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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA

PROFESSORA: RILDÉSIA SILVA VELOSO GOUVEIA

Depoimento sem dano


Depoimento sem dano

João Pessoa – PB
A preocupação em assegurar os direitos infantojuvenis
dispostos na Convenção Internacional sobre os Direitos das
Crianças (1989) e especificados no Estatuto da Criança e do
Adolescente (1990) vem sendo evocada na exposição de
motivos de diversos projetos de lei, na busca bem
intencionada de respostas às dúvidas e impasses que se
apresentam em situações do contexto contemporâneo.
Depoimento sem dano: o que é?

No depoimento sem dano, crianças e adolescentes são


ouvidos em uma sala aconchegante, especialmente
preparada para o atendimento de menores de idade,
equipada com câmeras e microfones para gravação do
depoimento. O Juiz, o Ministério Público, os advogados, o
acusado e os servidores judiciais assistem ao depoimento da
criança por meio de um aparelho de TV instalado na sala.
Depoimento sem dano: o que é?

Mais comumente, o
profissional que tem sido
designado pelo Juiz para
inquirir as crianças é o
assistente social ou o
psicólogo, que permanece
com fone no ouvido para que
o Juiz possa indicar perguntas
a serem formuladas à criança.
Depoimento sem dano: o que é?
A gravação é mantida nos autos, o que “permite que não só
as partes e o Magistrado tenham a possibilidade de revê-lo a
qualquer tempo para afastar eventuais dúvidas que possuam,
mas também que os julgadores de segundo grau, em
havendo recurso da sentença, tenham acesso às emoções
presentes nas declarações”
Como surgiu?

• A idéia de implantação do Depoimento sem Dano é


atribuída ao magistrado gaúcho Daltoé Cezar (2007).

• O projeto foi pensado a fim de evitar “perguntas


inapropriadas, impertinentes, agressivas e desconectadas
não só do objeto do processo, mas principalmente das
condições pessoais do depoente.”

• Assim, visava-se poder extrair a verdade real sem causar


danos psíquicos à criança ou adolescente.
Vantagens preconizadas
Característica do local

•Sala especialmente projetada, com “brinquedos espalhados pelo


chão, quadros coloridos nas paredes, almofadas, tapetes, mesinha,
cadeiras, lápis de cor, pincéis, canetinhas”.
• Visa-se “deixar a vítima mais à vontade”
Vantagens preconizadas
Profissionais capacitados
Muitas vezes a criança, ao não
conseguir se expressar verbalmente,
é capaz de fazê-lo por meio da
linguagem que lhe é familiar.

“Através de desenhos, jogos,


brincadeiras com bonecos que
reproduzem a cena traumática e
demonstrem a sexualidade, é possível
fazer com que a criança manifeste os
sentimentos que está vivenciando”.
Objeções levantadas
Na ciência da Psicologia

 Desvirtuamento da função do psicólogo

No Brasil, no entanto, há entendimento do CFP de que


esta técnica distancia-se do trabalho a ser realizado por
um profissional de psicologia, acarretando confusão de
papéis ou indiferenciação de atribuições, quando se
solicita ao psicólogo que realize audiências e colha
testemunhos.
Objeções levantadas
Na ciência da Psicologia

 Sessão única e impossibilidade de aferição


A oitiva da vítima uma única vez também tem sido alvo
de críticas pelos psicólogos, sob o argumento de que nem
sempre em apenas uma sessão a criança revele todo o
fato que interessa ao processo. Muitas vezes a criança
necessita de tempo e criação de laços de vínculo e
confiança para falar daquilo que prefere calar.
Considerações
Considerações finais
finais
Considerações finais
Apesar de todas as objeções levantadas, a proposta de
uma nova forma de tomada de depoimento de crianças e
adolescentes em Juízo tem se revelado eficaz tanto na
melhoria da produção probatória para instrução do
processo criminal quanto na mitigação dos danos antes
infligidos aos agora submetidos à inquirição. Como toda
inovação, o método tem sido objeto de ressalvas, mas
estas devem servir para aprimorá-lo, a fim de possibilitar
um maior bem-estar das crianças envolvidas.

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