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Comparando as situações III e IV, temos que a primeira trata justamente da extinção
do direito do contribuinte de pleitear o débito do Fisco pela via administrativa,
possuindo como marco temporal as 3 hipóteses previstas no art. 165 do CTN, que de
acordo com o art. 168 do CTN decaem em 5 anos. A segunda, por sua vez, a perda da
pretensão de cobrar o débito do Fisco pela via judicial, a qual encontra-se regida de
acordo com o art. 169 do CTN.
2. Não, tendo em vista a recepção do CTN pela CF/88 com status material de Lei
Complementar, e que de acordo com a própria CF compete à União estabelecer
normas gerais de direito tributário, sendo a prescrição e decadência uma delas, tal
atividade legislativa por meio de Lei Ordinária foge da órbita de competência dos
Estados e Municípios, e inclusive da própria União, já que esta última só poderia
alterar as disposições já existentes mediante Lei Complementar. Em relação a eventual
alteração por lei complementar estadual ou municipal, também não teriam
competência para tanto, pelo mesmo motivo acima. Contudo, numa situação
hipotética de não existir norma geral de Prescrição e Decadência em Lei Federal
Complementar, penso que os municípios, Estados e DF exerceriam plenamente sua
competência até que sobreviesse Lei Federal regulando a matéria.
3. Em regra o prazo decadencial para lançamento de ofício é aquele previsto no art.
173, inciso I do CTN, sendo o termo o a quo o “primeiro dia do exercício seguinte
àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado”, ou, em caso anulação por
vício formal de lançamento já efetuado (inciso II do mesmo artigo), da “data em que se
tornar definitiva tal decisão”.
4. Penso que o parágrafo único do art. 173 se aplicaria para casos em que em regra se
lançaria de acordo com o geral insculpida no inciso I (primeiro dia do exercício
subsequente), mas que, tendo o fisco iniciado qualquer medida preparatória
indispensável ao lançamento com notificação ao sujeito passivo, passaria esta data a
servir como marco temporal, o que anteciparia/diminuiria o prazo decadencial. Ou
ainda, nos casos de pagamento antecipado, que em regra seriam regidos pelo art. 150,
§ 4º (do fato gerador), em se tratando de dolo, fraude ou simulação, o termo inicial
passaria a ser a da constatação do dolo, fraude ou simulação, o que ampliaria o prazo
decadencial.
Como exemplo de medida preparatória Eurico de Santi nos traz o seguinte exemplo:
ocorrência de pagamento antecipado; ocorrência de dolo, fraude ou simulação;
notificação por parte do Fisco. Segundo o autor, a notificação ao contribuinte, ao
mesmo tempo que constitui administrativamente o fato do dolo, fraude ou simulação,
serve como medida indispensável para justificar o lançamento posterior.
Não se trata de causa de interrupção, visto esta se dá de acordo com o art. 173, II do
CTN, que em verdade pode ser lida como “um novo prazo decadencial”.
6. Uma vez citada a pessoa jurídica (citação válida), inicia-se um novo prazo para
eventual redirecionamento para os sócios, de modo a não tornar imprescritível o
crédito tributário. Desta forma, flexibiliza-se a regra de que a citação válida da pessoa
jurídica interromperia o prazo prescricional em relação aos devedores solidários.
7. a)