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Alfredo Veiga-Neto (UFRGS); Walter Omar Kohan (UERJ); Durval Albuquerque Jr. (UFRN);
Guilherme Castelo Branco (UFRJ); Sylvio Gadelha (UFC); Jorge Larrosa (Univ. Barcelona);
Margareth Rago (Unicamp); Vera Portocarrero (UERJ)
PROJETO GRÁFICO DE CAPA E MIOLO
Diogo Droschi
CAPA
Alberto Bittencourt
EDITORAÇÃO ELETRÔNICA
Christiane Costa
REVISÃO
Dila Bragança
EDITORA RESPONSÁVEL
Rejane Dias
Bibliografia
ISBN 978-85-7526-566-6
CDD-370.1
11 -10437
lndice para catálogo sistemático:
1. Educação : Filosofia 370.1
Sumário
13 Introdução: Asociedade da
aprendizagem e o Homo discentis
20 A Modernidade como sociedade educativa
Primeira parte
OS DOIS MODOS DAS ARTES DE EDUCAR
25 Avia sofística e a via filosófica:
dois modos das artes de educar
27 Avelha arte de ensinar
30 Filosofia, pedagogia e psicagogia
34 A Paidéia cristã: doutrina e disciplina
38 Opedagogo e a cura da alma
41 Omestre e a disciplina: ensinar ou aprender?
45 A disciplina: discere ou doceré?
46 A reivindicação do mestre: da disciplina para o ensino
57 Aemergência de uma sociedade educativa
59 Olimiar tecnológico das artes de educar
61 Disciplina: sob a forma da correção
66 A propagação da disciplina sob a forma do ensino
72 Os colégios jesuítas: sistematização e difusão do ensino
76 O"limiar de discursividade" das artes
de educar: lnstitutio e eruditio
81 A institutio (educação) das crianças
88 Ocultivo do engenho
92 Da dialética para a didática: docendi artificium
98 Didática e erudição
106 "Pampédia" e "polícia": uma sociedade de ensino
?
Asociedade da aprendizagem
e o Homo discentis
13
Devido a essa ênfase no conhecimento, a sociedade pós-capitalista
implica uma transformação na forma de pensar a educação: esta não pode
mais ser um monopólio das escolas:
A educação na sociedade pós-capitalista tem que saturar toda a sociedade
e as organizações que fornecem emprego: as empresas, os escritórios do
governo, as entidades sem ânimo de lucro, devem transformar-se em
instituições de ensino e aprendizagem, e as escolas têm que trabalhar em
associação com os empregadores e as organizações que fornecem emprego
(DRUC KER, 2004, p . 270) .
Pode-se dizer que, até então (meados do século XX), tinha predo-
minado aquela figura exprimida pelos filósofos alemães do século XIX
(como Hegel e Dilthey) de um "Estado Educador" ou de uma forma de
organização social na qual a e_?uc_ação_, ou melhor, a "instrução pública",
era uma res2.Q_nsabilidade do Estado? era uma função estatal executada
através d~cola pública. Pelo contrário, os estudiosos daquela Comissão
1
Como diz Veiga- Neto (1996, p. 16): "Assim sendo, a disciplinaridade - enquanto 'modo de ser'
ou 'estado daquilo que é' disciplinar - compreende dois eixos: o cognitivo (da disciplina-saber) e
o corporal (da disciplina-corpo)".
l Seguindo a proposta de Veiga-Neto (2002, p. 19), no decorrer do texto uso a palavra "governa-
mento" para referir-me à ação ou ato de governar e a palavra "governo" para aquilo que se costuma
chamar de Governo, geralmente grafado com G maiúsculo e referente à "instituição do Estado que
centraliza ou toma para si a caução da ação de governar".