Sei sulla pagina 1di 14

União das Igrejas Evangélicas Congregacionais do Brasil

Seminário Teológico Congregacional do Nordeste


Programa de Pós-Graduação em Teologia

Lyncoln Napoleão Nicodemos

A Revelação de Deus em Emil Brunner


A Revelação de Deus em Emil Brunner

Monografia apresentada como


trabalho para a disciplina de Teologia
Contemporânea no mestrado em
Teologia do Programa de Pós-
Graduação em Teologia do Seminário
Teológico Congregacional do
Nordeste.

Recife
2007
INTRODUÇÃO

Dentro da Teologia Contemporânea, encontramos Heinrich Emil Brunner, um teólogo

Suiço que combateu o liberalismo religioso de sua época. Ele é considerado um dos maiores

teólogos do século XX e um dos grandes nomes da Neo-Ortodoxia. Um homem que se levantou

contra aqueles que feriram e deturparam a Palavra de Deus deixando as grandes doutrinas

bíblicas totalmente prejudicadas. Neste homem, percebemos uma teologia equilibrada, voltanto

aos alicerces reformados.

Brunner via na imagem de Deus no homem o apropriado e o necessário ponto de

contato entre o ser humano caído e a graça divina. Ele rejeitou completa e inequivocadamente

qualquer possibilidade humana de se chegar naturalmente ao conhecimento de Deus. Ele

defendia que o ser humano só pode chegar ao conhecimento de Deus à medida em que Este se

faz conhecido a ele através daquilo que chamamos de revelação, da encarnação do Verbo

divino, acompanhado na resposta de fé à Palavra de Deus pelo testemunho interno do Espírito

Santo.

Escolhemos Brunner porque ele trata da doutrina da Revelação de Deus com seriedade,

doutrina esta altamente relevante para os dias atuais. Deus se revela e esta graciosa realidade

faz a diferença para todo aquele que Nele crê, além disso ela transforma aquele que a encontra

e será juízo para aquele que não percebê-la.


1. BIOGRAFIA E CONTEXTO TEOLÓGICO

Antes de entrarmos na Teologia de Brunner acerca da Revelação de Deus, faz-se necessário

conhecer melhor Heinrich Emil Brunner e entender o contexto geral em que sua teologia foi

escrita.

1.1. BIOGRAFIA

Em 23 de dezembro de 1889, nasceu Heinrich Emil Brunner em Winterthur, na Suíça, onde

esteve grande parte de sua vida. Estudou em Zurique, onde em 1908 formou-se. Depois

dedicou-se aos estudos teológicos, primeiro em Zurique, depois em Berlim e Nova Iorque e

finalmente retornou a Zurique, onde obteve o doutorado em Teologia em 1913. Foi professor de

Teologia em Zurique, em Princeton e no Japão. Seu pensamento teve maior repercussão no

exterior, do que em sua terra natal.

Ele é um dos teólogos da Neo-Ortodoxia, que se levantava contra o Liberalismo

Religioso de sua época. A Neo-Ortodoxia buscou resgatar algumas idéias e temas da Reforma

Protestante reinterpretando-os à luz do conhecimento moderno. Ele deu ênfase à transcendência

de Deus, à responsabilidade do homem como criatura, ao pecado, à culpa, à singularidade de

Cristo como mediador da revelação e da graça e ao encontro pessoal com Deus na revelação.

Em 49 anos de produção literária, Brunner escreveu 396 livros e artigos eruditos para

revistas. Foi um teólogo de base reformada e combateu a idéia de que Jesus era apenas um

grande mestre e mártir humanitário. Para ele, Jesus é a única e exclusiva encarnação do Verbo

de Deus. Brunner reabilitou e reafirmou doutrinas cristãs históricas, como a Revelação de Deus,

a encarnação, a ressurreição de Jesus, a centralidade de Jesus na salvação, a necessidade de

uma fé pessoal, a autoridade das Escrituras em matéria de fé e prática e a existência da igreja

mais como uma comunhão do que como uma instituição.


1.2. CONTEXTO TEOLÓGICO

A Neo-Ortodoxia nasceu como um movimento contra a Teologia Liberal. A Teologia

Liberal tem as suas raízes no iluminismo, movimento filosófico que desde o século XVII vinha

enfatizando a supremacia do livre pensamento, da razão pura e da capacidade de todo ser

humano de progredir e de se aperfeiçoar por si mesmo. Ela prega que a Bíblia dá testemunho de

Deus, mas não é revelação direta de Deus nem é, no sentido rigoroso do termo, a Palavra de

Deus e, como tal, ela deve ser interpretada como obra literária em seu contexto histórico, com

base numa análise crítica fundada nos pressupostos filosóficos da nossa cultura, e

especialmente direcionada para os aspectos éticos da mesma. Ela defende que os relatos

bíblicos são primariamente simbólicos, não sendo aceitáveis do ponto de vista científico e

histórico, ademais preconiza que a ciência moderna é também fonte de revelação no que diz

respeito às leis que governam o universo e a vida. Diz que a humanidade não herdou o pecado

original, que Satanás não existe e que o homem é obra de um Deus bom e permanece

inerentemente bom em progresso constante até à perfeição.

O Liberalismo pôs em dúvida a credibilidade dos Evangelhos, dizendo que eles estão

cheios de mitos, de lendas e de várias tradições. Diminuíram Jesus, classificando-o

simplesmente como uma importante figura religiosa de sua época. À medida que a fé nos

Evangelhos ia sendo minada, sugeria-se a distinção teológica entre o Jesus histórico e o Cristo

da fé; entre o Jesus histórico, de quem diziam tão pouco saber, e o Cristo da fé, que para eles

era o produto de uma construção imaginária e idealizada da igreja.

Com a Neo-Ortodoxia, a Teologia Liberal passou a ser severamente criticada. A doutrina

liberal da revelação não conseguia diferenciar a voz de Deus da voz do homem. Como

consideramos a doutrina da Revelação de Deus o alicerce para as demais doutrinas, daremos

destaque a esta doutrina neste trabalho sobre a teologia de Emil Brunner por ele ter dado uma

grande contribuição contra as distorcidas doutrinas liberais.


2. A REVELAÇÃO DE DEUS EM EMIL BRUNNER

Só poderíamos conhecer bem a Deus, se ele a nós se revelasse. A razão, a consciência e a


natureza com suas maravilhas nos afirmam que há um Deus, mas não nos explicam quem ele é.
Ele mesmo no-lo diz em sua revelação. (Brunner, 1966, p.12)

A Teologia Liberal havia deturpado e diminuído a doutrina da Revelação. Para ela a

localização da fé já não se achava naquilo que Deus diz (a revelação divina) nem naquilo que

Deus faz (a redenção na história), mas primariamente naquilo que o homem experimenta. A

experiência passa a ter mais importância do que a revelação.

Para os liberais, a revelação era algo "existencial", "dialógico", ou "de encontro",

ao invés de doutrinário ou proposicional. Para Brunner, a doutrina da Revelação é a base da

doutrina cristã. Para ele a doutrina da Igreja Cristã aponta para além de sí mesma, para uma

realidade invisível, mas concreta. É esta doutrina que diz respeito "a Deus e seu Reino, Sua

Natureza e Vontade, também sua relação com o homem e com o mundo" (BRUNNER, 2004,

p.29). Como a Teologia é diferente de todos os outros tipos de ciência humana por tratar de

Deus, não se pode usar a ciência humana para discernir esta realidade. Deus é um sujeito

absoluto e o homem está distante desta realidade.

Por Deus estar tão distante de nós, ou como Brunner diz, "fora do mundo", o homem só

pode conhecê-lo através da chamada auto-revelação; ou seja, por seus próprios esforços o ser

humano jamais pode compreender Deus. Ele diz: "Conhecimento de Deus existe na medida em

que há a auto-revelação, uma auto-manifestação de Deus, isto é, na medida em que há

revelação" (BRUNNER, 2004, p.30).

A revelação, portanto, determina o conhecimento humano sobre Deus, pois somente

conhecemos a Deus se Ele se revelar a nós. No seu conceito de revelação, Brunner distingue a

auto-revelação (Deus revelando a si mesmo) do Testemunho (Deus "apontando" para si

mesmo). Segundo ele, na Bíblia encontramos a revelação através do ensino e do Testemunho,

sendo a "Encarnação do Verbo" o centro da manifestação divina. Este ensino ou Testemunho é

a revelação pela palavra falada, tanto do Antigo Testamento quanto do Novo Testamento. A
palavra falada é uma revelação indireta quando presta testemunho à verdadeira revelação:

Jesus Cristo, a auto-manifestação pessoal de Deus, o Emanuel.

Os apóstolos seriam as testemunhas da revelação divina e no cerne deste testemunho

do Novo Testamento, situa-se o Jesus histórico. Jesus é, portanto o centro da revelação de

Deus, em torno do qual todo o ensino e testemunho das testemunhas originais são direcionados.

A "Encarnação do Verbo" é o ápice da manifestação divina. Brunner dá ênfase à Encarnação de

Cristo e difere a Palavra Revelada (Jesus como a auto-comunicação de Deus), da Palavra

Manifestada por Deus (a Palavra falada ou testemunhada) no Antigo e Novo Testamentos. É por

meio de Cristo que Deus se torna a si mesmo conhecido por nós. Cristo é mais do que a palavra

falada, ele é a palavra em ação.

A revelação no Antigo Testamento pode ser entendida como precursora da revelação

em Jesus Cristo. Neste Testamento, encontram-se formas variadas de revelação. Contudo o

padrão mais encontrado é o da Palavra profética, em que Deus se revela através da linguagem.

Para Brunner esta revelação tem uma natureza provisória e limitada, pois Deus ali somente fala,

mas ainda não se revelou em Presença Pessoal.

Combatendo a Teologia Liberal, Brunner afirma que a revelação em Jesus e a revelação

na Palavra profética são históricas. O propósito destas revelações ou desta Revelação é o

homem. Só existe revelação porque há o ser humano para recebê-la. Ele aprofunda e preserva a

doutrina reformada quando diz que esta Revelação se dirige para o homem caído: "Negar a

revelação original significa negar o pecado como um fato" (BRUNNER, 2004, p.33). A Revelação

traz responsabilidades ao homem, pois o conhecimento de Deus e de Sua vontade faz com que

o ser humano torne-se responsável por seu pecado. Sem o conhecimento da vontade de Deus

não há pecado. Por outro lado a Revelação e somente ela pode oferecer uma solução válida aos

problemas que atormentam o ser humano, pois é apenas conhecendo a Deus e a Sua vontade

que o homem descobre a si mesmo. Ele diz ainda:

entender o homem como pecador, entretanto, significa entendê-lo do ponto de vista de sua
relação original com Deus e da revelação que isto pressupõe. É a dialética do pecado e da
responsabilidade para pecar e não pecar, que significa tanto um conhecimento de Deus como
uma ignorância a respeito dEle (BRUNNER, 2004, p.33).
Embora Brunner entenda a Revelação como algo objetivo, ela tem também um aspecto

subjetivo. Todos os modos de Deus se revelar só constituem Revelação quando chega ao

"sujeito" que a recebe. Todas as formas objetivas de revelação necessitam do "sujeito", no qual

se tornam revelação através da fé. Revelação e fé significam agora um encontro e comunhão

pessoais. O fato de Deus se manifestar à humanidade pressupõe que o homem seja um ser

criado para esse gênero de comunicação, para a comunicação através da Palavra de Deus.

Neste sentido existe um ponto de contato, que é evidente, a imagem de Deus. Brunner defendia

que a imago Dei não havia sido retirada nem mesmo do pecador. Este homem caído ainda teria

a capacidade de receber a Palavra de Deus e de ser responsável por ela.

Segundo ele, a revelação em Cristo só está completa quando a vida, a morte e a

ressurreição de Jesus realmente se tornam manifestas, isto é, quando um homem ou uma

mulher aceitam a Cristo como o seu Senhor e o Salvador. A Revelação é, portanto, um processo

transitivo, Deus se tornando conhecido a alguém. Aqui ele apresenta o "duplo inclinar-se", Deus

revelando-se ao homem historicamente (de forma objetiva), na Encarnação do Filho e

interiormente (de forma subjetiva) no testemunho dado ao Filho pelo Espírito Santo no coração

do homem.

O Espírito Santo testemunha com o nosso "espírito" acerca de Jesus. Esse testemunho

está subordinado à revelação em Cristo. Brunner diz:

este processo de testemunho, este ensino (do Espírito) jamais terá fim. Do ponto de vista humano,
o Espírito detém o direito de ensinar ao ser humano mais e mais claramente, nunca, contudo,
estabelecendo uma vez por todas, uma doutrina definitiva, pura e simplesmente dogma
(BRUNNER, 2004, p.50).

Ele não concorda com a doutrina da Inspiração Verbal. Ele afirma,

em contraste com os Profetas, então, os apóstolos não declaram que sua atividade de ensino -
tudo que dizem ou escrevem - é ditado pelo Espírito Santo, mas eles deixam-nos ver muito
naturalmente e sem inibição, dentro do processo humano e psicológico do seu testemunho
apostólico (BRUNNER, 2004, p.51).

A partir das gerações seguintes, o testemunho dos apóstolos era recebido através da

iluminação do Espírito Santo. Pela iluminação (muitas vezes usada como sinônimo para

revelação), o ser humano, mesmo em seu estado caído, recebe o testemunho dos apóstolos de

que Jesus é o Cristo exatamente como eles o receberam. A fé não deve estar baseada numa

narrativa prévia da Bíblia, mas baseada no testemunho do Espírito Santo ao coração. O


testemunho dos apóstolos jamais pode ser a base ou o objeto da fé, mas apenas o instrumento

da fé.

Para Brunner, a perfeita revelação está no fim dos tempos. Ele afirma que a Encarnação

de Cristo proclama que ela significa a plenitude da Presença de Deus conosco. É através do

Emanuel que a igreja aguarda a revelação plena quando o veremos face-a-face. Assim,

enquanto estivermos nesta vida, a revelação de Deus será continuamente incompleta, mas

quando tudo for renovado, quando estivermos na plenitude da presença de Deus, entenderemos

o sentido de cada forma da revelação.


3. AVALIAÇÃO

Sem dúvida Brunner foi um excelente teólogo, um dos grandes nomes da Teologia do

século XX. Sua teologia por tentar buscar os parâmetros da Reforma Protestante, ficou mais

equilibrada e trouxe respostas melhores ao pensamento da Teologia Liberal combatida por ele.

Ele abordou vários temas combatendo a Teologia Liberal, mas como nosso foco foi a doutrina da

Revelação de Deus, faremos nossas considerações nessa perspectiva.

3.1 Podemos ou não conhecer Deus?

Essa foi uma pergunta que incomodou muito Brunner, e a partir dela foi formulada toda a

sua doutrina da Revelação de Deus. Comentando ela ele diz:

esta questão não é uma entre muitas outras; porque ela não se refere a uma verdade entre muitas
outras verdades. Ela é a questão da qual todas as outras questões se originam. Da qual todos os
valores derivam seu valor, todos significados seu conteúdo. É a questão suprema, porque visa o
coração de toda a existência, do sentido e destino de toda vida. Ela é a questão primária mesmo
para aqueles que não estão cientes dela, porque também inclui seu destino, e o destino de toda
ciência e cultura, que talvez pareça mais importante para eles. Pois toda cultura, incluindo ciência,
nasceu e ainda origina-se da crença que a existência humana tem um significado. (BRUNNER,
2000, p. 43 e 44)

Ele demonstra a importância da revelação para nós seres humanos. Afirma que o

conhecimento de Deus responde a uma questão básica da vida: o significado da existência

humana. Sua doutrina demonstra um Deus que quer se revelar, que quer se comunicar, que

quer interagir; mostra um Deus gracioso que através da sua criação, da sua Palavra e do seu

Filho se mostra para a sua criatura, o homem. O sentido da vida passa a ser não apenas o

conhecer a Deus, mas relacionar-se com sua Pessoa. O ato de Deus revelar-se demonstra seu

propósito de nós o conhecermos, e mesmo com a imagem dele em nós deturpada pelo pecado,

ele ainda busca nos levar para o pleno conhecimanto da Verdade.

Sem revelação, portanto, o homem nunca seria capaz de adquirir qualquer

conhecimento de Deus.

3.2 Fé e Razão
Contrariando a Teologia Liberal Brunner afirma que a revelação é recebida pela fé. Não

é a razão que faz com que o ser humano perceba Deus, mas a fé. Esta fé, porém, é

consequência da reflexão baseada na revelação. Ele diz

Não apenas o estudo e a interpretação da dogmática, mas até mesmo a própria fé é um processo
racional. Isto é, é reflexão determinada pela revelação, pela Palavra de Deus[...]Certamente, fé
não é apenas um processo racional, mas como um ato central da pessoa é também
disposição e sentimento. (BRUNNER, 2004, p.105)

Ele afirma que quando o homem responde à Palavra da revelação de Deus, executa

também uma ação do pensamento. Coisas comuns a vida cristã como orar, dar graças a Deus e

louvar a Deus são atitudes de reflexão, reflexões do coração que emanam da fé. Neste aspecto

há um equilíbrio, pois a fé não se transforma em algo meramente temporal ou intelectual, nem a

razão se torna incrédula. Fé e razão andam juntas: “Apenas onde a fé e a racionalidade estão

corretamente entrelaçadas podemos ter a verdadeira teologia, a boa dogmática” (BRUNNER,

2004, p.109).

O escritor aos Hebreus diz: “Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário

que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o

buscam” (Hb 11:6). A fé crê e a razão se lembra que Nele se pode confiar, pois através da

Revelação que Deus nos deu de si mesmo, podemos ter o conhecimento necessário para

vivermos pela fé.

3.3 Revelação e Iluminação

Percebemos que em Brunner, estas duas doutrinas da Teologia Sistemática são quase

que sinônimas uma da outra. Não encontramos no seu pensamento diferenças visíveis que

pudessem distingui-las. Em vez de falar sobre revelação e iluminação, ele prefere falar dos

aspectos objetivo e subjetivo da revelação.

3.4 Doutrina da Inspiração


A doutrina da Inspiração Verbal diz que o Espírito Santo guiou de tal forma os escritores

bíblicos que até mesmo as palavras e detalhes foram escritos segundo o desejo divino. Brunner

não concordava com esta doutrina. Ele diz “a idéia de uma Inspiração Verbal da doutrina

divinamente revelada é totalmente inadequada como uma definição de revelação do Novo

Testamento” (BRUNNER, 2004, p.51). Para ele o Espírito Santo agiu de forma diferente na

Revelaçao de Deus no Antigo e no Novo Testamento. Como já vimos, parece que ele valoriza

mais a Inspiração do A.T. Do que a do N.T..

Em contraste com os Profetas, então, os apóstolos não declaram que a sua atividade de ensino –
tudo o que dizem ou escrevem – é ditado pelo Espírito Santo, mas eles deixam-nos ver, muito
naturalmente e sem inibição, dentro do processo humano e pscicológico do seu testemunho
apostólico. (BRUNNER, 2004, p.51)

A distinção entre Revelação (em Cristo) e Testemunho (nas Escrituras) parece ser uma
tentativa de minimizar o impacto dessa repulsa da inspiração verbal.
CONCLUSÃO

Brunner foi um grande Teólogo de sua época cuja teologia ainda é atual. Sua

contribuição na Neo-Ortodoxia foi muito importante para um melhor equilíbrio da teologia que

fora bastante afetada com o liberalismo. Sua doutrina da Revelação de Deus nos inquieta a

buscarmos uma melhor compreensão do nosso propósito como seres criados à imagem e

semelhança de Deus, e a buscarmos uma real e efetiva aproximação de Deus através da fé em

sua revelação como um todo.


BIBLIOGRAFIA

1. BRUNNER, Emil. Dogmática. Vol. I, 1ª Edição, Trad. Deuber de Souza Calaça, Editora

Cristã Novo Século LTDA, São Paulo, Brasil, 2004, 464 págs.

2. BRUNNER, Emil. Nossa Fé. Trad. Helberto Michel, Editora Sinodal, São Leopoldo, Brasil,

1966, 123 págs.

3. BRUNNER, Emil. Teologia da Crise. Editores: Eduardo de Proença e Eliana Oliveira de

Poença, São Paulo, Brasil, 2000, 110 págs.

4. ERICKSON, J. Millard. Conciso Dicionário de Teologia Cristã. 2ª Edição, Trad. Darci

Dusilek e Arsenio Firmino de Novaes Netto. Editora Juerp, Rio de Janeiro, Brasil, 1995, 179

págs.

5. MONDIN, Battista. Os Grandes Teólogos do Século Vinte. Trad. José Fernandes. Editora

Teológica, São Paulo, Brasil, 2003, 767 págs.

Potrebbero piacerti anche