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Universidade Federal Da Bahia – UFBA (FFCH)

Ciências Sociais – 2019.2

Disciplina – Liberalismo E Estado

Professor – Antonio Oliveira

Aluno – Jorge Antonio Da Paz Ribeiro

Data – 08/10/19

Resenha: “Capitalismo, Socialismo E Democracia” (pp. 153-164 / 179-194)

(Joseph Schumpeter)

Schumpeter em sua obra mais importante Capitalismo, Socialismo E


Democracia, faz uma defesa do sistema capitalista em contraposição ao
estatismo característico do sistema socialista, a partir da questão da eficiência.
Essa eficiência, no capitalismo, advém da capacidade desse sistema de se
pautar por uma ação de teor mais racional que se assenta no cálculo custo X
benefício, que é uma forma de contabilidade racional e que auxilia na tomada de
decisão e em perspectivas futuras, assim como no próprio acompanhamento da
produção, das reformas, das prospecções. O capitalismo, por conta desses
fatores, estimula o racionalismo instrumental expandindo-o para outras áreas da
vida social, que também interfere no processo de tomada individual de decisão
e colabora para o reforço da responsabilização individual pelos impactos que
cada escolha proporciona.

A civilização capitalista foi capaz de consolidar essa atitude racional


moderna, de se calcular as consequências de atos, objetivos e meios, em nome
da eficácia e da eficiência na proposição de se estabelecer uma relativa
previsibilidade comportamental, que transparece também a nível das instituições
políticas, consolidando os valores da sociedade democrática, dentre eles a
legitimidade das reformas realizadas dentro dos procedimentos democráticos,
frente ao Legislativo que é a representação da sociedade no espaço político,
onde se localiza a concepção de democracia minimalista (ou teoria da
democracia competitiva), consolidada na teoria política por Schumpeter, e
portando altamente influente ainda hoje. Essa concepção corresponde à
democracia enquanto mera ferramenta metodológica de tomada de decisão, ou
seja, uma resposta a uma questão central da política que é a seguinte: quem
pode tomar as decisões? Aqui entra, assim, a questão da elite política que é
selecionada pelo voto em processo eleitoral, portanto, de forma democrática e
legítima. A elite política em conjunto com as instituições, circunscrita dentro de
um projeto político, é quem toma as decisões dentro do espaço político
justamente na instrumentalidade dos poderes (Executivo, Legislativo). Aqui, a
democracia funciona enquanto um método decisório da política, através de uma
seleção (ou rotatividade) de elites políticas, num processo eleitoral livre e
competitivo pelo voto do eleitor, que eleitas irão governar e tomar as decisões
de repercussão geral, ou seja, afetando toda a população circunscrita num
território.

Schumpeter também advoga que há uma incompatibilidade entre


socialismo e democracia liberal, por razões óbvias: como pode haver competição
política entre grupos em busca do voto do eleitor num sistema de sociedade
fechada, unipartidária, sem espaço para qualquer regime de discussão, onde o
Estado controla tudo (inclusive a vontade individual)? A democracia liberal, tal
como propõe-se a definição de Schumpeter, pressupõe que haja competitividade
e que haja um processo democrático, onde a sociedade seja capaz de não
apenas acompanhar mas de também participar do processo, sobretudo no
ambiente do poder Legislativo, onde constam os representantes eleitos que
fazem a ligação entre a sociedade (ou grupos da sociedade) e a classe política
dentro do Estado, apesar de toda a retórica de igualdade e justiça que o
socialismo apresenta, esquecendo-se dos meios para se chegar a esse ideal.

O processo democrático, Schumpeter alerta, não garante que haja mais


liberdade individual, mas sim assegurar uma quantidade assegurável de
liberdade para todos, dentro do regime democrático de discussões que
expressam diversos interesses que podem coincidir por razões distintas e
adentrar a pauta do programa político de quem está na liderança do poder
político, que colabora na contabilidade racional do estado, na busca de melhor
eficiência na promoção das políticas.

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