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Campo Grande - MS
Junho de 2016
ADELCIMAR ALVES DA SILVA
Campo Grande - MS
Junho de 2016
S586d
Bibliografia: f. 18-19.
CDD 341.46
FOLHA DE APROVAÇÃO
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 1
7. CONCLUSÃO..................................................................................................................... 17
8. REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 18
1. INTRODUÇÃO
[1]
Disponível em: http://www.conjur.com.br/2015-jul-02/senso-incomum-quando-juizes-dizem-ncpc-nao-
obedecido
1
da sentença e de qualquer decisão judicial, seja interlocutória, sentença ou acórdão (art.
93,IX, da CF e 489, §1º, e incisos, do NCPC/2015).
De 1850 até 1939, os códigos de processo civil eram elaborados por cada
[2]
NOJIRI, Sérgio. O dever de fundamentar as decisões judiciais. 2ª Ed., São Paulo: Revista dos
Tribunais, 2000, (Coleção estudos de direito de processo de Enrico Tullio Liebman; 16), p. 27 e 28.
[3]
BARBOSA MOREIRA, José Carlos. A motivação das decisões judiciais como garantia inerente ao
Estado de Direito. Temas de Direito Processual, 2ª série, 2ª Ed. São Paulo: Saraiva 1988, p.83.
[4]
NOJIRI, Sérgio. Op. cit. p. 28.
2
estado-membro, nos limites de suas competências, e em todos contento a observância
do dever de fundamentação das decisões judiciais, que mesmo com a elaboração de um
Código Nacional em 1939, o dever de fundamentar as decisões não foi deixado de lado,
mas ainda era uma norma de caráter infraconstitucional.
3
Contudo, tornou-se impossível ignorar o aspecto axiológico do Direito,
principalmente, no momento das tomadas de decisão, bem como a complexidade das
relações sociais e as implicações relativas ao Direito.
[7]
BARROSO, Luis Roberto. Neoconstitucionalismo e a constitucionalização do direito. (O triunfo
tardio do direito constitucional no Brasil) Revista Eletrônica sobre Reforma do Estado (RERE),
Salvador,Instituto Brasileiro de Direito Público, n° 09, março/abril/maio, disponível em
<http://www.direitodoestado.com.br/rere.asp>
[8]
Idem.
[9]
RAMOS, João Palma. Estado de Direito como Estado Constitucional: o neoconstitucionalismo. In
Teoria da Argumentação e Neo-constitucionalismo: um conjunto de perspectivas. Coordenação: Bárbara
Cruz et al, Coimbra: Almedina, 2011.
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Se percebe essa mudança com a Constituição Federal de 1988, que no
seu artigo 93, IX, prevê a garantia constitucional de obter do Estado as decisões
judiciais e administrativas fundamentadas.
Pode se afirmar, em tal perspectiva, que qualquer ato que viole a norma
constitucional se reveste de gravidade e, no campo própria do processo, deve ser
prontamente expurgada, para assegurar a concretude da norma constitucional.
O Novo CPC/2015 traz esse objetivo para dentro do seu corpo, onde faz
a síntese dos princípios constitucionais, elencando-os nos doze primeiros artigos, sendo
aplicável em toda a sua extensão os ensinamentos acima reproduzidos, sem impedir de
alinhar vários outros em dispositivos dispersos.
5
3.2 Garantias Constitucionais: Conceito
ROBERTO, Eros. A Ordem Econômica na Constituição de 1988. São Paulo : editora Malheiros.
[11]
BONAVIDES, Paulo. Curso de Direito Constitucional. 10 ed., São Paulo : Malheiros, 2000, p.493.
[12]
SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 20 ed., São Paulo : Malheiros,
2002, p. 418.
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Sobre o assunto, leciona Fux (2011 apud Duarte, 2013): “Assim é que,
v.g., na solução de uma questão humana deve assumir relevo a regra infraconstitucional
à luz do princípio da dignidade da pessoa humana.”[13]
Segundo essa doutrina, é necessário que além de uma previsão legal para a
prestação desse direito haja também recursos materiais disponíveis para sua
satisfação, motivo pelo qual, em fase judicial, defende que os juízes não
teriam capacidade funcional necessária para garantir a efetivação das
prestações dos direitos sociais, tratando-se de questão que foge dos âmbitos
judiciais. Essa teoria surgiu a partir da jurisprudência constitucional alemã,
segundo a qual a construção dos direitos às prestações materiais por parte do
Poder Público está sujeita à condição de disponibilidade dos respectivos
recursos. Nesse entender, a decisão sobre a disponibilidade, ou não, desses
recursos, é discricionária, governamental e parlamentar, através da
composição dos orçamentos públicos. “A expressão reserva do
possível procura identificar o fenômeno econômico da limitação dos recursos
disponíveis diante das necessidades quase sempre infinitas a serem por eles
supridas."
[13]
FUX, Luiz. O novo Processo Civil Brasileiro. Direito em expectativa. São Paulo: Forense, 2011.
[14]
RECH, Simone Aparecida. A reserva do possível, o mínimo existencial e o poder judiciário.
Disponível em:
http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=3942>.
7
Do princípio do devido processo legal, de importância ímpar no processo
civil contemporâneo, extraem-se também os corolários da razoabilidade e
proporcionalidade, ambos como mecanismos normativos de alcance pleno da dignidade
da pessoa humana no processo.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
(...)
[15]
MORAES, Alexandre. Constituição do Brasil Interpretada. 2ª ed. São Paulo : Atlas, 2003, p. 361.
8
elementos necessários à prolação de uma sentença de mérito justa e efetiva (art.6º, do
NCPC/2015).
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
(...)
[16]
SILVA, Ovídio A. Baptista. Curso de Processo Civil. 4ª. ed., São Paulo : Revista dos Tribunais,
1998, p. 69.
9
Há uma discussão latente quando do dever de fundamentar as decisões
judiciais, pois na busca de uma celeridade processual almejada como objetivo principal,
o requisito que originou-se do dever de fundamentar, pelo novo CPC/2015, traz certo
desequilíbrio as instituições processuais, no argumento de que não se pode seguir o rol
do art. 489, §1º, e incisos, no sentido taxativo, haja vista o excessivo número de
processo que o judiciário comporta em sua atual conjuntura. Contudo, tal justificativa
não se comporta, no sentido de que há uma crescente ampliação da digitalização dos
processos, fator que contribui para a eliminação da lentidão da marcha processual, sem
sombra de dúvidas.
10
4.6 Do Princípio da Fundamentação das Decisões Judiciais
[17]
LENZA, Pedro. Direito Constitucional esquematizado. 14 ed. São Paulo: Saraiva, 2010, p.793.
[18]
Míni Código Saraiva. Processo Civil. Constituição Federal e Legislação Complementar. 18.ed. São
Paulo: Saraiva, 2015..
11
interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação.
[19]
MONTENEGRO FILHO, Misael. Curso de Direito Processual Civil. Teoria Geral do Processo e
Processo de Conhecimento. 2.ed. São Paulo: Atlas, 2006. v.1. p.647.
[20]
NERY JÚNIOR, Nelson. Princípios do Processo Civil na Constituição Federal. São Paulo: Revista
dos Tribunais, 1999. p.175-6.
12
teria como elaborar um possível recurso para instância superior, visto que não está claro
o motivo que seu pedido ou sua defesa foi rejeitado pelo juiz. Segundo, ofenderia o
princípio da publicidade, já que todos tem o direito de ter acesso às decisões judiciais
(salvo exceções, como as decisões de segredo de justiça). Além disso, dificultaria o
próprio Tribunal ad quem, que julgaria o recurso da parte vencida, isto porque, o órgão
colegiado, assim como os demais interessados não saberia os motivos daquela decisão e
assim não poderia dizer se está justa ou não.
[21]
DIDIER JÚNIOR, Fredie; BRAGA, Paula Sarno; OLIVEIRA, Rafael. Curso de Direito Processual
Civil. 5.ed. Salvador: Podivm, 2010. v.2. p.290.
[22]
NERY JÚNIOR, Nelson. Princípios do Processo Civil na Constituição Federal. São Paulo: Revista
dos Tribunais, 1999. p.175-6.
[23]
MONTENEGRO FILHO, Misael. Curso de Direito Processual Civil. 11ª ed. Atlas S.A., 2015.
13
característica é nula, por afrontar o princípio constitucional estampado no
inciso IX do art. 93 do Texto Maior, que assegura a transparência das
decisões judiciais, infringindo, além disso, o princípio do devido processo
legal, o que pode e deve ser reconhecido de ofício pelo tribunal, por ser como
matéria de ordem pública, transpassando o interesse meramente particular das
partes. A nulidade da decisão judicial, pela falta ou pela deficiência de
fundamentação, não se confunde com a decisão judicial equivocadamente
fundamentada, que não é marcada pela nulidade, devendo ser apenas
corrigida, adequando-se aos fatos e aos argumentos jurídicos invocados pelas
partes. Essa Consideração é importante, já que a existência de
fundamentação, embora equivocada, não dá cabimento à interposição de
recurso extraordinário, à míngua de infração a disposição da CF.
O juiz não poderá, ante o que dispõe o art. 489, nos seus parágrafos e
incisos, do NCPC/2015, justamente em consonância com o art. 93, inciso IX, da
Constituição Federal, deduzir uma fundamentação singela e incompleta.
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questões de fato devem permitir que as partes e o público entendam de que modo foram
avaliadas as provas produzidas e porque a umas foi dado mais valor do que as outras,
além de criar critérios que, ao serem sistematicamente interpretados e aplicados pelos
Tribunais, colaborarão para a uniformização da jurisprudência acerca do tema.
7. CONCLUSÃO
Por fim, de se destacar que o tema, seja pela sua obrigatoriedade técnica,
seja pela relevância que ocupa no mundo do direito constitucional e processual, sempre
merecerá atenção e estudos afincos.
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8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[2] NOJIRI, Sérgio. O dever de fundamentar as decisões judiciais. 2ª Ed., São Paulo:
Revista dos Tribunais, 2000, (Coleção estudos de direito de processo de Enrico Tullio
Liebman; 16), p. 27 e 28.
[3] BARBOSA MOREIRA, José Carlos. A motivação das decisões judiciais como
garantia inerente ao Estado de Direito. Temas de Direito Processual, 2ª série, 2ª Ed.
São Paulo: Saraiva 1988, p.83.
[6] PERO, Maria Thereza Gonçalves. A motivação da sentença civil. São Paulo:
Saraiva. 2001, p.70.
[8] Idem.
[12] SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 20 ed., São
Paulo : Malheiros, 2002, p. 418.
[13] FUX, Luiz. O novo Processo Civil Brasileiro. Direito em expectativa. São
Paulo: Forense, 2011.
18
[15] MORAES, Alexandre. Constituição do Brasil Interpretada. 2ª ed. São Paulo:
Atlas, 2003, p. 361.
[16] SILVA, Ovídio A. Baptista. Curso de Processo Civil. 4ª. ed., São Paulo: Revista
dos Tribunais, 1998, p. 69.
[21] DIDIER JÚNIOR, Fredie; BRAGA, Paula Sarno; OLIVEIRA, Rafael. Curso de
Direito Processual Civil. 5.ed. Salvador: Podivm, 2010. v.2. p.290.
[23] MONTENEGRO FILHO, Misael. Curso de Direito Processual Civil. 11ª ed. Atlas
S.A., 2015.
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