,
endoscópio, termômetros, medicamentos orais e inaláveis, pratos, talheres,
alimentos; os não- críticos que são os que entram em contato com a pele integra ou
os que não entram em contato direto com os pacientes, roupa de cama,
equipamento sanitário, mobiliário (MEZZOMO, 1984).

Procedimento de enfermagem: esterilizar os artigos críticos, obedecendo aos


princípios de assepsia ao manuseá-los e á data de validade, manter utensílios
alimentares e alimentos, os mais possíveis isentos de germes, esterilizar os artigos
semi-criticos, e na sua impossibilidade, desinfetá-los, manter artigos não críticos
limpos e desinfetá-los, conservar limpos e desinfetados todas as áreas e que o
paciente tem acesso, o banco de sangue, a cozinha e o lavatório. (OLIVEIRA et al,
1998).

Considerar a equipe cirúrgica a fonte mais freqüente de contaminação da


ferida cirúrgica devendo-se em relação ao ambiente do centro cirúrgico: manter
limpas e desinfetadas todas as dependências, restringir o numero de pessoas
circulando, utilizar roupas, propé (cobertura para os sapatos), gorro e mascara de
uso exclusivo do centro cirúrgico, esterilizar os artigos críticos e semi-críticos,
obedecendo aos princípios de assepsia ao manuseá-los, desinfetar os artigos semi-
críticos que não possa ser esterilizados, adequar a planta física de tal forma que
possibilite a manutenção de áreas limpas e desinfetadas, da esterilidade dos
materiais e da não contaminação de materiais desinfetados; em relação á equipe
cirúrgica: restringir a entrada e saída de pessoas da sala de operação durante o ato
cirúrgico, escovar as mãos e antebraço com escova esterilizados embebida em
sabão e desinfetante, enxaguar em água corrente e passar solução antissépticas e
usar avental e luvas esterilizadas; em relação ao centro de material: esterilizar e
desinfetar os materiais de acordo com as normas de funcionamento das autoclaves
e estufas, e de acordo com as recomendações sobre o uso dos agentes químicos,
obedecer aos princípios de esterilização e desinfecção de materiais, controlar a
qualidade e integridade dos materiais a serem esterilizados ou desinfetados, fazer
periodicamente testes de controle de esterilidade dos materiais(PEREIRA, 1998).

Evitar contaminação da ferida cirúrgica: descontaminação pré-operatória da


pele através de banho corporal, de preferência de chuveiro, com solução detergente
de PVP-I a 10%, clorohexidina 4% ou hexaclorofeno 3%, tricotomia no máximo 2
horas antes da cirurgia (mas não SO), por e acelerar o desenvolvimento de
micoorganismos presentes na pele. Fazê-los apenas nos casos em que os pêlos
visualização do campo, degermação do campo operatório no máximo 2 horas antes
da cirurgia, anti-sepsia da área operatória com álcool iodado a 2% ou outro anti-
séptico; na hospitalização pré-operatória quando maior o tempo de hospitalização
antes da cirurgia, maior a possibilidade de infecção pós-operatória, na realização de
curativos observar técnicas de curativos, iniciar palas incisões limpas e fechadas,
cuidar dos curativos de feridas abertas não infectadas e, por ultimo, as colostomias e
fístulas em geral, colocar açúcar após a limpeza das feridas abertas e infectadas,
remover curativos úmidos e roupas de cama suja com secreção da ferida quantas
vezes for necessário, inspecionar sinais de infecções da ferida operatória, colher
amostra para bacterioscopia e cultura de secreções de ferida que se suspeite estar
infectada, manter drenagem por sucção fechada de secreções de feridas não
infectada, evitar uso de carrinho de curativo, levar para enfermaria somente o
material necessário, em bandeja, os frascos de anti-sépticos devem ser, de
preferência, individuais (SMELTZER e BARE, 2000).
Prevenir infecções urinárias: passar a sonda vesical somente quando
necessário para o alivio de obstrução anatômica ou fisiológica prolongada, facilitar
reparo cirúrgico da uretra ou órgãos adjacentes, medição exata do débito urinário,
fazer a sondagem vesical com técnica adequada, obedecendo aos princípios de
assepsia e não traumatizando a uretra, utilizar coletor fechado estéril,
desconectando apenas quando houver suspeita de obstrução, manter bolsa de
coleta em nível inferior ao da bexiga para evitar retorno, esvaziar a bolsa coletora a
cada 8 horas e sempre que necessário, não se deve contaminar a torneira de
descarga, fazer a higiene interna e passar anti-séptico no local duas vezes por dia,
evitar cálculos urinários e sedimentos através de mudança de decúbito (para
mobilizar a bexiga) e hidratação (quando não houver contra-indicação) (OLIVEIRA,
et al,1998).

Prevenir infecção respiratória: Em pacientes traqueostomizados devem-se


utilizar técnicas correta da aspiração endotraqueal, passar PVP-I, diariamente, na
pele, em volta da cânula, manter limpa e desobstruída as cânulas internas, trocar a
cânula externa e a de plástico sempre que necessário, recomenda-se trocar
diariamente a cânula metálica interna, da traqueotomia, com nebulização e
ventilação respiratória deve-se utilizar frascos estéreis na terapia respiratória, os
frascos de sucção do aspirador devem ser esvaziados sempre que necessário ou
rotineiramente, duas vezes por dia. A tubulação e o frasco de sucção devem ser
substituídos diariamente, trocar as conexões a cada 24 horas, quando usado sem
interrupção. Prevenir atelectasias através do alivio da dor, exercícios respiratórios,
estímulo ao refluxo da fosse, posicionamento adequado do paciente no leito,
suspensão do fumo (SMELTZER e BARE, 2000).
3.3 PROCEDIMENTOS INVASIVOS, NORMAS E ATUAÇÃO DA EQUIPE DE
ENFERMAGEM

Para melhor compreensão deste estudo, foram demonstrados alguns


procedimentos invasivos, as normas a serem seguidas para a sua realização e a
atuação dos profissionais de enfermagem na atuação de tais procedimentos.

Zanon (1987) destaca algumas normas para procedimentos. Destaca-se aqui


um deles, o cateterismo vesical:

Lavar as mãos.

Reunir todo o material e levá-lo à unidade.

Explicar o procedimento e finalidade ao paciente.

Proceder à lavagem externa.

Retirar o material usado na lavagem externa.

Lavar as mãos com solução detergente à base de PVPI.


Abrir a bandeja de cateterismo vesical.
Colocar as luvas estéreis.
Solicitar a uma pessoa que coloque PVPI na cuba redonda.
Solicitar a uma pessoa que abra as ampolas de água destilada, deixando-as sob a
mesinha.
Solicitar a uma pessoa que coloque o lubrificante sobre a gaze (usar agulha estéril
para tirar o ar).

Solicitar a uma pessoa que abra a sonda sobre a bandeja.

Aspirar a água das ampolas.

Testar o balão da sonda após verificar a sua capacidade.

Aspirar o volume de água injetada no balão da sonda, deixando-a justamente com a


seringa sobre a bandeja.

Fazer anti-sepsia da genitália com as bolas das gazes montadas em pinça (as bolas
utilizadas deverão ter um único uso).

Trocar as luvas.
Colocar o campo fenestrado, localizando bem a área genital.

Solicitar a outra pessoa que abra a embalagem do coletor de urina e coloque-o sobre
o campo; o coletor será conectado à sonda antes de ser introduzido no meato
urinário.

Pegar a sonda e lubrifica-la aproximadamente 4 cm partindo de sua extremidade


localizando o meato em seguida.

Introduzir a sonda lentamente de 4 a 8 cm na mulher e de 15 a 18 cm no homem,


neste caso, manter o pênis perpendicular ao corpo durante o processo.

Insuflar o balão com volume de água recomendado.

Tracionar levemente a sonda até encontrar resistência.

Retirar as luvas.

Sonda conectada à extensão do coletor passará sob a coxa, fixando a bolsa à cama.

Recompor a unidade.

Lavar as mãos.

Proceder às anotações no prontuário.

No cotidiano das UTI’s, se algumas dessas forem transgredidas,


influenciaram, na prevenção e controle das infecções. Observa-se, no entanto que
em 100% dos procedimentos realizados, os profissionais não lavam as mãos
imediatamente antes da realização do procedimento ou mesmo não realizaram esta
etapa seguindo a técnica adequada. Em muitos casos, os profissionais procedem à
lavagem das mãos em um momento bastante anterior à realização do procedimento.
Se a lavagem das mãos for feita corretamente e em quantidade suficiente, de acordo
com Fernandes (2000), essa é uma medida isolada mais simples, barata e
representativa na prevenção e no controle das infecções hospitalares.

A esse respeito, Oliveira (1998) cita que a lavagem das mãos visa à remoção
da maioria dos microrganismos da flora transitória e de alguns microrganismos da
flora residente, de células descamativas, de pêlos, de suor, de sujidades e de
oleosidades. Ainda neste sentido, Oliveira (1998) afirma que a lavagem das mãos
objetiva reduzir a transmissão de microrganismos pelas mãos, prevenindo as
infecções, e sua eficácia depende da duração e da técnica adequada. Também se
deve proceder a uma análise cuidadosa da tabela no que diz respeito à realização
da lavagem externa (higiene perineal), a qual, em 100% dos procedimentos
observados, não é realizada da forma correta ou nem sequer é realizada. Essa
etapa é muito importante, pois, segundo Fernandes (2000), ela reduz a presença de
microorganismos próximos do meato uretral. Fernandes (2000) refere que, somente
feita de forma correta, essa higiene é eficaz e deve ser feita a partir da região peri-
uretral para anal. Nesse sentido, observou-se que os profissionais não atentavam
para este fato aumentando o risco de infecção ao conduzirem microrganismos de
local mais contaminado para outro menos contaminado. Um outro ponto merecedor
de atenção é referente à anti-sepsia da genitália, a qual não é feita adequadamente
em aproximadamente 34% dos procedimentos observados.

Esta anti-sepsia, de acordo com Oliveira (1998), inibe o crescimento de


microrganismos da microbiota transitória e da microbiota resistente, sendo, pois,
muito importante sua realização antes dos procedimentos invasivos quando se
tenciona a prevenção de infecções associadas a estes uma vez que os
procedimentos invasivos rompem os mecanismos normais de defesa do indivíduo.
Oliveira (1998) também explica que a passagem de sonda vesical pode introduzir
bactérias na bexiga, através da formação do exsudato em torno do cateter na uretra.
Dessa forma, o aparecimento de bacteriúria pode ser retardado com manutenção de
condições estéreis na inserção e manutenção dos sistemas fechados, daí a
fundamental relevância da anti-sepsia. Podemos verificar também que em 100% dos
procedimentos observados as luvas não foram trocadas na realização do
procedimento, contudo, deve-se citar que as luvas usadas neste processo não foram
contaminadas pelo profissional, sendo, portanto, desnecessária a sua troca.

Outro procedimento aqui observado é a aspiração endotraqueal. As normas a


serem observadas para esse procedimento estão relacionadas abaixo, conforme
(ZANON, 1987):

Lavar as mãos.

Reunir todo o material e leva-lo à unidade do paciente.

Explicar o procedimento e a finalidade, se possível.


Calçar luvas estéreis.

Conectar a sonda aspiração ao látex.

Introduzir o cateter pelo tubo endotraqueal ou pela traqueostomia sem fazer sucção,
até atingir a carina, evitando traumatismos.

A sonda pode ser guiada para o brônquio direito ou esquerdo, lateralizando-se a


cabeça para o lado oposto.

Realizar a aspiração de forma intermitente e com movimentos circulares.

Retirar o cateter delicadamente sem vácuo.

Limitar a aspiração de 10 a 15 segundos, no máximo e a pressão de aspiração de 80


a 120 mmHg, no manômetro.

Lavar a sonda com soro fisiológico após cada aspiração.

Repetir o processo até remoção satisfatória da secreção, oxigenando o paciente nos


intervalos.

Após aspiração e lavagem da sonda traqueal em soro fisiológico, despreza-la.

Usar outra sonda para aspiração de boca e nariz, utilizando a mesma técnica já
descrita.

Na aspiração traqueal e aspiração endotraqueal observa-se, que, apesar da


simplicidade desse procedimento e de sua divulgação como o melhor método para
prevenção de infecções os profissionais devem observar as técnicas a serem
seguida.

Ayliffe et al (1998) afirma que as mãos dos profissionais de saúde são os


veículos de infecção cruzada mais importantes e é essencial que métodos eficazes
sejam utilizados para minimizar esse risco. A lavagem das mãos, ainda para Ayliffe
et al (1998), através de uma boa técnica cobrindo toda a superfície das mãos no
momento certo é mais importante do que o agente ou o período de tempo utilizados
na lavagem das mãos. Apesar de nesses procedimentos os profissionais utilizarem
luvas estéreis sempre que vão realizá-lo, no geral, eles não o fazem de forma
rigorosa no cumprimento da técnica correta de calçamento das mesmas. O uso da
técnica correta no calçamento das luvas é fundamental porque minimiza a
possibilidade de contaminação dessas luvas. Também ocorre que a abertura do
pacote de luvas é feita, algumas vezes, de forma muito antecipada criando meio
propício para a contaminação destas luvas, deixando-as expostas. Observando-se a
tabela referente às aspirações traqueais, nota-se que a introdução do cateter não
segue as normas em quase 34% dos casos. Isso ocorre porque não houve o
isolamento adequado do cateter, o qual tocou superfícies não-estéreis, sendo,
portanto, contaminado durante a realização do procedimento e levando
microrganismos para o trato respiratório.

Nos procedimentos observados, o manuseio do cateter foi feito de forma


inadequada, uma vez que tocou em superfícies não-estéreis, ou mesmo, os
profissionais contaminaram a mão estéril por tocarem na tubulação do aparelho de
sucção e, posteriormente, manusearam o cateter. De uma ou outra forma, conforme
Couto (1999), o profissional contaminou o cateter. Outra falha que foi observada diz
respeito à abertura da sonda em momento muito anterior à necessidade de seu uso.
Esse pacote da sonda é aberto e fica exposto até que seja utilizado. Isso pode ser
um meio para a contaminação da mesma e, por conseguinte, do trato respiratório do
paciente a ser aspirado. Na observação da realização dos procedimentos também
foi verificada uma falha grave referente ao momento da introdução da sonda no qual
a sucção não pode ser ligada. Observou-se, contudo, que em muitos casos, esta
sucção, por displicência, é ligada, podendo, segundo Atkinson (1989), causar
traumatismos dos tecidos acima das secreções e remover ar em excesso,
aumentando risco de hipoxemia. Fernandes (2000) afirma que não se liga a sucção
nem na introdução nem na remoção do cateter. Outra etapa onde houve
discordância com a sugestão das normas foi a técnica de limpeza do cateter, a qual
não é feita corretamente em 100% dos procedimentos observados de ambos os
tipos. Esta limpeza, feita seguindo a técnica, de acordo com Atkinson (1989),
lubrifica a sonda para reduzir o atrito sobre os tecidos, minimizando a possibilidade
de ferir a mucosa do paciente, protegendo-lhe contra as infecções. Também serve
como um teste de funcionamento do equipamento, limpa a sonda das secreções e
impede que a gravidade faça as secreções retornarem da sonda para a via aérea
durante a introdução da mesma.

Outro procedimento observado é o da colocação da sonda nasogástrica.


Analisando as normas para a realização desse procedimento, observa-se que, como
de praxe, a lavagem muitas é negligenciada, apesar de esse ser um procedimento
tão simples, rápido e eficiente que não pode ser tratado como dispensável.

Os profissionais de enfermagem sempre que realizam tal procedimento


alegam algo para se esquivar de cumprir esta etapa. Em 100% das sondagens
nasogástricas observadas, os profissionais não realizaram a lavagem das mãos,
sendo que, nos procedimentos observados o fizeram porque já estavam com luvas
de procedimento antes de começaram a sondagem acreditando, portanto, que essa
etapa não seria necessária. A não realização ou realização incorreta desta etapa em
qualquer procedimento invasivo segundo Fernandes (2000) representa um risco
iminente de o paciente adquirir uma infecção hospitalar. Convém esclarecer que os
procedimentos foram realizados com o paciente inconsciente, sendo que, devido a
esse motivo muitas etapas não foram consideradas, o que, porém, não deve servir
como argumento para deixar de utilizar uma técnica segura e livre de contaminação.
Deve-se citar também que, em 66,7% das etapas deste procedimento, os
profissionais realizaram de forma discordante das normas a introdução da sonda.
Esta introdução, conforme Fernandes (2000) deve acompanhar os contornos
naturais do corpo e deve ser feita lentamente, pois caso contrário pode provocar dor
e sangramento. Esse sangramento pode ser um foco de infecção, portanto um
cuidado maior é necessário. Percebe-se que, apesar do fato de que algumas etapas
que foram infringidas o terem sido pelo fato de o paciente estar inconsciente, não se
pode desconsiderar as falhas neste procedimento, porque elas podem propiciar o
desenvolvimento de uma infecção hospitalar. Também, convém considerar que a
sondagem nasogástrica não é um procedimento estéril, contudo, no seu processo de
realização existem riscos associados que podem, dependendo de sua conformidade
ou não com o que é sugerido, consistir em uma fonte de infecção hospitalar,
portanto, devendo ser considerado como os demais procedimentos invasivos.
3.3.1 PRINCÍPIOS QUE REGEM A PREVENÇÃO E CONTROLE DAS INFECÇÕES
HOSPITALARES DE ACORDO COM AS PROPOSTAS GOVERNAMENTAIS E
NORMAS INSTITUCIONAIS:

Observa-se que existe uma preocupação, por parte dos profissionais de


enfermagem, com os riscos de infecção a que estão sujeitos os pacientes internados
em relação à realização dos procedimentos invasivos, porém, o que se constatou na
prática é que durante a realização destes procedimentos acabam freqüentemente
ferindo princípios de prevenção e controle de infecção, ou por negligência, ou por
desatenção dos mesmos para os pontos de vulnerabilidade e riscos relativos aos
procedimentos que realizam e que a primeira vista possam passar por questões sem
importância ou de risco remoto.

Destacou-se que o maior problema observado em relação a realização dos


procedimentos invasivos, diz respeito a lavagem das mãos e uso de luvas. A
lavagem das mãos não é realizada na freqüência e técnica recomendadas e as
luvas muitas vezes são usadas apenas para auto proteção, funcionando como vetor
de disseminação de microrganismos. O uso de luvas de forma inadequada é ainda
muito freqüente. Usando as luvas, os profissionais entram em contato com diversas
superfícies não-estéreis aumentando grosseiramente a probabilidade de
contaminação e infecção do paciente. Segundo Oliveira (1998), a função do uso de
luvas é proporcionar proteção de barreira e prevenção de contaminação grosseira
das mãos ao contato com sangue, fluidos corporais, secreções, excreções,
membranas mucosas e pele não íntegra, reduzindo a prevenção cruzada. Reforça-
se, portanto, a necessidade da troca de luvas entre um paciente e outro. O uso de
luvas não substitui a lavagem das mãos, que deve ser realizada após o uso das
mesmas. Dessa forma, percebe-se que não se pode dispensar essa etapa, a qual é
crucial no processo de prevenção e controle das infecções hospitalares.

Ao realizarem a maioria dos procedimentos invasivos, os profissionais


desobedecem ou não dão a devida atenção aos princípios de assepsia,
contaminando os materiais utilizados nestes procedimentos. Desse modo percebe-
se que um fator decisivo para a prevenção e controle das infecções hospitalares é a
existência e adoção de rotinas de prevenção coerentes e de pessoal em número
suficiente, qualificado e preparado para cumpri-las.

Em geral, os profissionais de Enfermagem que atuam nas UTIs são


integrados, às rotinas do serviço. Demonstram motivação para realização dos
procedimentos invasivos. Este é um fator relevante quando se deseja um trabalho
eficiente em qualquer área. Trabalhar em equipe, com integração, é um meio que
oferece suporte para um serviço qualificado, pois esta interação entre os
profissionais acaba por influenciar significativamente a realização dos
procedimentos, sendo que estes trabalham com mais interesse e motivação ao
trabalharem com pessoas com as quais possuem afinidades. Apesar de não ser
esse o único fator responsável pela qualidade e conformidade na realização dos
procedimentos, ele afeta, de maneira satisfatória, os achados acerca dos
percentuais de infecções hospitalares.

Nota-se assim, que, uma equipe multiprofissional, quando trabalha integrada


rende mais e melhor que em equipes na situação oposta, e isso têm significância
substancial quando a pretensão é diminuir os números de casos de infecções
hospitalares.

4 METODOLOGIA

Este trabalho caracteriza-se como sendo uma pesquisa do tipo bibliográfica,


utilizando a técnica de revisão de literatura.

Os dados foram coletados por meio de seleção de publicações científicas nacionais,

indexadas no Scielo, além de materiais diversos entre dissertações, monografias e

livros, que continham como palavras-chave: Infecção Hospitalar. Métodos invasivos.


Profissionais de Enfermagem. Unidade de Terapia Intensiva datados de 1984 à
2000.

A análise dos dados ocorreu a partir de análise documental das publicações


selecionadas, estabelecendo relações entre as idéias principais dos autores e os
objetivos do trabalho.

A redação desta pesquisa foi realizada seguindo as Normas Brasileiras de


Referência (NBR) da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT):
NBR6023/2002; NBR10520/2002; NBR14724/2005; NBR6028/2003.

Além disso, procurou-se elaborar um texto de fácil entendimento, utilizando


linguagem simples, porém não coloquial, para que as informações geradas possam
auxiliar nas discussões sobre Infecção Hospitalar Atuação do Enfermeiro na
Prevenção e no Controle das Infecções Hospitalares Associadas aos Procedimentos
Invasivos.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir do estudo realizado observa-se que é fundamental que a prática dos


profissionais de Enfermagem na prevenção e controle das infecções hospitalares
associadas aos procedimentos invasivos deve seguir normas de procedimentos,
mas, essa atitude ainda hoje se mostra deficiente, prova disso são os índices
alarmantes de infecção hospitalar, que nos dias atuais assolam os hospitais,
públicos e privados, de todo o país. Apesar dos esforços empreendidos para que
esses profissionais busquem manter as taxas de infecção hospitalar em níveis
aceitáveis, esse é um fato digno de atenção diferenciada, uma vez que os mesmos
constantemente infligem princípios de prevenção e controle deste tipo de infecção,
deixando mais crítica à saúde destes pacientes que já apresentam condições
clínicas substancialmente frágeis.

Mas, para o combate da infecção hospitalar não é só o comportamento dos


enfermeiros que deve receber atenção, o visitante também, em instituições
hospitalares, deve seguir algumas normas de controle efetivo da infecção hospitalar.
E dentre as práticas dos visitantes, a que mais merece destaque e que é simples de
ser realizada é a lavagem das mãos; antes do contato com pacientes, não deixando
também de atentar para que os visitantes para o fato destes não poderem se sentar
nos leitos dos pacientes.

No que tange aos procedimentos invasivos espera-se uma melhor atuação de


forma pertinente e segura por parte dos profissionais de enfermagem a fim de se
manter as taxas de infecção hospitalar em níveis que sejam toleráveis para assim
minimizar o risco que uma realização inadequada destes procedimentos, possa
acarretar na vida destes pacientes. Estudos demonstram que ainda hoje existem
muitos fatores de risco de infecção hospitalar associado a esta prática que
provavelmente está contribuindo para manutenção dos atuais índices de infecção
hospitalar.

Nesse sentido, observa-se que a assistência de Enfermagem nas UTI's


relacionadas com a prática dos procedimentos invasivos requer de imediato, uma
intervenção eficaz a fim de que se obtenha uma realidade que seja compatível com
uma maior segurança e garantia de recuperação dos pacientes ali internados.
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