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AULA 1
SUMÁRIO PÁGINA
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Técnicas e Temas de discursivas p/ ATRFB 2012
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Equipe Estratégia
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Let’s go!
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7º Parágrafo: Conclusão
Estruturar o texto antes de começar a escrevê-lo é
fundamental, pois impede que deixemos de abordar algum tópico
pedido pelo enunciado. Costumamos aconselhar que 1/5 do tempo
reservado à prova discursiva seja reservado à tarefa de
planejamento. Essa estrutura também permite que o
examinador identifique exatamente onde está a resposta para
cada item que ele deseja que nós respondamos! E é justamente
isso o que nós mais precisamos: mostrar ao examinador que estamos
respondendo a todas as perguntas que nos foram feitas, pois ele irá
procurar pelas respostas em nosso texto. Dividir essas respostas em
parágrafos bem definidos garante que não serão descontados
preciosos pontos por fuga ao tema ou por omissão de tópico.
Logicamente, a definição da estrutura de uma redação depende
do espaço disponível que teremos para escrever. Há redações que
devem ser respondidas em sessenta linhas; outras, em no máximo
trinta. No último concurso do Ministério Público da União (MPU), que
ficou a cargo do CESPE [a ESAF não repete questões discursivas,
a lógica, portanto, é sermos inéditos, ou remetermos aos
exames realizados por outras organizadoras], foi cobrada a
seguinte questão:
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TEMAS EM SEQUÊNCIA
DIREITO ADMINISTRATIVO
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DIREITO CONSTITUCIONAL
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DIREITO PREVIDENCIÁRIO
10) INÉDITA
“Embora a arquitetura da seguridade brasileira pós-1988 tenha a
orientação e o conteúdo daquelas que conformam o estado de bem
estar nos países desenvolvidos, as características excludentes do
mercado de trabalho, o grau de pauperização da população, o nível
de concentração de renda e as fragilidades do processo de
publicização do Estado permitem afirmar que no Brasil a adoção da
concepção de seguridade social não se traduziu objetivamente numa
universalização do acesso aos benefícios sociais.”
Considerando que o fragmento de texto acima tem caráter
unicamente motivador, disserte sobre a Seguridade Social,
abordando os seguintes aspectos:
a) Conceito e princípios constitucionais;
b) Financiamento;
c) Previdência Social;
d) Saúde e Assistência Social;
Extensão: de 40 a 60 linhas.
11) INÉDITA
“Os beneficiários da Previdência Social são os segurados e seus
dependentes. Os segurados podem ser obrigatórios, quando exercem
atividade remunerada vinculada ao Regime Geral de Previdência
Social - RGPS, ou facultativos, quando contribuem de forma
facultativa para a Previdência Social.”
Disserte sobre os Segurados da Previdência Social, abordando os
seguintes aspectos:
a) Segurados do RGPS;
b) Empregados;
c) Empregados Domésticos;
d) Contribuintes Individuais;
e) Trabalhadores Avulsos;
f) Segurados Especiais;
g) Segurados Facultativos.
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Extensão: de 40 a 60 linhas.
12) INÉDITA
“Para financiar a aposentadoria especial e os demais benefícios
concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa
decorrente dos riscos ambientais do trabalho, as empresas estão
obrigadas a contribuir para a Previdência Social mediante a aplicação
de alíquotas variáveis, de acordo com o grau de risco da atividade
preponderante, sobre o total da remuneração paga, devida ou
creditada a qualquer título, no decorrer do mês, ao segurado
empregado e ao trabalhador avulso.
A legislação vigente prevê que o enquadramento é feito de acordo
com atividade econômica preponderante da empresa, devendo esse
enquadramento ser realizado mensalmente, sob responsabilidade
exclusiva da empresa. Para tanto, deve-se consultar a Relação de
Atividades Preponderantes e Correspondentes Graus de Risco,
elaborada com base na Classificação Nacional de Atividades
Econômicas, observando-se, entre outras disposições, que uma
empresa, com apenas um estabelecimento e uma única atividade
econômica será enquadrada na respectiva atividade”.
Disserte sobre a contribuição da empresa destinada ao financiamento
dos benefícios concedidos em razão do Grau de Incidência de
Incapacidade Laborativa decorrente dos Riscos Ambientais do
Trabalho, bem como a contribuição adicional da empresa destinada
ao financiamento da aposentadoria especial dos indivíduos sujeitos a
atividades que ensejem tal benefício previdenciário.
Extensão: de 15 a 30 linhas.
DIREITO TRIBUTÁRIO
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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
16) INÉDITA
A Constituição Federal atribui à União a competência para instituir
impostos sobre a renda e proventos de qualquer natureza. Contudo,
não estabeleceu os conceitos de renda e proventos, recepcionando as
definições do Código Tributário Nacional para os dois institutos.
Nesse contexto, defina os conceitos de renda e provento, abordando
as semelhanças e diferenças entre ambos, considerando as
disposições do CTN, bem como o entendimento da doutrina
dominante e dos tribunais superiores.
Extensão: 15 a 30 linhas
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17) INÉDITA
A tributação das pessoas jurídicas, diferentemente do que ocorre com
as pessoas físicas, pode resultar em pagamento do imposto de renda
mesmo quando não houver lucro.
Desenvolva um tema abordando as formas de tributação das pessoas
jurídicas, explicando em que situação pode ocorrer a hipótese
descrita na assertiva acima.
Extensão: 15 a 30 linhas
18) INÉDITA
O Sistema Tributário Nacional é regido pela disciplina da Constituição
Federal e do Código Tributário Nacional, bem como pelo disposto nas
leis instituidoras dos tributos.
A Constituição Federal, em Seção específica, define as limitações ao
poder de tributar, normas aplicáveis aos diversos impostos, cujos
preceitos dão origem aos princípios constitucionais tributários.
Ocorre que alguns impostos sofrem a incidência de princípios que
lhes são peculiares.
Nessa linha, discorra sobre a disciplina constitucional conferida ao
Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI.
Extensão: 15 a 30 linhas
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Orientações
Depois de um longo tempo, mais de 14 anos, pra ser mais
preciso, a ESAF retoma o tópico licitações e contratos para a Receita
Federal. Galerinha! Acredito piamente que a banca possa querer nos
surpreender, inclusive na prova discursiva. Por isso, vou postar não 3
questões, mas 6, e só de licitações e contratos. Nos próximos
encontros, avançarei em outros tópicos do Edital.
Vamos prosseguir!
Tema bem interessante e sempre pertinente para a
Administração Pública: o dever de vigilância com relação aos
contratos administrativos. Tal dever é encontrado no art. 67 da
Lei 8.666/1993 (Lei de Licitações), sendo inafastável pela
Administração.
Obviamente, a deficiência na fiscalização do contrato não pode
levar à alegação pelo contratado de culpa “in vigilando” por parte da
Administração, pois, nos termos do artigo 70 da Lei de Licitações, o
contratado responde diretamente pelos danos.
Todavia, há peculiaridades específicas quanto a determinados
encargos, como estabelece o art. 71, caput e respectivos parágrafos.
Enfim, há disposições específicas com relação a encargos
previdenciários e trabalhistas advindos dos contratos da
Administração.
Como se depreende da questão, aparentemente simples, exige-
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Proposta de solução
Entre os deveres-poderes contratuais da Administração Pública, há
o de acompanhar a fiel execução dos contratos administrativos celebrados
com os particulares em geral, conforme previsto na Lei 8.666/1993.
O poder de fiscalização é realizado para a proteção de interesses
públicos envolvidos. Desse modo, é dever da Administração a manutenção
de fiscal/gestor responsável pelo acompanhamento do contrato. Ressalta-
se a possibilidade de contratação de terceiros para subsidiar o fiscal do
contrato com informações, de modo que, efetivamente, a Administração
cumpra com a missão de acompanhar diligentemente os contratos que
firme.
Por outro lado, não cabe alegação pelo contratado de desídia na
fiscalização do contrato por parte da Administração para se eximir dos
prejuízos causados. Assim, sendo o caso, o particular contratado é quem
responderá pelos danos causados não só à Administração como a
terceiros, decorrentes de culpa ou dolo na execução do contrato.
O contratado responderá, ainda, pelos encargos fiscais, comerciais,
trabalhistas e previdenciários resultantes da execução do contrato, não se
transferindo à Administração, no caso de inadimplência, a obrigação de
pagamento. Todavia, cabem observações com relação aos dois últimos
encargos.
De acordo com a Lei 8.666/1993, a Administração responderá
solidariamente no que se refere aos encargos previdenciários que resultem
do contrato. A responsabilidade pelos encargos trabalhistas segue o
entendimento de que o inadimplemento das obrigações trabalhistas por
parte do empregador nos contratos de prestação de serviços em que a
Administração seja a tomadora dos serviços implica a responsabilidade
subsidiária do Poder Público, conforme decisão do Supremo Tribunal
Federal e jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho.
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Orientações
Antes da proposta de solução, duas dicas. A primeira é de que
a declaração de inidoneidade, em âmbito interno, pode ser aplicada
por Ministros de Estado e Secretários. A segunda é de que a União
pode rescindir os contratos vigentes, desde que, caso a caso,
assegure à empresa o contraditório e a ampla defesa. Vejamos a
solução sugerida.
Proposta de solução
Na situação hipotética, duas são as questões essenciais a serem
resolvidas: a legitimidade da aplicação da pena de inidoneidade e os
efeitos decorrentes da aplicação dessa sanção, que, de acordo com a
impetrante, não pode ser aplicada pelo Ministro de Estado e seus efeitos
não podem atingir outros contratos em vigor.
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Orientações
Obviamente, na presente questão, a interpretação não é o
problema maior, mas sim o conhecimento dos pormenores do tema
Licitações e Contratos. A partir de perguntas, vamos estruturar a
ideia do texto. Vejamos:
1) A Administração Pública pode anular procedimentos de licitação?
2) Há necessidade de se garantir o contraditório e a ampla defesa?
3) A licitante vencedora faz jus à indenização?
4) A adjudicação da licitação gera o dever de contratar?
Como de costume, que tal algumas dicas teóricas, na ordem
das perguntas apresentadas:
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PROPOSTA DE SOLUÇÃO
Na situação hipotética, o estado-membro S, depois de homologado e
adjudicado o objeto da licitação à empresa R, vencedora do certame,
decidiu pela anulação do procedimento licitatório, haja vista a
constatação de irregularidade, porém não imputável à Administração.
Inconformada, a empresa R impetrou mandado de segurança, suscitando o
dever de contratar da Administração ou, alternativamente, o
reconhecimento do direito à indenização pelos prejuízos suportados.
O primeiro argumento, em desfavor da concessão da segurança, é o
de que a Administração Pública pode tanto revogar (razões de interesse
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Orientações
A organizadora solicita-nos a elaboração de um parecer, peça
de natureza técnica. Como dito, reiteradas vezes, não é nosso
objetivo trabalharmos as peças técnicas, logo vamos nos restringir ao
conteúdo da questão em si.
Em termos de interpretação, o enunciado não gera
ambiguidades, é direto e não truncado. Cabe ao candidato dissertar
sobre a constitucionalidade de processo licitatório simplificado
para a Petrobras.
Seguem algumas dicas para a dissertação. Vejamos:
• O art. 173, § 1.º, da CF/1988, garante às empresas estatais maior
flexibilidade na contratação. No entanto, até o momento, não houve a
expedição de Lei nesse sentido, o que acarreta a aplicação da Lei
8.666/1993.
• Há entendimento doutrinário e jurisprudencial de que, apesar da
ausência de estatuto próprio de licitações, as empresas
governamentais acham-se dispensadas de licitar naquilo que diz
respeito à atividade finalística.
• A Lei 9.478/1997 e Decreto 2.745/1998 preveem um regime
simplificado de licitações para a Petrobras sem limite de valor para a
modalidade convite.
• O STF vem entendendo que o procedimento simplificado de
licitações da Petrobras não fere a Constituição Federal, uma vez que
em síntese a Petrobras deixou de deter o monopólio sobre o petróleo
desde a aprovação da Emenda Constitucional 9/1995.
Prontos? Agora é só dissertar!
Proposta de solução
A partir da Constituição Federal de 1988, o procedimento de
licitação passou a ser norma impositiva para toda a Administração
Pública, direta e indireta, aqui incluídas as empresas governamentais,
como é o caso da sociedade de economia mista Petrobras. Contudo, nem
todas as pessoas do Estado acham-se presas à literalidade dos dispositivos
da Lei 8.666/1993.
Com efeito, a própria Constituição, com redação oferecida pela EC
19/1998, prescreve a possibilidade de um tratamento diferenciado para as
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Orientações
Em matéria de licitações, a expectativa para as provas
subjetivas e objetivas é sempre a cobrança de questões versando
sobre a mais nova modalidade de licitação: o pregão. Na presente
questão, a organizadora, depois de texto motivador sobre o pregão,
apresenta-nos, gentilmente, um roteiro, ou seja, determinados
aspectos sobre o pregão eletrônico a serem trabalhados ao longo da
dissertação.
O enunciado, em si, não gera qualquer problema de
interpretação, isso porque se solicita uma discursiva acerca do pregão
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Proposta de solução
Ao lado das modalidades de licitação previstas na Lei 8.666/1993,
concorrência e convite, por exemplo, a Lei 10.520/2002 instituiu o pregão,
procedimento administrativo que é aplicável por toda a Administração
Pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios.
Apesar de facultativo nos termos da norma nacional, tratando-se de
instituições federais, o uso do pregão é obrigatório, sendo preferencial sua
realização com o uso da tecnologia da informação, ou seja, pela internet, o
dito pregão eletrônico. Ressalte-se que quando for inviável o pregão
eletrônico, isso deve ser adequadamente justificado pela instituição
promovedora do certame, nos termos do Decreto 5.450/2005, haja vista a
economia e a eficiência gerada na aplicação dos recursos públicos.
No entanto, a economia gerada e a celeridade garantida pelo
pregão eletrônico têm limites, afinal referida modalidade de licitação se
restringe à aquisição de bens e serviços comuns, definidos como aqueles
cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente
definidos pelo edital, por meio de especificações usuais no mercado.
Esclareça-se que, no Decreto Federal 3.555/2000, há rol não exaustivo de
serviços comuns, a exemplo da contratação de serviços de manutenção de
imóveis, os quais podem ser considerados serviços de engenharia.
Todavia, essa permissão não se estende às contratações de obras de
engenharia, segundo o art. 6.º do Decreto Federal 5.450/2005.
Além dos serviços de engenharia, podem ser enquadrados os bens e
serviços de tecnologia da informação como passíveis de aquisição por
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Orientações
A professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro, em sua obra
“Parcerias na Administração Pública”, esclarece a diferenciação entre
as formas de ajuste ora examinadas mediante a apresentação
pontual das características básicas dos convênios. Confira-se:
“a. os entes conveniados têm objetivos institucionais comuns e
se reúnem, por meio do convênio, para alcançá-los; (...)
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Proposta de solução
Os convênios têm em comum com o contrato tão somente o fato de
serem acordos de vontade. Cada qual, porém, apresenta características e
tratamento próprios, sendo que o principal elemento de distinção concerne
aos interesses das partes, que, no contrato, são opostos e contraditórios,
ao passo que no convênio, são convergentes e paralelos. No contrato, as
partes têm interesses opostos: o ente pagador deseja a prestação dos
serviços, o fornecimento de um bem ou a execução de uma obra, enquanto
que o prestador de serviços/vendedor/empreiteiro tem o foco na
remuneração.
A partir da leitura do objeto contratual, conclui-se, sem maiores
dificuldades, que o ajuste entre a Autarquia federal e instituição brasileira,
sem fins lucrativos, não pode ser caracterizado como verdadeiro convênio.
Ao contrário disso, trata-se de contrato travestido de convênio, em que a
obrigação principal do ente público é repassar os recursos financeiros
necessários à execução do objeto e fiscalizá-lo e, em contrapartida, a
obrigação da entidade privada é executar o objeto contratual.
Nesse contexto, no presente caso, não restam dúvidas de que não se
cogita de mera transferência de recursos vinculada à consecução de objeto
específico comum, mas, ao contrário, trata-se de relação tipicamente
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Orientações
Questão simples e objetiva. De acordo com o art. 5º, XI da CF,
a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar
sem consentimento do morador, salvo em flagrante delito ou
desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por
determinação judicial.
O conceito de casa abrange também os locais ocupados de
habitação coletiva e os compartimentos privados não abertos ao
público, como escritórios profissionais.
Somente autoridades judiciais podem determinar a
inviolabilidade domiciliar.
Essas são as considerações a serem feitas.
PARAGRAFAÇÃO
Vamos ao roteiro:
1º PARÁGRAFO (introdução) – introdução sobre a casa ser
asilo inviolável. Pode ser parte da descrição do art. 5º, XI da CF.
2º PARÁGRAFO (desenvolvimento – Conceito
constitucional de casa) – discorrer sobre o conceito de casa.
3º PARÁGRAFO (desenvolvimento – hipóteses de
possibilidade de violação domiciliar) – listar as hipóteses
constitucionais de violação domiciliar.
4º PARÁGRAFO (desenvolvimento – autoridades que
podem ordenar a violação domiciliar) – citar as autoridades que
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Proposta de solução
De acordo com o art. 5º, XI da Constituição Federal, a casa é asilo
inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento
do morador, salvo alguns casos constitucionalmente estabelecidos.
Segundo a doutrina, o conceito de domicílio para a Constituição
Federal abrange não só a residência, mas qualquer local ocupado de
habitação coletiva e compartimento privado não aberto ao público, onde é
exercida alguma profissão ou atividade. Como exemplo, tem-se os
escritórios de advocacia.
A garantia de inviolabilidade domiciliar não é absoluta, podendo ser
relativizada em caso de flagrante delito, ou desastre, ou para prestar
socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial.
Assim, salvo o caso de flagrante delito, desastre ou para prestar
socorro, apenas as autoridades judiciais podem ordenar a violação
domiciliar, e apenas durante o dia.
Por fim, percebe-se que a inviolabilidade domiciliar é um direito
individual, mas como tal, não é absoluto, sendo excepcionado nas
hipóteses constitucionais acima descritas.
Orientações
Inicialmente, é preciso lembrar que os direitos fundamentais
nasceram para proteger o indivíduo contra os abusos do Estado. É a
ideia dos direitos fundamentais agindo como direitos de defesa do
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Proposta de solução
A doutrina tradicional construiu o pensamento segundo o qual os
direitos fundamentais são exercidos pelo indivíduo contra o Estado, seja
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Orientações
A base doutrinária dessa questão encontra-se no livro de
autoria de Gilmar Ferreira Mendes e outros, Curso de Direito
Constitucional, 4ª ed., São Paulo: Saraiva, 2009, pp.611 e seguintes.
Não é uma questão fácil. Esse é um tema que gera muitas
dúvidas nos concursandos.
Como a questão solicitou muitas informações, temos que ser
mais objetivos. Inclusive, a objetividade foi destacada no enunciado
da questão.
Atenção para não se esquecer de discorrer sobre nenhum dos
pontos solicitados. Procure riscar os itens que você já tiver tratado,
como se fosse um check list.
PARAGRAFAÇÃO
Perceba que, mais uma vez, o roteiro foi traçado. Cumpre-nos,
portanto, a distribuição dos parágrafos que, nesse caso, fica fácil.
Vejamos:
1º PARÁGRAFO (introdução) – Como foi solicitada a origem
histórica. Nesse caso, por que não utilizar a própria introdução, com
modificações, no caso, de estilo.
2º PARÁGRAFO (desenvolvimento – instrumento de
defesa jurisdicional) – tratar sobre a possibilidade de utilizar o
direito de petição como instrumento de defesa jurisdicional.
3º PARÁGRAFO (desenvolvimento – manejo por
estrangeiros) – discorrer sobre a possibilidade de estrangeiros
também utilizarem esse direito.
4º PARÁGRAFO (desenvolvimento – se o uso é restrito à
defesa de direitos individuais) – argumentar se o uso desse
direito é restrito à defesa dos direitos individuais.
5º PARÁGRAFO (desenvolvimento – destinatários da
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Proposta de solução
O direito de petição, que configura clássico direito fundamental,
possui origem no conhecido Bill of Rights inglês, datado de 1689,
resultado da Revolução Gloriosa, de 1688.
Esse direito, na verdade, consiste em importante instrumento de
defesa não jurisdicional dos direitos individuais, gerais ou coletivos, sendo
de índole administrativa.
Apesar de o caput do art. 5º da Constituição Federal dispor que os
direitos individuais se aplicam aos brasileiros e estrangeiros residentes no
país, o Supremo Tribunal Federal entende que os direitos individuais se
estendem aos estrangeiros, independentemente de residirem ou não no
país. Assim, por evidente, o direito de petição pode e é, de fato, exercido
tanto por nacionais como por estrangeiros.
O direito de petição presta-se, é notório, tanto à defesa de direitos
individuais contra eventuais abusos, como também para a defesa de
interesse geral e coletivo. Portanto, não se restringe apenas à defesa dos
direitos individuais.
A petição elaborada deve ser destinada ao órgão ou à autoridade
competente vinculado ao objeto do inconformismo manifestado pelo
peticionante.
Dessa forma, percebe-se a importância do direito de petição para defesa
contra o abuso de direito e a obtenção de informações, sendo um direito
fundamental positivado na atual Constituição da República.
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Apresentação
Olá Concurseiro! =)
Meu nome é Ali, Engenheiro Civil de formação, Especialista em
Administração Tributária e em Gestão de Políticas Públicas. Sou
Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil (AFRFB) aprovado no
último concurso da instituição. Venho ministrando cursos de Direito
Previdenciário desde 2011 neste respeitado e conceituado site de
preparação para carreiras públicas, sendo esse o meu 7.º curso
ministrado.
Tenho uma boa experiência em concursos públicos, tendo sido
aprovado em alguns cargos antes de adentrar a Receita Federal do
Brasil, entre outros: Técnico Judiciário do TJ/PR, Técnicos de Suporte
em Infraestruturas de Transportes do DNIT, Analista de
Infraestruturas de Transporte do DNIT, Analista Judiciário do TRT-8 e
Analista de Orçamento do MPU.
Sobre o nosso curso de Técnicas e Temas para as Provas
Discursivas, estarei trazendo 18 Temas sobre Direito
Previdenciário, (conteúdo que se encontra embutido na disciplina
Direito Tributário), com as devidas Orientações Gerais e a
respectiva Proposta de Solução. Será um curso célere, com revisão
dos tópicos importantes, pois a essa altura dos acontecimentos,
pressupõe-se que você já tem amplo conhecimento de todas as
disciplinas, uma vez que venceu milhares de candidatos na primeira
fase e está caminhando, a passos largos, à segunda e derradeira fase
do certame. A vitória está próxima! =)
Sem maiores delongas, vamos à nossa aula! Bons Estudos! E
muito sucesso nessa Reta Finalíssima. =)
10. INÉDITA
“Embora a arquitetura da seguridade brasileira pós-1988 tenha a
orientação e o conteúdo daquelas que conformam o estado de bem
estar nos países desenvolvidos, as características excludentes do
mercado de trabalho, o grau de pauperização da população, o nível
de concentração de renda e as fragilidades do processo de
publicização do Estado permitem afirmar que no Brasil a adoção da
concepção de seguridade social não se traduziu objetivamente numa
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Orientações
Primeiramente, tome muito cuidado com os “textos
motivadores”. Eles geralmente não servem para muita coisa, exceto
atrapalhar você na hora organizar as suas ideias. Não o leve em
consideração! Leia o comando da questão e responda de forma
objetiva sempre!
No tema em questão, pede-se para dissertar sobre a
Seguridade Social abordando quatro tópicos. Nesse caso, aconselho
você a estruturar a sua redação com quatro parágrafos, separando
um parágrafo para cada tópico. Em provas de concurso, esqueça a
“fórmulinha” ensinada na 8.ª série de que o texto deve ter 3
parágrafos, sendo um de introdução, um de desenvolvimento e um
de conclusão. Responda o que foi solicitado no comando, de forma
objetiva, correta, organizada e com letra legível, isso vai te
garantir uma excelente nota. =)
Quantas linhas escrever? Observe que o comando é claro ao
definir o limite mínimo (40 linhas) e máximo (60 linhas). Nesse caso,
projete o seu rascunho para aproximadamente 50 linhas, pois ao
passar a limpo, se der um pouco a menos ou um pouco a mais, você
não será penalizado por não estar dentro dos limites. Procure deixar
todos os parágrafos com aproximadamente o mesmo tamanho, ou
seja, 4 parágrafos de 12 ou 13 linhas. No entanto, se algum deles
apresentar poucas linhas a menos ou linhas a mais, não haverá
problema! O que não pode é deixar o segundo parágrafo com 2 linhas
e o terceiro com 20, entendeu? =)
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Tem que decorar? Não precisa decorar palavra por palavra, mas
é interessante ter a ideia central em mente. =)
E os princípios constitucionais da Seguridade Social? Preciso
lembrar-me de todos? Explanar sobre cada um deles? Citar todos ou
pelo menos os principais é ponto positivo para a sua prova. Explanar
sobre cada um é desnecessário, pois não é uma avaliação específica
sobre princípios constitucionais, logo, não precisa apresentar um
grande aprofundamento sobre o tema. Para você relembrar, são
esses os princípios:
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Proposta de solução
A Seguridade Social, conforme dispõe a Constituição Federal de
1988 (CF/1988), é definida como um conjunto integrado de ações de
iniciativa dos Poderes Públicos (Estado) e da Sociedade, destinadas a
assegurar aos indivíduos as seguintes proteções sociais: Saúde,
Previdência Social e Assistência Social. Por sua vez, a Seguridade Social
será organizada pelo Estado por meio de lei ordinária e deverá obedecer
alguns princípios constitucionais, que garantem o bom funcionamento do
sistema securitário brasileiro. Entres os princípios da Seguridade Social
expressos na CF/1988, podemos citar os seguintes: Princípio da
Universalidade da Cobertura e do Atendimento, Princípio da Seletividade
e Distributividade, Princípio da Equidade na Forma de Participação no
Custeio e o Princípio da Diversidade da Base de Financiamento.
Quanto ao financiamento, a Seguridade Social será financiada por
toda a Sociedade, de forma direta e indireta, e pelo Estado, nos termos da
Lei n.º 8.212/1991, que define o Plano de Custeio da Seguridade Social.
Tal financiamento será realizado pelos recursos provenientes dos
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11. INÉDITA
“Os beneficiários da Previdência Social são os segurados e seus
dependentes. Os segurados podem ser obrigatórios, quando exercem
atividade remunerada vinculada ao Regime Geral de Previdência
Social - RGPS, ou facultativos, quando contribuem de forma
facultativa para a Previdência Social.”
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Orientações
Mais uma vez, leia o texto motivador e esqueça-o! Observe que
o comando pede para você dissertar sobre Segurados da Previdência
Social abordando 7 tópicos distintos. Como de costume, vamos dividir
o nosso rascunho em 7 parágrafos de 7 linhas aproximadamente (50
linhas / 7 parágrafos 7 linhas por parágrafo). Ahhh... E se a questão
não trouxesse essa separação em tópicos? E se fosse uma questão
única sem divisões? Nesses casos, aconselho a você, antes de
elaborar o rascunho, preparar uma estrutura em tópicos do assunto
cobrado na questão da seguinte forma:
Tópico 1: Conceito legal;
Tópico 2: Aplicação ao caso concreto;
Tópico 3: Especificidades;
Tópico 4: Ressalvas.
Essa estrutura é só um exemplo, você pode abrir menos ou
mais tópicos! No exemplo, você pegou uma questão única e “abriu”
em quatro tópicos. Agora é só escrever um tópico por parágrafo e sua
produção textual estará excelentemente bem organizada e
estruturada (já ganhou muitos pontos com isso). =)
Dando continuidade, vamos analisar e dar as devidas
orientações gerais para cada parágrafo de sua produção textual.
1.º Parágrafo: Os segurados do Regime Geral de Previdência
Social (RGPS) se dividem entres segurados obrigatórios e
facultativos. Conforme dispõe a legislação previdenciária, o simples
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Proposta de solução
Os segurados do Regime Geral de Previdência Social (RGPS),
conforme dispõe o Regulamento da Previdência Social de 1999
(RPS/1999), são classificados em obrigatórios e facultativos. Todo
indivíduo que exerce atividade laboral remunerada é automaticamente
filiado ao RGPS na condição de segurado obrigatório em uma de suas
cinco classes: empregado, empregado doméstico, contribuinte individual,
trabalhador avulso ou segurado especial. Por seu turno, o cidadão que não
exerce atividade remunerada e deseja estar filiado ao RGPS, poderá
participar na condição de segurado facultativo.
O empregado é aquela pessoa física que presta serviço de natureza
urbana ou rural à empresa, em caráter contínuo (não eventual), sob
subordinação jurídica, mediante remuneração. Como pode ser observado,
o conceito jurídico de empregado é idêntico tanto no Direito
Previdenciário quanto no Direito do Trabalho. Por sua vez, o RPS/1999
traz inúmeras atividades e profissões que se enquadram no conceito de
segurado empregado, sendo interessante citar o caso do Menor Aprendiz,
que é aquele que, a partir dos 14 anos de idade, trabalha sujeito à
formação técnico-profissional.
O empregado doméstico é o indivíduo que presta serviço de natureza
contínua (não eventual), mediante remuneração, a outra pessoa física ou
família, no âmbito residencial, sem finalidade lucrativa. A priori, tem-se o
enquadramento clássico da empregada doméstica, que preenche
completamente os requisitos legais supracitados, mas ainda temos outras
atividades nesse rol de segurados, como é o caso do motorista particular
da família, que também é enquadrado como empregado doméstico, desde
que preencha todos os requisitos supracitados.
O Contribuinte Individual, em regra, é a pessoa física que presta
serviço, em caráter eventual a uma ou mais empresas, sem manter relação
de emprego. Também se enquadra nessa situação, o indivíduo que exerce,
por conta própria, assumindo o risco da atividade, atividade econômica
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12. INÉDITA
“Para financiar a aposentadoria especial e os demais benefícios
concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa
decorrente dos riscos ambientais do trabalho, as empresas estão
obrigadas a contribuir para a Previdência Social mediante a aplicação
de alíquotas variáveis, de acordo com o grau de risco da atividade
preponderante, sobre o total da remuneração paga, devida ou
creditada a qualquer título, no decorrer do mês, ao segurado
empregado e ao trabalhador avulso.
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Orientações
Nesse tema, o comando veio em texto único, sem separação
por tópicos. O que fazer? Vamos realizar a nossa própria estruturação
em tópicos! Lendo o enunciado, podemos dividir a nossa produção
em duas, da seguinte maneira:
Tópico 1: Contribuição da empresa destinada ao financiamento
dos benefícios concedidos em razão do Grau de Incidência de
Incapacidade Laborativa decorrente dos Riscos Ambientais do
Trabalho (GILRAT);
Tópico 2: Contribuição adicional da empresa destinada ao
financiamento da aposentadoria especial dos indivíduos sujeitos
a atividades que ensejem tal benefício previdenciário (Adicional
GILRAT);
Realizada essa estruturação, como planejar o nosso rascunho?
Observe que estamos diante de um tema de 15 a 30 linhas, logo,
vamos planejar que a nossa produção textual terá algo próximo de 22
linhas (média entre 15 linhas e 30 linhas). Com isso, podemos
montar dois parágrafos com 11 ou 12 linhas cada.
Dando continuidade, vamos analisar e dar as devidas
orientações gerais para cada parágrafo de sua produção textual.
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Proposta de solução
A Contribuição da empresa destinada ao financiamento dos
benefícios concedidos em razão do Grau de Incidência de Incapacidade
Laborativa decorrente dos Riscos Ambientais do Trabalho, conhecida
apenas por GILRAT, financiará os benefícios previdenciários decorrentes
dessas atividades (Auxílio-Doença e Aposentadoria por Invalidez) aos
funcionários que trabalham em empresas que apresentam riscos
laborativos. O GILRAT incidirá sobre a remuneração dos empregados e
trabalhadores avulsos a uma alíquota de 1%, 2% ou 3%, para as
atividades de risco de acidente leve, médio e grave, respectivamente. A
aferição desse risco é realizada pela empresa, considerando sua atividade
preponderante, ou seja, a alíquota refletirá a atividade que conta com o
maior número de trabalhadores envolvidos.
Por sua vez, a Contribuição adicional da empresa destinada ao
financiamento da aposentadoria especial dos indivíduos sujeitos a
atividades que ensejem tal benefício previdenciário, conhecida
simplesmente como Adicional GILRAT, financia a Aposentadoria Especial
dos trabalhadores que exercem atividades que ensejem tal benefício
previdenciário. As alíquotas do Adicional GILRAT serão de 12%, 9% ou
6%, para as atividades que ensejarem Aposentadoria Especial após 15, 20
ou 25 anos, respectivamente. Por fim, é importante ressaltar que o
Adicional GILRAT incide exclusivamente sobre a remuneração dos
trabalhadores que exercem tais atividades, ao contrário da aplicação do
GILRAT, que engloba a remuneração de todos os funcionários da empresa.
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Orientações
Galerinha! É importante termos ideia das questões já aplicadas
pela ESAF, mas antecipo que a banca não vai repetir o tema. O
objetivo do curso em andamento é, além de apresentar o
comportamento passado da ilustre organizadora, avançar em novos
tópicos nunca dantes explorados, e, por conseguinte, acertamos o
tema da prova [pura pretensão, mas vai que se concretiza, né?].
Vamos prosseguir.
É sabido que nem sempre foi creditado no Brasil que as
medidas provisórias poderiam instituir e majorar tributos. O problema
estaria na expressão “força de lei”. Porém, com o advento da Emenda
Constitucional 32/2001, a matéria restou pacificada em seu artigo 62,
§2°, que assim dispõe:
Art. 62 § 2º Medida provisória que implique instituição ou majoração
de impostos, exceto os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II,
só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido
convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada.
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Proposta de solução1
Segundo a Constituição Federal de 1988 (CF/1988), a lei que cria
ou majora o tributo deve ser anterior ao exercício financeiro em que o
tributo será cobrado, o princípio da anterioridade anual. A lei deve,
também, observar a antecedência mínima de 90 dias entre a data de
publicação da lei e a data em que passa a ter efeitos, o princípio da
anterioridade mínima.
Entretanto, tais princípios comportam exceções, como é o caso dos
impostos que, por atenderem a certos objetivos extrafiscais, necessitam de
maior flexibilidade e demandam rápidas alterações. O Imposto Territorial
Rural (ITR) não se enquadra entre as exceções, devendo, portanto,
obediência cumulativa aos princípios da anterioridade e da noventena.
A aplicabilidade de tais princípios – que visam à proteção do
contribuinte quanto a não surpresa do aumento da carga tributária – tem
uma leve sutileza tratando-se de medidas provisórias. Conforme a
CF/1988, a instituição ou a majoração de impostos, em regra, só surtirá
efeitos no exercício financeiro seguinte, isso se a medida provisória tiver
sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada. A
noventena, por sua vez, é contada da publicação da medida provisória, a
não ser que a lei de conversão altere substancialmente a medida, seguindo
orientação do STF.
1
Síntese dos livros dos autores Luciano Amaro e Eduardo Sabbag.
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Orientações
Este é um modelo sempre excelente para uma prova, pois é
curto, direto e sem rodeios. Solicita-se do candidato discorrer sobre
as limitações constitucionais ao poder de tributar. O problema
enfrentado, mais uma vez, é a limitação de linhas (se vira nas 15
LINHAS! No caso de vocês, nos 30!), ganhando realce, portanto, o
adequado planejamento.
Antes da paragrafação propriamente dita, vamos à tempestade
de ideias, isto é, rápidos lembretes teóricos, de forma a garantir aos
amigos a construção da dissertação sem necessidade de, nesse
momento, socorrer-se aos bons e recomendados manuais de Direito
Tributário. Vejamos:
Competência tributária: é uma prerrogativa de que são
portadoras as pessoas políticas, que se consubstancia na
faculdade de legislar para a produção de normas jurídicas sobre
tributos. Não devendo ser confundida, como vimos, com a
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Proposta de solução2
Ao conferir a competência tributária da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, a Constituição Federal outorgou a
essas pessoas políticas o poder de instituir tributos. Entretanto, essa
faculdade não é sem fronteiras, destacando-se um conjunto de princípios e
de normas que delimita a competência, as chamadas limitações ao poder
de tributar.
A visualização dessas limitações desdobra-se nos princípios
constitucionais, como os da legalidade, do não confisco e da anterioridade,
que protegem os cidadãos e os contribuintes contra o abuso do Estado no
exercício do poder de tributar; e nas imunidades, como é o caso da
imunidade recíproca, a qual proíbe que os entes políticos façam incidir
impostos sobre o patrimônio, a renda e os serviços uns sobre os outros.
Tais limites da competência tributária não se resumem aos listados
no texto constitucional, abre-se campo para a aplicação de outros
normativos (resolução do Senado, por exemplo), que, em certas situações,
2
Ssíntese do Luciano Amaro (Direito Tributário Brasileiro. 16ª edição. Editora Saraiva, 2010, p. 127-8).
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Orientações
Não fiquem chateados! Prometo postar uma prova de ESAF
por encontro, viu!
Tratando-se de provas discursivas, não temos dúvidas em
afirmar que, por vezes, os certames públicos representam
verdadeiros paradoxos. Trocando em miúdos. Para os temas
sugeridos pelas bancas organizadoras relativamente difíceis,
esforçamo-nos para atingir o número mínimo de linhas estabelecido.
Já para os temas, por assim dizer, “mais tranquilos”, nós
concursandos até criticamos o motivo de tão poucas linhas!
Certamente, no concurso em análise (ISS/RJ), esse paradoxo
foi verificado, pois, considerando a relativa “facilidade” do tema, os
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Proposta de solução
A expressão crédito vincula-se às relações obrigacionais, em que
uma pessoa, credora, tem o direito de exigir de outra, devedora, o
cumprimento de uma obrigação de dar, fazer e não fazer. Por isso, diz-se
que o crédito tributário decorre da obrigação tributária principal e tem a
mesma natureza desta. O crédito é a própria obrigação tributária, depois
que esta, obviamente, é tornada líquida, certa e exigível pelo ato ou
procedimento administrativo de lançamento.
Quanto à sua formalização, o crédito tributário pode ser constituído
pelo lançamento, por ato do particular (exemplo da Declaração de
Contribuições de Tributos Federais) e por ato judicial (exemplo das
sentenças proferidas pela Justiça do Trabalho quanto às contribuições
previdenciárias). Enquanto não extinto o direito de lançar do Fisco,
excepcionalmente o crédito pode ser alterado em virtude de: impugnação
do sujeito passivo, recurso de ofício e iniciativas de ofício, feitas pelo
próprio fiscal autuante ou pelo julgador tributário.
Uma vez constituído, o crédito tributário, marcado que é pelo
princípio da indisponibilidade do patrimônio público, somente se extingue
ou tem sua exigibilidade suspensa ou excluída, nos casos previstos em lei,
fora dos quais o seu pagamento e suas garantias não podem ser
dispensados, sob pena de responsabilidade funcional. Segundo o CTN, os
casos de suspensão, extinção e exclusão são interpretados literalmente e as
circunstâncias que excluem a sua exigibilidade não afetam a obrigação
tributária que lhe deu origem.
No CTN, as seguintes hipóteses suspendem a exigibilidade do
crédito tributário: a moratória (é a concessão de novo prazo para
pagamento da obrigação principal); o depósito do seu montante integral (é
o depósito voluntário pelo contribuinte em dinheiro da totalidade da
dívida); a concessão de liminar em mandado de segurança ou de tutela
antecipada em outras espécies de ação judicial (são os provimentos
jurisdicionais preliminares que impedem a exigência do tributo); e o
parcelamento (é o pagamento do débito tributário em diversas prestações).
À semelhança das hipóteses de suspensão, a extinção do crédito
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Apresentação
Olá, concurseiros da Receita Federal!
Meu nome é George Firmino, sou natural de Recife/PE e
graduado em Administração pela Universidade de Pernambuco
(UPE/FCAP).
Atualmente exerço o cargo de Auditor Fiscal da Receita Federal
do Brasil. Atuei inicialmente como parecerista em processos de
restituição e compensação tributária, bem como na orientação aos
contribuintes em questões que envolviam a interpretação da
legislação tributária. Após 2 anos como parecerista, passei a exercer
minhas atividades na malha fiscal e na fiscalização do Imposto de
Renda Pessoa Física, onde acumulo a Chefia da Equipe de Fiscalização
(pessoa física e jurídica).
Na minha jornada como concurseiro obtive aprovação nos
seguintes certames:
Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil, classificado na 68ª
posição e obtendo a 5ª maior nota nacional na prova
discursiva;
Agente Fiscal de Rendas da SEFAZ/SP (ICMS/SP);
Analista Tributário da Receita Federal do Brasil (ATRF);
Auditor Fiscal de Ipojuca/PE;
Auditor Fiscal de Abreu e Lima/PE (1º lugar);
Gestor da Secretaria de Administração/PE;
Assistente Técnico Administrativo do Ministério da Fazenda.
Para mim é uma grande satisfação participar deste curso ao
lado de professores tão renomados. O objetivo é explorar os temas
que apresentam maior probabilidade de cobrança nas provas
discursivas da Receita Federal.
Após a apresentação de cada tema, será feito um breve roteiro
identificando os pontos específicos que foram exigidos na resposta e,
em seguida, será divulgada uma resposta modelo.
Vamos lá, então?
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16. INÉDITA
A Constituição Federal atribui à União a competência para instituir
impostos sobre a renda e proventos de qualquer natureza. Contudo,
não estabeleceu os conceitos de renda e proventos, recepcionando as
definições do Código Tributário Nacional para os dois institutos.
Nesse contexto, defina os conceitos de renda e provento, abordando
as semelhanças e diferenças entre ambos, considerando as
disposições do CTN, bem como o entendimento da doutrina
dominante e dos tribunais superiores.
Extensão: 15 a 30 linhas
Orientações
A questão exige o conhecimento do artigo 43 do Código
Tributário Nacional que define o fato gerador do imposto de renda.
É importante observar o próprio enunciado define os itens que
devem ser abordados.
Quando estivermos diante desse tipo de questão, faz-se
necessária a abordagem de todos os tópicos pedidos e, sempre que
possível, na mesma ordem proposta pela banca, salvo se prejudicial
ao desenvolvimento de uma sequência lógica do tema.
Para garantir os pontos da questão, o candidato deveria
abordar, necessariamente:
A definição de renda e de proventos constantes no CTN;
A diferença entre os institutos;
O elemento comum aos dois institutos: o acréscimo
patrimonial;
O que tem entendido a doutrina e a jurisprudência acerca do
fato gerador do imposto de renda.
Conhecimentos necessários
“Art. 43. O imposto, de competência da União, sobre a renda e
proventos de qualquer natureza tem como fato gerador a aquisição
da disponibilidade econômica ou jurídica:
I - de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da
combinação de ambos;
II - de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os
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Proposta de solução
A Constituição Federal disciplina que compete à lei complementar
de normas gerais em matéria tributária definir os fatos geradores, bases de
cálculo e contribuintes dos impostos discriminados no próprio texto
constitucional. Em cumprimento a tal determinação, o Código Tributário
Nacional (CTN) estabelece que o imposto de renda incide sobre a
disponibilidade econômica ou jurídica de renda e proventos.
Na definição do CTN, renda representa o acréscimo
patrimonial proveniente do trabalho, do capital ou da combinação de
ambos. Assim, o salário recebido pelo trabalhador no final do mês
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17. INÉDITA
A tributação das pessoas jurídicas, diferentemente do que ocorre com
as pessoas físicas, pode resultar em pagamento do imposto de renda
mesmo quando não houver lucro.
Desenvolva um tema abordando as formas de tributação das pessoas
jurídicas, explicando em que situação pode ocorrer a hipótese
descrita na assertiva acima.
Extensão: 15 a 30 linhas
Orientações
Mais uma vez a questão faz referência aos tópicos que devem
ser abordados:
As formas de tributação do IRPJ;
Em que situação a empresa deverá pagar o imposto, mesmo na
ocorrência de prejuízo.
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Proposta de solução
A tributação da renda das pessoas jurídicas representa, em nosso
ordenamento, algo extremamente complexo. Por esta razão, no intuito de
permitir ao contribuinte a opção por uma forma mais simplificada de
apuração do imposto, o legislador previu três modalidades de tributação
das empresas, a saber: pelo lucro real, presumido ou arbitrado.
O lucro real constitui, como o próprio nome diz, o resultado de fato
obtido pela empresa, apurado a partir do lucro contábil, com os ajustes
efetuados pelas adições, exclusões e compensações permitidas pela
legislação.
O lucro arbitrado é uma forma peculiar de apuração da base de
cálculo do imposto de renda. Este sistema, dependendo de certas
condições, é alternativo ao lucro real ou presumido, os quais são os
sistemas padrão. Normalmente, o lucro arbitrado destina-se às empresas
que não possuem escrituração contábil ou fiscal, ou incorrem em outra
situação especificada nas hipóteses de arbitramento.
Já no lucro presumido, o contribuinte irá apurar a base de cálculo
mediante a aplicação de percentuais definidos na legislação para cada
tipo de atividade, que irão incidir sobre a receita bruta respectiva. A
lógica desta forma de tributação é que para cada tipo de atividade há uma
estimativa de qual percentual da receita bruta representa lucro. Por
exemplo, para o comércio de mercadorias, presume-se que o lucro
corresponde a oito por cento da receita bruta.
Com efeito, há que se perceber que o resultado apurado nesse último
modelo é algo presumido, ou seja, não é exato. Por esta forma de
tributação, mesmo a empresa não tendo lucro terá que pagar o imposto de
renda. Isso ocorre porque o contribuinte, ao optar pelo lucro presumido,
está abrindo mão de apurar o lucro real, mediante o confronto das receitas
e despesas, em troca de sofrer uma tributação com menos formalidades e
exigências em comparação com o lucro real.
18. INÉDITA
O Sistema Tributário Nacional é regido pela disciplina da Constituição
Federal e do Código Tributário Nacional, bem como pelo disposto nas
leis instituidoras dos tributos.
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Orientações
Nessa questão, o enunciado não mencionou os itens a serem
abordados, não tendo, por conseguinte um roteiro pré-determinado a
ser seguido.
O enunciado se limitou a pedir, de forma genérica, a disciplina
constitucional conferida ao IPI.
Nessa linha, seria interessante dividir a dissertação em:
1º parágrafo: Introdução. Abordar a disciplina constitucional
genérica, que pode ser aplicada a todos os impostos.
2º parágrafo: Caráter extrafiscal do IPI. Exceções aos
princípios da legalidade e anterioridade.
3º parágrafo: Seletividade, afirmando o caráter extrafiscal do
IPI.
4º parágrafo: Não-cumulatividade.
5º parágrafo: Conclusão.
Conhecimentos necessários
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao
contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios:
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;
III - cobrar tributos:b) no mesmo exercício financeiro em que haja
sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;
§ 1º A vedação do inciso III, b, não se aplica aos tributos previstos
nos arts. 148, I, 153, I, II, IV e V; e 154, II; e a vedação do inciso
III, c, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II,
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Proposta de solução
A Constituição Federal, não obstante conferir competência
tributária aos entes federados, estabelece limitações ao poder de tributar,
dais quais resultam os princípios constitucionais tributários. Esses
princípios conformam todo o sistema tributário, sendo aplicáveis a todos
os impostos, como a legalidade, anterioridade, irretroatividade, entre
outros.
Determinados impostos, entretanto, devido às suas peculiaridades,
acabam constituindo exceções a alguns desses princípios. É o caso do
imposto sobre produtos industrializados (IPI), tratado pela Constituição
como exceção aos princípios da legalidade e da anterioridade. Tal
particularidade se deve ao caráter extrafiscal do imposto, permitindo uma
manipulação mais eficaz por parte do governo, a fim de promover sua
política de regulação de determinado setor econômico ou modificações no
consumo da sociedade.
Exatamente para conferir efetividade ao caráter extrafiscal do IPI, a
Carta Magna estabelece para o legislador ordinário a observância da
seletividade. Isso significa que as alíquotas poderão variar em função da
essencialidade do produto. Dessa forma, os itens de primeira necessidade
terão alíquotas menores, ao passo que os mais supérfluos apresentarão
alíquotas mais expressivas.
Outra determinação constitucional direcionada ao IPI é a não-
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Técnicas e Temas de discursivas p/ ATRFB 2012
Equipe de Professores – Aula 01
FIM
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