Sei sulla pagina 1di 37

TENSÕES ATUANTES NUM

MACIÇO DE TERRA

DISCIPLINA: MECÂNICA DOS SOLOS – 2573

Curso de Graduação em Engenharia Civil


Universidade Estadual de Maringá

Profa. Dra. Nelcí Helena Maia Gutierrez


TENSÕES ATUANTES NUM
MACIÇO DE TERRA

IMPORTÂNCIA:

 Recalques
Estudos  Empuxos de terra

 Capacidade de carga dos solos


Exemplos
Recalques
TENSÕES ATUANTES NUM
MACIÇO DE TERRA

 PESO PRÓPRIO (TENSÕES GEOSTÁTICAS)

 SOBRECARGAS – resultantes de fundações,


aterros, pavimentos, escavações,...
CONCEITO DE TENSÕES NUM MEIO PARTICULADO

CONSTITUIÇÃO DO SOLO sólidos (grãos/partículas) + vazios (água e/ou ar)

• transmitidas sólidos a sólidos


Forças aplicadas ao solo
• suportadas pela água dos vazios

VISÃO MICROSCÓPICA

Transmissão das forças é muito complexa depende do tipo de mineral

 mineral-mineral predominante nos


grãos equidimensionais (ex: areias)
 através da água quimicamente adsorvida na
N F FN FN NF
superfície predominante nas argilas
T T T T

TRANSMISSÃO SE FAZ NOS CONTATOS EM ÁREAS MUITO REDUZIDAS (<1% da área total)
areia uniforme
Lambe & Whitman
grãos arredondados (Ø = 0,6 mm)

Área de contato As = 0,03% Atotal


Tensão de contato Ts = 350 MPa

Ts pode chegar até 700 MPa, enquanto que, nos problemas de


Sousa Pinto
engenharia de solos, raramente as tensões chegam a 1 MPa

VISÃO MACROSCÓPICA

Forças transmitidas (F) podem ser decompostas em normais (N) e tangenciais (T)

Como é impossível desenvolver modelos matemáticos


com base nestas inúmeras forças

Ação das forças (normais e tangenciais) é substituída pelo conceito de tensões


N T
Tensão normal s Tensão cisalhante t
Área Área

As tensões s e t assim definidas e que são consideradas na Mecânica dos Solos, são
muito menores do que as tensões que efetivamente ocorrem nos contatos entre os grãos

Esse conceito de tensão conduz ao conceito de tensão da Mecânica do Contínuo

As tensões serão consideradas atuando num ponto, definindo um


estado de tensões num cubo infinitesimal de um material homogêneo.

Ao se fazer assim, não se está cogitando se este ponto na massa


de solo está materialmente ocupado por um grão ou por um vazio
SÍNTESE

a) O conceito de tensão definido conduz ao conceito de tensão


num meio contínuo. Ao se considerar um ponto no sistema
particulado, este poderá estar materialmente ocupado por um
grão ou por um vazio. Assim, as tensões, numa visão
macroscópica, representam tensões fictícias, pois as áreas de
atuação consideradas são áreas totais, incluindo também,
áreas de vazios;
b) as tensões reais, numa visão microscópica, existentes nos
contatos intergranulares, são extremamente elevadas, pois as
áreas de contato são extremamente pequenas;
c) a tensão intergranular não é necessariamente normal à
superfície de contato. Isto faz com que no contato intergranular
exista, também, esforço tangencial ou de cisalhamento;
d) Num solo não saturado, em todo instante, quem de fato resiste
aos esforços é o arcabouço sólido.
TENSÕES NUM SOLO SATURADO

SOLO SATURADO (Sr = 100%) Vw = Vv

VISÃO MICROSCÓPICA u

ss

PRESSÃO NEUTRA OU
atua nos vazios (água intersticial)
PORO-PRESSÃO (u)

TENSÃO DE CONTATO (ss) transmitida nos contatos (sólido-sólido)


PRINCÍPIO DAS TENSÕES EFETIVAS (TERZAGHI)

Seção transversal de área total At


At = Área de sólidos (As) + Área de vazios (Av)
ss
u Ft  Fs  Fv  s s As  uAv

Ft s s As uAv
 
At At At

As é muito pequena em relação à At  As  0,03% At  Av  At

s s u '

Tensão total Pressão neutra ou poro-pressão


(transmitida na água intersticial)
Tensão efetiva (transmitida ao arcabouço sólido)
TERZAGHI
após intensa verificação experimental, constatou que as tensões
normais que se desenvolvem num solo saturado são suportadas
parte pelo esqueleto (arcabouço) sólido e parte pela fase fluida
(vazios), acarretando no solo diferentes efeitos mecânicos

Estabeleceu o princípio das tensões efetivas, expresso em


duas partes:

1ª) Para solos saturados: s’ = s – u

2ª) Todos os efeitos mensuráveis resultantes de variações de


tensões nos solos, como compressão, distorção e resistência ao
cisalhamento são devidos a variações de tensões efetivas
VISUALIZAÇÃO DO CONCEITO DE TENSÃO EFETIVA

N.A.
esponja cúbica ▼
(aresta = 10 cm)
P = 10 N
N.A. N.A.
▼ ▼

a) Esponja em repouso b) Peso aplicado c) Elevação do nível d’água em 10cm

Tensão aplicada: Tensão aplicada:


10 N/0,01 m2 = 1kPa 10 kN/m3 x 0,1 m = 1kPa

A esponja se deforma sob a ação do A esponja não se deforma


peso, expulsando água do seu interior
A pressão é sentida somente nos vazios e, portanto,
O aumento de tensão foi efetivo o acréscimo de pressão na estrutura sólida é neutro

Conclusão: “Se um carregamento é feito na superfície do terreno, as tensões efetivas aumentam, o solo se
comprime e parte da água é expulsa dos vazios, ainda que lentamente. Mas, se o nível d’água se eleva, o
aumento de tensão total é igual ao aumento da pressão neutra nos vazios e o solo não se comprime.”
SÍNTESE

a) sv’, sh’, tv , th são tensões intergranulares, denominadas


de tensões efetivas, atuantes nos planos vertical e horizontal;
b) uv , uh são pressões existentes nos fluidos do solo.
No ponto considerado são iguais, pois atua em todas as
direções e com a mesma intensidade;
c) Os fluidos existentes nos poros de um solo saturado não
apresentam resistência ao cisalhamento, portanto quem resiste
ao cisalhamento é o arcabouço sólido (esqueleto). Os fluidos só
transmitem de seção a seção a pressão neutra positiva
(compressão) ou negativa (sucção);
d) é importante recordar que os solos são meios porosos e que os
seus vazios são, basicamente, intercomunicantes.
DESENVOLVIMENTO DE PRESSÃO NEUTRA NO SOLO

 Carregamento ou solicitação externa do maciço de


solo (compressão ou cisalhamento);

 elevação de nível d’água no subsolo;

 movimento de água no solo (percolação de água);

 capilaridade no solo (tensões capilares); e

 outros fenômenos
TENSÕES DEVIDAS AO PESO PRÓPRIO DO SOLO
TENSÕES GEOSTÁTICAS

a) Tensão total em solo não saturado


superfície horizontal (i = 0)

P g
z z
sv
sh sv
A

P gV
Tensão vertical total: sv  
Área A
P = peso da coluna de solo;

σ v = γz = σ ' v g = peso específico natural do solo;


z = altura da coluna de solo
s’v = tensão vertical efetiva
Obs. 1: Sendo a superfície do terreno horizontal, não existem tensões
de cisalhamento nos planos horizontais e, dessa forma, a
tensão vertical total causada pelo solo é uma tensão principal

Para terreno estratificado


z1 g1
z2 g2
σ 'v = Σγi zi
z3 g3

Obs. 2: É de fundamental importância notar que no elemento de solo, além da


tensão vertical devido ao peso próprio, ocorrem, também, tensões
horizontais, que são uma parcela da tensão vertical atuante

Tensão horizontal efetiva:

σ 'h = kσ 'v k = coeficiente de empuxo


k = k0 (Coeficiente de empuxo no repouso)

quando não ocorrem deformações na massa de solo

A tensão horizontal efetiva depende de uma série de fatores, relacionados


não só com a aplicação de novos incrementos verticais de carga, mas
dependem, também, dos anteriormente aplicados, inclusive daqueles
geológicos e pedológicos atuantes quando da formação do respectivo solo.

μ m = coeficiente de Poisson
k0 =
1- μ (Teoria da elasticidade)

Valor de k0 Pode ser obtido através de


ensaios de laboratório ou in situ
PARA SUPERFÍCIE DO TERRENO INCLINADA

b0
i≠0
bo = b cos i

g
γb cos iz
P σv =
b
z

σ v = γz cos i

τ = γz cos i × seni
b) Tensão total em solo saturado
NA NA
▼ superfície horizontal (i = 0) ▼

P gsat
z z
sv
sh sv
A

P g natV g nat Az
Tensão vertical total: sv   
Área A A

P = peso da coluna de solo;


'
σ v = γnat z = γsat z = σ v + u gsat = peso específico do solo saturado;
z = altura da coluna de solo;
u = γw hw
s’v = tensão vertical efetiva;
u = pressão neutra
peso específico da água
altura de coluna de água. Neste caso, hw = z
DIAGRAMAS DE TENSÕES/PRESSÕES VERTICAIS
Para o caso de solo saturado por submersão

NA Tensão total (sv) Pressão neutra (u) Tensão efetiva (s’v)


▼ superfície horizontal (i = 0)

z – =

gsat - gw) X Z
gsat X Z gw X Z

s’ = s – u Tensão efetiva

s’v = gsat X Z – gw X Z = (gsat – gw ) X Z s’v = gsub X Z

(gsat – gw) = gsub = g’ Peso específico do solo submerso


TENSÕES ATUANTES NUM MACIÇO DE TERRA

EXERCÍCIO 1:

Determinar as tensões vertical e horizontal no ponto X, para as condições


a e b, considerando o coeficiente de empuxo no repouso (Ko = 0,45)

a) Solo seco

0,0 m

gd = 17,0 KN/m3

gs = 26,7 KN/m3

-5,0 m
X
b) Solo saturado

N.A.
0,0 m ▼

gsat = ?

-5,0 m
X
EXERCÍCIO 2:

Para o perfil de solo esquematizado a seguir:

a) determinar as tensões verticais totais e efetivas e as


pressões neutras verticais nos planos A (cota -2,0 m), B
(cota -6,0 m) e C (cota -13,0 m)

b) determinar as tensões horizontais totais e efetivas e as


pressões neutras horizontais nos planos A (cota -2,0 m),
B (cota -6,0 m) e C (cota -13,0 m)

c) traçar os diagramas de tensões/pressões verticais e


horizontais
PERFIL DE SOLO:

0,0 m

AREIA g  17kN / m 3 k0  0,5


N.A
- 2,0 m 

ARGILA g  16kN / m 3 k0  0,7

- 6,0 m

g  19kN / m 3
AREIA
k0  0,4

- 13,0 m
DIAGRAMAS DE TENSÕES/PRESSÕES VERTICAIS

Tensões totais – sv (kPa) Pressões neutras – u (kPa) Tensões efetivas – s’v(kPa)


0,0 m

- 2,0 m 34 34

- 6,0 m 98 = 40 + 58

+ + +

- 13,0 m 231 110 121


DIAGRAMAS DE TENSÕES/PRESSÕES HORIZONTAIS

Tensões totais – sh (kPa) Pressões neutras – u (kPa) Tensões efetivas – s’h(kPa)


0,0 m

- 2,0 m 17 17
23,8 23,8

- 6,0 m 80,6 = 40 + 40,6


63,2 23,2

+ +
+

- 13,0 m 158,4 110 48,4


EXERCÍCIO 3:
Determinar as tensões geostáticas verticais para o perfil abaixo esquematizado,
considerando os casos 1, 2 e 3 e traçar os respectivos diagramas.
Obs.: Compare os resultados obtidos para cada caso

CASO 1: N.A. na cota -7,0m

0,0 m
g = 20 KN/m3 w = 6%
areia gs = 26,5 KN/m3
- 4,0 m

w = 30%
N.A.
- 7,0 m ▼
argila

gsat = 17,5 KN/m3


gs = 26 KN/m3
-15,0 m
CASO 2: Elevação do N.A. até a superfície do terreno

N.A.
0,0 m ▼

areia
- 4,0 m

- 7,0 m
argila

-15,0 m
CASO 3: Elevação do N.A. até a cota +5,0m

N.A.
+ 5,0 m ▼

água gw = 10 kN/m3
0,0 m

areia
- 4,0 m

- 7,0 m
argila

-15,0 m
CAPILARIDADE NOS SOLOS

Propriedade pela qual a água alcança, em tubos de


pequeno diâmetro (capilares), pontos situados acima
do nível freático (nível d’água)

Solo
Nível d’água (N.A.)
N.A.
superfície onde a pressão neutra ▼ Franja capilar
é igual a pressão atmosférica,
tomada como nível de referência
para o cálculo das pressões
neutras nos trabalhos da
Mecânica dos Solos
relacionado à tensão superficial
FENÔMENO DA existente num líquido e às
CAPILARIDADE condições de contato do líquido
com as paredes do tubo

Tubo capilar
pressão em M = pressão em P =
M pressão atmosférica
N
hc Pressão atmosférica pressão em M > pressão em N
P

pressão em N < pressão atmosférica

hc = altura de ascensão capilar


Tubo capilar Equilíbrio: P = Fc cosa
Ts
Fc gw x V = Ts x perímetro x cosa
a
patm Fc cosa
gw x π R2 x hc = Ts x 2 π R x cosa
u
hc
P
2Ts
N.A. hc  cosa
2R

Rg w

Fc = força capilar
2Ts
R = raio do tubo P/ a = 0º h c máx 
Rg w
hc = altura de ascensão capilar
a = ângulo de contato (líquido – sólido)
P = peso da coluna de água suspensa
A tensão superficial da água (Ts),
a 20ºC, é de 0,073 N/m.
Ts = tensão superficial atuante ao longo da
linha de contato entre o líquido e o sólido
A altura de ascensão capilar é inversamente proporcional ao raio do tubo

Pela equação para cálculo de hc, conclui-se que em tubos com:

 Ø = 1 mm , a altura de ascensão é de 3 cm;


 Ø = 0,1 mm , a altura de ascensão é de 30 cm;
 Ø = 0,01 mm, a altura de ascensão é de 3 m;
 Ø = 0,001 mm, a altura de ascensão é de 30 m.

Nos solos, o diâmetro do tubo equivale ao diâmetro dos vazios ininterruptos,


que por sua vez, tem a mesma ordem de grandeza que os diâmetros dos
grãos/partículas constituintes do solo. Logo, dependendo do tipo de solo, têm-
se constatado na prática alturas de ascensão capilar de:

Pedregulhos (2mm <  < 60mm): poucos milímetros


Areias (0,06 mm <  < 2 mm): 1 a 2 m
Siltes (0,002mm <  < 0,06 mm): 3 a 4 m
Argilas ( < 0,002 mm): dezenas de metros
Franja capilar Pressões neutras negativas, provocando
(zona saturada) aumento das tensões efetivas

meniscos pontos de contato meniscos-grãos geram


pressões de contato (pressões neutras
negativas) tendendo a comprimir os grãos

s’ = s – (– u)

Acréscimo de tensão efetiva proporciona um


acréscimo de resistência – “coesão aparente”

gw x hc

hc
-
Diagrama de
▼ pressões neutras

h1
+
gw x h1
EXERCÍCIO 4:
Dado o perfil do terreno, esquematizado a seguir, pede-se:
a) determinar as tensões verticais totais e efetivas e as pressões neutras nos pontos A e B;
b) traçar os respectivos diagramas de tensões/pressões verticais.

Obs: Admitir que na zona da franja capilar (-2,0m a -2,5m) o solo se encontra completamente saturado

Perfil do terreno:

0,0 m

gnat 1 = 18 kN/m3
A
- 2,0 m
N.A. Franja capilar Areia fina
- 2,5 m ▼

gnat 2 = 22 kN/m3
B
- 4,5 m
EXERCÍCIO 5:
Determinar as tensões geostáticas verticais (total, neutra e efetiva) e traçar os
respectivos diagramas, considerando a existência do nível freático subterrâneo a
4,0 m de profundidade e franja capilar com Sr=100% situada entre 1,5 m e 4,0 m
de profundidade, tomando como referência o perfil de solo representado a seguir.

0,0 m
Areia gnat = 17,5 KN/m3
- 1,5 m

N.A.
- 4,0 m ▼
Argila

gnat = 18,5 KN/m3


- 8,0 m

Pedregulho g = 19,0 KN/m3

-15,0 m

Potrebbero piacerti anche