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Analise o assunto do artigo abaixo, tendo como base as seguintes obras: “O imperialismo,
etapa superior do capitalismo”, de V. Lenin e “A dialética da dependência” de R.M. Marini.
Espera-se uma boa exposição teórica da concepção dos autores e uma análise do conteúdo do
artigo a partir das respectivas referências teóricas. Caso você considere que estas referências
teóricas não servem para analisar este artigo - ou serve parcialmente - fundamente sua opinião
sem deixar de fazer a exposição das concepções teóricas.
O trabalho deve ter entre cinco (05) e oito (08) páginas de texto, espaço 1,5 e fonte Times
New Roman ou Arial 12. E deve procurar respeitar os padrões de redação de textos
acadêmicos da ABNT.
O objetivo dessas reformas de base – conforme eram chamadas e ficaram registradas para a
história – seria dotar o chamado modelo desenvolvimentista, em curso no Brasil, de uma base
de expansão apoiada no fortalecimento das estruturas domésticas do capitalismo brasileiro,
incluindo a criação de melhores condições à geração de renda interna, especialmente aos
trabalhadores. Envolviam mudanças importantes nas políticas e nas estruturas vigentes nas
esferas agrária, educacional, tributária, fiscal, administrativa e urbana do país, além de uma
nova regulação e controle sobre as remessas de lucros das multinacionais às suas matrizes. Na
esfera da representação política, incluía também a ampliação do voto aos analfabetos e
militares de baixa patente, além da legalização do Partido Comunista, então vivendo uma
semiclandestinidade.
Desde meados de 1962, o governo de Goulart procurava responder aos impasses políticos e
econômicos do seu governo, aprofundando uma pauta de caráter nacionalista. O dito
desenvolvimentismo brasileiro, que havia tido início a partir da chamada Revolução de 1930
– a rigor, uma mudança promovida por setores descontentes das próprias oligarquias, a partir
da crise econômica mundial de 1929 -, sempre guardou enormes ambiguidades, caso o
comparemos com as experiências clássicas do nacional-desenvolvimentismo.
[....]
O mês de março de 1964 representou o ápice desta disputa. O presidente Jango – conforme,
carinhosamente, era conhecido – avançou com a sua pauta reformista e nacionalista, com forte
apoio entre os sindicatos, partidos de esquerda, setores empresariais e a própria população.
Pesquisas do Instituto IBOPE, à época, atestam que as reformas de base contavam com
majoritário apoio popular. O Comício da Central do Brasil, em 13 de março de 1964,
procurava potencializar esse apoio, com o claro objetivo de impulsionar a aprovação de várias
mudanças legais por um Congresso dividido, mas sempre sensível às pressões das ruas.
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Todos esses fatos são importantes de serem lembrados, em um momento em que voltamos a
viver uma grave crise política e econômica. Nesses cinquenta anos passados, o mundo mudou,
o Brasil é outro, mas os problemas decorrentes da opção que acabou vitoriosa em 1964,
através do golpe civil-militar, com explícito apoio de uma potência militar estrangeira, estão,
mais do que nunca, presentes.
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* Paulo Passarinho é economista