Sei sulla pagina 1di 11

mais  Criar um blog

domingo, 4 de agosto de 2019 Torne-se meu padrinho!

Game Antigos que Amo: The Peace Keepers

Colabore com meu trabalho e me
ajude a crescer! Clique na imagem
para saber como!

Se preferir, doe pelo Paypal!

Iniciei esta série pra preencher buraco no blog entre os artigos maiores e que dão mais
trabalho... E acabo de perceber que ela acabou tão esquecida quanto tudo mais que eu
 
produzo aqui.

Bem, preparem­se para mais um artigo sobre um game antigo com o qual absolutamente
NINGUÉM se importa: The Peace Keepers. Tweets by  @CasaDelFritz

Originalmente conhecido como Rushing Beat Shura. DER BÄR SAGT!!!
@CasaDelFritz

Por favor, sem piadas com o cavaleiro de Capricórnio. Diga Não ao Prassódia. Manifestantes "pró­ambiente" fechando uma 
avenida e impedindo as pessoas de irem pro
trabalho.
Mas antes, uma pequena história sobre a franquia. 
Aí vem o Chadão e acaba com a porra toda.
Rushing Beat foi a tentativa da produtora Jaleco de faturar com a febre dos beat’em ups
CHADÃO NELES!!! 
dos anos 1990, desencadeada por Double Dragon e potencializada por Final Fight.
https://twitter.com/LilithLovett/status/118558967147
8231042
De fato, o primeiro game da série era uma cópia tão descarada de Final Fight, que fazia o   
Spectreman  parecer  um  personagem  original.  Aqui,  tínhamos  um  pescoço  de  lápis
 
bonitão  (Rick  Norton)  e  um  cosplayer  parrudo  de  M.  Bison  (Douglas  Bild)  removendo
dentes de meliantes em uma busca enlouquecida pela irmã sequestrada do protagonista,
Embed View on Twitter
tudo isso regado a deliciosos cachorros quentes encontrados no lixo, como era moda na
época.

Rushing Beat não era o melhor game de seu gênero. Pra falar a verdade, não conseguia Let's Play mais recente:


se  destacar  nem  entre  os  medianos.  Sua  detecção  de  colisão  era  péssima,  o  que  o
tornava  mais  difícil  do  que  precisava  ser,  os  designs  de  personagens  eram  mais  sem
criatividade do que figurino de programa infantil do SBT, a trilha sonora parecia ter sido
composta  pelo  irmão  desempregado  de  um  dos  produtores,  que  se  considerava  músico
por ter um teclado da Casio, e a saturação de cores na tela era capaz de fazer doer os
olhos de uma pessoa com acromatopsia.

E claro, não vamos esquecer da hilária capa que o game recebeu ao chegar no ocidente:
Let's Play com o Amer: Tee

Canal do Amer

YouTube 999+

Podcast mais recente:

Podcast do Amer 47: O Ca

Provavelmente idealizada por alguém que escutou o nome “Rival Turf” e imediatamente o
associou  a  Warriors  ­  Os  Selvagens  da  Noite,  tentando  então  fazer  uma  capa  que
remetesse ao cultuado filme de 1979.

Fracassou lindamente nesta empreitada.
Canal do Amer

Mesmo assim, Rushing Beat (ou Rival Turf, se preferir) se tornou um game muito querido YouTube 999+

da  molecada  que  frequentava  locadoras  nos  anos  1990.  Era  o  jogo  que  alugávamos
sempre que Final Fight não estava disponível. Hey, não era perfeito, mas era uma opção
melhor do que passar as últimas horas de domingo assistindo ao Fantástico com seu pai, Faixa de comentários mais recente
enquanto  ele  suspirava  de  desespero  ao  saber  que  em  meras  oito  horas,  o  suplício  da
semana de trabalho recomeçaria.
Comentários do Amer 4: M
Apesar de suas imperfeições, o jogo fez sucesso suficiente para a Jaleco investir em uma
continuação: Rushing Beat Ran.

Que no ocidente foi chamado de Brawl Brothers.

Canal do Amer

YouTube 999+

Artigos Aleatórios

MÊS DO HADOUKEN ­ A HISTÓRIA DE
STREET FIGHTER: PARTE II
13.02.2009 ­ 313
Comments 
Muito bem, aqui estamos com a parte 2 da história
de Street Fighter!Na verdade, aqui ESTOU, porque
escrevo…

OS PIORES PERSONAGENS DE
QUADRINHOS JÁ CRIADOS!!!
27.07.2008 ­ 41 Comments
Acabei de assistir O Cavaleiro das
Trevas e estou empolgado pra cacete
  Os  programadores  da  empresa  aprenderam  com  os  erros  do  passado  e  conseguiram com o filme, portanto vamos falar de…
fazer de Rushing Beat Ran  uma  experiência  muito  mais  refinada  que  seu  antecessor.  A
detecção  de  colisão  era  melhor,  o  que  resultava  em  um  game  mais  justo,  os  gráficos AS GAROTAS MAIS ADORÁVEIS DOS
mais bem feitos, com animações mais detalhadas e sem a saturação de cores absurda do GAMES
título  anterior,  e  a  trilha  sonora,  embora  não  fosse  memorável,  não  faria  infecções  no 16.06.2010 ­ 53 Comments
ouvido parecerem uma boa opção em comparação. Há algumas semanas atrás, escrevi
um artigo que acredito, deve ter
causado a fúria de muitas de minhas…
Mas o melhor mecanismo do jogo era oferecer cinco personagens controláveis, dos quais
apenas  dois  podiam  ser  escolhidos  no  começo  da  aventura.  Os  demais  tornavam­se MÊS DAS FESTAS: O CONTO DE
chefes de fase e precisavam ser derrotados para que tivéssemos o direito de controlá­los NATAL DO MICKEY

na aventura. Uma ideia simples, mas que acrescentava muito ao replay do jogo. 12.12.2008 ­ 57 Comments
E hoje, algo especial!Minha história
favorita de Natal é "A Christmas
E era divertido ver como as versões “alternativas” dos heróis eram representadas. Lord J Carol" de Charles Dickens. Você sabe, a…

ganhava  um  elmo  demoníaco  em  sua  versão  maligna,  Wendy  usava  um  capacete  de
MÊS DE CYBERTRON ­ A GRANDE CORRIDA!!!
motociclista,  e  Douglas  Bild  abandonava  seu  boné  de  Bison  e  fazia  permanente  no
01.06.2009 ­ 77 Comments 
cabelo.
Vocês devem estar cientes que o novo filme de
Transformers estréia no fim deste mês. Basta
entrar no Omelete…

Barra de busca Sagaz

Pesquisar

Arquivos do Amer

▼  2019 (11)
►  Outubro (2)
▼  Agosto (1)
Game Antigos que Amo:
Aliás, Rushing Beat Ran iniciou a breve tradição da Jaleco de nos apresentar personagens The Peace Keepers
femininas  com  ZERO  personalidade,  mas  que  compensavam  isso  tendo  peitos
►  Abril (3)
gigantescos.
►  Março (2)
Tradição esta que foi seguida por Kotono em Dead Dance. ►  Fevereiro (2)
►  Janeiro (1)

►  2018 (16)
►  2017 (16)
►  2016 (26)
►  2015 (48)
►  2014 (22)
►  2013 (12)
►  2012 (8)
►  2011 (52)
Antes  que  alguém  grite  "MACHISMO",  os  personagens  masculinos  também  eram  tão
carismáticos quanto bife de fígado, mas sem tetas que os destacassem. ►  2010 (69)
►  2009 (115)
Enfim,  em  1993  a  Jaleco  decidiu  lançar  o  título  final  de  sua  trilogia,  que  como
estabelecido  no  início  do  texto,  foi  batizado  de  The  Peace  Keepers  no  ocidente,  pois ►  2008 (96)
alguém na filial americana da empresa tinha fobia das palavras “Rushing” e “Beat”. ►  2007 (57)

A  história  de  Rushing  Beat  Shura  TENTA  (e  esta  é  a  palavra  chave  aqui)  amarrar  o
enredo  de  toda  trilogia,  alegando  que  o  mundo  está  em  estado  de  caos,  por  conta  de
Marcadores do Amer
“Jeecus”, uma droga poderosa criada pelo vilão do primeiro game e distribuída pelo vilão
do segundo. Em outras palavras, o desfecho da série mostra que todos os esforços dos 25  Clássicos  do  Terror  Activision
heróis nos jogos anteriores foram em vão. Akira  Alien  Alien  vs.  Predator  Anime
Apocalypse  Zero  Argh  Arnold
Vamos aplaudir as bolas deste game, pois não é todo cartucho que banca o Nelson Muntz Schwarzenegger  As  Meninas  Super
digital e caçoa do jogador por este ter dedicado tempo de sua vida a terminar os demais Poderosas  Asia  Carrera  Avatar  Batman
games de sua franquia. Bayonetta  Boobs  Brinquedos
Cartoon  Castlevania  Charlie  Brown
Chrono  Trigger  Contra  Cosplay
Crepúsculo  Crítica  de  Cinema
Crítica  de  Games  Crítica
de  Televisão  Crítica  do
Amer  Crônica  Crossover
Comics Dead or Alive  Disney  Double
Dragon  Dragon  Ball  Z  Einstein's  Brain
Eternal  Champions  Fallout 
Fantasy Final  Fight  G.I  Joe  Games
Guilty Gear Hasbro He­Man  Hokuto  no
Ken  Homem­Aranha  Ikki  Tousen
Irmão do Jorel King of Fighters  Kristin
Kreuk  Marvel  Masami  Kurumada
Mês  das
Mass  Effect  Mega  Man 
Bruxas  Mês  das  Festas  Mês  de
Cybertron  Mês  do  Hadouken  Mês  do
Morcego  Mês  do  Parker  Mês  do
Sakaguchi  Mestres  do  Universo  Metal
Gear  Solid  Michael  Jackson  Mortal
Kombat  Mulher  Maravilha  Nostalgia
Onechanbara  Os  Caça­Fantasmas
Cavaleiros  do  Zodíaco  Os  Simpsons
Persona 4 Pokémon Predador Raul Julia
Resenha Resident Evil Sega  Sexta­
Feira  13  Shadowrun  Shin  Megami
Tensei  Smurfs  SNK  Sonic  SoulCalibur
Splatterhouse  Star  Wars  Street
Fighter Streets of Rage Survival Horror
Tartarugas  Ninja  The  Adventures  of
Bayou  Billy  Thundercats  Tim  Burton
Tokusatsu  Tomb  Raider
Transformers  Wolverine  Wrestling
WWE X­Men

E há um escalamento no nível dos vilões também. Em Rushing Beat enfrentávamos uma
gangue e em Rushing Beat Ran,  lutávamos  contra  uma  organização  criminosa.  Aqui,  os
oponentes  são  membros  da  Douglas  Motors,  uma  corporação  que  usou  pesquisas
tecnológicas  pra  consertar  o  estrago  mundial  causado  nos  jogos  anteriores,  e  que
consequentemente, conquistou enorme poder político e dominou o mundo no processo.

Sendo a Douglas Motors (ou DM, como doravante irei chamar) uma corporação perversa
com  alcance  global,  é  óbvio  que  todos  os  heróis  do  jogo  foram  afetados  por  ela  de
alguma forma. Dick (Flynn, na versão americana) teve o pai morto pela DM, Echo (Elfin
nos  EUA)  ficou  órfã  de  avô  pelas  ações  da  empresa,  Kythrin  (Al,  na  Trumpolândia)
perdeu dois de seus soldados por conta da DM, e Jimmy (Prokop nos EUA) que busca sua
irmãzinha desaparecida.

Norton também dá o ar de sua graça, pois sua irmã TAMBÉM foi sequestrada.

De novo.

Ela poderia dar aulas de Síndrome de Estocolmo a outras mocinhas dos games.

Vejam  vocês,  The  Peace  Keepers  tem  não  uma  ,  mas  DUAS  meninas  sequestradas.  Já
sinto a Anita tremendo.

Tem também um robô entre os heróis, mas ele é uma bosta e não dou a mínima pra ele.

Então, sim. Em Rushing Beat Shura, as apostas são muito maiores que no resto da série.
Os heróis são um pequeno grupo de rebeldes em busca de justiça contra uma entidade
perversa que se estende pelos quatro cantos do globo, e enquanto enfrentam hordas de
capangas sem rosto, não existem garantias de vitória ou sobrevivência. A atmosfera do
game é muito mais sombria e pesada que a de seus antecessores.

Pelo  menos  até  você  cair  de  avião  no  meio  da  cidade  e  ir  parar  em  um  ringue  de  luta­
livre onde o objetivo é derrotar dois Ultra Freddie Mercuries.
Rushing  Beat  Shura  não  possui  consistência  alguma.  Ele  tenta  ser  mais  adulto  que  o
resto  da  série,  isso  enquanto  nos  permite  dar  pilões  em  robôs  aranha.  Também  não
existe  consistência  nenhuma  entre  as  fases,  que  vão  de  um  laboratório  onde  pesquisas
biológicas secretas são conduzidas, a um navio pirata e uma mansão samurai. É como se
doze  designers  diferentes  tivessem  produzido  cenários  para  diversos  jogos  que  foram
cancelados, e que decidiram reaproveitar suas ideias em um único game, não importando
quão pouco sentido isso fizesse.

Aliás, Jimmy é uma maldita cópia do Undertaker da WWE, mais precisamente, do visual e
maneirismos do personagem durante a década de 1990. Só queria dizer isso.

Rushing  Beat  Shura  é  um  beat’em  up  competente,  com  um  bom  valor  de  replay,
providenciado  pelo  seu  elenco  de  personagens  variados  e  pelos  diversos  caminhos
diferentes que podemos escolher para chegar ao fim do jogo.

Mas não foi isso que tornou este um dos games mais memoráveis de sua geração, e sim
a péssima localização que recebeu ao desembarcar nos Estados Unidos.

Agora, Rushing Beat Shura  não  era  uma  obra  Shakespereana,  mas  a  versão  americana


conseguia  ser  simplesmente  imbecil.  Pra  começar,  decidiram  utilizar  fotos  digitalizadas
como os retratos dos personagens, ao invés das ilustrações de sua versão original. Eu sei
lá que raios de filtro usaram nessas fotos, mas o resultado final é enervante. Você ainda
reconhece os indivíduos nelas representados como humanos, mas é impossível afastar a
sensação  de  que  eles  foram  vítimas  de  uma  maldição  cigana  que  eventualmente  os
transformou em brinquedos de camelô.
Além  disso,  penso  nos  pobres  atores  que  participaram  deste  game.  Nos  anos  1990,
games  em  CD­Rom  traziam  horas  de  diálogos  gravados  e  cenas  em  animação  ou  FMV
que faziam necessária a presença de profissionais do teatro que fossem capazes de dar
alguma  dignidade  a  histórias  que  eram  menos  plausíveis  que  a  cena  da  “MALDITA
ALEIJADA” de Maria do bairro.

Diabos, até Christopher Lloyd embarcou nesse filão.

Imagine a decepção dos atores contratados pela Jaleco, ao descobrirem que seu trabalho
se resumiria a mandar uma foto 3x4 para a Jaleco e vê­la estampada para todo sempre
no jogo.

Não apenas isso, alguém dentro da Jaleco americana decidiu que trilha sonora era coisa
de  pederasta  e  apagou  quase  todas  as  músicas  do  game,  as  substituindo  por  barulho
ambiente. Claro, poderia funcionar em um console que usasse mídia ótica, mas no Super
Nintendo,  a  maioria  dos  sons  ambientes  acabavam  soando  como  um  cara  fazendo
“SHHHHH” para o casal de namorados que não para de se agarrar e fazer sons obscenos
na fileira atrás dele no cinema.

Não satisfeita, a equipe de localização decidiu modificar o visual dos super especiais. No
jogo,  cada  personagem  tem  um  ataque  capaz  de  matar  tudo  na  tela,  ou  causar  dano
absurdo  nos  chefes.  A  versão  japonesa  dá  aos  nossos  heróis  a  capacidade  de  evocar
bestas lendárias em animações que fariam inveja ao Shurato, enquanto nos EUA, nossos
heróis  ganham  poderes  mutantes  que  fariam  Charles  Xavier  sentir  tanta  vergonha
quanto o meme do Picard.

Lembra  que  Echo  podia  chamar  uma  família  inteira  de  Fênixes,  e  eu  continuo  usando
este termo sem saber se ele é o plural correto?
Pois na versão americana ela grita até matar tudo ao redor.

De certa forma, posso entender a lógica do responsável pela localização. É meio absurdo
ver um militar de carreira do exército estadunidense como Al, usar o poder da cólera do
tigrão  para  destruir  seus  oponentes.  Faz  muito  mais  sentido  ele  rodopiar  até  criar  um
furacão de plasma.

E  por  que  este  game  bom,  mas  não  acima  da  média,  me  marcou  tanto?  Ora,  é  porque
sempre que eu o jogava, sentia um misto de raiva e prazer.

Vejam, crianças... Eu era um Otaku desvairado na juventude.

Sim, eu sei. Um choque descobrir que este exemplo de homem com um pênis de 22cm
um  dia  corria  por  aí  imitando  o  Hiei  (no  meu  tempo  não  tínhamos  Naruto  pra  emular).
Mas  é  a  verdade.  Eu  era  obcecado  por  Animes  e  Mangás,  trocava  fitas  com  todos  os
seres  imundos  e  radioativos  que  encontrava  nos  subterrâneos  da  comunidade  nerd
paulistana,  gravava  todas  as  animações  nipônicas  que  nossas  emissoras  se  dignavam  a
exibir, e estava prestes a descobrir algo que mudaria minha vida para sempre: O Japão
produzia desenhos pornôs.

Aqui vai imagem de um deles, para fins meramente ilustrativos:
Como  obcecado  pela  cultura  nipônica,  eu  tinha  ódio  de  qualquer  tipo  de  tradução  ou
localização que não fosse 110% fiel a versão original de um produto japonês. Eu odiava
Power Rangers com todas as forças, me recusava a escutar o tema de Digimon cantado
pela  Angélica,  e  a  mera  visão  de  todas  as  alterações  que  a  versão  americana  de  The
Peace Keepers trazia, era o suficiente para fazer meus pulmões e intestinos trocarem de
posição, tamanho o desgosto.

E  o  caso  é  que  EU  NUNCA  TINHA  JOGADO  A  VERSÃO  JAPONESA  DE  RUSHING  BEAT
SHURA!!!

As mudanças feitas no jogo eram tão esdrúxulas e excessivas, que mesmo alguém sem
conhecimento do jogo original podia perceber que algo estava muito errado.

Normalmente  eu  teria  um  ataque  de  pelanca,  arrancaria  o  cartucho  do  meu  Super
Nintendo, o arremessaria no canto do quarto, o atingiria com uma catarrada e vociferaria
palavras  de  ódio  aos  céus,  amaldiçoando  o  limpo  e  a  cultura  americana  violadora  de
Weeaboos.

Depois eu recolheria o cartucho e limparia a catarro com muito cuidado, pois o cartucho
era  uma  locação  e  eu  não  queria  ser  responsabilizado  por  possíveis  danos  que  minha
mucosidade pudesse causar nele.

Mas  eu  nunca  fiz  isso  com  The  Peace  Keepers.  Por  mais  enfurecedora  que  fosse  sua
localização, eu ainda gostava do jogo, e eu encarava a canibalizada versão gringa como
um estepe, que serviria até eu colocar minhas patas engorduradas no cartucho japonês.

Eventualmente eu fiz isso... Mas não era a mesma coisa.
Por mais absurdo que fosse The Peace Keepers, o jogo acabou me marcando. O conheci
em  um  período  de  grande  transição  em  minha  vida,  eu  estava  encerrando  o  ensino
médio e me preparando para o vestibular, fitas VHS estavam deixando de ser o formato
de  vídeo  padrão  e  dando  lugar  aos  DVD’s,  e  a  internet  estava  começando  a  pipocar,
dando indícios de que a comunicação como a conhecíamos nunca mais seria a mesma.

Em  meio  a  este  turbilhão  de  mudanças,  The  Peace  Keepers  era  um  lugar  seguro.  O
beat’em  up  bom,  mas  não  excelente,  que  poderia  me  fazer  companhia  todos  os  fins  de
semana, enquanto a locadora onde eu o pegava não falisse. Enquanto o mundo ao redor
girava cada vez mais rápido e fazia cada vez menos sentido, eu ainda tinha o conforto de
um game simples mas divertido me fazendo companhia aos finais de semana.

Pouco  tempo  depois  de  explorar  cada  aresta  de  The  Peace  Keepers,  ganhei  um  Sega
Saturn e aposentei meu Super Nintendo. Não me desfiz do console, mas ele nunca mais
ocupou a posição de honra que um dia fora sua.

Talvez  este  tenha  sido  o  motivo  que  permitiu  a  este  jogo  me  marcar  tanto.  Foi  minha
grande despedida do 16 bits da Nintendo.

Antes de encerrar, preciso chamar a atenção para os finais de The Peace Keepers. O jogo
tinha diversos finais, que dependiam de qual personagens eram usados no confronto com
o chefe final.

No  final  de  Jimmy  (ou  Prokop),  ele  criava  sua  própria  produtora  de  games,  e  como
podemos ver pelo seu texto de encerramento...

... Os responsáveis pela localização de The Peace Keepers não estavam muito felizes com
suas condições de trabalho.

E de repente, a versão americana do game faz muito mais sentido.

Cheers!!!

Postado por Amer H. às 21:38 
Marcadores: Games Antigos que Amo, Jaleco, Rushing Beat, Super Nintendo, The Peace
Keepers

15 comentários:
Amazing Leo disse...
Eu gosto de fígado. 

Ah, e ótimo texto.
4 de agosto de 2019 22:17
Éder disse...
Ótimo texto Amer . Esse é mais um game que conheci por sua causa . Só joguei
a versão japonesa . E aproveitando que você mencionou a capa tosca americana
queria saber se existe a possibilidade de uma terceira parte das piores capas dos
ganes
4 de agosto de 2019 23:31

Éder disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
4 de agosto de 2019 23:32

Éder disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
4 de agosto de 2019 23:32

4NDR3C0L1N disse...
Nunca pare com esses artigos sobre games obscuros.
5 de agosto de 2019 01:13

Leandro"ODST Belmont" Alves the devil summoner disse...
Já joguei esse Rushing Beat 3 (prefiro numerar os games de briga de rua do que
dar subtítulos a eles) e tirando a arte dos personagens da versao americana (na
versão japonesa ao menos é em arte de anime) e o todo o resto, ele não era tão
ruim assim. Mas eu não o alugaria novamente após termina­lo. Zerei com a
Echoes uma vez para nunca mais.  

E ainda prefiro o segundo game da série, na versão nipônica. Gostava de jogar o
Lord J e dar uma de Grappler nos mamelucos.  

Faça mais artigos Amblim, Please.
5 de agosto de 2019 01:57

Bier disse...
Nossa, cara! Você falou muito sobre esse jogo! Muito do que eu queria ter dito
também. Eu sempre quis saber detalhes do enredo nipônico do jogo, quando
descobri que havia uma versão "universal" (EUA), baixei­o mais que depressa e
rodei no emulador... e senti um vasto sabor de decepção que nunca mais saiu
da minha boca. 

Muito bom, Amer! Como sempre! 
(Nota: eu quis dizer que "O artigo foi bom, como sempre foram bons os artigos
do Amer." Em nenhum momento eu quis dizer que "Como sempre o Amer." 
Obrigado!
5 de agosto de 2019 11:53

Scant disse...
olá 

solicito parceria 

já adicionei seu link 

se puder adicionar o meu, agradeço 
https://obscult.blogspot.com/ 

vida longa e próspera!
6 de agosto de 2019 16:47

Nappa_ disse...
kkkkk, esse final do jimmy/prokop. Só a crítica à empresa disfarçada em forma
de zerada.
7 de agosto de 2019 10:18

Apenas uma Estudante disse...
Conheci seu blog recentemente, estou viciada em ler agradeço, morro de rir ­
realmente parabéns e sucesso 
18 de agosto de 2019 11:41

Ricky­Oh disse...
Muitos anos atrás eu ganhei um CD com um emulador do SNES que tinha
245977549862 jogos, e Rushing Beat ficava LÁÁÁÁÁ no fim da lista... Joguei
umas 3 vezes, só. 
Admito que essa mesma sensação que você descreve, quem me causou foi Fatal
Fury... Não era Beat'em Up, mas me marcou no gênero Luta para sempre. 
Ótimo texto, Amer. Feliz pelo Blog estar ativo ^^
18 de agosto de 2019 14:04

Laura Oliveira disse...
Faz análise de The Wolf Among Us e Detroit Become City?
23 de agosto de 2019 13:54

Unknown disse...
Ótimo texto, faça um artigo sobre Invasor Zim e Warhammer 40k ;­;
25 de agosto de 2019 21:14

yngonus disse...
jogão,joguei mt nos tempos das locadoras!
12 de setembro de 2019 02:03

Unknown disse...
Artigo tosco. 
18 de setembro de 2019 18:40

Postar um comentário

Postagem mais recente Página inicial Postagem mais antiga

Assinar: Postar comentários (Atom)

Tecnologia do Blogger.

Potrebbero piacerti anche