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Seminário I
Questões
1. Que é Direito? Há diferença entre direito positivo e Ciência do Direito? Explique.
Como leciona Paulo de Barros Carvalho, o direito é um conjunto de normas jurídicas que são positivadas
em um país. Há enorme diferença entre o direito positivo e a ciência do direito.
Ao direito positivo cabe disciplinar o comportamento do homem perante a sociedade, regulando as relações
entre os indivíduos, depreende-se então que ao direito positivo não interessa os comportamentos interiores
e subjetivos, ou seja, do individuo com ele mesmo, ressalvando-se ocasiões em que esse comportamento
resulte em ações exteriores e objetivas.
Já a ciência do direito tem o papel de organizar todas essas normas, declarar hierarquias e as significar.
Enquanto o direito positivo tem a finalidade de ordenar o procedimento dos homens, o cientista do direito irá
interpretar as normas, observando-as, investigando-as seguindo metodologias, tendo o resultado de seu
trabalho caráter descritivo apto a transmitir conhecimento.
Daí se tem uma diferença substancial entre a ciência do direito e o direito positivo, enquanto o direito
positivo tem caráter prescritivo, a ciência do direito tem caráter descritivo.
Há que se dizer que em relação ao direito positivo, a ciência do direito é uma sobrelinguagem, pois trata de
discorrer sobre o direito positivo, esta acima da linguagem do direito positivo.
Entre outras diferenças, e importante ressaltar a lógica especifica ao qual cada linguagem está submetida,
enquanto o direito positivo corresponde à lógica deôntica (lógica do dever-ser) a ciência do direito
corresponde à lógica apofântica (lógica alética ou lógica clássica) em razão disso dizemos que as normas
são validas ou não validas, e quanto à ciência podemos dizer que os valores são de verdade e falsidade.
2. Que é tributo (vide anexo I)? Com base na sua definição de tributo, quais dessas hipóteses são
consideradas tributos? Fundamente sua resposta: (i)valor cobrado pela União a título de
ressarcimento de despesas com selos de controle de IPI fabricado pela Casa da Moeda (anexo II); (ii)
contribuição sindical (considerar as alterações da lei 13.467/17) (anexo III) ; (iii) tributo instituído por
meio de decreto (inconstitucional – vide anexo IV); (iv) o tributo inserido na base de cálculo de outro
tributo.
De acordo com a definição adotada pelo STF na ADI 447, tributo encontra definição no art. 3º do CTN, que
em resumo é constituir ele uma obrigação que a lei impõe às pessoas, de entrega de uma certa importância
em dinheiro ao Estado.
a) Apesar de intitulada como ressarcimento, a cobrança se enquadra na definição do art. 3 do CTN, sendo
imposta por lei uma obrigação pecuniária compulsória, em moeda, fruto de ato lícito. Quanto a sua
exigibilidade, de acordo com o REsp 1448096/PR, há vicio na forma que se estabeleceu a taxa, que foi por
meio de ato declaratório da RFB, ignorando assim o art. 97, inciso IV do CTN, que estatui que somente lei
pode estabelecer a fixação da alíquota e a base de calculo dos tributos.
b) A lei 13467/17 trouxe inovação em relação as contribuições sindicais, posto que essas contribuições não
são mais compulsórias, desta forma perdeu-se o caráter de tributo, visto que é necessária a
compulsoriedade para que seja definido como tributo.
c) via de regra, o tributo deve ser instituído por meio de lei, afrontando o principio da legalidade a sua
instituição por meio de decreto, no entanto há exceções a essa regra na constituição federal. Primeira
exceção: art 153 § 1, faculta ao poder executivo a alteração das alíquotas do II, IE, IPI e o IOF, essa exceção
se da pela agilidade que requer tais alterações a fim de proteger a indústria nacional, no entanto deve ser
respeitada a legalidade. A Segunda exceção: art 177 § 4º, I, b: possibilita o executivo alterar a alíquota da
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contribuição de intervenção e domínio econômico (CIDE). As duas exceções acima têm previsão na emenda
constitucional n° 33 de 2001.
A Terceira exceção: art 155, IV, permite aos estados e ao DF definir as alíquotas ICMS monofásico incidente
sobre combustíveis. A quarta exceção está disposta no art 97 § 2º, do CTN, que diz respeito a atualização
monetária dos tributos de IPTU, que podem ser atualizados pelo município.
d) É considerado sim um tributo, com exceção ao IPI inserido na base de cálculo do ICMS, de acordo com
art. 155 § 2º, inciso XI da CF.
3. Que é norma jurídica? E norma jurídica completa? Há que se falar em norma jurídica sem
sanção? Justifique.
Norma jurídica é o resultado da leitura e interpretação de um texto. Interpretação essa que é dada pelo
pensamento exarado da leitura do texto, de acordo com o individuo que faz a leitura, o texto pode ter
diferentes significados, no entanto o interprete da lei ira interpretar de forma correta, criando assim a norma
jurídica.
Quando se fala em norma jurídica completa temos na mesma norma o caráter de sanção e o caráter
prestacional, possuindo essas duas características temos a norma jurídica completa. Ela é dividida em duas
proposições, a antecedente que é um dever norma e a consequente que diz respeito as providências
sancionatórias quando há o descumprimento da proposição antecedente, importante ressaltar que mesmo
dividida em duas características é uma norma única.
Dessa forma, não há que se falar em norma jurídica sem sanção, pois o direito é uma ordem coativa, toda
norma irá exigir a devida sanção do estado em caso de descumprimento do comportamento exigido.
Sim, há varias diferenças entre elas. Documento normativo é onde o texto é registrado, é o suporte físico,
onde estão os enunciados, sendo assim os enunciados estão inscritos no documento normativo, a partir daí
há a leitura do interprete objetivando a significação daquele texto através de proposições, a fim de se obter
uma norma jurídica.
Assim, podemos dizer que a norma jurídica em sentido amplo se trata do documento normativo e dos
enunciados, do texto em si, e a norma jurídica em sentido estrito parte da interpretação e da significação do
texto após uma análise do interprete da lei.
5. Que é tributo (vide anexo I)? O desconto de IPVA concedido para contribuintes que não
incorreram em infrações de trânsito é uma utilização do tributo como “sanção de ato ilícito”? E a
progressividade do IPTU e do ITR em razão da função social da propriedade? As alíquotas de um
tributo podem variar conforme o grau de periculosidade de uma empresa?
O desconto do IPVA, se trata de um beneficio do estado e não pode ser visto como uma sanção de ato
ilícito pois o fato gerador não e a infração de trânsito.
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Quanto ao IPTU e o ITR progressivos, pode-se dizer que se trata de uma sanção de ato ilícito, qual seja a
não utilização da propriedade para seu fim social, com o argumento constitucional, restando dessa forma
uma propriedade improdutiva hipótese em que o estado deve agir para sanar este ilícito.
A variação da alíquota da cobrança de tributo é uma forma do estado reaver quantias destinadas aos
trabalhadores que sofreram acidentes, de forma que quanto menos acidentes registrados em uma empresa
é menor também a quantia gasta com INSS, desta forma o estado trata de forma igual às empresas, quanto
menos acidentes menor a alíquota do tributo pois menor também será o gasto do estado com aquele
contribuinte.
6. Que é direito tributário? Sob as luzes da matéria estudada, efetuar crítica à seguinte sentença:
“Direito tributário é o ramo do Direito público positivo que estuda as relações jurídicas entre o Fisco
e os contribuintes, concernentes à instituição, arrecadação e fiscalização de tributos”, e propor
definição para “direito tributário”.
Preliminarmente cabe destacar que o direito tributário não e um ramo do direito público positivo e sim um
ramo autônomo, além de que a relação jurídica entre o fisco e os contribuintes e apenas umas das muitas
situações que este ramo do direito trata, como da instituição, arrecadação e fiscalização dos tributos. O
direito tributário correlaciona-se com os demais.
A definição de direito tributário para Paulo de Barro Carvalho, nos permite uma melhor visualização do
direito tributário sob um amplo espectro “o direito tributário é o ramo didaticamente autônomo do direito,
integrado pelo conjuntodas proposições jurídico- normativas que correspondam, direta ou indiretamente,
àinstituição, arrecadação e fiscalização de tributos ”.
Art. 2º A base de cálculo dessa taxa é a receita bruta obtida com a comercialização de
mercadorias ou de serviços que utilizem recursos hídricos.
Art. 3o. A alíquota é de 3%.
Art. 4º Contribuinte é Pessoa, física ou jurídica, que utilize recursos hídricos com a
finalidade de exploração ou aproveitamento econômico.
Art. 5º A taxa será apurada mensalmente e recolhida, mediante preenchimento da guia de
recolhimento, até o último dia útil do mês seguinte ao da exploração ou do aproveitamento
do recurso hídrico, sob pena de multa de 10% sobre o valor do tributo devido.
Art. 6º Na ausência de apuração e recolhimento da taxa pelo contribuinte,a autoridade fiscal
competente deverá lavrar “Auto de Infração e Imposição de Multa”, aplicando multa de 50%
sobre o valor da taxa devida.
(...)
Pergunta-se:
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2° Do contribuinte pagar a taxa ate o ultimo dia útil do mês seguinte ao da exploração ou aproveitamento
hídrico.
4° Da lavratura do auto de infração caso o contribuinte não pague a taxa com multa no valor de 50%.
5° da isenção do pagamento da taxa para quem utiliza recurso hídrico destinado a atividade agropecuária.
b) a norma em que define a taxa para o exercício de poder de policia do estado no controle, monitoramento
e fiscalização de atividades de pesquisa, lavra, exploração e aproveitamento de recursos hídricos.
d) A ciência do direito está na significação, interpretação do texto legal acima, está na extração de normas
jurídicas de texto legal.