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Normas de referência para

análises de lamas: parâmetros


analíticos e métodos analíticos,
previstas no Decreto-Lei nº
276/2009, de 2 de outubro
Filipe Miguel Pedra
Investigador auxiliar
Responsável da Qualidade

INIAV/UEISSAFSV - Laboratório Químico Agrícola Rebelo da Silva


1. Introdução
Decreto-Lei n.º 276/2009 de 2 de Outubro
a) A atividade de valorização agrícola de lamas de depuração
corresponde a uma operação de valorização e constitui uma melhor
técnica disponível nos termos do regime jurídico da prevenção e
controlo integrados da poluição;
« Valorização agrícola de lamas de depuração» a aplicação de lamas
no solo agrícola com o objetivo de manter ou melhorar a sua
fertilidade.

b) Importa garantir que a aplicação das lamas não prejudica a


qualidade do ambiente, em especial das águas e dos solos, e não
constitui um risco para a saúde.
1. Introdução (continuação)
Neste contexto, o presente Decreto-Lei:
a) Estabelece, para os solos e lamas, quais os parâmetros que
devem ser analisados;
b) Indica quais as normas de referência para a maior parte dos
parâmetros;
c) Define os valores limite estabelecidos para metais pesados,
microorganismos e compostos orgânicos;
d) Refere, para os solos e lamas, a frequência das análises aos
parâmetros agronómicos e metais pesados.
2. Análises a efetuar às lamas
Quadro 1. Normas de referência para a análise às lamas
Parâmetros Normas de referência
Matéria seca EN12880
Caracterização das lamas — determinação do
teor em matéria seca e do teor em água
Matéria orgânica EN12879
Caracterização das lamas — determinação da
perda de massa por ignição
pH EN12176
Caracterização das lamas — determinação do
valor do pH
Azoto total EN13342
Caracterização das lamas — determinação do
azoto Kjeldahl
Azoto nítrico e amoniacal O Decreto-Lei n.º 276/2009 não apresenta as
normas de referência
Quadro 1. Normas de referência para a análise às lamas (continuação)
Parâmetros Normas de referência
Fósforo total EN13346
Potássio total Caracterização das lamas — determinação
dos elementos metálicos vestigiais e do
fósforo — extração por água -régia
Magnésio total O Decreto-Lei n.º 276/2009 não apresenta as
Cálcio total normas de referência
Metais pesados (Cádmio, Cobre, Níquel, Caracterização das lamas — determinação
Chumbo, Zinco, Mercúrio, Crómio) dos elementos metálicos vestigiais e do
fósforo — extração por água -régia
Salmonella spp. ISO 6579:2002
ISO 6579:2002/Cor 1:2004
ISO 6579:2002/Amd 1:2007
Escherichia coli. ISO 16649 -2:2001
Compostos orgânicos (LAS, NPE, PAH, O Decreto-Lei n.º 276/2009 não apresenta as
PCB, PCDD e PCDF) normas de referência
3. Análises a efetuar aos solos
Quadro 2. Normas de referência para a análise aos solos
Parâmetros Normas de referência
Textura do solo ISO 11277
Qualidade do solo — determinação da
granulometria na fracção mineral do solo —
método de crivagem e sedimentação
Matéria orgânica ISO 10694
Qualidade do solo — determinação do carbono
orgânico e do carbono total após combustão
seca (análise elementar)
pH ISO 10390
Qualidade do solo — determinação do pH
Azoto ISO 14255
Qualidade do solo — determinação do azoto
nítrico, azoto amoniacal, do azoto solúvel total
na amostra seca usando cloreto de cálcio
Quadro 2. Normas de referência para a análise aos solos (continuação)
Parâmetros Normas de referência
Fósforo ISO 11263
Qualidade do solo — determinação do fósforo
— determinação por espectrofotometria do
fósforo solúvel em solução de hidrogeno
carbonato de sódio
Metais pesados (Cádmio, Cobre, Níquel, ISO 11466
Chumbo, Zinco, Mercúrio, Crómio) Qualidade do solo — extracção dos elementos
vestigiais por água-régia
4. Princípio analítico
4.1. Lamas
Quadro 3. Principio analítico para as normas de referência das lamas
Parâmetros Princípio analítico
Matéria seca Gravimetria
Matéria orgânica Gravimetria
pH Potenciometria
Azoto total Digestão com H2SO4, destilação e titulação
Azoto nítrico e amoniacal Potenciometria/ Analisador por fluxo continuo
segmentado (SKALAR)
Digestão com H2SO4, destilação e titulação
(Método Kjeldahl)/ Analisador por fluxo
continuo segmentado (SKALAR)
Quadro 3. Principio analítico para as normas de referência das lamas
(continuação)
Parâmetros Princípio analítico
Fósforo total Extração por água –régia
Potássio total Determinação
Fósforo: Espectrofotometria acoplada de
plasma induzido ou espectrofotometria
molecular UV-Vis.
Potássio: Espectrofotometria de absorção
atómica ou espectrofotometria acoplada de
plasma induzido
Magnésio total Extração por água –régia
Cálcio total Determinação
Espectrofotometria de absorção atómica ou
espectrofotometria acoplada de plasma
induzido
Quadro 3. Principio analítico para as normas de referência das lamas
(continuação)
Parâmetros Princípio analítico
Cádmio
Cobre
Extração por água –régia
Níquel
Determinação
Chumbo
Espectrofotometria de absorção atómica
Zinco
Mercúrio: EAA sem chama
Mercúrio
Crómio
4.2. Solos
Quadro 4. Principio analítico para as normas de referência dos solos
Parâmetros Princípio analítico
Textura do solo Crivagem
Matéria orgânica Análise elementar (combustão seca)
pH potenciometria
Azoto Extração com cloreto de cálcio
Analisador por fluxo continuo segmentado
(SKALAR)
Fósforo Extração com solução de hidrogeno carbonato de
sódio
Espectrofotometria molecular UV-Vis.
Metais pesados (Cádmio, Cobre, Níquel, Extração por água –régia
Chumbo, Zinco, Mercúrio, Crómio) Determinação
Espectrofotometria de absorção atómica ou
espectrofotometria acoplada de plasma induzido
Mercúrio: Análise elementar (decomposição
térmica) ou EAA sem chama
5. Estado de arte das normas
Quadro 4. Normas de referência das lamas e seu estado de arte
Decreto-Lei n.º 276/2009 Estado de Arte
NP EN ISO 5667-13: 2011 “Qualidade da água — Em vigor√
amostragem — parte 13 do guia sobre amostragem de
lamas provenientes de estações de tratamento de águas e
de águas residuais”
EN 12880:2000 “Caracterização das lamas — determinação Em vigor√
do teor em matéria seca e do teor em água.”
EN 12879 “Caracterização das lamas — determinação da Anulada no IPQ
perda de massa por ignição” Em vigor: EN 15935:2012
“Sludge, treated biowaste,
soil and waste -
Determination of loss on
ignition”
Quadro 4. Normas de referência das lamas e seu estado de arte (continuação)
Decreto-Lei n.º 276/2009 Estado de Arte
EN 12176 “Caracterização das lamas Anulada no IPQ.
— determinação do valor do pH” Em vigor:
EN 15933:2012 “Sludge, treated biowaste and soil -
Determination of pH”
EN 13342 “Caracterização das lamas Em vigor no IPQ√. Não existe no site do CEN.
— determinação do azoto Kjeldahl” Em vigor:
EN 16169:2012 “Sludge, treated biowaste and soil -
Determination of Kjeldahl nitrogen”
EN 16168:2012 “Sludge, treated biowaste and soil -
Determination of total nitrogen using dry combustion
method”
EN 13346 “Caracterização das lamas Anulada no IPQ
— determinação dos elementos Em vigor:
metálicos vestigiais e do fósforo — EN 16174:2012 “Sludge, treated biowaste and soil -
extração por água –régia” Digestion of aqua regia soluble fractions of elements”
Quadro 4. Normas de referência das lamas e seu estado de arte (continuação)
Decreto-Lei n.º 276/2009 Estado de Arte
ISO 6579:2002 Estão em vigor 3 partes da norma:
“Microbiology of food and A presente no Decreto-Lei n.º 276/2009√;
animal feeding stuffs — ISO/TS 6579-2:2012
Horizontal method for the Microbiology of food and animal feed -- Horizontal method for
detection of Salmonella spp” the detection, enumeration and serotyping of Salmonella --
Part 2: Enumeration by a miniaturized most probable number
technique
ISO/TS 6579-3:2014
Microbiology of the food chain -- Horizontal method for the
detection, enumeration and serotyping of Salmonella -- Part 3:
Guidelines for serotyping of Salmonella spp.
Em 2007 houve uma adenda onde se adicionou um novo
anexo:
Annex D: Detection of Salmonella spp. in animal faeces and in
environmental samples from the primary production stage.
Quadro 4. Normas de referência das lamas e seu estado de arte (continuação)
Decreto-Lei n.º 276/2009 Estado de Arte
ISO 16649 -2:2001 “Microbiology of Estão em vigor 3 partes da norma:
food and animal feeding stuffs — A presente no Decreto-Lei n.º 276/2009√;
Horizontal method for the enumeration ISO 16649-1:2001
of beta -glucuronidase -positive Microbiology of food and animal feeding stuffs --
Escherichia coli — part 2: Colony -count Horizontal method for the enumeration of beta-
technique at 44 degrees C using 5 - glucuronidase-positive Escherichia coli -- Part 1:
bromo -4 -chloro -3 -indolyl beta -D - Colony-count technique at 44 degrees C using
glucuronide membranes and 5-bromo-4-chloro-3-indolyl beta-
D-glucuronide;
ISO 16649-3:2015
Microbiology of the food chain -- Horizontal
method for the enumeration of beta-
glucuronidase-positive Escherichia coli -- Part 3:
Detection and most probable number technique
using 5-bromo-4-chloro-3-indolyl-ß-D-glucuronide
Quadro 5. Normas de referência dos solos e seu estado de arte
Decreto-Lei n.º 276/2009 Estado de Arte
ISO/DIS 10381 -1 Em vigor na ISO√
Qualidade do solo — amostragem — parte 1 do guia sobre
programas de amostragem
ISO/DIS 10381 -4
Qualidade do solo — amostragem — parte 4 do guia sobre
programas de amostragem
ISO 11277 Em vigor na ISO√
Qualidade do solo — determinação da granulometria na
fracção mineral do solo — método de crivagem e
sedimentação
ISO 10694 Em vigor na ISO√
Qualidade do solo — determinação do carbono orgânico e
do carbono total após combustão seca (análise elementar)
Quadro 5. Normas de referência dos solos e seu estado de arte (continuação)
Decreto-Lei n.º 276/2009 Estado de Arte
ISO 10390 Em vigor na ISO√
Qualidade do solo — determinação do Em vigor no CEN:
pH EN 15933:2012 “Sludge, treated biowaste and soil -
Determination of pH”
ISO 11466 Em vigor na ISO √
Qualidade do solo — extracção dos Em vigor no CEN:
elementos vestigiais por água-régia EN 16174:2012 “Sludge, treated biowaste and soil -
Digestion of aqua regia soluble fractions of
elements”
Quadro 5. Normas de referência dos solos e seu estado de arte (continuação)
Decreto-Lei n.º 276/2009 Estado de Arte
ISO 11466 ISO 16772:2004
Qualidade do solo — extracção dos Soil quality -- Determination of mercury in aqua regia
elementos vestigiais por água-régia. soil extracts with cold-vapour atomic spectrometry
(Determinação) or cold-vapour atomic fluorescence spectrometry
ISO 22036:2008
Soil quality -- Determination of trace elements in
extracts of soil by inductively coupled plasma -
atomic emission spectrometry (ICP - AES)
ISO/TS 16727:2013
Soil quality -- Determination of mercury -- Cold
vapour atomic fluorescence spectrometry (CVAFS)
EN 16170:2016
Sludge, treated biowaste and soil - Determination of
elements using inductively coupled plasma optical
emission spectrometry (ICP-OES)
Quadro 5. Normas de referência dos solos e seu estado de arte (continuação)
Decreto-Lei n.º 276/2009 Estado de Arte
ISO 14255 Em vigor na ISO√
Qualidade do solo — determinação do Em vigor no CEN:
azoto nítrico, azoto amoniacal, do azoto EN 16169:2012 “Sludge, treated biowaste and
solúvel total na amostra seca usando soil - Determination of Kjeldahl nitrogen”
cloreto de cálcio como agente de extracção EN 16168:2012 “Sludge, treated biowaste and
soil - Determination of total nitrogen using dry
combustion method”
ISO 11263 Em vigor na ISO√
Qualidade do solo — determinação do
fósforo — determinação por
espectrofotometria do fósforo solúvel em
solução de hidrogeno carbonato de sódio
6. Ensaios alternativos
Poderão ser utilizados método alternativos, desde que garantam
resultados equivalentes aos métodos de referencia referidos no
Decreto-Lei.

Entende-se por método alternativo aquele que tem a mesma área


de aplicação (parâmetro e matrizes) e que cumpre com as
características de desempenho do método de referência, obtendo
resultados comparáveis ao(s) método(s) normalizado(s).

Consideram -se como características de desempenho, por exemplo,


a repetibilidade, reprodutibilidade, exatidão, limite de deteção ou
quantificação, sensibilidade, consoante aplicável.
7. Apresentação de resultados
Cada relatório de ensaio deve incluir no mínimo a seguinte
informação:
a)Um título (Por exemplo “Relatório de ensaio”);
b)O nome e morada do laboratório, e o local onde os ensaios foram
realizados, se não for o mesmo do laboratório;
c)Identificação inequívoca do relatório com respetiva numeração;
d)O nome e a morada do cliente;
e)Identificação do método utilizado;
f)Os resultados do ensaio incluindo as unidades da medição;
g)O(s) nome(s), função(ões) e assinatura(s) da(s) pessoas que
validam o relatório de ensaio.
7. Apresentação de resultados (continuação)
Para além disso:
a) A apresentação dos resultados quantitativos de ensaios químicos
deve ser clara, por exemplo, ao assinalar “não-detectado” ou
"não-quantificado", DEVE ser indicado também o valor do limite
de detecção ou de quantificação (consoante aplicável) obtido
para o ensaio em causa;
b) O nº de algarismos significativos usado no resultado DEVE ser
coerente com as orientações dadas na norma ou documento
normativo (incluindo legislação) correspondente e/ou com a
incerteza estimada para o resultado.
Obrigado pela vossa
atenção

Instituto Nacional de Investigação Agrária e


Veterinária, I.P.
Av. da República, Quinta do Marquês, 2780-157 Oeiras, Portugal
Tel: (+ 351) 21 440 35 00 - Fax: (+ 351) 21 440 36 66
www.iniav.pt

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