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2. Elaborar quadro comparativo a respeito de: (i) isenção; (ii) imunidade; (iii) não
incidência; (iv) anistia; e (v) remissão.
Isenção Imunidade Não-Incidência Anistia Remissão
Há uma supressão Não incidência Sem previsão “Perdão da falta Dispensa legal após o
da abrangência da prevista normativa, possui cometida pelo pagamento do tributo.
regra matriz de constitucionalmente. construção infrator de deveres
incidência tributária. doutrinária. tributários e também
quer dizer o perdão
da penalidade a ele
imposta por ter
infringido o
mandamento legal.”
(PBC).
Decorre da Lei (art. Constituição Federal. Independe de Decorre da Lei. Decorre da Lei.
176) previsão.
Art. 175, I, CTN. Art. 150, VI, art. 184, Construção Art. 175, II, CTN. Art. 156, IV, CTN.
§5º, 195, §7º. doutrinária.
6. Considerando o art. 155, §2º, II, alíneas “a” e “b” da CF, pergunta- se:
a) Existe isenção parcial? Redução de base de cálculo pode ser considerada
hipótese de isenção parcial?
A isenção parcial é considerada uma ficção jurídica válida de acordo com o Supremo
Tribunal Federal e alguns doutrinadores, como Pontes de Miranda e Paulo de Barros
Carvalho. Segundo estes, a isenção parcial é aquela que reduz o percentual do
tributo, ocorreria o fato gerador do mesmo, mas o valor a ser recolhido seria inferior
em razão da isenção parcial.
Todavia, para o restante da doutrina, seria incabível a existência de uma isenção
parcial, tendo em vista que o instituto da isenção obsta a ocorrência do fato gerador.
Ou seja, como a isenção parcial apenas reduz o tributo e não o erradica, há a
ocorrência do fato gerador, e, em razão disto, não poderia se falar em isenção.
Outro argumento utilizado pela doutrina contrária, é que, como a Constituição
Federal não prevê este tipo de isenção, deve-se aplicar sobre a isenção à
interpretação literal prevista pelo artigo 111 do Código Tributário Nacional,
afastando-se, assim, a possibilidade da isenção parcial.
Correlato a esta polêmica, pergunta-se se a redução da base de cálculo é uma
espécie de isenção parcial. A resposta a esta pergunta depende de qual corrente
será seguida.
Caso opte-se pela possibilidade da isenção parcial, a redução da base de cálculo
seria uma hipótese deste instituto, pois, como a redução visa diminuir a carga fiscal
de determinados segmentos da economia, existiria a redução do percentual do
tributo incidente.
Já no caso de se considerar que a isenção parcial não pode existir em nosso
ordenamento, a redução da base de cálculo não se confundiria com isenção, pois o
primeiro, conforme já falado acima, é um benefício fiscal concedido pela
Administração Tributária, com objetivo de diminuir a carga fiscal, enquanto que a
isenção exonera o contribuinte do pagamento de determinado tributo, através da
mutilação, pelo legislador, de alguns critérios da regra de matriz de incidência.
Em outras palavras, enquanto que na isenção não ocorre o fato gerador em razão
da mutilação de alguns critérios da regra de incidência, na redução ocorre o fato
gerador e haverá a incidência do tributo, mas com a redução valorativa do montante
a ser recolhido.
Diante do exposto, verifica-se que, dependendo da corrente adotada, a isenção
parcial e a redução da base de cálculo podem coexistir em nosso ordenamento
jurídico juntamente com a isenção total.
b)É possível lei estadual que determine a exigência do estorno do crédito do
ICMS, relativo à entrada de insumos, proporcional à parcela correspondente à
redução da base de cálculo do imposto incidente na operação de saída da
mercadoria, com funda- mento no art. 155, § 2º, II, da CF/88? (Vide anexos X, XI e
Parecer da Procuradoria-Geral da República no RE n. 635.688/RS RG, de
09/12/11).
De acordo com o atual entendimento do Supremo Tribunal Federal, é possível que
lei estadual determine a exigência do estorno do crédito do ICMS, relativo à entrada
de insumos, proporcional à parcela correspondente à redução da base de cálculo do
imposto incidente na operação de saída da mercadoria em razão da isenção parcial
concedida a esta operação. Com efeito, os ministros entenderam que o mecanismo
que reduz a base de cálculo do ICMS na saída de produtos industrializados, prevê,
em contrapartida, o estorno na mesma proporção dos créditos do imposto recolhido
na entrada de insumos.
É dito ainda que tal previsão está em conformidade com o espirito do ICMS e o
principio da não cumulatividade, pois o disposto nas alíneas “a” e “b” do inciso II do
parágrafo segundo do artigo 155 da Constituição Federal somente pode ser
interpretado restritivamente, artigo 111 do CTN, o que implica em dizer que não é
possível que haja o creditamento de ICMS in casu, pois tal hipótese não é
contemplada pelo referido artigo.
Todavia, este entendimento do Supremo Tribunal Federal foi alvo de diversas
críticas, e, através de embargos de declaração, o acórdão que dispunha o
entendimento foi anulado, afirmando-se, inclusive, que se trata de um caso de
repercussão geral.
Isso porque, conforme já explicado no item anterior, há uma corrente que veda a
aplicação de isenção parcial, pois tal instituto desrespeita os elementos de uma
efetiva isenção.
Portanto, por ora ainda é possível que haja o registro de créditos de ICMS quando a
opção do contribuinte pela apuração do valor devido com a redução da base de
cálculo em contrapartida ao estorno proporcional de eventuais créditos relativos à
operação beneficiada.