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FACULDADE METROPOLITANA DE ANÁPOLIS – FAMA

O USO DE PARKLETS COMO UMA ESTRUTURA EMERGENTE

Felipe Pereira Meneses


Ulisses Ferreira

Trabalho acadêmico, apresentado aos Prof(s).


Jorge Oliveira e Talita Siade, com vistas à
aprovação da disciplina Gestão e Planejamento, 8º
P. Noturno, do Curso de Arquitetura e Urbanismo
da Faculdade Metropolitana de Anápolis – FaMA.
Data:10/04/2017

Anápolis – GO
2017
RESUMO
Devido aos efeitos negativos que décadas de planejamento urbano focado no automóvel causaram no
ambiente urbano, que negligenciou de diversas maneiras a dimensão humana, atualmente, há diversas
abordagens em curso visando modificar esse quadro em diferentes lugares do mundo.

Essas abordagens em alguns casos tomam a forma de intervenções temporárias, de baixo custo e
escaláveis, que se enquadram dentro do conceito de urbanismo tático. Dentro desse tipo de intervenção
está a substituição de vagas de estacionamento por parklets, miniparques que funcionam como um
espaço de convivência para as pessoas e contribuem para humanizar e dar maior qualidade às ruas. Este
estudo propõe analisar o uso de Parklets como uma estrutura emergente tendo como parâmetros as
cidades de São Paulo e Goiânia.

Palavras-chave: Parklet, estacionamento, vaga viva, áreas de convívio, mini parks.


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO
1.1 Urbanismo tático ............................................................................................................................ 5
1.2 O que é parklet?
1.2.1 Definição ........................................................................................................................................ 8
1.2.2 O Parklet como uma estrutura emergente ....................................................................................... 7
1.2.3 Surgimento, características e funcionalidades ................................................................................ 9
1.2.4 Parklet como política pública ........................................................................................................ 10

2. LEIS E DIRETRIZES
2.1 Paviment to parks .......................................................................................................................... 11
2.2 Da aplicação em São Paulo – SP .................................................................................................... 13

3. ESTUDO DE CASOS
3.1 Estudo de impacto em São Francisco - Califórnia

3.2 Estudo de impacto em São Paulo - SP

4. Considerações finais

5. Referências
1. INTRODUÇÃO

Atualmente, diversas ações têm sido tomadas no sentido de tornar as cidades lugares mais
humanizados e de tentar diminuir os problemas advindos da influência negativa que anos de
planejamento focado nos automóveis trouxeram ao ambiente urbano. Essas ações, cada vez mais, se
processam em escalas diversas e de diferentes maneiras. Nesse sentido, nas últimas décadas, assumiram
um caráter mais prático, onde intervenções relativamente simples, temporárias e de baixo custo
emergiram como forma de propor soluções a problemas comuns enfrentados pelas cidades modernas.
Somado a esse cenário, há uma crescente preocupação a respeito do quanto as áreas urbanas são
propícias ao deslocamento a pé. Seguindo essa linha, diversas iniciativas e estratégias têm sido
empregadas de forma a estimular a caminhada como meio de locomoção e desestimular o uso do carro
quando possível, trazendo benefícios sociais, econômicos e ambientais para os centros urbanos.
Nesse contexto, emergem iniciativas como o parklet, que surgiu em 2005, e cujo objetivo é transformar
um espaço característico do automóvel, a vaga de estacionamento, em um lugar de convivência para as
pessoas, funcionando também como uma espécie de convite à reflexão a respeito do papel do automóvel
no ambiente urbano moderno.

1.1 Urbanismo Tático

Segundo STIFFENS VERGARA 2013

“O urbanismo tático é uma abordagem voluntária de construção das cidades, como


forma de intervenções escaláveis de curto prazo e baixo custo, que utiliza do processo
participativo tanto na faze de partido quanto em sua faze de execução, além de dotar
à sociedade de informações para o planejamento a longo prazo, de forma a reconhecer
o valor das ações informais no espaço público e incorporar na forma de políticas
públicas urbanas inclusivas de longo prazo”.

Seguindo esse pensamento percebe-se que as soluções propostas pelo urbanismo tático permitem
aos poderes públicos e privados um novo modo de promover a humanização de espaços públicos num
contexto geral, admitindo soluções e práticas de pequeno porte sem que seja necessariamente definitiva,
podendo ser testadas e caso não sejam satisfatórias serem revertidas sem grandes impactos, além de ser
promovidas por diferentes autores gerando uma maior diversidade de instrumentos urbanísticos.

Observa-se que esse modelo se contrapõem aos tradicionais projetos de urbanismo, que em grande
parte exigem elevados gastos do dinheiro público, tempo e na maioria das vezes um longo processo
burocrático, além de que se não surgir o efeito desejado podem acarretar um lastro de desperdício e
impactos negativos à sociedade (Pavement To Park 2017).

1.2 O que é parklet?


1.2.1 Definição
O parklet é uma intervenção temporária que busca ciar espaços de convivência, funcionando
como uma extensão da calçada ou do passeio público, sendo instalados no local de vagas de
estacionamento de automóveis previamente analisados, sendo estes substituídos por plataformas com
estruturas e layouts diversificados, podendo ser inseridos em seu projeto cadeiras, mesas, paraciclos,
paisagismo, guarda-sóis dentre outros variados aparelhos e mobiliários. “Caracterizam-se também por
serem estruturas removíveis e temporárias que podem permanecer no local por um dia, por alguns meses
ou até anos” (Littke, 2016).
O conceito foi ampliado em alguns lugares e passou a designar intervenções em outros trechos
da infraestrutura viária além dos estacionamentos, como, por exemplo, espaços mortos em interseções
(Koué, 2013). Há também um novo modelo de parklet, só que como estrutura fixa estando este em faze
de prototipagem e analise e que é utilizado como áreas de drenagem pluvial urbana (Pavment to parks
2017). No entanto, o presente trabalho trata do tema conforme a definição mais disseminada e específica,
que está apresentada no Caput do parágrafo.

1,2.2 O Parklet como uma estrutura emergente


Segundo Koué (2013, p.02), o parklet pode ser considerado como uma estrutura emergente pois
além de se integrar a uma forma de urbanismo tático, tem um conceito que defendido pela autora se
origina da “necessidade de corrigir problemas de infraestrutura das cidades modernas”. Onde a autora
define uma infraestrutura emergente com base em quatro definições que auxiliam para o melhor
entendimento do mesmo.

(Koué, 2013, p.2, tradução nossa):

Primeiro, infraestruturas emergentes são criadas de ‘baixo para cima’ para melhorar
a eficiência de comportamentos que ocorrem naturalmente. Segundo, infraestruturas
emergentes são flexíveis e adaptáveis, se desenvolvem e mudam ao longo do tempo
em resposta a tensões crescentes. Terceiro, infraestruturas emergentes são
condensadas, simplificadas e/ou versões cooperativas de infraestruturas existentes,
eficientes em seu uso do espaço, material e energia, que fornecem serviços ao público.
Uma quarta condição das infraestruturas emergentes que frequentemente se aplica é a
de que são parcerias público privadas.

1.2.3 Surgimento, características e funcionalidades


O termo “parklet” surgiu em meados de 2005, em San Francisco Califórnia nos EUA, onde uma
Organização ativista de arte e design chamada Rebar, teve a iniciativa de alugar uma vaga de
estacionamento e transformá-la em um pequeno parque por apenas duas horas. “Esse miniparque, o
primeiro ‘parklet’, foi criado para gerar um debate crítico a respeito da qualidade e necessidade de
espaços públicos. ” (Littke, 2016, p. 2).
Ainda em 2005, após toda a repercussão, sendo esta intervenção bem vista aos olhos da
sociedade, deu origem ao projeto Park(ing) day, na mesma cidade, visando reclamar espaços públicos
não utilizados e os espaços reservados aos carros e transformá-los em espaços públicos por um dia, o
que acabou se tornando um evento anual celebrado em diversas partes do mundo (Littke, 2016). Em
apenas seis anos, precisamente em 2011, como parte do movimento Park(ing) Day, “incríveis 975
miniparques foram instalados em mais de 160 cidades ao redor do mundo” (Kelly, 2013).
Para este feito vários autores tomaram parte nessa disseminação, iniciativa privada, ONGs, setor
público, privado ou de outras origens. No entanto, uma característica comum, uma vez que a instalação
do parklet seja regulada, é que os mesmos sejam propostos por estabelecimentos comerciais privados
como cafés e restaurantes, que se beneficiam com a sua implantação, ao mesmo tempo em que fornecem
um espaço público de qualidade para a comunidade local. Deste modo, esse tipo de solução representa
um novo tipo de parceria frutífera entra a esfera pública e a privada.

1.2.4 Parklet como política pública


Com o sucesso da proposta em diversos locais, veio a formalização do parklet dentro das
políticas públicas da cidade de São Francisco. Assim, em 2010, o primeiro parklet formal foi concebido
e instalado na cidade. Em 2015 cinquenta parklets já haviam sido instalados. (Pavement to Parks, 2015).
Seguindo o exemplo bem-sucedido de São Francisco, diversas cidades ao redor do mundo passaram a
adotar os parklets dentro de suas políticas públicas. É o caso de cidades como Nova York, Los Angeles,
Oakland, Portland e Filadélfia nos EUA, São Paulo, Rio de Janeiro e Goiânia no Brasil, dentre outras.
No Brasil, os primeiros parklets surgiram em São Paulo, que teve um projeto piloto instalado
em 2013, numa ação conjunta entre ONGs, arquitetos e designers. (Prefeitura de São Paulo, 2015).
A regulamentação dos parklets estabelece critérios objetivos que possibilitam a adequação dos
mesmos à legislação local e às características das vias da cidade, evitando conflitos e definindo
características quanto ao local de implantação, tais como inclinação da via, distância de esquinas,
velocidade máxima da rua onde poderá ser instalado e tamanho máximo permitido. Também fornece
diretrizes gerais que direcionam e enfatizam o caráter público da intervenção e propõe regras para que
a limpeza e manutenção do local seja feita regularmente, algumas vezes, sob pena de ser perder a
permissão temporária para a instalação do parklet.

2. LEIS E DIRETRIZES
2.1 Pavement to parks
Pavement to parks é uma organização sem fins lucrativos situada em São Francisco Califórnia,
que busca criar artifícios que deem melhores condições de habitat para a sociedade, fomenta a
prototipagem dessas invenções e quando comprovada a funcionalidade de forma satisfatória realiza
todos os processos e elaboração de diretrizes para a regulamentação.
Propõe uma linha a ser seguida com dimensões mundiais, disponibilizando de forma livre os
parâmetros e diretrizes projetuais de seus projetos, um deles o parklet.

O programa tem como objetivos: reimaginar o potencial das ruas da cidade, encorajar
o transporte não-motorizado, promover segurança e atividades pedestres, fomentar
interação da comunidade local e apoiar os negócios locais. Cada projeto do programa
tem a intenção de ser um laboratório público onde novas ideias possam ser testadas
no domínio público de maneira temporária e facilmente reversível. Caso obtenham
um certo grau de sucesso, os espaços são reivindicados de forma permanente para o
público (Pavement to Parks, 2015).

2.2 Da aplicação em São Paulo – SP


Toda a regulamentação foi baseada seguindo os parâmetros disponibilizados pelo programa
Pavment To Park, incluindo suas leis e diretrizes projetuais.
O processo se inicia fazendo uso do (Decreto nº55.045, de 16 de abril de 2014) que
“regulamenta a instalação e o uso de extensão temporária de passeio público, denominada “parklet”,
dispõe dos procedimentos para a implantação, como, a documentação e os projetos, das obrigações do
mantenedor, do qual financia e zela da manutenção do mesmo assim como os elementos neles instalados
que serão plenamente acessíveis ao público, vedada, em qualquer hipótese, a utilização exclusiva por
seu mantenedor.

3. ESTUDO DE CASOS
Este tópico tem o objetivo de expor, de maneira geral, alguns esforços no sentido de
compreender a influência que os parklet podem exercer ao seu redor em termos de volumes de pedestres
e ciclistas, comercio local e percepção dos usuários sobre o ambiente no qual o parklet está inserido.
Não será seu objetivo, no entanto, entrar em detalhes dos resultados que não sejam pertinentes ou
relevantes ao estudo que está sendo feito neste trabalho.

3.1 Estudo de impacto em São Francisco – Califórnia

Foi feito uma análise de casos nos três primeiros parklets instalados de forma experimental, que
foram implantados em uma área de forte comércio na região da cidade de São Francisco, nos Estados
Unidos, este estudo revela que houve ascensão em relação ao tráfego de pedestres, em sua grande parte
no período noturno e notou-se um aumento significativo com relação a satisfação dos usuários que
chegaram a utilizar do espaço público. Referindo-se a questões econômicas dos estabelecimentos no
local, demostra-se através da pesquisa, que, os donos dos estabelecimentos estavam divididos a respeito
de se houve ou não aumento no volume das vendas consequentemente dos lucros obtidos. “Os dados
para a pesquisa foram coletados antes da implantação e seis semanas após instalado o parklet.” (Pratt,
2010).
Após 6 meses, foi feito um novo estudo de impacto no mesmo local, o resultado obtido mostrou
que houve um aumento significativo do volume de pedestres em uma das ruas onde foi instalado um dos
parklets e não houve mudança significativa nas demais ruas. Não houve preocupação significante dos
donos de estabelecimentos na área em relação à perda de vagas de estacionamento. Segundo Pratt, houve
variação na percepção dos entrevistados em relação aos aspectos qualitativos da área, como, por
exemplo, se a mesma era boa para se socializar, mas isso segundo o autor pode estar relacionado a outros
aspectos do ambiente ao redor de cada Parklet.
Ainda segundo Pratt (2011),
Embora as pesquisas feitas mostrem que os donos de estabelecimentos próximos
tendessem a não enxergar benefícios econômicos ligados ao novo espaço público, o
crescente número de estabelecimento interessados em instalar Parklets indicou que os
mesmos acreditam que haja benefícios econômicos advindos da instalação desse tipo
estrutura.

3.2 Estudo de impacto em São Paulo – SP

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4. Considerações finais

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5. Referências

GEHL, Jan. Cidade Para Pessoas. 2. ed. São Paulo: Perspectiva, 2014. 264 p.

CERQUEIRA, Yasminie Midlej Silva Faria. Espaço público e sociabilidade urbana: Apropriações e
significados dos espaços públicos na cidade contemporânea. 2013. 121 f. Dissertação (Mestrado) - Curso
de Arquitetura e Urbanismo, Programa de Pós-Graduação, Universidade Federal do Rio Grande do
Norte, Natal, 2013.

LIMA NETO, Joaquim Soares de; VIEIRA, Tiago Augusto. A estratégia de prevenção do crime
através do desenho urbano. 2014. 7 v. Dissertação (Mestrado) - Curso de Arquitetura, Revista Ordem
Pública e Defesa Social, São Paulo, 2014.
KOUÉ, Camille. Sustainable Implementation of Emerging Infrastructure in Cities: A
Case Study of Parklets. 2013. 61 f. Tese (Mestrado de Artes na Comunicação, Cultura e
Tecnologia) – Georgetown University. Washington, DC, EUA. 2013.

BEATO FILHO, Cláudio C.. Políticas públicas de segurança e a questão policial: A violência como
um problema público. 1999. São Paulo. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-88391999000400003>. Acesso em:
09 fev. 2017.

_________________________________________________________________________________

LITTKE, Hélène. Planning Practices of Greening, Challenges for Public Urban Green
Space. 2016. 94 f. Tese (Doutorado em Planejamento Urbano e Ambiente) - KTH Royal
Institute of Technology, Estocolmo, Suécia. 2016.

Kelly, Tim. Parklets. 2013. International Downtown Association. Disponível em:


<https://www.ida-downtown.org/eweb/docs/IDA_Parklet.pdf> Acesso em 22 de maio, 2017.

PRATT, L. 2010. Divisadero Trial Parklet Impact Report. San Francisco: San Francisco
Great Streets Project. Disponível em <http://pavementtoparks.org/wp-
content/uploads//2015/12/Parklet_Impact_Study.pdf> Acesso em 22 de maio de 2017.

PRATT, L. 2010. Parklet Impact Study. San Francisco: San Francisco Great Streets Project.
Disponível em < http://pavementtoparks.org/wp-
content/uploads//2015/12/divisadero_trial_parklet_impact_report_pratt.pdf> Acesso em 22 de maio de
2017.

STIFFENS VERGARA 2013


1. JUSTIFICATIVA DO ESTUDO E DELIMITAÇÃO DO TEMA

O trabalho em questão analisará o uso de Parklets como uma estrutura emergente nas cidades de
São Paulo e Goiânia,

Segundo Koué (2013, p.02)

Primeiro, infraestruturas emergentes são criadas de ‘baixo para cima’ para melhorar
a eficiência de comportamentos que ocorrem naturalmente. Segundo, infraestruturas
emergentes são flexíveis e adaptáveis, se desenvolvem e mudam ao longo do tempo
em resposta a tensões crescentes. Terceiro, infraestruturas emergentes são
condensadas, simplificadas e/ou versões cooperativas de infraestruturas existentes,
eficientes em seu uso do espaço, material e energia, que fornecem serviços ao público.
Uma quarta condição das infraestruturas emergentes que frequentemente se aplica é a
de que são parcerias público privadas.

A partir desse panorama as falhas de planejamento urbano afetam ainda mais países como o Brasil
de acordo com JAH GEHL (1936, p.06) “nos países emergentes, a situação da dimensão humana é bem
mais séria e complexa. (...) onde o tráfego de automóveis, por exemplo, cresce vertiginosamente e a
competição pelo espaço se intensifica”. Portanto é preciso que haja tomadas de decisões que agreguem
valor ao planejamento existente.

Tendo em vista que a urbanização é parte importante e indispensável para a manutenção e


sobrevivência dos sistemas econômicos e sociais, e considerando a necessidade de se fazê-la de forma
consciente e sustentável, o tema se torna relevante pois se encontra inserido na atualidade e na realidade,
não apenas das grandes cidades. Desde os primórdios da urbanização sua ascensão tem acontecido de
forma desenfreada e crescente, e em muitos aspectos a subjugação coloca o pedestre em uma posição
menos favorável. Entender de forma clara essa dinâmica, nos traz ferramentas para suavizar os impactos
causados por estes na vida dos indivíduos e da sociedade como um todo.

De acordo com Jan Gehl (1936, p.03)

Por décadas, a dimensão humana tem sido um tópico do planejamento urbano


esquecido e tratado a esmo, enquanto várias outras questões ganham mais força, como
a acomodação do vertiginoso aumento do tráfego de automóveis. Além disso, as
ideologias dominantes de planejamento – em especial, o modernismo – deram baixa
prioridade ao espaço público, às áreas de pedestre e ao papel do espaço urbano como
local de encontro dos moradores da cidade.

Devido a urbanização negativa que por décadas foram pensadas para a utilização de automóveis
deixando esquecidos o princípio da caminhabilidade e áreas de convívio espacial humano, vê-se a
necessidade de conter esse estilo de planejamento urbano e principalmente exercer de forma consciente
métodos para reestabelecer os conceitos antes concebidos. Atualmente diversas ações têm sido
estudadas a fim de criar melhores condições de tornar as cidades mais humanizadas, com o intuito de
diminuir as dificuldades advindas da influência negativa trazidas pelo planejamento voltado para as
maquinas.

Como observa Jan Gehl (1936, p.23)

Reforça-se a potencialidade para a cidade tornar-se viva, sempre que mais pessoas se
sintam convidadas a caminhar, pedalar ou permanecer nos espaços da cidade. A
importância da vida no espaço público, particularmente as oportunidades sociais e
culturais. (...) As brincadeiras externas acontecem não necessariamente em
playgrounds ou em áreas livres de automóveis, mas mais frequentemente nas ruas, ou
em frente às portas de entrada, onde estão os adultos... Novas informações são
conseguidas não importa onde as pessoas estejam, e portanto, em grande parte no
espaço comum da cidade.

Diante a vulnerabilidade dos projetos urbanos que em demasiado cedem as necessidades dos
contratantes se esquecendo da população as publicações cientificas com relação ao tema não acontece
na mesma proporção. Ainda existe uma cultura de omissão, por isso se torna importante o
esclarecimento do tema de forma responsável e respaldada nos critérios de imparcialidade.

Extensões temporárias de calçada promovem o uso do espaço público de forma


democrática, gerando lugares melhores para se viver e conviver. Em um dia, duas
vagas de estacionamento recebem 40 carros ou 300 pessoas em um parklet (Pesquisa
Parklet 2013, instituto mobilidade verde). Neste sentido, o parklet é uma intervenção
urbana que discute o espaço público e uso do solo de forma democrática.

O trabalho proposto poderá contribuir no acesso das informações de esclarecimento sobre o tema
à toda sociedade. Fazendo com que o conhecimento seja uma ferramenta de prevenção em defesa de
uma urbanização consciente e responsável que valorize o todo.

2. DEFINIÇÃO DO PROBLEMA

Um dos vários problemas que constitui o planejamento urbano das cidades é a falência de espaços
públicos dos quais em grande parte foram esquecidos não só para dar espaço as edificações comerciais,
industriais, residenciais e sistemas viários em prol da locomoção, mas que incessantemente preenchem
parte desses espaços para dar lugar a vagas de automóveis, que poderiam ser destinados a áreas de
convivência, recreação, descanso dentre outros.

Essa exclusão ocorre não somente nas áreas de periferia que sofrem na maioria das vezes por falta
de investimentos públicos, onde geralmente os espaços destinados a implementação para o convívio
humano em geral são sistematicamente tratados de forma erronia, desconfigurando características
essenciais de boas relações interpessoais praticadas em prol da população.

A falta de espaços para implantação de áreas públicas de cunho social ocorrem principalmente em
locais de autodesenvolvimento urbano, como nos grandes centros, tendo em grande maioria, um
planejamento urbano impensado, que no decorrer dos tempos perpetua a alusão de que para o
funcionamento ideal de uma cidade existe a necessidade de se dar espaço a transição da mobilidade
automobilística, se esquecendo das necessidades básicas dos pedestres, ciclistas e dos demais aspectos
que compõem a interação urbana, gerando um desacordo que hoje é bastante difundido e explorado afim
de amenizar os percalços antes aplicados.

Pensando nisso as principais estratégias a serem tomadas é sem sombra de dúvidas alimentar a
sociedade com equipamentos que tragam interatividade sócio espacial, difundido uma cultura consciente
dos espaços urbanos e suas necessidades, agregando panoramas paisagísticos que compatibilizem com
a coletividade.

Outro problema causado pelo mau planejamento urbano que limita os espaços públicos de
convívios é a falta segurança pública, em grande parte concentram atividades comercias e deixam muitas
das vezes de ofertar áreas de lazer e divertimento.

De acordo com Yasminie Midlej (2013, p.42)

A problemática surge no momento em que o aumento da violência e criminalidade no


país leva o Estado juntamente com os órgãos de segurança pública, de justiça criminal
e a sociedade organizada a compreenderem que o controle da criminalidade não deve
estar focado apenas em ações repressivas de polícia. Deve-se ir além do policiamento
tradicional, buscando efetivar ações preventivas que atuem sobre a causa do problema,
assim como sedimentar e fortalecer parcerias com outros órgãos da administração
pública e profissionais de outras áreas do conhecimento, como arquitetura, urbanismo,
engenharia, tecnologia, psicologia, entre outras, em busca da paz social.

Verificasse como princípios da CPTED (Crime prevention through environmental design) sigla
americana para a Prevenção de Crimes através do Design Ambiental.

A destinação do espaço como elemento fundamental para que se sedimente a


territorialidade. Não por outra razão, de maneira evidente deve estar o propósito, o
fim para o qual o espaço foi desenhado; bem como, as áreas existentes no espaço
devem despertar a atratividade e estimular o seu uso pretendido e adequado. Verifica-
se, que estes princípios se transformam em estratégias de planejamento dos espaços
voltados à segurança, com destaque para: criação do sentimento de pertença através
da ocupação, manutenção e gestão, supervisão pelos moradores e transeuntes dos
espaços, iluminação adequada, aumento do campo visual, implementação de barreiras
que dificultem o acesso, diminuição de áreas vulneráveis, promoção do uso misto,
criação de atividades de lazer e convivência social.

Quando esses espaços são deixados a esmo a grande probabilidade de gerar áreas marginalizadas
que de certa forma influenciam o desencadeamento de problemas sócias como tráfico de drogas,
violência, estupro, dentre vários outros que no fim trazem a população um elemento preocupante, o
medo. Por não serem habitadas com frequência trazem em si panoramas favoráveis a geração da
criminalidade e que não devem ser tratadas com imparcialidade havendo a possibilidade de amenizar
esse cenário através de ações que com um planejamento urbano adequado, fazem com que as pessoas
se sintam parte do ambiente, e que por mais que hajam diferenciais socioeconômicos a população tenha
em mente que esses espaços são para todos.

Como observa Yasminie Midlej (2013, pg.83)

Estimular a participação dos poderes públicos municipais em prol do fortalecimento


das atividades policiais, priorizando a restauração dos espaços públicos que estejam
deteriorados ou com infraestrutura deficiente e que estejam concorrendo para o
aumento da criminalidade, dando ênfase à execução de atividades lúdicas que
colaborem com o convívio social pacífico.

A problemática surge no momento em que o aumento da violência e criminalidade no


país leva o Estado juntamente com os órgãos de segurança pública, de justiça criminal
e a sociedade organizada a compreenderem que o controle da criminalidade não deve
estar focado apenas em ações repressivas de polícia. Deve-se ir além do policiamento
tradicional, buscando efetivar ações preventivas que atuem sobre a causa do problema,
assim como sedimentar e fortalecer parcerias com outros órgãos da administração
pública e profissionais de outras áreas do conhecimento, como arquitetura, urbanismo,
engenharia, tecnologia, psicologia, entre outras, em busca da paz social.

3. OBJETIVOS GERAL E ESPECÍFICOS

3.1 Geral
 Compreender o funcionamento e as transformações do espaço, trazidas pela implantação
temporária da plataforma denominada Parklets, como uma extensão de passeios públicos para
áreas de uso social.
3.2 Específicos
 Descrever sobre os impactos e aceitação causados na sociedade após a implantação da
edificação provisória, gerando reflexões sobre o usuário enquanto pratica o seu direito de
utilização das extensões que formam áreas de convívio.
 Analisar os parâmetros de utilização acerca da instalação e legislação vigentes, afim de
conceber diretrizes projetais que sirvam de base teórica a interessados na utilização deste
modelo. Sobretudo para futuras instalações.
 Identificar e mapear áreas de possíveis instalações na Avenida Coronel Tubertino Rios na
cidade de Jaraguá Goiás, para futura proposta de instalação de Parklets, incentivando a
utilização do mesmo.
 Materializar material coeso e de fácil entendimento para agregar conteúdo a legislação do
município de Jaraguá Goiás, para futuras instalações de Parklets.

4. REFERÊNCIAS

GEHL, Jan. Cidade Para Pessoas. 2. ed. São Paulo: Perspectiva, 2014. 264 p.

CERQUEIRA, Yasminie Midlej Silva Faria. Espaço público e sociabilidade urbana: Apropriações e
significados dos espaços públicos na cidade contemporânea. 2013. 121 f. Dissertação (Mestrado) - Curso
de Arquitetura e Urbanismo, Programa de Pós-Graduação, Universidade Federal do Rio Grande do
Norte, Natal, 2013.

LIMA NETO, Joaquim Soares de; VIEIRA, Tiago Augusto. A estratégia de prevenção do crime
através do desenho urbano. 2014. 7 v. Dissertação (Mestrado) - Curso de Arquitetura, Revista Ordem
Pública e Defesa Social, São Paulo, 2014.

KOUÉ, Camille. Sustainable Implementation of Emerging Infrastructure in Cities: A


Case Study of Parklets. 2013. 61 f. Tese (Mestrado de Artes na Comunicação, Cultura e
Tecnologia) – Georgetown University. Washington, DC, EUA. 2013.

BEATO FILHO, Cláudio C.. Políticas públicas de segurança e a questão policial: A violência como
um problema público. 1999. São Paulo. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-88391999000400003>. Acesso em:
09 fev. 2017.

__________________________________________________________________________________________

LITTKE, Hélène. Planning Practices of Greening, Challenges for Public Urban Green
Space. 2016. 94 f. Tese (Doutorado em Planejamento Urbano e Ambiente) - KTH Royal
Institute of Technology, Estocolmo, Suécia. 2016.

Kelly, Tim. Parklets. 2013. International Downtown Association. Disponível em:


<https://www.ida-downtown.org/eweb/docs/IDA_Parklet.pdf> Acesso em 22 de maio, 2017.

PRATT, L. 2010. Divisadero Trial Parklet Impact Report. San Francisco: San Francisco
Great Streets Project. Disponível em <http://pavementtoparks.org/wp-
content/uploads//2015/12/Parklet_Impact_Study.pdf> Acesso em 22 de maio de 2017.

PRATT, L. 2010. Parklet Impact Study. San Francisco: San Francisco Great Streets Project.
Disponível em < http://pavementtoparks.org/wp-
content/uploads//2015/12/divisadero_trial_parklet_impact_report_pratt.pdf> Acesso em 22 de
maio de 2017.

STIFFENS VERGARA 2013

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