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IBET – Terça-feira 15/09/2015

Questões Seminário III – Arthur Silva Pires Lopes

1. As quatro situações posta na questão tratam em verdade de decadência e


prescrição sob dois enfoques diferentes: um do contribuinte; outro para o fisco.

Primeiramente cumpre aqui diferençar os dois institutos. A decadência nada mais é do


que a perda do direito (é um fato jurídico) em razão do seu não exercício num prazo
legalmente estabelecido. Já a prescrição, por sua vez, é a perda da pretensão pelo
titular do direito subjetivo, em razão de não ter utilizado os instrumentos processuais
próprios para satisfação dos seus direitos. Tais institutos existem no Direito para que
as situações não permaneçam indefinidas, o que elevaria inequivocamente a sensação
de insegurança das relações jurídicas.

Comparando as situações I e II, temos que na primeira a decadência impede a própria


constituição do crédito tributário, enquanto que na segunda, a constituição do crédito
tributário é marco inicial para o transcurso da prescrição.

Comparando as situações III e IV, temos que a primeira trata justamente da extinção
do direito do contribuinte de pleitear o débito do Fisco pela via administrativa,
possuindo como marco temporal as 3 hipóteses previstas no art. 165 do CTN, que de
acordo com o art. 168 do CTN decaem em 5 anos. A segunda, por sua vez, a perda da
pretensão de cobrar o débito do Fisco pela via judicial, a qual encontra-se regida de
acordo com o art. 169 do CTN.

2. Não, tendo em vista a recepção do CTN pela CF/88 com status material de Lei
Complementar, e que de acordo com a própria CF compete à União estabelecer
normas gerais de direito tributário, sendo a prescrição e decadência uma delas, tal
atividade legislativa por meio de Lei Ordinária foge da órbita de competência dos
Estados e Municípios, e inclusive da própria União, já que esta última só poderia
alterar as disposições já existentes mediante Lei Complementar. Em relação a eventual
alteração por lei complementar estadual ou municipal, também não teriam
competência para tanto, pelo mesmo motivo acima. Contudo, numa situação
hipotética de não existir norma geral de Prescrição e Decadência em Lei Federal
Complementar, penso que os municípios, Estados e DF exerceriam plenamente sua
competência até que sobreviesse Lei Federal regulando a matéria.
3. Em regra o prazo decadencial para lançamento de ofício é aquele previsto no art.
173, inciso I do CTN, sendo o termo o a quo o “primeiro dia do exercício seguinte
àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado”, ou, em caso anulação por
vício formal de lançamento já efetuado (inciso II do mesmo artigo), da “data em que se
tornar definitiva tal decisão”.

Em se tratando de lançamento por homologação, o prazo passa a ser regido de acordo


com a regra do art. 150, § 4º do CTN, segundo o qual: “§ 4º Se a lei não fixar prazo a
homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência do fato gerador; expirado
esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se homologado
o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de
dolo, fraude ou simulação”. Ou seja, a realização no mundo da vida dos fatos descritos
hipoteticamente nos enunciados normativos, e consequente incidência da norma
individual e concreta para aquela situação, é suficiente para termos o “termo a quo”
para contagem do prazo decadencial.

Não havendo pagamento antecipado (lançamento por homologação), não há que se


falar em aplicação da regra prevista no art. 150, §4º, justamente pelo fato de que não
há o que ser “homologado” pela administração, motivo pelo qual deverá sim ser
efetuado lançamento de ofício, dentro da regra geral decadencial prevista no art. 173,
I. Tampouco há que se falar em “aplicação cumulada” dos prazos decadenciais, por
total ausência de previsão legal para tanto, em que pese durante anos tenha sido
aceita tal “corrente” nos Tribunais Superiores.

Por fim, ainda em relação ao lançamento por homologação, se a conduta em questão


estiver maculada pelo dolo, fraude ou simulação, tal situação passará a ser regida de
acordo com a regra geral do art. 173, inciso I do CTN.

4. Penso que o parágrafo único do art. 173 se aplicaria para casos em que em regra se
lançaria de acordo com o geral insculpida no inciso I (primeiro dia do exercício
subsequente), mas que, tendo o fisco iniciado qualquer medida preparatória
indispensável ao lançamento com notificação ao sujeito passivo, passaria esta data a
servir como marco temporal, o que anteciparia/diminuiria o prazo decadencial. Ou
ainda, nos casos de pagamento antecipado, que em regra seriam regidos pelo art. 150,
§ 4º (do fato gerador), em se tratando de dolo, fraude ou simulação, o termo inicial
passaria a ser a da constatação do dolo, fraude ou simulação, o que ampliaria o prazo
decadencial.

Como exemplo de medida preparatória Eurico de Santi nos traz o seguinte exemplo:
ocorrência de pagamento antecipado; ocorrência de dolo, fraude ou simulação;
notificação por parte do Fisco. Segundo o autor, a notificação ao contribuinte, ao
mesmo tempo que constitui administrativamente o fato do dolo, fraude ou simulação,
serve como medida indispensável para justificar o lançamento posterior.
Não se trata de causa de interrupção, visto esta se dá de acordo com o art. 173, II do
CTN, que em verdade pode ser lida como “um novo prazo decadencial”.

5. Penso que não há prescrição intercorrente no âmbito do Processo Administrativo


Fiscal por alguns motivos: o primeiro, que se se trata de processo administrativo
pendente de resolução, não há ainda constituído definitivamente o crédito tributário,
motivo pelo qual não haveria possibilidade para “nascimento” do termo inicial de
prazo prescricional; outra situação que se apresente é o caráter do Impulso Oficial que
possui o processo administrativo, onde em verdade se trata de procedimentos nos
quais a própria administração revê seus atos, com o objetivo de realizar a “constituição
definitiva do crédito tributário” em montante certo e líquido, daí, não haveria como
“penalizar” a administração pelo não exercício do direito de cobrança do crédito, o que
só se daria em razão do atributo da exigibilidade, que encontra-se suspensa durante o
curso do próprio PAF.

Já em relação ao processo de execução fiscal, penso que há sim a possibilidade, em


razão da inércia da Fazenda em promover atos de cobrança, sem que haja qualquer
situação prevista para suspensão ou interrupção do prazo prescricional. Desta forma, o
instituto visa penalizar (no caso a Fazenda) aquele que detém os meios instrumentais
para cobrança do crédito, mas que, por inércia, não os utiliza.

6. Uma vez citada a pessoa jurídica (citação válida), inicia-se um novo prazo para
eventual redirecionamento para os sócios, de modo a não tornar imprescritível o
crédito tributário. Desta forma, flexibiliza-se a regra de que a citação válida da pessoa
jurídica interromperia o prazo prescricional em relação aos devedores solidários.

Trata-se de prazo prescricional, tendo em vista que já há constituído o crédito


tributário (consubstancializado na Certidão de Dívida Ativa), não havendo, portanto,
que se falar em decadência.

7. a)

b) conta-se da data do pagamento indevido, sendo, ao meu ver, correto o


posicionamento do STJ 1.110.578/SP submetido ao rito dos repetitivos, no sentido de
que a declaração de inconstitucionalidade com efeito erga omnes, seja pelo STF, seja
pela Resolução Senatorial, não influem na contagem do prazo para repetição.

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