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São Paulo
15/10/2019
Sumário
Introdução ............................................................................................................ 3
Objetivos ............................................................................................................... 5
Parte 1 ................................................................................................................... 6
Parte 2 ................................................................................................................. 10
Conclusão ............................................................................................................ 17
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Introdução
Os metais são a classe de elementos químicos com forte tendência a ceder
elétrons. Essa tendência pode ser avaliada por sua eletropositividade, que indica a
facilidade que o metal tem para doar seus elétrons. Quanto mais eletropositivo for o
metal, mais reativo ele será, isto é, maior será sua tendência ou facilidade em se tornar
um íon positivo. Por exemplo, colocando-se uma barra de ferro em uma solução de
sulfato de cobre II, de coloração azul, verifica-se após algum tempo, que a lâmina de
ferro fica recoberta por uma camada de metal de tom avermelhado (o cobre). Por
outro lado, a solução passa de tom azul para um tom amarelado (solução de sulfato de
ferro II). Ocorre, pois, uma reação química que pode ser representada pela seguinte
equação:
Uma vez que em solução aquosa os íons que entram na formação dos sais
encontram-se dissociados, poderíamos representar essa equação na forma iônica,
ficando:
𝐹𝑒( ) + 𝐶𝑢( ) + 𝑆𝑂 ( ) ⟶ 𝐹𝑒( ) + 𝑆𝑂 ( ) + 𝐶𝑢( )
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O sistema anterior pode ser representado pela seguinte equação química:
𝐾 > 𝑁𝑎 > 𝐿𝑖 > 𝐶𝑎 > 𝑀𝑔 > 𝐴𝑙 > 𝑍𝑛 > 𝐹𝑒 > 𝑁𝑖 > 𝑃𝑏 > 𝑯 > 𝐶𝑢 > 𝐻𝑔 > 𝐴𝑔 > 𝑃𝑡 > 𝐴𝑢
Qualquer metal dessa fila pode ceder elétrons a cátions de outro metal
colocado à sua direita. Dessa forma, temos condições de prever, dentro de certos
limites, quando reações químicas de deslocamento podem ocorrer e, particularmente,
as reações de deslocamento em que os metais estão envolvidos.
Por exemplo, olhando a fila de reatividade acima, podemos concluir que as
reações:
𝑍𝑛 + 𝐻𝑔𝑆𝑂 ⟶ 𝑍𝑛𝑆𝑂 + 𝐻𝑔
e
𝐹𝑒 + 𝐶𝑢𝐶𝑙 ⟶ 𝐹𝑒𝐶𝑙 + 𝐶𝑢
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São possíveis, pois o zinco está à esquerda do mercúrio, enquanto o ferro está à
esquerda do cobre.
Já a reação dado por:
O hidrogênio, apesar de não ser um metal, está nessa fila porque ele forma os
ácidos e, dessa maneira, podemos prever o caso particular de reações de metais com
ácidos (veja a posição do hidrogênio na fila).
Exemplo:
𝑀𝑔 + 2𝐻𝐶𝑙 ⟶ 𝑀𝑔𝐶𝑙 + 𝐻 ↗
Objetivos
O objetivo do experimento foi o de verificar o uso da fila de reatividade dos
metais para previsão de reações de deslocamento envolvendo metais e entre metais e
o hidrogênio nos ácidos, como também, obter dados que permitam comprovar, na
prática, a sequência da fila de reatividade, comparando com as disponíveis nas
literaturas que tratam do assunto.
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Materiais e reagentes
- Tubos de ensaio.
- Estantes para tubos de ensaio.
- Pipetas de 10 mL.
- Ácido clorídrico 10% (HCl).
- Magnésio metálico em aparas.
- Alumínio metálico em aparas (Al).
- Zinco metálico em aparas (Zn).
- Prego de ferro (Fe).
- Cobre metálico em fragmentos (Cu).
- Sulfato de cobre 5% (𝐶𝑢𝑆𝑂 ( ) ).
Parte 1
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1.2 - Resultados e discussões para a parte 1 do experimento
ácido clorídrico.
ácido clorídrico.
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Adicionando um prego de ferro à solução, notamos um acúmulo de uma
pequena quantidade de bolhas na superfície do prego, que também deve ser atribuída
à liberação do gás hidrogênio na reação, de acordo com a seguinte equação:
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1.2.d – Zinco adicionado à solução
de ácido clorídrico.
𝑍𝑛 + 2𝐻𝐶𝑙 ⟶ 𝑍𝑛𝐶𝑙 + 𝐻 ↗
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Adicionando aparas de magnésio metálico à solução de ácido clorídrico,
verificamos uma reação muito rápida, com notável liberação de calor, e cujo magnésio
adicionado foi rapidamente consumido.
De acordo com as características das reações, como velocidade, liberação de
temperatura, liberação de borbulhas (gás hidrogênio), podemos ordenar os metais,
por ordem crescente de reatividade, por:
𝑀𝑔 > 𝑍𝑛 > 𝐴𝑙 > 𝐹𝑒 > 𝐶𝑢
Maior reatividade
Parte 2
2.1 - Procedimento experimental da parte 2
Nessa etapa, fomos adicionando aparas dos metais zinco, cobre, magnésio e
alumínio em tubos de ensaio com aproximadamente 3 mL de soluções aquosas de
sulfato de zinco, sulfato de cobre, sulfato de magnésio, cloreto de sódio e nitrato de
magnésio. Depois de alguns minutos, analisamos os sistemas resultantes, verificando a
ocorrência ou não de reações, bem como a velocidade com que essas reações
ocorriam, possibilitando-nos obter dados mais escalonados, auxiliando-nos na tarefa
de comparação da reatividade dos diferentes metais utilizados.
de sulfato de cobre.
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Ao adicionar aparas de zinco na solução de sulfato de cobre, notamos um
pequeno depósito de cobre sobre as aparas de zinco e também no fundo do tubo de
ensaio. Olhando a fila de reatividade concluímos que a reação era previsível, pois o
zinco é mais reativo que o cobre.
A reação pode ser equacionada da seguinte forma:
de sulfato de zinco.
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2.2.c: Aparas de magnésio em solução de sulfato de cobre
de sulfato de magnésio.
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Adicionando cobre à solução de sulfato de magnésio, não notamos ocorrência
de reação química. De fato, analisando a fila de reatividade, o cobre estando à direita
do magnésio não o desloca, portanto não ocorre a reação.
cloreto de sódio.
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Adicionando aparas de alumínio à solução de cloreto de sódio, não observamos
indicação de reação química. Novamente podemos usar a fila de reatividade para
explicar a ausência de reação química, pois o alumínio, assim como o zinco, encontra-
se à direita do sódio na fila de reatividade.
de cloreto de sódio.
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Ao adicionar magnésio à solução de nitrato de prata, notamos ocorrência de
reação química, com uma pequena liberação de calor e escurecimento da solução, que
era antes incolor. Como o magnésio está à esquerda da prata na fila de reatividade, era
natural a ocorrência da reação química, que pode ser representada pela seguinte
equação química:
nitrato de prata.
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2.2.j: Aparas de alumínio em solução de nitrato de prata
nitrato de prata.
Maior reatividade
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Conclusão
Nesse experimento, pudemos comprovar, na prática, as diferenças de
reatividade dos metais. Vimos, por exemplo, que enquanto o magnésio tem uma forte
tendência a reagir, provocando reações rápida e virtuosas, o cobre e a prata tem
pouca tendência a reagir, podendo ser “deslocado” de seus compostos por elementos
mais reativos como o magnésio ou o zinco. Essa característica de baixa reatividade
explica a denominação de nobres para esses metais, pois, não tendo tendência
acentuada à reação, tenderá a se conservar, mantendo suas características nos
produtos deles confeccionados.
Podemos acrescentar, ainda, que os resultados obtidos combinaram
perfeitamente com o que esperávamos da abordagem teórica do assunto, fazendo
exceção, somente, à ausência de reação para o caso do alumínio adicionado o nitrato
de prata, conforme explicado no item 2.2.j.
Referências Bibliográficas
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