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Anápolis – GO
2017
RESUMO
Devido aos efeitos negativos que décadas de planejamento urbano focado no automóvel causaram no
ambiente urbano, que negligenciou de diversas maneiras a dimensão humana, atualmente, há diversas
abordagens em curso visando modificar esse quadro em diferentes lugares do mundo.
Essas abordagens em alguns casos tomam a forma de intervenções temporárias, de baixo custo e
escaláveis, que se enquadram dentro do conceito de urbanismo tático. Dentro desse tipo de intervenção
está a substituição de vagas de estacionamento por parklets, miniparques que funcionam como um
espaço de convivência para as pessoas e contribuem para humanizar e dar maior qualidade às ruas. Este
estudo propõe analisar o uso de Parklets como uma estrutura emergente tendo como parâmetros as
cidades de São Paulo e Goiânia.
1. INTRODUÇÃO
1.1 Urbanismo tático ............................................................................................................................ 5
1.2 O que é parklet?
1.2.1 Definição ........................................................................................................................................ 8
1.2.2 O Parklet como uma estrutura emergente ....................................................................................... 7
1.2.3 Surgimento, características e funcionalidades ................................................................................ 9
1.2.4 Parklet como política pública ........................................................................................................ 10
2. LEIS E DIRETRIZES
2.1 Paviment to parks .......................................................................................................................... 11
2.2 Da aplicação em São Paulo – SP .................................................................................................... 13
3. ESTUDO DE CASOS
3.1 Estudo de impacto em São Francisco - Califórnia
4. Considerações finais
5. Referências
1. INTRODUÇÃO
Atualmente, diversas ações têm sido tomadas no sentido de tornar as cidades lugares mais
humanizados e de tentar diminuir os problemas advindos da influência negativa que anos de
planejamento focado nos automóveis trouxeram ao ambiente urbano. Essas ações, cada vez mais, se
processam em escalas diversas e de diferentes maneiras. Nesse sentido, nas últimas décadas, assumiram
um caráter mais prático, onde intervenções relativamente simples, temporárias e de baixo custo
emergiram como forma de propor soluções a problemas comuns enfrentados pelas cidades modernas.
Somado a esse cenário, há uma crescente preocupação a respeito do quanto as áreas urbanas são
propícias ao deslocamento a pé. Seguindo essa linha, diversas iniciativas e estratégias têm sido
empregadas de forma a estimular a caminhada como meio de locomoção e desestimular o uso do carro
quando possível, trazendo benefícios sociais, econômicos e ambientais para os centros urbanos.
Nesse contexto, emergem iniciativas como o parklet, que surgiu em 2005, e cujo objetivo é transformar
um espaço característico do automóvel, a vaga de estacionamento, em um lugar de convivência para as
pessoas, funcionando também como uma espécie de convite à reflexão a respeito do papel do automóvel
no ambiente urbano moderno.
Seguindo esse pensamento percebe-se que as soluções propostas pelo urbanismo tático permitem
aos poderes públicos e privados um novo modo de promover a humanização de espaços públicos num
contexto geral, admitindo soluções e práticas de pequeno porte sem que seja necessariamente definitiva,
podendo ser testadas e caso não sejam satisfatórias serem revertidas sem grandes impactos, além de ser
promovidas por diferentes autores gerando uma maior diversidade de instrumentos urbanísticos.
Observa-se que esse modelo se contrapõem aos tradicionais projetos de urbanismo, que em grande
parte exigem elevados gastos do dinheiro público, tempo e na maioria das vezes um longo processo
burocrático, além de que se não surgir o efeito desejado podem acarretar um lastro de desperdício e
impactos negativos à sociedade (Pavement To Park 2017).
Primeiro, infraestruturas emergentes são criadas de ‘baixo para cima’ para melhorar
a eficiência de comportamentos que ocorrem naturalmente. Segundo, infraestruturas
emergentes são flexíveis e adaptáveis, se desenvolvem e mudam ao longo do tempo
em resposta a tensões crescentes. Terceiro, infraestruturas emergentes são
condensadas, simplificadas e/ou versões cooperativas de infraestruturas existentes,
eficientes em seu uso do espaço, material e energia, que fornecem serviços ao público.
Uma quarta condição das infraestruturas emergentes que frequentemente se aplica é a
de que são parcerias público privadas.
2. LEIS E DIRETRIZES
2.1 Pavement to parks
Pavement to parks é uma organização sem fins lucrativos situada em São Francisco Califórnia,
que busca criar artifícios que deem melhores condições de habitat para a sociedade, fomenta a
prototipagem dessas invenções e quando comprovada a funcionalidade de forma satisfatória realiza
todos os processos e elaboração de diretrizes para a regulamentação.
Propõe uma linha a ser seguida com dimensões mundiais, disponibilizando de forma livre os
parâmetros e diretrizes projetuais de seus projetos, um deles o parklet.
O programa tem como objetivos: reimaginar o potencial das ruas da cidade, encorajar
o transporte não-motorizado, promover segurança e atividades pedestres, fomentar
interação da comunidade local e apoiar os negócios locais. Cada projeto do programa
tem a intenção de ser um laboratório público onde novas ideias possam ser testadas
no domínio público de maneira temporária e facilmente reversível. Caso obtenham
um certo grau de sucesso, os espaços são reivindicados de forma permanente para o
público (Pavement to Parks, 2015).
3. ESTUDO DE CASOS
Este tópico tem o objetivo de expor, de maneira geral, alguns esforços no sentido de
compreender a influência que os parklet podem exercer ao seu redor em termos de volumes de pedestres
e ciclistas, comercio local e percepção dos usuários sobre o ambiente no qual o parklet está inserido.
Não será seu objetivo, no entanto, entrar em detalhes dos resultados que não sejam pertinentes ou
relevantes ao estudo que está sendo feito neste trabalho.
Foi feito uma análise de casos nos três primeiros parklets instalados de forma experimental, que
foram implantados em uma área de forte comércio na região da cidade de São Francisco, nos Estados
Unidos, este estudo revela que houve ascensão em relação ao tráfego de pedestres, em sua grande parte
no período noturno e notou-se um aumento significativo com relação a satisfação dos usuários que
chegaram a utilizar do espaço público. Referindo-se a questões econômicas dos estabelecimentos no
local, demostra-se através da pesquisa, que, os donos dos estabelecimentos estavam divididos a respeito
de se houve ou não aumento no volume das vendas consequentemente dos lucros obtidos. “Os dados
para a pesquisa foram coletados antes da implantação e seis semanas após instalado o parklet.” (Pratt,
2010).
Após 6 meses, foi feito um novo estudo de impacto no mesmo local, o resultado obtido mostrou
que houve um aumento significativo do volume de pedestres em uma das ruas onde foi instalado um dos
parklets e não houve mudança significativa nas demais ruas. Não houve preocupação significante dos
donos de estabelecimentos na área em relação à perda de vagas de estacionamento. Segundo Pratt, houve
variação na percepção dos entrevistados em relação aos aspectos qualitativos da área, como, por
exemplo, se a mesma era boa para se socializar, mas isso segundo o autor pode estar relacionado a outros
aspectos do ambiente ao redor de cada Parklet.
Ainda segundo Pratt (2011),
Embora as pesquisas feitas mostrem que os donos de estabelecimentos próximos
tendessem a não enxergar benefícios econômicos ligados ao novo espaço público, o
crescente número de estabelecimento interessados em instalar Parklets indicou que os
mesmos acreditam que haja benefícios econômicos advindos da instalação desse tipo
estrutura.
4. Considerações finais
5. Referências
GEHL, Jan. Cidade Para Pessoas. 2. ed. São Paulo: Perspectiva, 2014. 264 p.
CERQUEIRA, Yasminie Midlej Silva Faria. Espaço público e sociabilidade urbana: Apropriações e
significados dos espaços públicos na cidade contemporânea. 2013. 121 f. Dissertação (Mestrado) - Curso
de Arquitetura e Urbanismo, Programa de Pós-Graduação, Universidade Federal do Rio Grande do
Norte, Natal, 2013.
LIMA NETO, Joaquim Soares de; VIEIRA, Tiago Augusto. A estratégia de prevenção do crime
através do desenho urbano. 2014. 7 v. Dissertação (Mestrado) - Curso de Arquitetura, Revista Ordem
Pública e Defesa Social, São Paulo, 2014.
KOUÉ, Camille. Sustainable Implementation of Emerging Infrastructure in Cities: A
Case Study of Parklets. 2013. 61 f. Tese (Mestrado de Artes na Comunicação, Cultura e
Tecnologia) – Georgetown University. Washington, DC, EUA. 2013.
BEATO FILHO, Cláudio C.. Políticas públicas de segurança e a questão policial: A violência como
um problema público. 1999. São Paulo. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-88391999000400003>. Acesso em:
09 fev. 2017.
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LITTKE, Hélène. Planning Practices of Greening, Challenges for Public Urban Green
Space. 2016. 94 f. Tese (Doutorado em Planejamento Urbano e Ambiente) - KTH Royal
Institute of Technology, Estocolmo, Suécia. 2016.
PRATT, L. 2010. Divisadero Trial Parklet Impact Report. San Francisco: San Francisco
Great Streets Project. Disponível em <http://pavementtoparks.org/wp-
content/uploads//2015/12/Parklet_Impact_Study.pdf> Acesso em 22 de maio de 2017.
PRATT, L. 2010. Parklet Impact Study. San Francisco: San Francisco Great Streets Project.
Disponível em < http://pavementtoparks.org/wp-
content/uploads//2015/12/divisadero_trial_parklet_impact_report_pratt.pdf> Acesso em 22 de maio de
2017.
O trabalho em questão analisará o uso de Parklets como uma estrutura emergente nas cidades de
São Paulo e Goiânia,
Primeiro, infraestruturas emergentes são criadas de ‘baixo para cima’ para melhorar
a eficiência de comportamentos que ocorrem naturalmente. Segundo, infraestruturas
emergentes são flexíveis e adaptáveis, se desenvolvem e mudam ao longo do tempo
em resposta a tensões crescentes. Terceiro, infraestruturas emergentes são
condensadas, simplificadas e/ou versões cooperativas de infraestruturas existentes,
eficientes em seu uso do espaço, material e energia, que fornecem serviços ao público.
Uma quarta condição das infraestruturas emergentes que frequentemente se aplica é a
de que são parcerias público privadas.
A partir desse panorama as falhas de planejamento urbano afetam ainda mais países como o Brasil
de acordo com JAH GEHL (1936, p.06) “nos países emergentes, a situação da dimensão humana é bem
mais séria e complexa. (...) onde o tráfego de automóveis, por exemplo, cresce vertiginosamente e a
competição pelo espaço se intensifica”. Portanto é preciso que haja tomadas de decisões que agreguem
valor ao planejamento existente.
Devido a urbanização negativa que por décadas foram pensadas para a utilização de automóveis
deixando esquecidos o princípio da caminhabilidade e áreas de convívio espacial humano, vê-se a
necessidade de conter esse estilo de planejamento urbano e principalmente exercer de forma consciente
métodos para reestabelecer os conceitos antes concebidos. Atualmente diversas ações têm sido
estudadas a fim de criar melhores condições de tornar as cidades mais humanizadas, com o intuito de
diminuir as dificuldades advindas da influência negativa trazidas pelo planejamento voltado para as
maquinas.
Reforça-se a potencialidade para a cidade tornar-se viva, sempre que mais pessoas se
sintam convidadas a caminhar, pedalar ou permanecer nos espaços da cidade. A
importância da vida no espaço público, particularmente as oportunidades sociais e
culturais. (...) As brincadeiras externas acontecem não necessariamente em
playgrounds ou em áreas livres de automóveis, mas mais frequentemente nas ruas, ou
em frente às portas de entrada, onde estão os adultos... Novas informações são
conseguidas não importa onde as pessoas estejam, e portanto, em grande parte no
espaço comum da cidade.
Diante a vulnerabilidade dos projetos urbanos que em demasiado cedem as necessidades dos
contratantes se esquecendo da população as publicações cientificas com relação ao tema não acontece
na mesma proporção. Ainda existe uma cultura de omissão, por isso se torna importante o
esclarecimento do tema de forma responsável e respaldada nos critérios de imparcialidade.
O trabalho proposto poderá contribuir no acesso das informações de esclarecimento sobre o tema
à toda sociedade. Fazendo com que o conhecimento seja uma ferramenta de prevenção em defesa de
uma urbanização consciente e responsável que valorize o todo.
2. DEFINIÇÃO DO PROBLEMA
Um dos vários problemas que constitui o planejamento urbano das cidades é a falência de espaços
públicos dos quais em grande parte foram esquecidos não só para dar espaço as edificações comerciais,
industriais, residenciais e sistemas viários em prol da locomoção, mas que incessantemente preenchem
parte desses espaços para dar lugar a vagas de automóveis, que poderiam ser destinados a áreas de
convivência, recreação, descanso dentre outros.
Essa exclusão ocorre não somente nas áreas de periferia que sofrem na maioria das vezes por falta
de investimentos públicos, onde geralmente os espaços destinados a implementação para o convívio
humano em geral são sistematicamente tratados de forma erronia, desconfigurando características
essenciais de boas relações interpessoais praticadas em prol da população.
A falta de espaços para implantação de áreas públicas de cunho social ocorrem principalmente em
locais de autodesenvolvimento urbano, como nos grandes centros, tendo em grande maioria, um
planejamento urbano impensado, que no decorrer dos tempos perpetua a alusão de que para o
funcionamento ideal de uma cidade existe a necessidade de se dar espaço a transição da mobilidade
automobilística, se esquecendo das necessidades básicas dos pedestres, ciclistas e dos demais aspectos
que compõem a interação urbana, gerando um desacordo que hoje é bastante difundido e explorado afim
de amenizar os percalços antes aplicados.
Pensando nisso as principais estratégias a serem tomadas é sem sombra de dúvidas alimentar a
sociedade com equipamentos que tragam interatividade sócio espacial, difundido uma cultura consciente
dos espaços urbanos e suas necessidades, agregando panoramas paisagísticos que compatibilizem com
a coletividade.
Outro problema causado pelo mau planejamento urbano que limita os espaços públicos de
convívios é a falta segurança pública, em grande parte concentram atividades comercias e deixam muitas
das vezes de ofertar áreas de lazer e divertimento.
Verificasse como princípios da CPTED (Crime prevention through environmental design) sigla
americana para a Prevenção de Crimes através do Design Ambiental.
Quando esses espaços são deixados a esmo a grande probabilidade de gerar áreas marginalizadas
que de certa forma influenciam o desencadeamento de problemas sócias como tráfico de drogas,
violência, estupro, dentre vários outros que no fim trazem a população um elemento preocupante, o
medo. Por não serem habitadas com frequência trazem em si panoramas favoráveis a geração da
criminalidade e que não devem ser tratadas com imparcialidade havendo a possibilidade de amenizar
esse cenário através de ações que com um planejamento urbano adequado, fazem com que as pessoas
se sintam parte do ambiente, e que por mais que hajam diferenciais socioeconômicos a população tenha
em mente que esses espaços são para todos.
3.1 Geral
Compreender o funcionamento e as transformações do espaço, trazidas pela implantação
temporária da plataforma denominada Parklets, como uma extensão de passeios públicos para
áreas de uso social.
3.2 Específicos
Descrever sobre os impactos e aceitação causados na sociedade após a implantação da
edificação provisória, gerando reflexões sobre o usuário enquanto pratica o seu direito de
utilização das extensões que formam áreas de convívio.
Analisar os parâmetros de utilização acerca da instalação e legislação vigentes, afim de
conceber diretrizes projetais que sirvam de base teórica a interessados na utilização deste
modelo. Sobretudo para futuras instalações.
Identificar e mapear áreas de possíveis instalações na Avenida Coronel Tubertino Rios na
cidade de Jaraguá Goiás, para futura proposta de instalação de Parklets, incentivando a
utilização do mesmo.
Materializar material coeso e de fácil entendimento para agregar conteúdo a legislação do
município de Jaraguá Goiás, para futuras instalações de Parklets.
4. REFERÊNCIAS
GEHL, Jan. Cidade Para Pessoas. 2. ed. São Paulo: Perspectiva, 2014. 264 p.
CERQUEIRA, Yasminie Midlej Silva Faria. Espaço público e sociabilidade urbana: Apropriações e
significados dos espaços públicos na cidade contemporânea. 2013. 121 f. Dissertação (Mestrado) - Curso
de Arquitetura e Urbanismo, Programa de Pós-Graduação, Universidade Federal do Rio Grande do
Norte, Natal, 2013.
LIMA NETO, Joaquim Soares de; VIEIRA, Tiago Augusto. A estratégia de prevenção do crime
através do desenho urbano. 2014. 7 v. Dissertação (Mestrado) - Curso de Arquitetura, Revista Ordem
Pública e Defesa Social, São Paulo, 2014.
BEATO FILHO, Cláudio C.. Políticas públicas de segurança e a questão policial: A violência como
um problema público. 1999. São Paulo. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-88391999000400003>. Acesso em:
09 fev. 2017.
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LITTKE, Hélène. Planning Practices of Greening, Challenges for Public Urban Green
Space. 2016. 94 f. Tese (Doutorado em Planejamento Urbano e Ambiente) - KTH Royal
Institute of Technology, Estocolmo, Suécia. 2016.
PRATT, L. 2010. Divisadero Trial Parklet Impact Report. San Francisco: San Francisco
Great Streets Project. Disponível em <http://pavementtoparks.org/wp-
content/uploads//2015/12/Parklet_Impact_Study.pdf> Acesso em 22 de maio de 2017.
PRATT, L. 2010. Parklet Impact Study. San Francisco: San Francisco Great Streets Project.
Disponível em < http://pavementtoparks.org/wp-
content/uploads//2015/12/divisadero_trial_parklet_impact_report_pratt.pdf> Acesso em 22 de
maio de 2017.