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O Atletismo na Educação
Física Escolar
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1. OBJETIVOS
• Compreender o atletismo como um elemento cultural.
• Conhecer e ser capaz de transmitir, pedagogicamente, os
fundamentos básicos, as técnicas e regras básicas.
• Analisar criticamente o ensino do atletismo, focalizando
questões educacionais significativas, tais como: relação
professor – aluno e especificidades do conteúdo.
• Compreender a importância de jogos e brincadeiras para
o ensino do atletismo.
2. CONTEÚDOS
• O esporte como conteúdo da Educação Física Escolar,
• Contextualização do ensino do atletismo,
• O ensino do atletismo na escola – possibilidades,
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4. INTRODUÇÃO À UNIDADE
Chegamos a nossa última unidade! Em nossa trajetória ini-
ciamos o estudo sobre o esporte e suas diferentes manifestações,
e então, seguimos para o processo histórico do atletismo, a origem
de suas provas, as modificações ocorridas ao longo do tempo, as
inovações tecnológicas, o atletas que fizeram e fazem a história do
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Iniciando o trabalho
Mesmo com a pouca divulgação da mídia e pouco conheci-
mento prático do atletismo, certeza grande parte das crianças já
viram alguma matéria na TV sobre o atletismo, mesmo sem saber
que é o atletismo, como alguma matéria sobre quebra de recor-
des, um escândalo de doping, e a competição de alguma prova
principalmente em época de Jogos Olímpicos.
Assim, ao iniciar um trabalho, é importante que o professor
levante os conhecimentos prévios das crianças relacionados ao
atletismo e, para isso, são inúmeras as atividades que o professor
poderá realizar em qualquer espaço da escola, até mesmo na sala
de aula.
As sugestões de atividades para essa finalidade podem ser:
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Corridas de velocidade
Direcionando as brincadeiras para o ensino das corridas de
velocidade uma boa sugestão é o "pega-pega em linha reta”. Nes-
sa atividade os alunos estarão divididos em grupos dispostos em
fila e, ao sinal do professor, só poderão pegar o colega que está a
sua frente antes que ele cruze a linha de chegada.
Com essa atividade podemos trabalhar o tempo de reação
dos alunos, a diversificação das formas de realizar a saída, dando
início ao processo de descoberta da perna de impulsão e também
a corrida em linha reta, já que nas provas de corrida de velocidade,
barreiras, e revezamento 4X100 a corrida é realizada em raia mar-
cada, possibilitando o conhecimento sobre as regras.
Corridas de longa distância
Uma das maiores dificuldades das crianças quando precisam
correr por um tempo maior é o emprego do ritmo de corrida, ou
seja, elas iniciam a corrida muito rápida e não conseguem finalizar
com a mesma velocidade ou até mesmo desistem.
Assim, para desenvolver um trabalho com corridas de velo-
cidade uma das principais características dessas corridas é saber
dosar o ritmo de corrida, ou seja, trabalhar a noção de tempo, es-
paço e tempo-espaço, e para esse trabalho o professor não precisa
de um espaço muito amplo.
Para trabalhar com a noção de tempo pode sugerir que os
alunos caminhem pela quadra até o momento que eles acredita-
rem que se passou, por exemplo, um minuto, um minuto e trinta
segundos.
Já a noção de espaço pode ser trabalhada pedindo para que
os alunos tentem adivinhar quantos pés são necessários para que
cheguem do outro lado da quadra, do pátio, ou de outra área su-
gerida pelo professor.
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Salto triplo
O salto triplo é uma excelente prova para trabalhar a coorde-
nação motora dos alunos e pode ser iniciado, também, utilizando
brincadeiras tradicionais da infância, como a amarelinha. Por meio
da amarelinha, professor e alunos podem desenhar figuras de di-
ferentes formatos e explorar saltos de diferentes formas.
Para uma maior aproximação do movimento do salto triplo
e, ainda brincando de amarelinha, o professor poderá desenhar
duas figuras iguais e uma diferente, por exemplo, dois círculos e
um retângulo nos quais os alunos deverão realizar o salto com a
mesma perna nas figuras iguais e mudar de perna na figura dife-
rente, realizando assim, o movimento do salto triplo de: direita,
direita e esquerda ou esquerda, esquerda e direita.
Salto em altura
Assim como para as demais prova do atletismo, o salto em
altura também pode ser realizado na quadra da escola, tomando
os devidos cuidados para garantir a segurança dos alunos, como:
não realizar muitas repetições e ir até uma altura que não ofereça
riscos aos alunos.
Para a realização do salto em altura o professor poderá ini-
ciar o trabalho por meio de atividades com corda, como pular cor-
da, pular a corda em movimentos horizontais ou verticais (cobri-
nha), elevar um pouco a corda e mantendo-a parada. Todas essas
variações podem ser feitas inicialmente com os dois pés, com um
dos pés para que, posteriormente, inicie a aproximação com o mo-
vimento do salto em altura.
O estilo mais simples para a realização do salto em altura,
sem dúvida é o tesoura e com o qual sugerimos que o trabalho seja
iniciado. Com uma corda que deverá ser elevada aos poucos, os
alunos deverão saltá-la com apenas uma das pernas e estando de
lado para a corda. Inicialmente os saltos devem ser realizados com
a corrida de aproximação pelo lado direito e esquerdo para que os
alunos possam perceber a perna de impulsão.
As corridas
Corrida de velocidade – saída baixa
Disco
Corrida em círculo
Dividir a sala em dois ou três grupos iguais, que deverão ficar
de mãos dadas e formar círculos. Um aluno de cada grupo deverá
ficar no centro do círculo e iniciar a atividade separando as mãos
de dois colegas e dar a mão para o restante do grupo. Os alunos
que tiveram as mãos separadas deverão correr em direções con-
trárias ao redor do círculo e chegar ao lugar onde estava. O aluno
que chegar primeiro deverá dar as mãos ao colega e fechar o círcu-
lo. E o outro irá para o centro do círculo para reiniciar a atividade.
Siga o sinal
Alunos divididos em equipes, dispostas em duas colunas, em
frente a dois cones distantes 30 metros. Ao primeiro sinal do pro-
fessor, o primeiro aluno de cada equipe dará início a uma corrida
de velocidade que será interrompida por um segundo sinal, a par-
tir do qual deverá realizar um dos educativos de corrida (anfersen
ou skipping) até que o professor dê o terceiro sinal para a retoma-
da da corrida. Cada aluno realizará o percurso de ida e volta, ven-
cendo a equipe que concluir o exercício, com todos os integrantes,
primeiro (MATTHIESEN, 2009, p. 35).
O fugitivo
Alunos correndo pelo espaço, trocando passes entre si com
uma bola de meia. O objetivo é cercar um dos participantes, cujo
nome será dito pelo professor, tocando-lhe a bola. Este fugirá
dos colegas que não poderão correr com a bola nas mãos duran-
te a perseguição, devendo, apenas, efetuar passes (MATTHIESEN,
2009, p. 40).
Jogo dos grupos
Alunos correndo livremente pelo espaço em ritmo modera-
do (de frente, costas, lateral), ao som de uma música ou das pal-
mas do professor. Ao sinal, deverão formar pequenos grupos de
acordo com o solicitado pelo professor: duplas, trios, quartetos,
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Equilíbrio no bastão
Cada criança deverá correr à vontade com um bastão de
aproximadamente 1,10 metros nas mãos. Ao sinal do professor,
ela irá fixá-lo no chão e, segurando-o, girar em volta do mesmo
com as pernas afastadas para trás (GOMES; GARAVELLO, 1985, p.
88).
Pendurando na corda
Com uma corda amarrada em uma árvore, ou no suporte da
cesta de basquetebol, os alunos deverão, inicialmente, balançar
na corda e, em seguida, tentar ficar pendurados elevando as per-
nas para o alto.
Saltando o rio
Duas varas de bambu colocadas paralelamente, em uma
distancia inicial de 0,60m, que poderá ser aumentada. Alunos dis-
postos de um dos lados das varas, com um cabo de vassoura nas
mãos, deverão correr em direção as varas paralelas (que simboliza
um rio), apoiando-o no chão a fim de realizar a transposição do
“rio”. Obs.: O mesmo exercício poderá ser realizado com algumas
orientações mais técnicas: empunhadura correta da vara; realiza-
ção de giro na transposição etc. (MATTHIESEN, 2009, p. 75).
cará um ponto para a sua equipe. Caso a bola lançada seja pega no
ar, o aluno (lançador) será desclassificado. O mesmo ocorrerá se o
defensor entrar na base antes do atacante (MATTHIESEN, 2009, p.
82).
Voleilance
Realizado individualmente ou em equipes, cada aluno terá
uma bolinha de meia que deverá ser lançada contra a bola de
voleibol lançada para o alto pelo professor. O aluno que acertar
a bola lançada pelo professor marcará um ponto (MATTHIESEN,
2009, p. 84).
Trombada
Em duplas, cada um com uma bolinha a uma distancia de
4 metros. Ambos lançam as bolinhas em direção ao centro com
o intuito de acertá-las. A distância entre a dupla pode aumentar,
progressivamente, e o mesmo exercício poderá ser feito em equi-
pes (MATTHIESEN, 2009, p. 84).
Lança e troca
Alunos dispostos em duas equipes. Cada qual formará um
circulo, com um dos integrantes posicionado ao centro. Ao sinal,
a bola que estará com um dos integrantes do circulo será lançada
para o colega do centro. Ao mesmo tempo, o integrante que a lan-
çou corre para o centro, tomando o lugar daquele que a recebeu.
O integrante do centro, que recebeu a bola, deverá lançá-la para o
próximo integrante do circulo, correndo para o seu lugar. Ou seja,
cada um deverá lançar a bola e correr na mesma direção em que
ela foi lançada (MATTHIESEN, 2009, p. 89).
Tempestade I
Alunos dispostos em duas equipes com números iguais de
integrantes. A quadra estará dividida em três campos de tamanhos
iguais: no primeiro estará a equipe atacante, com um grande nu-
mero de bolinhas de jornal; no segundo campo estará a equipe de-
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13. CONSIDERAÇÕES
Durante os estudos das unidades, além de inserir você, aca-
dêmico, no universo do atletismo, buscamos também desenvolver
temáticas que possibilitem um conhecimento amplo e concreto
que lhe garanta possibilidades e segurança em desenvolver um
trabalho bem estruturado e direcionado ao ensino do atletismo
nas aulas de Educação Física escolar, como também em outros
contextos.
Nesse sentido, esperamos que, ao se formar professor, você
assuma o compromisso com o ensino desse apaixonante esporte e
assim possa contribuir para o resgate do atletismo enquanto conte-
údo essencial a ser trabalhado em aulas de Educação Física escolar.
14. E ͵ REFERÊNCIAS
CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE ATLETISMO. Atletismo, o esporte número 1 dos Jogos
Olímpicos. Disponível em: <http://www.cbat.org.br/acbat/historico.asp>. Acesso em: 6
set. 2010.
NETTO, R. S; PIMENTEL, G. G. A. O ensino do atletismo nas aulas de educação física.
Disponível em: <www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/804-4.pdf>.
Acesso em: 6 set. 2010.
Lista de figuras
Figura 1 – Saída baixa. Fotografia de Flórence Rosana Faganello Gemente. mar. 2008
Figura 2 – Barreira. confeccionadas com cadeiras e bastão. Fotografia de Flórence
Rosana Faganello Gemente. mar. 2005.
Figura 3 – Salto em Distânica. Fotografia de Flórence Rosana Faganello Gemente. mai.
2009.
Figura 4 – Salto Triplo: amarelinha do salto triplo. Fotografia de Flórence Rosana
Faganello Gemente. mai. 2009.
Figura 5 – Confecção do disco com materiais alternativos. Fotografia de Flórence Rosana
Faganello Gemente. mai. 2009.
Figura 6 – Confecção do dardo com folhas de jornal. Fotografia de Flórence Rosana
Faganello Gemente. mai. 2009.
Figura 7 – Lançamento do dardo utilizando cando de PVC e barbante. Fotografia de
Flórence Rosana Faganello Gemente. mai. 2009.
Figura 8 – Lançamento do martelo confeccionado com materiais alternativos. Fotografia
de Flórence Rosana Faganello Gemente. mai. 2009.
Figura 9 – Salto com vara realizado com materias alternativos. Fotografia de Flórence
Rosana Faganello Gemente. mai. 2009.
ASSIS, S. O. A reinvenção do esporte: possibilidade da prática pedagógica. Campinas, SP:
Autores Associados, 2001.
BARROSO, A. L. R; DARIDO, S. C. Escola, Educação e Esporte: possibilidades pedagógicas.
Revista Brasileira de Educação Física, Esporte, Lazer e Dança, v.1, n.4, p.101-112,
dezembro 2006.
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