Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
calvtno
e a educação para a solidariedade
Abilio Arruda
Calvino
E A E D U C A Ç Ã O PARA A
S O L ID A R IE D A D E
EDITORA
m
SANTUÁRIO
© Fonte Editorial e Editora Santuário
Capa e preparação:
E duardo de P roença
Formato 14x21 cm - 144 páginas
Arruda, Abilio
Calvino e a educação para a solidariedade / Abilio
Arruda ; São Paulo: Fonte Editorial; A parecida (SP):
Santuário, 2010.
Bibliografia
ISBN 978-85-63 607-08-9
CDD 370.115
a SANTUÁRIO
EDITORA
Rua Barão de Itapetininga, 140 loja 4 Rua Padre Claro Monteiro, 342
01042-000 São Paulo - SP 12570-000 Aparecida - SP
Tel.: 11 3151-4252 Tel.: 12 3104-2000
www.fonteeditorial.com.br www.editorasantLiano.com.br
contato@fonteeditorial.com.br atendimento@editorasantuario.com.br
Agradeço
à Carlos Jeremias Klein e Reginaldo von Zuben.
> Dedico
à Rose, Paula Giovanna, Daniele e Natália, minha família.
6
A m uo A rruda
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO........................................................................................... 09
2.1.0 humanismo..................................................................................... 25
3. Solidariedade e Competência................................................................69
4. Solidariedade e Espiritualidade..............................................................79
CAPÍTULO III - A DOUTRINA TEOLÓGICA E SOCIAL DE CALVINO EA
CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................131
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................... ..135
A bílioA rruda
INTRODUÇÃO
Notas da Introdução
1 Cf. MORIN, Edgar. Os Sete Saberes necessários à Educação do Futuro, pp, 58-61.
A bílio A rruda
Capítulo I
A DOUTRINA TEOLÓGICA E
m
SOCIAL DE CALVINO
—
outra, na França e na Suíça.27
>
Por causa de seu estilo agressivo e por não poupar,
nas suas pregações, de seus vícios o clero, ficou conhecido,
OJ
K>
Formado por vinte e cinco homens que fossem cidadãos de
Genebra e mais quatro síndicos, tornou-se o verdadeiro governo
municipal de Genebra.45
2.1.0 humanismo
Em seus primórdios, o Humanismo queria se referir a um
m
r -
dos Atos dos Apóstolos,
Notas do Capítulo 1
1BIÉLER, André. O Pensamento Econômico e Social de Calvino, p. 68.
2Cf. BIÉLER, André. Op. cit., p. 69.
3 Idem.
4 SILVESTRE, Armando Araújo. O direito de resistir ao Estado no pensamento de
João Calvino, p. 46 -Tese.
5 Cf. GAMBLE, Richard C. Suíça: Triunfo e Declínio. In: REID STANFORD, W.
Calvino e sua Influência no Mundo Ocidental, p. 63.
6 BIÉLER, André. Op. Cit., p. 84-85.
7 MAcGRATH, Alister. A Vida de João Calvino, p. 107.
8SILVESTRE, Armando Araújo. Op. Cit., pp. 26-27.
9 Cf. GAMBLE, Richard C. op. cit., p. 41,
10 Cf. SILVESTRE, Armando Araújo. Op. Cit., pp. 47-50. '
11 DURAN, Will. A História da Civilização V I - A Reforma, p. 390.
12 MAcGRATH, Alister. Op. cit., p. 108.
13IRWIN, C. H. Juan Calvino: su vida y su obra, p. 25.
; 14 DURAN, Will. Op. cit., p. 390.
15 ESTRELLO, Francisco E. Breve Historia de Ia Reforma, p. 38.
16 FERREIRA, Wilson Castro. Calvino: vida, influência e teologia, p. 78-79.
17SILVESTRE, Armando Araújo. Op. Cit., p. 12. “Referência negativa aos mamelucos
orientais que preferiam ser escravos ou servos a viver em liberdade”.
18MAcGRATH, Alister. Op. Cit., p. 109. Segundo o autor, “a palavra suíça-alemã para
“confederado”, Eidgnoss, provou-se praticamente impossível de ser pronunciada
no dialeto de Genebra (...) A expressão eiguenot ou eyguenot representa a tentativa
feita pelos moradores de Genebra para reproduzir a palavra usada para “confederado”
(Eidgnoss).
19 MAcGRATH, Alister. Op. Cit., p. 108.
20 Cf. GAMBLE, Richard C. Op. cit., p. 64. '
21 GAMBLE, Richard C. Op. cit., p. 13. Vide nota de rodapé n° 7 deste capítulo.
22 Cf. SILVESTRE, Armando Araújo. Op. Cit., p. 16.
23 Cf. MAcGRATH, Alister. Op. Cit., p. 104.
24 apud BIÉLER, André. O Pensamento Econômico e Social de Calvino, p. 16.
25 MAcGRATH, Alister. Op. Cit., p. 110.
26WALLACE, Ronald. Op. cit., p. 21.
27 DURANT, Will. Op. cit., p. 391.
28 FERREIRA, Wilson Castro. Calvino: vida, influência e teologia, p. 77.
29 GAMBLE, Richard C. Op. cit., p. 63.
30 SILVESTRE, Armando Araújo. Op. Cit., p. 15. Cf. nota de rodapé n° 13.
31 Idem, Ibidem, p. 14.
32Cf. REID, W. Stanford. A Propagação do Calvinismo no SéculoXVI, p. 45.
33WALLACE, Ronald. Op. C/'f„ p. 21.
34 Cf. DURANT, Will. Op. c/í., p. 391.
35 FERREIRA, Wilson Castro. Op. Cit., p. 76.
36 DURANT, Will. Op. c/í., p. 391.
37 Cf. MAcGRATH, Alister. Op. Cit., p. 112.
38 MAcGRATH, Alister. Op. Cit., p. 105.
39Cf. SILVESTRE, Armando Araújo. Op. Cit., p. 14.
40 DURAN, Will. Op. cit., p. 391. Também Cf. IRWIN, C. H. Op. Cit., p.29; LESSA,
Vicente Themudo. Calvino: sua vida e sua obra, p. 70. McGRATH data o mesmo
acontecimento em 25 de maio. Cf. McGRATH, A. Op. cit., p. 115.
41 FERREIRA, Wilson Castro. Op. Cit., p. 77.
42 BIÉLER, André. Op. Cit., p. 86-87.
43 Cf. McGRATH, A. Op. cit., p. 130.
44 Idem, pp. 130-131.
45 Cf. DURAN, Will. Op. cit., p. 390; LESSA, Vicente Themudo. Op. Cit., p. 67.
McGRATH, talvez por um equívoco, diz que o número de cidadãos que compõem o
Pequeno Conselho é de “vinte e quatro”. Op. Cit., p. 131.
46 LESSA, Vicente Themudo. Op. Cit., p. 67.
47 McGRATH, A. Op. cit., pp. 130-131. Ferreira diverge desta informação e afirma
que o “Conselho dos Duzentos” fora criado à imitação do governo de Bema, em ’
1526. Cf. FERREIRA, Wilson Castro. Op. Cit., p. 76.
48 McGRATH, A. Op. cit., pp. 130-131.
49SILVESTRE, Armando Araújo. Op. Cit., p. 31.
50 BIÉLER, André. Op. Cit, p. 222.
51 apud BIÉLER, André. Op. Cit., p. 223. Cf. nota n° 545.
52 McGRATH, A. Op.c/f„ p. 70.
53DANIEL-ROPS. A Igreja da Renascença e da Reforma - I . A reforma protestante,
p. 346.
54 McGRATH, A. Op. cit., p. 72. Grifos do autor.
55 Cf. CHAUNU, Pierre. O Tempo das Reformas (1250-1550): História religiosa e
sistema de civilização. - II. A reforma protestante, p. 55.
56 CHAUNU, Pierre. Op. cit., p. 56.
57 Cf. McGRATH, A. Op. cit., p. 72-73.
58 CHAUNU, Pierre. Op. cit., p. 56-57.
59 McGRATH, A. Op. cit., p.73.
60 CHAUNU, Pierre. Op. Cit., p. 59.
61 REID STANFORD, W. A Propagação do Calvinismo no Século XVI. In: REID
STANFORD, W. Calvino e sua Influência no Mundo Ocidental, p. 38.
62 BIÉLER, André. O Humanismo Social de Calvino. - Trad. de A Sapsezian - São
Paulo: Edições Oikumene, 1970.
63 BIÉLER, André. O Humanismo Social de Calvino, p. 13.
64 FERREIRA, Wilson Castro. Op. Cit., p. 38.
85 Cf. CHAUNU, Pierre. Op. Cit., p. 201; DURAN, Will. Op. cit., p. 383; LESSA,
Vicente Themudo. Op. Cit, p. 19; ESTRELLO, Francisco E. Breve Historia de La
Reforma, p. 34.
66BIÉLER, André. O Pensamento Econômico e Social de Calvino, p. 113. Cf. IRWIN,
C. H. op. Cit., p. 10.
67 FERREIRA, Wilson Castro. Op. Cit., p. 37.
68 BIÉLER, André. O Pensamento Econômico e Social de Calvino, p. 114. “Benefício
ou rendimento de uma função eclesiástica". Cf. nota 211; também: ESTRELLO,
Francisco E. Op. Cit., p. 34; IRWIN, C. H. Op. Cit., p. 10. '
69Cf. IRWIN, C. H. Op. Cit., p. 10; DURANT, Will. Op. cit., p. 383; FERREIRA, Wilson
Castro. Op. Cit., p. 34.
Amuo A rruda
Oséias por ter obedecido as ímpias leis de seu rei (Os 5,11). Porque depois que
Jeroboão mandou fazer os dois bezerros de ouro, abandonando o templo de Deus,
todos seus súditos, por condescendência, se entregaram demasiadamente rápido às
suas superstições (1 Rs 12,30), e logo com muita facilidade seus filhos e descendentes
se acomodaram aos caprichos de seus reis idólatras, conformando-se aos seus
vícios. O profeta severamente lhes censura este pecado, de haver admitido semelhante
edito real". (Tradução minha).
108CALVINO, Juan. Op. C/f.,p. 1169. “fazer-nos viver com toda justiça, [...] instruír-
nos em uma justi;a social, colocar-nos de mútuo acordo uns com os outros, manter e
conservar a paz e a tranqüilidade comuns". (Tradução minha).
109CALVINO, Juan. Op. Cit., Libro IV, cap. XX, p. 1194. “verdadeiramente daremos
a Deus a obediência que nos pede, quando antes consentimos em sofrer qualquer
coisa que desviar-nos de sua santa Palavra." (Tradução minha).110 BIÉLER, André:
O Humanismo Social de Calvino, p. 25.
111 Cf. CALVINO, Juan. Op. Cit., p. 1168.
112 Idem. “esta distinção não serve para que tenhamos a ordem social como imunda
e que não convém a cristãos.” (Tradução minha).
113 BIÉLER, André. 0 Humanismo Social de Calvino, p. 25.
114Cf. BIÉLER, André. 0 Pensamento Econômico e Social de Calvino, pp. 382-389.
115BIÉLER, André. 0 Humanismo Social de Calvino, p. 26.
116 Carta ai crístianísimo Rey de Francia. Cf. CALVINO, Juan. Op. Cit., p. XXVIII.
117CALVIN, John. Commentary upon TheActsoftheApostles. Volume Second,
chapter XVII. 6, p. 136. "This is the State of the gospel, to have those uproars which
Satan raiseth imputed to It. This is also the malicious-ness of the enemies of Christ, to
lay the blame of tu-mults upon holy and modest teachers, which theythem-selves
procure11, (Tradução minha).
118CALVIN, John. Commentary upon TheActsoftheApostles. Volume First.-Epistle
Dedicatory, p. XVII. “many princes, although they see the estate of the Church filthily
corrupt, yet dare they attempt no remedy; because that danger which they fear will
proceed from innovation, when evils must be driven out of theirold and quiet possession,
doth hinderand keepthem backfrom doing theirduty”. (Tradução minha).
119 BIÉLER, André. O Humanismo Social de Calvino, p. 26.
120 CALVIN, John. Commentaries on the Book of the Prophet Jeremiah and The
Lamentations. - Volume First - p. 367. "As to strangers and orphans and widows, they ,
are often mentioned; for strangers as well as orphans and widows were almost destitute
of protection, and were subject to many wrongs, as though they were exposed as a
prey. Hence, whenever a right government is referred to, God mentions strangers and
orphans and widows; for it might hence be easily understood of what kind was the
public administration of justice; for when others obtain their right, it is no matter of
wonder; since they have advocates to defend their cause (...) Thus every one who
defends his own cause, obtains at leastsome portion of his right. Butwhen strangers
and orphans and widows are not unjustly dealt with, it is as evidence of real integrity.”
(Tradução minha).
121 BIÉLER, André. O Humanismo Social de Calvino, p. 28.
122 CALVIN, John. Commentary on a Harmonyofthe Evangelists, Matthew, Mark,
and Luke. - Volume Second - p. 399. “for since the preservation of the human race is
agreeableto Him—which consists in justice, upright—ness, moderation, prudence,
fidelity, and temperance—he is said to love the political virtues; not that they are
meritorious of salvation or of grace, but that they have reference to an end of which he
approves”. (Tradução minha).
123CALVINO, Juan. Institución de La Religión Crístiana, Libro II, Capítulo I, p. 170.
"O homem todo, dos pés à cabeça, está como submergido em um dilúvio, de modo
que não há nele parte alguma isenta ou livre de pecado, e, portanto, tudo quanto dele
procede se lhe imputa como pecado”. (Tradução minha).
124 Idem, Ibidem, Capítulo VI, p. 239. "Deus [...] se fez nosso Redentor na pessoa de
seu Filho unigênito.” (Tradução minha).
125 Id. Ibid., Libro II, Capítulo XVII, p. 393. “Não há dificuldade alguma em que a
justificação dos homens seja gratuita por pura misericórdia de Deus.” (Tradução
minha).
52 126 BIÉLER, André. O Humanismo Social de Calvino, pp. 17-18.
,27ldem, Ibidem, p. 18.
128CALVINO, Juan. Institución de La Religión Cristiana. Libro IV, Capítulo I, p. 805.
“Porque, efetivamente, se em verdade estão persuadidos de que Deus é o Pai
comum de todos, e de que Cristo é sua única Cabeça, se amarão uns aos outros como
irmãos, repartindo mutuamente o que possuem.” (Tradução minha).
129 BIÉLER, André. O Humanismo Social de Calvino, p. 21.
130Vide nota de rodapé n° 104 deste capítulo.
131Vide nota de rodapé n° 108 deste capítulo.
132 Cf. BIÉLER, André. O Pensamento Econômico e Social de Calvino, p. 225.
133 Idem.
134 Id., p. 222.
135 BIÉLER, André. O Humanismo Social de Calvino, p. 19.
136CALVINO, Juan. Op. cit. Libro IV, Capítulo III, p. 837.
137 BIÉLER, André. O Humanismo Social de Calvino, p. 17.
138 Idem.
139 Idem, p. 18. * "
140 CALVIN, John. Commentary Upon TheActsoftheApostles. - Volume First - p.
229. “We learn in this history that in the Church cannot be so framed by and by, but that
A bílio A rrudv
m
SOLIDARIEDADE
3. Solidariedade e Competência
É possível a construção de uma sociedade mais humana e
solidária apenas com práticas ou ações solidárias? Ao lançarmos
um olhar mais aguçado para a Genebra do século XVI, contexto da
reforma viabilizada por Calvino, podemos visualizar que o resultado
de sua doutrina teológica e social, como processo educativo, não
só levava as pessoas à prática da solidariedade com os excluídos,
mas também que estes fossem treinados nas profissões da época,
com o intuito de se superar a exclusão social.47
A doutrina teológica e social desenvolvida por Calvino
compreendia, então, como processo pedagógico, o reconheci
mento da interdependência como responsável pela coesão da
sociedade genebrina, mas, concomitantemente, compreendia a
aquisição de competências para o mundo da época.
A mera compreensão da interdependência como um fato e
rela cio n a d a à coesão social e a co nseq üen te prá tica da
solidariedade como imperativo ético não são suficientes para que
a desagregação social presente nas sociedades contemporâneas,
capitalistas, seja minimizada.48 Também não se pode atribuir à
solidariedade, ou às ações solidárias a responsabilidade de redimir
a sociedade de seus problemas. Conform e Assmann, “parece
urgente o re-exame crítico de uma série de saltos salvacionistas,
curto-circüitos ideológicos m arcadam ente apocalípticos e até
imediatismos messiânicos no complexíssimo quadro das ênfases
radicais na solidariedade”.49
Na busca pela superação do problema da desagregação
social, uma contribuição pode vir de um modelo de educação que
com porte, além do aflorar da sensibilidade, a aquisição das
competências exigidas por estas mesmas sociedades. De acordo
com Sung, “educar é dar as competências necessárias para o mundo
de hoje. A gente não educa só dando e ensinando conteúdo. É
preciso ajudar as pessoas a aprender a aprender”.50
E esse tipo de aprendizagem, “aprender a aprender”, passa,
indubitavelm ente, pela superação de processos educativos
baseados numa visão racionalizada do mundo, que divide, separa,
enfim, fragmenta a realidade. A fragmentação da realidade, visão
típica das culturas ocidentais racionalizadas, dificulta a falta de visão
no que diz respeito à in te r-re la çã o entre com petência e .
solidarie dad e, isto é, a percepção de que a aquisição das
competências exigidas pelo mundo moderno (e pós-moderno) não
exclui necessariamente a solidariedade, e a prática desta última
não abole as primeiras.
A solidariedade precisa deixar de ser entendida apenas como
fomentadora da interdependência e da coesão social e passar a
<1
ser compreendida, de acordo com Assmann e Sung, como
4. Solidariedade e Espiritualidade
Educar para a solidariedade pressupõe, como foi discutido
até aqui, viabilizar processos cognitivos que proporcionem aos
ed ucandos a aq u isiçã o in te le ctu a l de co m petências que a
estabeleçam como ações de cunho ético-político em sociedades
complexas.
Mas, como afirma Perrenoud, estas competências podem
ser desenvolvidas “ao sabor da experiência de vida e de uma
prática reflexiva”.76 Experiência e reflexão são fenômenos que
ocorrem concom itantem ente como processo cognitivo, e, na
aquisição de conhecimentos através da inter-relação com o meio,
os seres humanos experienciam e refletem através dos sentidos.
Quando se afirma que os sentidos têm participação ativa na
aquisição de conhecimentos, abre-se espaço para a discussão da
sensibilidade como meio de conhecimento. Segundo Assmann e Sung,
uma condição epistemológica necessária para ser solidário/a
Notas do Capítulo 2
1SILVA, Divino José da. Ética e educação para a sensibilidade em Max Horkheimer;
p.27.
2ASSMANN, Hugo; SUNG, Jung Mo. Competência e Sensibilidade Solidária: Educar
para a esperança, p. 213.
3 GARCIA, Francisco Luiz. Introdução Crítica ao Conhecimento, p. 18.
4STRIEDER, Roque. Educar para a iniciativa e a solidariedade, p. 295.
5ASSMANN, Hugo. Metáforas novas para reencantar a Educação: epistemologia e
didática, pp. 144-145.
6 FREIRE, Paulo. Educação como Prática da Liberdade, p. 48.
7ASSMANN, Hugo; SUNG, Jung Mo. Op. cit, p, 246.
8MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro, p. 25.
9 GARCIA, Francisco Luiz. Op. Cit., p. 43.
19 MORIN, Edgar. Op. Cit., p. 54.
11 MORIN, Edgar. Op. Cit., p. 38.
12STRIEDER, Roque. Op. cit., p. 293.
13ASSMANN, Hugo; SUNG, Jung Mo. Op. cit., p. 261.
14 Cf. ASSMANN, Hugo; SUNG, Jung Mo. Op. cit., p. 52-66.
16 ASSMANN, Hugo; SUNG, Jung Mo. Op. cit., p. 69.
16 SUNG, Jung Mo. Conhecimento e Solidariedade: educar para a superação da
exclusão social, p.47. ,
17ASSMANN, Hugo; SUNG, Jung Mo. Op. cit., pp. 74-75.
18ASSMANN, Hugo; SUNG, Jung Mo. Op. cit., p. 80.
19ASSMANN, Hugo. Op. cit., pp. 90-1.
20 Idem, Ibidem, p. 94.
21Cf. SILVA, Divino José da.Ética e educação para a sensibilidade em MaxHorkheimer,
p. 22.
22 MORIN, Edgar. Op. cit., p. 26.
23 MORIN, Edgar. Op. cit., p. 38.
24 SUNG, Jung Mo. Op. cit., p. 55.
25ASSMANN, Hugo; SUNG, Jung Mo. Op. cit., p. 86.
26 STRIEDER, Roque. Op. Cit., pp. 315 e 316.
27Vide nota n° 24 deste capítulo.
28 MORIN, Edgar. Op. Cit., p. 45.
29ASSMANN, Hugo; SUNG, Jung Mo. Op. cit., p. 81.
"ASSMANN, Hugo. Op. cit., p. 192.
31 Idem, Ibidem, p. 220.
32Vide nota n° 3 deste capítulo.
33 MORIN, Edgar. Op. cit., p. 28. Sublinhados do autor.
34 GARCIA, Francisco Luiz. Op. Cit., pp. 31-32.
35ASSMANN, Hugo; SUNG, Jung Mo. Op. cit., p. 201. Sublinhado dos autores.
36ASSMANN, Hugo; SUNG, Jung Mo. Op. cit., p. 31. Sublinhados dos autores.
37ASSMANN, Hugo; SUNG, Jung Mo. Op. cit., p. 202.
38Vide citação n° 29 deste capítulo.
"ASSMANN, Hugo; SUNG, Jung Mo. Op. citl., p. 79.
40ASSMANN, Hugo; SUNG, Jung Mo. Op. citl., pp. 76-7.
41 Cf. SILVA, Divino José da. Op. Cit., p. 22.
42 Cf. ASSMANN, Hugo; SUNG, Jung Mo. Op. cit., p. 202.
43 SUNG, Jung Mo. Conhecimento e Solidariedade: educar para a superação da
exclusão social, p. 63.
44 DURKHEIM, Èmile. Educação e Sociologia, p. 60.
45ASSMANN, Hugo; SUNG, Jung Mo. Op. cit., p, 183.
46 Idem, p. 205.
47Vide capítulo I deste trabalho, citação n° 133.
48 Cf. ASSMANN, Hugo; SUNG, Jung Mo. Op. cit., pp. 209-210.
49ASSMANN, Hugo. Op. cit., p. 229.
50 SUNG, Jung Mo. Op. cit., p. 72.
51ASSMANN, Hugo; SUNG, Jung Mo. Op. cit., p. 75.
52ASSMANN, Hugo; SUNG, Jung Mo. Op. cit., p. 183.
53 PERRENOUD, Philippe. Escola e Cidadania: o papel da escola na formação para
a democracia, p. 75.
64 Idem, Ibidem, p. 97.
55 Cf. ASSMANN, Hugo; SUNG, Jung Mo. Op. cit., p. 152.
56 DELORS, Jacques et alii. Educação: um tesouro a descobrir, p. 90.
57 Cf. DELORS, Jacques et alii. Op. Cit., pp. 89-102..
58 DELORS, Jacques et alii. Op. Cit., pp. 90-91.
59 SILVA, Divino José da. Op. Cit., p. 226-27.
“ ASSMANN, Hugo. Op. cit., p. 151.
61 Cf. DELORS, Jacques et alii. Op. Cit., pp. 93-96.
62 PERRENOUD, Philippe. Op. cit., p. 69.
63 DELORS, Jacques et alii. Op. Cit., p. 93.
64 DELORS, Jacques et alii. Op. Cit., p. 97.
“ ASSMANN, Hugo; SUNG, Jung Mo. Op. cit., p. 97.
66SACRISTÁN, J. Gimeno. Educar e Conviver na Cultura Global: As exigências da
cidadania, p. 132.
67 DELORS, Jacques et alii. Op. Cit., p. 98.
68 Idem, Ibidem, p. 99.
69 Cf. ASSMANN, Hugo; SUNG, Jung Mo. Op. cit., p. 246.
70ASSMANN, Hugo. Op. cit., p. 47.
71 Cf. ASSMANN, Hugo; SUNG, Jung Mo. Op. cit., pp. 213-222.
72 Idem, Ibidem, p. 211.
73ASSMANN, Hugo; SUNG, Jung Mo. Op. cit., p. 211..
74PERRENOUD, Philippe. Op. cit., p. 111. Competências transversais, para o autor,
são aquelas "que atravessam os diversos campos sociais e não são específicos de
nenhum”. Cada uma destas competências será desenvolvida e discutida, pelo autor,
em detalhes nas páginas 107 a 129. Grifo do autor.
75 SUNG, Jung Mo. Op. cit., p. 57.
76 PERRENOUD, Philippe. Op. cit., p. 129.
77ASSMANN, Hugo; SUNG, Jung Mo. Op. cit, p. 98. Sublinhado dos autores.
78 Cf. ASSMANN, Hugo; SUNG, Jung Mo. Op. cit., p. 75.
79ASSMANN, Hugo; SUNG, Jung Mo. Op. cit., p. 98.
80 SUNG, Jung Mo. Sujeito e Sociedades Complexas: Para repensar os horizontes
utópicos, p. 172.
61 SUNG, Jung Mo. Op. cit., p. 70.
82 MORIN, Edgar. Op. Cit., p. 20.
“ ASSMANN, Hugo; SUNG, Jung Mo. Op. cit., p. 103.
84ASSMANN, Hugo. Op. cit., p. 149.
85 SUNG, Jung Mo. Op. c/f., p. 159.
86 Damásio, Antonio. O mistério da consciência, p. 160. Grifo do autor.
87ASSMANN, Hugo; SUNG, Jung Mo. Op. cit., p. 97.
88 Idem, Ibidem, p. 99.
89 SUNG, Jung Mo. Op. cit., p. 161.
90 FREIRE, Paulo. Educação como Prática da Liberdade, p. 104.
91 FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido, p. 66.
92 cf. AZEVEDO, Marcelo C.. Educação, Sociedade, Justiça: Um Enfoque
Antropológico-Cultural, p. 25.
93Vide citação n° 10 deste capítulo.
94ASSMANN, Hugo. Op. cit., p. 91.
95 PERRENOUD, Philippe. Op. Cit., pp. 83-84.
96ASSMANN, Hugo; SUNG, Jung Mo. Op. cit. p. 152.
97 Idem, Ibidem, p. 260.
98Para Freire, diálogo “é uma relação horizontal de A com B. [...] Nutre-se do amor,
da humildade, da esperança, da fé, da confiança. Por isso só o diálogo comunica.
E quando os dois pólos do diálogo se ligam assim, com amor, com esperança, com fé
um no outro, se fazem críticos na busca de algo”. Cf. FREIRE, Paulo. Educação como
Prática da Liberdade, p. 115.
99 FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido, p. 79.
100Cf. DELORS, Jacques etalii. Op. Cit., p. 98.
101 MORIN, Edgar. Op. Cit., p. 93.
102 Cf. SUNG, Jung Mo. Op. cit., p. 159.
103 Idem, Ibidem, p. 170.
104ASSMANN, Hugo; SUNG, Jung Mo. Op. cit., p. 260.
105 Cf. FREIRE, Paulo. Educação como Prática da Liberdade, p, 115.
106 MORIN, Edgar. Op. C/f.,p. 85.
107 SUNG, Jung Mo. Op. cit., p. 81.
108Cf. BIÉLER, André. O Pensamento Econômico e Social de Calvino, p. 222. Vide
Capítulo I, nota n° 51.
109 BIÉLER, André. Op. cit., p. 225. Vide Capítulo I, notas n° 133 e 134.
110apud BIÉLER, André. Op. cit., pp. 224-225.
A bilioA rruda
Capítulo III
EDUCAÇÃO PARA A
SOLIDARIEDADE SEGUNDO A
DOUTRINA TEOLÓGICA E
SOCIAL DE CALVINO
sO
ao reconhecer no outro as minhas próprias mazelas.
VO
N esta in te r-re la ç ã o entre p rá tica e conhe cim en to, a
sensibilidade aparece como intermediária. Dentre as condições
necessárias para a prática da solidariedade com os excluídos,
I
relativização da fé não quer significar desmistificá-la, roubar-lhe sua áurea
mística, mas tão somente demonstrar seu conteúdo existencial de
certezas e incertezas. A fé não pode ser puramente certeza, pois a
certeza incondicional anula a esperança, e fé e esperança estão
intimamente relacionadas. Mas a fé contém uma chispa de incerteza,
uma vez que está direcionada para o sagrado.109Essa relação de certeza
e incerteza presentes na definição de fé é detalhada por Tillich:
a
incerteza, uma vez que o infinito, para o qual ela está orientada,
é experimentado por um ser finito. Esse elemento de
insegurança na fé não pode ser anulado; nós precisamos
aceitá-lo. E esta aceitação é um ato de coragem.110
Notas do Capítulo 3
1Vide Capítulo I, nota de rodapé n° 145.
2Vide Capítulo I, nota de rodapé n° 120.
3Vide Capítulo I, nota de rodapé n° 103.
4Vide Capítulo I, nota de rodapé n° 129.
5BIÉLER, André. O Humanismo Social de Calvino, p. 21. Retomo aqui a citação n°
130 do Capítulo I.
6 MUNOZ, Ronaldo. Solidariedade Libertadora: missão da Igreja, pp. 26-7.
7apud LÔWY, Michael. Marxismo e Teologia da Libertação, p. 96.
8Vide Capítulo I, nota de rodapé n° 134.
9 BIÉLER, André. O Humanismo Social de Calvino, pp. 19-20.
10CODINA, Victor. Renascer para a Solidariedade, p. 63.
11CALVINO, Juan. Op. c/f. Libro IV, Capitulo XX, p. 1169. “cabe à ordem civil, entre
outras coisas, hacernos vivircon todajusticia, (...) instruirnos en unajusticia social,
ponernos de acuerdo los unos con los otros, mantener y conservar Ia paz y Ia
tranquilidad comunes”.
12ASSMANN, Hugo; SUNG, Jung Mo.Competência e Sensibilidade Solidária: educar
para a esperança, pp. 74-75.
13Vide nota de rodapé n° 1 capítulo 3.
14ASSMANN, Hugo; SUNG, Jung Mo. Op. c/f., p. 75.
15 JOSAPHAT, Frei Carlos. 2000: Em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo -
Comunhão divina, solidariedade humana, p. 116.
16ASSMANN, Hugo; SUNG, Jung Mo. Op. c/f., p. 98.
17 MUNOZ, Ronaldo. Solidariedade Libertadora: missão da Igreja, p. 27.
18Vide Capitulo I, citação n° 111.
19 BIÉLER, André. O Humanismo Social de Calvino, p. 25.
20Cf. CALVIN, John. Commentaryon a Harmonyofthe Evangelists, Matthew, Mark,
and Luke. - Volume Second - p. 399.
21 Cf. BOFF, Leonardo. Igreja: carisma e poder, p. 72. De acordo com o autor,
“política em minúsculo é toda atividade que se destina à administração ou transformação
da sociedade mediante a conquista e exercício do poder de Estado1’. Sublinhado do
autor.
22 JOSAPHAT, Frei Carlos. Op. cit, p. 176.
23Cf. BIÉLER, André. O Humanismo Social de Calvino, p. 21.
24 MUNOZ, Ronaldo. Op. cit, p. 23.
25Cf. BIÉLER, André. O Pensamento Econômico e Social de Calvino, pp. 382-389.
26 HELLER, Agnes; FEHÉR, Ferenc. Op. cit., p. 127.
27Temos em mente aqui a definição de problema como “a discrepância entre uma
situação real e a ideal”. Cf. Secretaria Nacional de ação Social e Diaconia - Igreja
Presbiteriana Independente do Brasil. Metodologia de Implantação e Operacionalização
de Projetos Sociais, p. 13.
28Vide Capítulo II, citações n° 72 e 79,
29Cf. HELLER, Agnes; FEHÉR, Ferenc. Op. C/f., pp. 122-129.
30 Cf. HELLER, Agnes; FEHÉR, Ferenc. Op. C/f., p. 129.
31VÁZQUEZ, Adolfo Sánchez. Filosofia da Praxis, p. 13.
32Cf. VÁZQUEZ, Adolfo Sánchez. Op. cit., pp. 194-202.
33VÁZQUEZ, Adolfo Sánchez. Op. Cit., p. 200.
34 Idem.
35BIÉLER, André. 0 Humanismo Social de Calvino, p. 393.
36FLORISTAN, Casiano. Teologia Práctica: teoria ypraxis de Ia acción pastoral, p. 181.
37 FLORISTAN, Casiano. Teologia Práctica: teoria y praxis de Ia acción pastoral, p.
184. “Ia tradición cristiana como transmisión de unas prácticas o acciones”.
38 Idem. “Ia memória cristiana [...] de unos hechos prototípicos, simbolizados
sacramentalmente, que se expresan historicamente”.
39BOFF, Clodovis. Fé e Política: Alguns Ajustes. In: Fé e política: fundamentos, p. 46.
40 Idem, Ibidem, p. 43.
41 ld„ Ibid., p. 48.
42 BOFF, Leonardo. Igreja: carisma e poder, p. 70.
43 CALVINO, Juan. Instítución de Ia Religión Cristiana. Libro IV, Capítulo XV, pp.
1035-1036.
44 CASTRO, Clovis Pinto de. Por uma Fé Cidadã: A dimensão pública da Igreja -
fundamentos para uma pastoral da cidadania, p. 114.
45Utopia é aqui entendida, de acordo com Assmann e Sung, “no sentido de desejar e
de ‘ver’ um mundo, um lugar, [...] que ainda não existe e que talvez nunca venha a
existir, mas que dá um sentido às ações que nascem do nosso desejo de um mundo
melhor”. Cf. ASSMANN, Hugo e SUNG, Jung Mo. Op. cit., p. 134.
46 CASTRO, Clovis Pinto de. Op. Cit., p. 119.
47Vide Capítulo II, citação n° 8.48ASSMANN, Hugo; SUNG, Jung Mo. Op. cit., p. 190.
49Cf. DURKHEIM, Èmile. Educação e Sociologia, p. 60; VÂZQUEZ, Adolfo Sanches.
Filosofia de Ia praxis, pp. 13-49.
“ ASSMANN, Hugo; SUNG, Jung Mo. Op.cit., p. 290.
51 MUNOZ, Ronaldo. Op. cit., p. 30.
52Cf. GARCIA, Francisco Luiz. Introdução Crítica ao Conhecimento, p. 43.
53Vide Capítulo II, citação n° 97.
54 MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro, p. 26.
55 CODINA, Victor. Op. cit., p. 20.
56 Cf. CODINA, Victor. Op. Cit., pp. 18-20.
57 FREIRE, Paulo. Educação como Prática da Liberdade, p. 116.
58CALVINO, Juan. Instítución de Ia Religión Cristiana - Libro III, capítulo II, p. 407."...
Ia fe consiste en el conocimiento de Dios [...], y no en Ia reverencia de Ia Iglesia”.
59 CALVINO, Juan. Instítución de Ia Religión Cristiana - Libro III, capítulo II, pp. 407-
408. “Nosotros admitimos que Ia fe [...] es implícita (es decir, imperfecta, incompleta o
incipiente); no solamente porque ignoramos muchísimas cosas, sino también porque
estando rodeados de Ias tinieblas de numerosos errores, no podemos entender
cuanto deberíamos saber. [...] Con este freno nos mantiene Dios en Ia modéstia,
asignando a cada uno una determinada medida y porción de fe, a fin de que incluso
los más doctos entre los doctores estén siempre prontos a aprender”.
60SEGUNDO, Juan Luis. O Dogma que Liberta: fé, revelação e magistério dogmático,
p.30. Sublinhado do autor.
61 SEGUNDO, Juan Luis. Op. Cit., p. 11. Sublinhado do autor.
62ASSMANN, Hugo; SUNG, Jung Mo. Op. cit., p. 263.
63Cf. SUNG, Jung Mo. Sujeito e Sociedades Complexas: Para repensar os horizontes
utópicos, p. 161.
64 BOFF, Leonardo. Op. cit., p. 98.
■
Amuo A rruda
—a
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
I ~ 3'
I CALVINO, Juan. Institución de Ia Religión Cristiana. - Tradução de Buenos
| Aires: Nueva Creación, 1988, Capítulos II - IV e XX.