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A IMPORTÂNCIA DAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NO PROCESSO DE ORIENTAÇÃO

DO ESPAÇO GEOGRÁFICO: UM BREVE RELATO DE EXPERIÊNCIA

Mara Célia Pereira da Silva Fontenele ¹


Estudante do Curso de Geografia da Universidade Estadual do Piauí
marafonte@hotmail.com
Emanuel Lindemberg Silva Albuquerque ²
Professor do Curso de Geografia e do PPGGEO da Universidade Federal do Piauí - UFPI
lindemberg@ufpi.edu.br

Eixo temático: Práticas Pedagógicas no Ensino de Geografia.

RESUMO

O presente trabalho denota a importância da prática pedagógica no processo de ensino e


aprendizagem. A partir desse pressuposto, busca implementar essa prática na compreensão do
espaço geográfico por meio do processo de orientação. A metodologia aplicada leva em
consideração o modelo de ensino que é compreensível para os alunos. Sendo assim, foi
estabelecida a aplicação, em sala de aula, por meio da construção da rosa dos ventos,
caracterizando uma forma espontânea dos alunos colocarem toda sua criatividade e originalidade
voltada para a sua orientação e localização. Desta forma, o discente se coloca como sujeito ativo,
aprendendo de forma prática e lúdica e assim auxiliando no seu desenvolvimento escolar. A
referida prática foi executada com alunos do 6º ano da Unidade Escolar Dom Severino, localizada
no município de Teresina, estado do Piauí.
Palavras-chave: Ensino. Aprendizagem. Lúdico. Geografia.

INTRODUÇÃO

Os recursos didáticos são entendidos como um conjunto de materiais utilizados para fins
pedagógicos, no intuito de facilitar o processo de ensino-aprendizagem nas mais diversas faixas
escolares, podendo ser todo tipo de objeto material ou imaterial, incluindo os recursos eletrônicos
(FISCARELLI, 2008).

Para Pimenta (2002), a essência da prática do professor é o ensino-aprendizagem, ou


seja, garantir que a aprendizagem ocorra como uma consequência da atividade de ensinar. Ao
partir desse pressuposto, aliando teoria e prática, tem-se que esta imbricação potencializa o
processo pedagógico, ao se buscar realizar uma atividade lúdica e dinâmica com os alunos, a
exemplo da construção de uma rosa dos ventos.
Para uma melhor absorção dos conteúdos ministrados em sala de aula, faz-se
necessário a aplicabilidade por intermédio das práticas pedagógicas. Portanto, os alunos de
maneira descontraída tendem a trabalhar as diversas temáticas geográfica de forma mais
pormenorizada, na perspectiva de discriminar os pontos cardeais, a localização e a orientação
através da rosa dos ventos.

Nesta perspectiva, o objetivo da pesquisa foi trabalhar a temática da localização


geográfica a partir da construção do objeto rosa dos ventos, no intuito de potencializar a maneira
que os alunos veem e se sentem no espaço geográfico. Por sua vez, a atividade lúdica da
confecção do mencionado objeto tende a despertar a atenção dos mesmos para a temática em
pauta, bem como aperfeiçoar o processo de ensino aprendizagem.

A metodologia foi aplicada em três etapas, a saber: i) explicação do conteúdo de forma


oral; ii) explanação da rosa dos ventos através de uma imagem e logo após foi pedido para que
eles abrissem o livro didático e tivessem uma melhor visualização da imagem e; iii) realizado a
distribuição de material gráfico para os alunos, culminando com a construção da rosa dos ventos.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Para Fiscarelli (2008) existe uma diferença entre os discursos e saberes constituídos sobre
a utilização dos recursos didáticos e que nem sempre condizem com a realidade praticada em
sala de aula. Nesse sentido, a construção de uma rosa dos ventos com os alunos da educação
básica foge da aula tida como tradicional, em que os alunos são meramente receptores do
conhecimento.

Apesar de ser um método eficaz de ensino, poucos professores de Geografia buscam se


aprimorar e desenvolver aulas que fogem do comum - tradicional - com recursos que tragam os
alunos para um novo olhar da percepção do espaço geográfico, a exemplo das atividades lúdicas.
Cavalcante (2008) menciona que as principais premissas do ponto de vista teórico-metodológico
da prática do ensino na Geografia, para o desenvolver da linguagem cartográfica, encontra-se
atrelada com a finalidade de auxiliar o aluno na compreensão dos conteúdos temáticos.

De acordo com Vigotsky (2001), existe uma necessidade de se usar atividades lúdicas com
mais intensidade, pois através deste pode-se facilitar tanto o crescimento pessoal como o
desenvolvimento grupal, a exemplo dos alunos do ensino fundamental e médio.

Vale salientar que muitos estudiosos contribuíram para que a barreira do ensino, apenas
como algo fixo, fosse quebrado, abrindo caminhos para uma maior flexibilização e inovação dos
modelos de educação nas escolas, isto é, uma nova pedagogia escolar, que fizesse com que os
educadores questionassem suas práticas, na perspectiva de fomentar sua formação básica e/ou
especializada (INCONTRI, 1997).
RESULTADOS E DISCUSSÃO

A atividade foi executada com alunos do 6º ano da Unidade Escolar Dom Severino,
localizada no município de Teresina, estado do Piauí. A prática desenvolvida propiciou aos alunos
um momento de muito aprendizado, descontração e de conhecimento. Ao mesmo tempo,
aproximou o acadêmico do Curso de Geografia – modalidade licenciatura – com a sala de aula e
suas dinâmicas inerentes à relação do ensino aprendizagem.

Como fruto das discussões trabalhadas, ocorreram várias interrogações por parte dos
alunos, mas no decorrer da prática eles aprenderam a importância da temática para a
compreensão do espaço geográfico, a exemplo da importância da localização, do ponto de
referência, pontos cardeais e colaterais.

Em síntese, constatou-se que ao ser executada a atividade os alunos se mostraram


curiosos e concentrados na temática. Menciona-se que essa foi a primeira vez que um professor
condicionava este tipo de atividade em sala de aula, conforme relatados pelos mesmos. E isso fez
com que eles fossem bem receptivos a essa prática apresentada e desenvolvida.

Ao término da atividade, percebeu-se um interesse maior dos alunos para com a temática
da localização no espaço geográfico, a exemplo da rosa dos ventos e suas características. A
figura 1 destaca o momento da aplicabilidade e confecção do produto mencionado.

Figura 1. Registro da etapa prática na construção da rosa dos ventos. Fonte: Autores (2017)
Ao considerar o exposto, percebe-se que o trabalho desenvolvido foi de grande valia para
os alunos, tendo em vista a forma como eles se organizaram, mostrando que a referida atividade
atingiu os seus objetivos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A proposta em epigrafe foi uma tentativa de deixar a temática da localização com mais fácil
compreensão pelos alunos, através do desenvolvimento de uma prática pedagógica. Foi
constatado que através da referida atividade os alunos conseguiram aprender, motivar e socializar
o conhecimento adquirido, alcançando assim os objetivos propostos no plano de aula.

Vale salientar que um dos grandes desafios da Geografia na atualidade é fornecer uma
forma do aluno aprender, através de um modo mais lúdico e dinâmico, os conteúdos geográficos,
surgindo como uma alternativa complementar ao livro didático. Um dos principais objetivos da
Geografia, com relação à educação básica, é levar os conhecimentos de forma interessante e ao
mesmo tempo motivadora, como foi o caso da construção da rosa dos ventos.

Portanto, quando se planeja uma atividade que envolva o aluno, é importante destacar que
o educador deve observar que ao fazer isso os alunos tendem a absorver vários ganhos, tanto
psicológico como de outras competências, assim como melhorar sua auto confiança,
concentração, raciocínio e se sentir parte do seu próprio processo de aprendizagem, valorizando,
deste modo, cada nova descoberta.

REFERÊNCIAS

ADAS, Melhem. Expedições geográficas. 2. Ed. São Paulo: Moderna, 2015.


CAVALCANTI, Lana de Souza. A Geografia escolar e a cidade: ensaios sobre o ensino de
Geografia para a vida urbana cotidiana. Campinas: Papirus, 2008.
FISCARELLI, Rosilene Batista de Oliveira. Material didático: discurso e saberes. Araraquara:
Junqueira & Martins Editoras, 2008.
INCONTRI, Dora. Pestalozzi: educação e ética. São Paulo: Scipione, 1997.
PIMENTA, Selma Garrido. O estágio na formação de professores: unidade teoria e prática? 5. ed.
São Paulo: Cortez, 2002.
VYGOTSKY, Lev S. Psicologia Pedagógica. São Paulo: Artes Médicas, 2001.

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