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Reflexões teóRicAs soBRe A PsicologiA

ANAlíticA
Theoretical Reflections about Analytical Psychology

Reflexiones teóricas sobre la Psicología Analítica

Elisângela Sousa Pimenta de Padua1


Carlos Augusto Serbena2
Universidade Federal do Paraná – Curitiba – Paraná - Brasil

Resumo: Este artigo visa esboçar o contexto teórico que fundamenta a abordagem da Psicologia Analítica, considerando
sua relevante contribuição para uma prática humanizada da psiquiatria e da psicologia profunda. Mais especificamen-
te, busca demonstrar sua influência no campo das psicopatologias e da psiquiatria moderna e seus desdobramentos
contemporâneos, apresentar o possível diálogo entre uma perspectiva mito-poética da alma humana com as ciências
naturais. Para tal, a metodologia utilizada foi o levantamento bibliográfico das principais autoridades da história da
psiquiatria moderna e da Psicologia Analítica. Foi possível identificar que a Psicologia Analítica possui uma perspectiva
simbólica e hermenêutica das psicopatologias e que as pesquisas subsequentes de junguianos e pós-junguianos favore-
ceram a formação de Escolas teóricas, sendo elas: Escola Clássica, Escola Desenvolvimentista e Escola Arquetípica. Estas
refletem criticamente a teoria clássica de Jung e avançam em estudos contemporâneos. Conclui-se que a pluralidade de
perspectivas que a Psicologia Analítica possui atualmente reafirma o pensamento principal de Jung: a psique é comple-
xa, sendo assim é necessário o dialogo e a assimilação de diversas áreas do conhecimento para melhor compreendê-la.

Palavras-Chave: Psicologia Analítica, Abordagem Simbólica, Escolas Teóricas, Carl G. Jung.

Summary: This article aims to outline the theoretical context that underlies the approach of Analytical Psychology, consi-
dering its relevant contribution to a humanized practice of psychiatry and deep psychology. More specifically, it seeks to
demonstrate its influence in the field of psychopathology and modern psychiatry and its contemporary developments, to
present the possible dialogue between a myth-poetic perspective of the human soul with the natural sciences. For this,
the methodology used was the bibliographical survey of the main authorities in the history of modern psychiatry and
Analytical Psychology. It was possible to identify that Analytical Psychology has a symbolic and hermeneutic perspective
of psychopathologies and that subsequent surveys of Jungians and post-Jungians favored the formation of theoretical
schools, such as: Classical School, Developmental School and Archetypal School. These schools critically reflect the classi-
cal theory of Jung and advance in contemporary studies. It is concluded that the plurality of perspectives that Analytical
Psychology currently possesses reaffirms Jung’s main thought: the psyche is complex, so it is necessary to dialogue and
assimilate several areas of knowledge in order to better understand it.

Keywords: Analytical Psychology, Symbolic Approach, Theoretical Schools, Carl G. Jung.

Resumen: Este artículo pretende esbozar el contexto teórico que fundamenta el abordaje de la Psicología Analítica,
considerando su relevante contribución a una práctica humanizada de la psiquiatría y de la psicología profunda. Más
específicamente, busca demostrar su influencia en el campo de las psicopatologías y de la psiquiatría moderna y sus
alcances contemporáneos, presentar el posible diálogo entre una perspectiva mito-poética del alma humana con las
ciencias naturales. Para ello, la metodología utilizada fue el levantamiento bibliográfico de las principales autores de
la historia de la psiquiatría moderna y de la Psicología Analítica. Es posible identificar que la Psicología Analítica posee
una perspectiva simbólica y hermenéutica de las psicopatologías y que las investigaciones subsiguientes de junguianos
y post-junguianos favorecieron en la formación de Escuelas teóricas, siendo ellas: Escuela Clásica, Escuela Desarrollista
y Escuela Arquetípica. Estas reflejan críticamente la teoría clásica de Jung y avanzan en estudios contemporáneos. Se
concluye que la pluralidad de estas perspectivas que la Psicología Analítica posee actualmente reafirma el pensamiento
principal de Jung: la psique es compleja, siendo así necesario el diálogo y la asimilación de diversas áreas del conocimien-
to para comprenderla mejor.

Palabras Clave: Psicología Analítica, Enfoque Simbólico, Escuelas Teóricas, Carl G. Jung.

1
Psicóloga, Mestre em Psicologia Clínica (UFPR), especialista em Psicologia Analítica (Unisão Paulo), especialista em Psicologia Clínica e da saúde (UNIFIL). Aveni-
da Marechal Deodoro, 1269, bloco 6 , apto.4, Curitiba/PR, CEP: 80060-010. Fone: 41 – 995423174. e-mail: elis.padua@yahoo.com.br .
2
Psicólogo, Mestre em Psicologia e Sociedade (UFSC), Doutor em Ciências Humanas (UFSC). Docente da Universidade Federal do Paraná - Praça Santos Andrade
| 2º andar | Curitiba – PR, CEP: 80060-010. Fone: 41 – 99191-6886. e-mail: caserbena@gmail.com.

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introdução A veracidade de uma teoria corresponde ao preen-
chimento de critérios científicos e lógicos, tais como:
O presente trabalho busca apresentar os funda- se o valor atribuído às suas teses e proposições é
mentos teóricos da Psicologia Analítica e seu desen- coerente, se há resultados positivos na prática, se há
volvimento contemporâneo em Escolas Teóricas. correlação do pensamento e suas pressuposições com
Considerando que o eixo norteador das pesquisas de a realidade factual e se é aceitável do ponto de vis-
Carl Gustav Jung, fundador desta abordagem psi- ta ético. A história da psicopatologia é composta por
cológica, é a compreensão dos processos psíquicos e uma tradição múltipla de teorias e epistemologias
seus fenômenos, e seu ponto de origem é o campo que tratam do mesmo fenômeno, mas de maneiras
das psicopatologias da psiquiatria moderna. Sendo diferenciadas, complementares e contraditórias. É
assim, mais especificamente, este trabalho busca sua característica principal a multiplicidade de abor-
demonstrar como a Psicologia Analítica influencia o dagens e referenciais teóricos que se incorporam des-
campo das psicopatologias e da psiquiatria moder- de os últimos 200 anos (Delgalarrondo, 2008, p.35).
na e como possibilita uma perspectiva teórica mito A psiquiatria nasce em meados do século XVIII,
-poética da alma humana em diálogo com as ciên- por meio de práticas de descrição e observação dos
cias naturais. Para tal, realiza-se uma pesquisa de pacientes adoecidos mentalmente, sendo Phillipe
levantamento bibliográfico de autoridades sobre o Pinel o primeiro representante da psiquiatria Clássi-
desenvolvimento histórico e dos fundamentos teóri- ca. Certamente, a maior contribuição da psiquiatria
cos da Psiquiatria Moderna e da Psicologia Analítica, Clássica foi desmistificar a loucura, que até então era
dentre os principais: H. Ellemberger (1976), E. Pen- concebida com causas religiosas, místicas e sobrena-
na (2013), J. Clarke (1993), S. Shandasami (2011), turais. A etiologia das doenças mentais passa a ser
N. da Silveira (1997), R. Brooke (1991), A. Samuels compreendida pelo viés neuro-fisiológico. O adoeci-
(2002), dentre outros citados ao longo do texto. mento mental torna-se objeto de estudo cientifico e
positivista, de maneira que foram agrupados e clas-
Breve histórico da sificados de acordo com as descrições sintomáticas.
Psicopatologia e da Psiquiatria Emil Kraepelin (1856-1926) fez grandes contribui-
ções para a psiquiatria, aprofundou-se nos estudos
O campo de conhecimento da psicopatologia pos- de neurologia e anatomia cerebral, psicologia expe-
sui um conjunto de saberes que visam compreender rimental, desenvolveu métodos de investigação e
os adoecimentos da alma humana, a experiência do apontou sobre a necessidade do médico interessar-
sofrimento, os estados mentais alterados da cons- se pela história de vida dos pacientes. Ofereceu um
ciência, os padrões comportamentais inadequados dos melhores tratamentos mentais de sua época, e
que refletem no bem estar do humano e a sua adap- foi o precursor dos manuais de nosologia e classifica-
tação ao meio. Por psicopatologia entende-se o logos ção das doenças mentais (Ellemberger, 1976, p.286;
(discurso, lógica, narrativa) sobre o pathos (sofrimen- Martinez, 2006, p.29).
tos, paixão, passividade) da psique (alma), ou seja, o A pluralidade teórica produzida no campo da psi-
discurso sobre o sofrimento e/ou paixões da alma. copatologia e psicologia do inicio do século XX en-
Trata-se de eventos que acontecem à alma, passiva- controu a necessidade de uma sistematização do co-
mente, e dela produz-se sentidos e significados a res- nhecimento para haver uma espécie de consenso de
peito de tal padecimento. (Serbena, Zanoni, 2011). linguagem entre os profissionais. Foi feito, em 1952,
Sob a perspectiva psiquiátrica, a psicopatologia o primeiro Manual Estatístico e Diagnóstico da As-
é compreendida como um campo de conhecimento sociação de Psiquiatria Americana (DSM-I) para des-
que se utiliza do rigor da ciência sensu strictu para crição e categorias, teve diversas modificações no seu
adquirir uma possível sistematização, elucidação, planejamento (DSM-II, DSM-III, DSM-III-R,DSM
desmistificando crenças, atendo-se apenas na descri- -IV, DSM-V). Sua sistematização é influenciada pela
ção, compreensão e identificação dos elementos que tradição psiquiátrica de Emil Kraepelin (1856-1926),
compõem o fenômeno do adoecimento mental. Por pela nosologia e classificação dos sintomas, com de-
meio da descrição é possível elaborar uma sistemati- finições e diretrizes diagnósticas em detrimento das
zação da psicopatologia com a finalidade de facilitar causas e etiologias das doenças mentais (ateóricas).
a comunicação especialmente entre profissionais. Ele apresenta descrições dos aspectos estatísticos
(Delgalarrondo, 2008, p.28). associados com a distribuição familiar, prevalência
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em população geral, diagnóstico diferencial, compli- devido às influências acadêmicas, culturais, filosófi-
cações psicossociais decorrentes, etc. (Kluger, 2013). cas de Jung, somando com o vasto material de psi-
As críticas a respeito da perspectiva psiquiátrica cóticos e de sua experiência pessoal, este psiquiatra
clássica sobre os adoecimentos psicológicos se dão vislumbra outras possibilidades de compreensão da
pela prática cristalizada de rotular, descrever e res- psique e sua dinâmica, diferenciando-se da Escola
tringir a experiência psicopatológica em diagnósti- Psicanalítica de Sigmund Freud. (Ellemberger, 1976;
cos. Sendo assim, o estudo do adoecimento humano Martinez, 2006).
deixa de ser psicológico, pois enfatiza a descrição
fenomenológica, nosológica e diagnóstica segundo A Perspectiva Psicogênica das
os jargões científicos que só serve aos cientistas e Psicopatologias
profissionais, e não se aproxima da realidade do pa-
ciente, da sua subjetividade e de suas experiências. O O posicionamento de Jung, com base nas teorias
movimento denominado Psicopatologia Fenomeno- da psicologia profunda e da psiquiatria dinâmica de
lógica se apropriou desta crítica e desenvolveu uma sua época, contesta as abordagens organicistas ine-
metodologia de pesquisa e reflexão sobre a prática rentes da Psiquiatria Clássica. Para ele, o materia-
psiquiátrica. O marco histórico inicial foi a publica- lismo científico não permite a apreciação da impor-
ção da obra “Psicopatologia Geral” (1913/1973) de tância decisiva dos fatores psicológicos, relacionais,
Karl Jaspers, que se desdobrou na psicopatologia ambientais para o adoecimento psicológico. Jung
fenomenológica-descritiva, psicopatologia genéti- critica a formação dos médicos de sua época, pois es-
co-estrutural e psicopatologia fenomenológico-exis- tão enclausurados e especializados apenas em estu-
tencial. (Rodrigues, 2005, p.757). Paralelamente, dos anátomo-fisiológicos. (Jung, 1971, §297).
outro movimento crítico a Psiquiatria Clássica ini- A psique não é uma coisa dada, imutável, mas um
cia-se em meados do século XIX e início do século produto de sua história em marcha. Assim, não
XX. Este movimento denominado Psiquiatria Mo- só secreções glandulares alteradas ou relações
derna ou Psicodinâmica adota uma concepção psi- pessoais difíceis são as causas de conflitos
neuróticos; entram em jogo também, em igual
cogênica das doenças mentais, diferenciando-se
proporção, tendências e conteúdos decorrentes da
das concepções organicistas da Psiquiatria Clássica. história do espírito. Conhecimentos bio-médicos
O paradigma psicodinâmico compreende as psico- previamente são insuficientes para compreender
patologias pela afetividade na regulação, direção e a natureza da alma. O entendimento psiquiátrico
perturbação da vida psíquica. Valorizam-se mais os do processo patológico de modo algum possibilita
aspectos psíquicos, interpessoais, ambientais bus- o seu enquadramento no âmbito geral da psique.
Da mesma forma, a simples racionalização é um
cando a integração e inter-relação entre a doença, o instrumento insuficiente. A história sempre de
tratamento e a pessoa adoecida. Tem como hipótese novo nos ensina que, ao contrário da expectativa
fundamental o conceito de “inconsciente”, que pos- racional, fatores assim chamados irracionais
sibilita a compreensão dos adoecimentos pelos sen- exercem o papel principal, e mesmo decisivo, em
tidos e significados subjetivos. (Ellemberger, 1976, todos os processos de transformação da alma.
(Jung, 2013, p.17).
p.137; Martinez, 2006, p.90).
Segundo Ellemberger (1976, p.837), o início da Para ele, a perspectiva organicista e racionalista não
Psiquiatria Dinâmica tem como ponto de partida os é suficiente para a compreensão do pathos da alma.
trabalhos de Pierre Charcot e a escola de Salpêtriàre Não se trata de negar a existência organogênica, certa-
sobre hipnose e histeria, em 1882. Os estudos se vol- mente muitos adoecimento como intoxicação, má for-
tam para os fenômenos de sonambulismo, múltiplas mação, traumas, entre outros levam a manifestações
personalidades, criptominésias, possessões, catalep- psicopatológicas. Mas, de modo geral, o problema da
sias, letargias, e especialmente a histeria. alma vai além do viés fisiológico, pois é ela um territó-
Carl Gustav Jung (1875-1961) pertence a este rio em si, com leis próprias, diferente das leis fisiológi-
contexto histórico que compreende as doenças men- cas. Assim, o empreendimento de Jung como pesqui-
tais como psicogênicas. Como médico psiquiatra suí- sador da alma humana é identificar as leis inerentes de
ço, trabalhou no Hospital Psiquiátrico de Burgholzli tais processos, a natureza particular da psique.
(Suíça) na primeira década do século XX. Inicialmente, A psicogênese das doenças mentais implica em
suas pesquisas eram de caráter experimental funda- reconhecer que há uma condicionalidade para a gê-
mentadas nas concepções psicanalíticas. Entretanto, nese das doenças mentais, que “(...)é de natureza
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psíquica. Pode ser um choque psíquico, um confli- Para Jung, a psiquiatria clássica é racionalista e
to desgastante, uma adaptação psíquica errônea ou mecanicista, pois avalia os conteúdos psicológicos
uma ilusão fatal” (Jung, 1990, §496). Em outras pa- em nível de normalidade, de conceito/diagnóstico
lavras, o paradigma psicodinâmico consiste em enfa- em detrimento de sentido e de experiência/imagem.
tizar a afetividade como causa do desequilíbrio “na A abordagem sintomática da psiquiatria compreen-
regulação, direção e perturbação da vida psíquica”. de os adoecimentos em termos de causalidade e dis-
(Martinez, 2006, p.94). função, como se algo errado estivesse ocorrendo na-
quele indivíduo. (Whitmont, 1969, p.19).
Psicologia Analítica: uma A abordagem simbólica de Jung apresenta uma
Abordagem simbólica da perspectiva dialética ao invés de lógica e linear. Para
Psicopatologia ele, a psique se expressa por meio de símbolos que
possuem uma finalidade de desenvolvimento psi-
Os trabalhos iniciais de Jung tinham fundamen- cológico (individuação) e não apenas expressão do
tavam-se na compreensão causalista dos fenôme- material inconsciente reprimido. O símbolo é uma
nos psicopatológicos pautando-se no uso de méto- totalidade que une polaridades consciente e incons-
dos quantitativos, experimentais e a investigação ciente ou fatores heterogêneos que podem estar em
redutiva psicanalítica. Este momento perdura até conflito na psique visando uma superação trans-
aproximadamente 1913, com a publicação do livro cendente (síntese da relação dialética dos opostos)
“Transformações e Símbolos da Libido”. Segundo de modo que se alcance uma nova consciência, uma
Penna (2013, p.83), trata-se de um marco inicial que nova perspectiva. O símbolo é “(...) uma imagem de
se deu pelo rompimento de Jung com Freud e a Psi- um conteúdo em sua maior parte transcendental ao
canálise e sua apresentação de um novo método de consciente. É necessário descobrir que tais conteú-
investigação dos fenômenos psíquicos: o método as- dos são reais, são agentes com os quais um enten-
sociativo-comparativo. Este método se fundamenta dimento não só é possível, mas necessário”. (Jung,
na filogênese (coletiva, arquetípica) dos elementos 2013, §114).
psicológicos, em detrimento da perspectiva ontoge- Os sintomas devem ser compreendidos simboli-
nética (individual, biográfica) de Freud. Isto significa camente e isto significa que apontam para além de
dizer que é neste momento que Jung aponta para a si, para além da compreensão acessível da consciên-
hipótese de um inconsciente mitológico: o material cia. Sendo a linguagem da alma subjetiva, imagéti-
individual possui um correlato com o material mito- ca e coletiva, demonstra que para compreendê-la é
lógico e coletivo (humanidade em geral). O método preciso apropriar-se do pensamento hermenêutico
comparativo seria a raiz da amplificação simbólica, e analógico para alcançar os sentidos e significados
que mais tarde seria desenvolvido. dos símbolos e sintomas, pois “mais precisamente,
O conceito de inconsciente mitológico ou coletivo ela possui leis e estruturas próprias que correspon-
lança bases para o desenvolvimento de uma aborda- dem às leis estruturais da emoção e do conhecimen-
gem simbólica dos fenômenos psicológicos por meio to intuitivo.” (Whitmont, 1969, p.19).
do método hermenêutico sintético-construtivo. Esta A experiência psicopatológica quando compreen-
abordagem da experiência psicopatológica e dos sin- dida simbolicamente apresenta, por traz de sua apa-
tomas desenvolvida por Jung implica em compreen- rente irracionalidade, desadaptação e contradição,
dê-los não apenas pela lógica racional e causalista, profundos significados, possibilidades de desenvol-
mas por meio de analogias de imagens com sentidos vimento e de renovação da postura do indivíduo pe-
e significados (hermenêutica). Para abordar o hu- rante sua realidade (Whitmont, 1969, p.23).
mano é preciso considerar seus aspectos irracionais,
imaginativos, intuitivos. Suas contribuições para o sobre a teoria da Psicologia
campo da psicopatologia se distinguem das concep- Analítica de carl gustav jung
ções médicas clássicas, pois avança em termos me-
todológicos, insere conhecimentos além do campo Segundo Clarke (1993) e Shandasami (2011), a
da medicina, tais como filosofia, mitologia, história, teoria de Jung é alvo de muitas críticas, considerada
ciências da religião, etologia, etc. sem perder o cará- contraditória, sem sistematização do pensamento e
ter clínico e empírico das investigações e interven- com lacunas teóricas. Ela segue uma linha não racio-
ções (Whitmont, 1969, p.24). nal (analógica) e não linear (circular) de pensamento,

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semelhante a sua proposta metodológica de inves- a compreensão significativa dos processos psicológi-
tigação dos fenômenos psíquicos: a amplificação. cos profundos. (Brooke, 1991, p.32).
Trata-se de uma forma de pensamento por seme- Ao mesmo tempo em que se aproxima da pers-
lhanças, em torno de um objeto central: o símbolo. pectiva fenomenológica, é indisciplinado e incoe-
Assim, suas investigações se apropriam de caminhos rente, pois não apresenta um campo epistemológico
diversos, com múltiplas referências de conhecimen- bem elaborado. A crítica que recebe da perspectiva
tos, como a história da humanidade, as religiões, a fenomenológica é que Jung não se desvincula total-
biologia, a filosofia, entre outras, para alcançar uma mente do pensamento cartesiano quando parece se
compreensão profunda dos fenômenos psicológicos. preocupar mais em classificar estruturas, categorias,
Segundo Silveira (1997, p.16), por um lado Jung dar uma anatomia e fisionomia à experiência, como
possuía uma postura científica: desenvolve seus por exemplo seus conceitos de arquétipos (anima,
trabalhos como médico psiquiatra e pesquisador da sombra, self, etc.) e as dinâmicas psicológicas destes.
alma humana com base em procedimentos científi- Por outro lado, sua teoria se aproxima da fenomeno-
cos experimentais e empíricos, além de um grande logia quando faz uso do pensamento hermenêutico,
aprofundamento nos conhecimentos humanos ge- metafórico e imaginativo. (Brooke, 1991, p.62).
rais. Investigava com rigor empírico seus resultados O que se faz relevante aqui é destacar o caráter
com referência em dados da realidade, realizou ex- contraditório e não sistematizado da elaboração teó-
perimentações, viagens para outros países e cultu- rica de Jung. Esta ambivalência teórica implica numa
ras, além de sua vasta experiência cotidiana como concepção de psicopatologia que, segundo Samuels
médico psiquiatra. Por outro lado, grande parte de (2002, p.9), pode ser compreendida metaforicamen-
sua obra foi constituída a partir das elaborações de te como um espectro que oscila: de um lado denomi-
suas experiências pessoais interiores, suas visões, nado “profissional”, do outro denominado “poético”.
sonhos, insights profundos, etc. A dimensão profissional se remete ao jargão médico
Brooke (1991, p.22) e Samuels (2002, p.9) apre- psiquiátrico com diagnósticos, termos classificatórios
sentam uma concepção semelhante, a dizer que a que pode ser encontrado tanto na psicopatologia geral
obra junguiana é atravessada por duas perspectivas: como na Psicologia Analítica. Termos como “depres-
uma científica natural e outra poética. Para Brooke, são”, “complexo paterno”, “tendências regressivas”,
Jung utiliza a linguagem das ciências naturais que ad- “constelação do arquétipo”, entre outros, são jargões
vém de sua prática médica e de pesquisador. Porém, científicos que definem e delimitam uma experiência
sua perspectiva científica não se consolida totalmen- psicológica. Por outro lado, a dimensão poética reme-
te nos moldes da ciência clássica cartesiana e positi- te a leitura mitopoética, fenomenológica, como uma
vista. Tende mais a perspectiva moderna de ciência, análise artística dos fenômenos encontrados, inclusi-
a-causal, sistêmica, reconhecendo a influência do ob- ve uma releitura do próprio jargão médico.
servador, do contexto histórico nas elaborações teóri- Não se deve abandonar nem um, nem outro,
cas do conhecimento, uma epistemologia relativista. posto ser ambos fundamentais no processo psico-
Já a perspectiva poética origina-se das suas expe- terapêutico. O termo profissional orienta o procedi-
riências pessoais, corroborando com Silveira (1997), mento terapêutico, mas tende a ser insuficiente para
e a preocupação de encontrar os significados intrín- a compreensão do processo subjetivo do paciente,
secos dos fenômenos e da existência humana. Sua sendo assim fundamental a compreensão poética.
sensibilidade e pensamento poético o aproximam (Samuels, 2002, p.10).
das teorias fenomenológicas existenciais, descons-
truindo a perspectiva objetivista cartesiana. A pers- Aspectos contemporâneos: Psi-
pectiva poética é alegar a sensibilidade poética como cologia Analítica e a formação
ontologicamente válida para se alcançar o conheci- de escolas
mento sobre a alma humana, a psique. A imaginação
e a fala por metáforas adquirem status ontológico, Jung reconhecia a validade das contribuições
na medida em que, por elas, se faz um aprofunda- teóricas de diversas áreas do conhecimento e inten-
mento nas perspectivas da psique e possibilita a des- cionava a construção de uma psicologia geral, a qual
crição com mais precisão sobre a realidade psicológi- desejou batizar como “Psicologia Complexa”. Esta
ca. Como exemplo, o uso das imagens alquímicas, os seria em detrimento da Psicologia Analítica, sendo
mitos e os contos de fadas para ilustrar e aproximar esta idealizada como o aparato teórico para a prática
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clínica. A Psicologia Complexa consistiria na integra- junguianas, embora não instituídas: a Escola Clássica,
ção de vários campos de conhecimentos, como uma a Escola Desenvolvimentista e a Escola Arquetípica.
roda de aprendizado sobre conhecimentos gerados Cada uma, devido a suas peculiaridades conceituais,
pelo e sobre o homem, pois tudo que é humano deve implicam em variações teóricas e práticas. A esco-
ser de interesse da psicologia e possibilita maior la Clássica é a originária, com referencia maior Carl
compreensão da alma humana. Porém, este título Gustav Jung (1875-1961), que enfatiza o Si Mesmo
não vingou, permanecendo ainda mais conhecida e a individuação. A escola Desenvolvimentista, cuja
como Psicologia Analítica (Shandasani, 2011, p.32). maior referência é Michel Fordham (1905-1995), pa-
Jung era declaradamente contra sistematizações rece complementar a partir dos estudos pioneiros da
de pensamento e escolas ditas “junguianas”, institu- psicologia infantil, recebendo influencias da psicaná-
tos que se propunham a uma “linha de produção de lise, enfatizando mais o desenvolvimento da perso-
analistas para uso imediato” (Jung, apud Shandasa- nalidade e a relação terapêutica (transferencial/con-
ni, 2011, p. 359). Desejava que suas contribuições tratransferencial). E a Escola Arquetípica, cuja maior
teóricas possibilitassem uma visão mais psicologiza- referência é James Hillman (1926-2011), enfatiza
da do mundo, mas que cada um desenvolvesse sua mais os aspectos imagéticos e mitológicos da alma,
própria forma de ver e abordar a realidade. O intuito enfocando-se no conceito de arquétipo.
de Jung era conceber sua psicologia como uma “fun- Esta sistematização foi superada por Samuels em
ção cultural”, contrabalanceando a fragmentação das 2008, quando publica um artigo “Novos desenvolvi-
ciências e possibilitar uma compreensão sintética de mentos no campo pós-junguiano”, onde reformula
todo o conhecimento (Shandasani, 2011, p. 35). sua classificação das escolas em Psicologia Analítica,
Entretanto, não foi o que de fato aconteceu, a co- atualmente são: Escola Fundamentalista, Escola Clás-
meçar pelo fracasso do próprio nome batizado por sica, Escola Desenvolvimentista e Escola Psicanalítica.
Jung de “Psicologia Complexa”. Sua teoria foi e é usa- Esta nova sistematização propõem provocações críti-
da mundo afora de forma indevida, fora de contex- cas ao enrijecimento teórico na concepção tradicional
to, sem compreensão dos verdadeiros fundamentos. de Jung (referindo-se a Escola Fundamentalista) e
Além do mais, os próprios Institutos Junguianos aca- das contribuições da psicanálise (Escola Psicanalítica).
bam por sistematizar e reproduzir o conhecimento, Também articula uma integração da Escola Arquetí-
voltando-se principalmente para a prática clínica e a pica como desdobramento teórico da Escola Clássica.
dita (e tão criticada por ele) “constrição dos comparti-
mentos” da alma humana. (Shandasani, 2011, p. 28). Como entendo agora, existem quatro escolas
de psicologia analítica pós junguianas. As
De modo geral, o que se observa é que há uma
escolas clássicas e desenvolvimentistas têm
delimitação teórica fundamental que define a abor- permanecido praticamente como eram. (...)
dagem da Psicologia Analítica. Para Samuels (1989, mas há duas novas escolas a se considerar,
p.32), ela pode ser resumidamente definida em três cada qual uma versão extrema de uma das
aspectos no campo teórico e três aspectos na prática duas escolas até aqui existentes, a clássica e a
clínica. No que tange ao aspecto teórico, temos o con- desenvolvimentista. Chamo essas duas versões
extremas de fundamentalismo junguiano e de
ceito de arquétipo, de Si-Mesmo/Self e de desenvol-
fusão junguiana com a psicanálise. (Samuels,
vimento da personalidade. No que tange ao aspecto 2008, p.5).
da prática clínica, temos a análise da transferência e
contratransferência, a ênfase na experiência simbóli- Assim, atualmente o que se observa são discerni-
ca do self e o exame de imagens muito diferenciadas. mentos entre a Escola Clássica e a Escola Desenvolvi-
O aprofundamento dos estudos da Psicologia mentista e seus respectivos desdobramentos e tam-
Analítica pelos seguidores ampliou este campo de co- bém cristalizações. Segundo Samuels (2008, p.9), as
nhecimento, de modo que é possível identificar um escolas teóricas são correções epistemológicas e crí-
desenvolvimento e diferenciação das propostas ini- ticas do trabalho de Jung, mas permanecem relacio-
ciais de Jung. Samuels propõe, em sua famosa obra nadas à tradição do pensamento, pela concordância
de revisão da literatura contemporânea da Psicologia de muitas ideias, mesmo que distantes e diferencia-
Analítica “Jung e os Pós Junguianos” (1985/1989, das. Assim, elas complementam-se e se compensam
p.32), uma clara distinção na produção de conheci- de certa forma, transformando-se em instrumentos
mento contemporâneo da Psicologia Analítica. Isto possíveis que o terapeuta da Psicologia Analítica pos-
possibilitou a delimitação teórica de três escolas sui a disposição de seu trabalho.
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As escolas e suas Perspectivas ideologias, religião, política, entre outros) as expres-
dos fenômenos Psicológicos sões simbólicas da psique coletiva. São revelações do
desenvolvimento dramático significativo da alma que
Segundo Samuels (2002), as diferenciações esco- refletem condições essencialmente humanas e univer-
lares se remetem a ambiguidade da teoria de Jung sais, fazendo com que o drama particular do indivíduo
descritas no tópico 4, que favoreceram dois eixos de contemporâneo possa ser compreendido e incorpora-
pesquisa: etiopatogênica e fenomenológica. A pri- do a um tema típico humano. A manifestação de pa-
meira preocupa-se em compreender as causas e deli- drões de comportamentos, emoções, ideias estereo-
mitar uma visão científica dos fenômenos psicológi- tipadas das psicopatologias são descritas como uma
cos. A segunda busca uma perspectiva mito-poética “inflação psíquica”, onde há um estado de “semelhan-
e metafórica dos fenômenos psicológicos. ça a Deus”. (Jung, 2007, §224). Em outro momento,
Para este autor, a Escola Desenvolvimentista enfa- sendo aprofundando-se mais na relação entre as psi-
tiza mais a pesquisa etiopatogênica. Visa os estudos copatologias e a função religiosa da alma, atesta que
dos estágios iniciais do desenvolvimento do ego pro- “os deuses tornaram-se doenças”. (Jung, 2002, §54).
posto pela teoria psicanalítica para responder o “Por Mas, se cada psicopatologia manifesta uma feno-
quê?” e “Como?” dos fenômenos psicopatológicos. menologia específica, cabe compreender qual Deus
Nestas investigações buscam compreender as causas está sendo manifesto. Segundo Hillman (1997, p.24;
dos conflitos e sintomas não somente por meio da in- 2010, p.141) a pergunta de “O que?” ou “Quem?” é
vestigação clínica das bases arquetípicas da persona- o sujeito arquetípico do adoecimento psicológico foi
lidade, como também as fases infantis do desenvolvi- a deixa de Jung e aprofundada por autores que bus-
mento do ego segundo Freud. Sendo assim, valorizam cam pela investigação fenomenológica permanecer na
os dados biográficos e a qualidade das relações trans- imagem-fantasia e descrevê-la de modo a constituir
ferenciais-contratransferenciais para identificar os uma perspectiva dos fenômenos psicológicos. Sendo
conteúdos pessoais latentes a serem conscientizados. assim, o eixo de pesquisa fenomenológico se estende
(Cardoso, 1993, p.98; Samuels, 1989, p.82; Solomon, ao trabalho hermenêutico finalista da Escola Clássica e
2002, p. 128). A perspectiva clássica de Jung, por sua se consolida mais na Escola arquetípica. Atualmente a
vez, não se propõe a investigar sobre o “por quê?” e Escola Arquetípica encontra-se integrada como campo
teórico da Escola Clássica, segundo Samuels (2008).
“como?” se deu a fragilidade egóica nas psicopatolo-
As escolas possuem metodologias diferenciadas, criam
gias. Para ele, o método redutivo-causal (psicanalíti-
campos epistemológicos e teóricos divergentes, possi-
co, de investigar as causas do adoecimento psíquico)
bilitando a explanação em diferentes áreas do conhe-
limita a perspectiva simbólica, pois reduz os sintomas
cimento. A Psicologia Analítica encontra-se, tal como
a um material infantil reprimido ou disfarçado. A
o campo da Psicopatologia, diante da diversidade teó-
abordagem de Jung se volta para a investigação do de-
rica. Samuels (1992) identifica isto e propõem a pers-
senvolvimento das bases arcaicas e coletivas da perso-
pectiva metafórica do pluralismo psíquico como uma
nalidade (arquétipos) expressas nos simbolismos da
abordagem de reconciliação dos conflitos teóricos, mas
psique. Utiliza-se do método hermenêutico sintético
sem impor uma síntese e sem perder de vista as razões
ou construtivo que encontra sentidos, significados e
e a coerência lógica nos diversos pontos de vistas teó-
finalidades nos fenômenos psicopatológicos. ricos e práticos da psique (tanto dentro da Psicologia
A perspectiva finalista-sintética leva ao entendi- Analítica como em outras perspectivas da psicologia
mento de que as doenças são desequilíbrios psíquicos profunda). O pluralismo é dado como instrumento
regidos por processos compensatórios. Estes visam a para certificar a diversidade sem a necessidade de uma
integração de aspectos inconscientes do Si-Mesmo, separação. Isto garante a unidade da abordagem da
dissociados da consciência, por meio da experiência Psicologia Analítica e sua diversidade teórica.
simbólica. Busca, então, responder o “para quê?” dos
adoecimentos psíquicos e utiliza-se de uma lógica considerações finais
“analógica”, por semelhanças, encontrando em te-
mas mitológicos e coletivos em geral semelhanças de A pluralidade de teorias da psicologia profunda e
sentidos para os conteúdos psicológicos individuais. da Psicologia Analítica reflete a inerente característi-
(Cardoso, 1993, p.24; Solomon, 2002, p.129). ca plural da psique: é como um mosaico, composta de
A perspectiva simbólica desenvolvida por Jung diversas vozes internas, imagens, complexos, dein-
encontra nos mitos e conteúdos coletivos (a arte, tegrados, subpersonalidades, objetos internos, etc.
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O paradigma do pluralismo esclarece as questões de fisiológica do humano, e visa direcionar para o pre-
unidade e multiplicidade da psicologia profunda, da sente e futuro. Apresenta diferentes perspectivas
dinâmica psicológica, da fragmentação das teorias e metodológicas de investigação, fornecendo ao estu-
dos aspectos psíquicos como inerentes da própria psi- dioso do campo uma ampla possibilidade de técnicas
que. Desta forma, não há razão para cisão, a multipli- e teorias. Neste campo teórico plural coexistem pos-
cidade é característica ontológica da psique. Samuels sibilidades diversas de compreensão dos fenômenos
(1992, p.6) alerta que os debates e conflitos revelam psicológicos, seja pela visão redutiva ou prospectiva,
necessidades profundas de contato e diálogo. pela ênfase nos conteúdos simbólicos arquetípicos
Sendo assim, apesar das diferentes escolas teóri- ou pela compreensão biográfica e genética da psi-
cas, é possível conceber que de modo geral, a con- que individual. A perspectiva simbólica possibilita
tribuição da perspectiva psicogênica e simbólica da o aprofundamento na compreensão de sentidos e
Psicologia Analítica eleva o entendimento dos fe- significados dos fenômenos psicopatológicos dife-
nômenos psicológicos para além da materialidade renciando-se da prática convencional da psiquiatria.

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Recebido: 30/09/2017 / Corrigido: 19/11/2017 / Aprovado: 21/11/2017

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