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ACÓRDÃO
Documento: 1723821 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 31/08/2018 Página 2 de 6
Superior Tribunal de Justiça
RECURSO ESPECIAL Nº 1.733.370 - GO (2018/0002529-8)
RELATÓRIO
Em suas razões (fls. 288-307 e-STJ), o ora recorrente alega violação dos arts. 4º,
§ 1º, da Lei nº 9.307/1996 (Lei de Arbitragem), 489 e 1.022, II, do Código de Processo Civil de
2015 (CPC/2015) e 5º, XXXIV, "a", da Constituição Federal.
Aduz que não pode ser obrigado a submeter o litígio ao juízo arbitral, pois a
cláusula compromissória não foi inserida na escritura pública de compra e venda do imóvel
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Superior Tribunal de Justiça
situado no condomínio ora recorrido. Por conseguinte, pondera que "não basta constar da
Convenção Condominial a cláusula arbitral" (fl. 297 e-STJ).
Acrescenta que não devem ser aplicados os arts. 1.333 do Código Civil de 2002 e
9º da Lei nº 4.591/1964, pois "estas são normas de direito material, que estabelecem a
convenção do Condomínio" (fl. 306 e-STJ).
É o relatório.
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Superior Tribunal de Justiça
RECURSO ESPECIAL Nº 1.733.370 - GO (2018/0002529-8)
VOTO-VENCIDO
1. Breve histórico
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Superior Tribunal de Justiça
arbitragem abre a possibilidade para que os conflitos de natureza privada sejam
resolvidos com economia e celeridade.
No sistema brasileiro, a convenção de arbitragem pode se
manifestar de duas formas, através da cláusula compromissória e do
compromisso arbitral. (...)
Na espécie, a Cláusula n° 80 da Convenção Única dos
Condomínios Housing Alphaville Flamboyant 1, 2 e 3 prevê, expressamente, que
os conflitos envolvendo o condomínio, no polo ativo e passivo, serão resolvidos de
forma definitiva, via conciliatória ou arbitral, na 2ª Corte de Conciliação e
Arbitragem de Goiânia/GO, ad litteram: (...)
Assim sendo, reportando-se as partes a uma instituição arbitral,
como no presente caso, estar-se-á diante de cláusula compromissória cheia, que
contempla a arbitragem, devendo incidir as regras do referido órgão, não
necessitando da intervenção do Judiciário.
Com efeito, ao submeterem a resolução de eventual litígio à
arbitragem regida pela 2ª Corte de Conciliação e Arbitragem de Goiânia/GO (f.
147), o regulamento previsto no regimento interno destas instituições passaram a
compor o conteúdo da convenção de arbitragem e a instauração da instância
deverá ocorrer de acordo com as normas nele contidas.
In casu, não obstante a resistência do autor/agravado APARECIDO
BARRIOS COSTA em se submeter ao juízo arbitral, dispensasse, como dito, a
intervenção do Poder Judiciário para a instituição da arbitragem, incidindo a
norma inserta no artigo 5º da Lei federal nº 9.307/96. (...)
Logo, se a convenção condominial encontra-se registrada em
cartório, de forma a torná-la válida perante terceiros, conforme determinação
legal, nenhum condômino poderá ignorá-la ou alegar desconhecê-la.
Neste contexto, sobreleva salientar que a convenção de f. 52/147,
foi devidamente registrada no Registro de Imóveis da 4ª Circunscrição da
comarca de Goiânia/GO, o que lhe conferiu efeitos erga omnes, e, portanto,
oponível contra terceiros e futuros proprietários das unidades residenciais, como
o agravado. (...)
Conclui-se, portanto, que as normas estabelecidas em convenção
de condomínio, após terem sido regularmente aprovadas, independem de
aquiescência ou manifestação de vontade expressa do condômino acerca de
suas cláusulas" (fls. 198-216 e-STJ).
Nesse sentido:
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"PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. PRECATÓRIO. ACORDO HOMOLOGADO
PELO JUIZ DA CENTRAL DE CONCILIAÇÃO (CEPREC). INTERPRETAÇÃO
RESTRITIVA. VIOLAÇÃO DO ART. 535 DO CPC/73. NÃO OCORRÊNCIA.
REVISÃO DE FATOS E PROVAS. IMPOSSIBILIDADE.
I - Não havendo, no acórdão recorrido, omissão, obscuridade ou contradição,
não fica caracterizada ofensa ao art. 535 do Código de Processo Civil de
1973.
II - Hipótese em que o Tribunal de origem amparou-se inteiramente na análise
das provas dos autos. Rever tal entendimento implica reexame da matéria
fático-probatória, o que é vedado em recurso especial.
Enunciado n. 7 da Súmula do STJ.
III - Agravo interno improvido."
(AgInt no REsp 1.659.253/MG, Rel. Ministro FRANCISCO FALCÃO, SEGUNDA
TURMA, julgado em 21/11/2017, DJe 27/11/2017 - grifou-se)
De acordo com o art. 105, inciso III, da CF/1988, não compete a esta Corte o
exame de dispositivos constitucionais, ainda que para fins de prequestionamento, sob pena de
invasão da competência atribuída ao Supremo Tribunal Federal.
A propósito:
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notificação formal pelo condomínio. Isso porque, segundo argumenta, adquiriu a unidade
habitacional após a instituição do condomínio, ou seja, depois da deliberação e aprovação da
convenção condominial.
Além disso, a Lei nº 9.307/1996 preceitua que "as pessoas capazes de contratar
poderão valer-se de arbitragem para dirimir litígios relativos a direitos patrimoniais disponíveis"
(art. 1º, caput), não havendo, portanto, nenhuma restrição específica para a sua aplicabilidade
no âmbito dos conflitos condominais.
Veja-se a doutrina:
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- Divergências entre o síndico e os condôminos ou dos
condôminos uns com os outros
- Interpretação de cláusulas da convenção condominial
- Despesas condominiais". (SODRÉ, Antônio. Curso de direito
arbitral. J. H. Mizuno: 2008, pág. 39 - grifou-se)
No mesmo sentido, Luiz Antônio Scavone Junior leciona que "parece evidente que
a convenção pode conter cláusula arbitral e, se contiver, os conflitos entre os condôminos e o
condomínio deverão ser dirimidos pela jurisdição arbitral" (Direito imobiliário - 11ª edição. Rio de
Janeiro: Forense, 2016, pág. 929).
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aos termos da cláusula arbitral prevista em negócio jurídico do qual não participou (convenção).
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"RECURSO ESPECIAL. CLÁUSULA COMPROMISSÓRIA VEICULADA EM
DOCUMENTO APARTADO DO INSTRUMENTO CONTRATUAL SUBJACENTE
(MEIO EPISTOLAR). APOSIÇÃO DE ASSINATURA NO DOCUMENTO.
DESNECESSIDADE. ANUÊNCIA INEQUÍVOCA SOBRE A CONVENÇÃO DE
ARBITRAGEM. RECONHECIMENTO. DISPOSIÇÃO CONTRATUAL QUE
DELEGA A TERCEIRO A SOLUÇÃO DE ESPECÍFICA CONTROVÉRSIA (VALOR
DA PARTICIPAÇÃO ACIONÁRIA A SER ADQUIRIDA), CUJA DECISÃO SERIA
FINAL, DEFINITIVA E ACATADA PELAS PARTES. CLÁUSULA
COMPROMISSÓRIA, AINDA QUE VAZIA, APTA A SUBTRAIR DO PODER
JUDICIÁRIO O JULGAMENTO DA QUESTÃO. EFEITO NEGATIVO.
OBSERVÂNCIA. PRETENSÃO ACERCA DO CUMPRIMENTO DA OBRIGAÇÃO
ASSUMIDA. RESISTÊNCIA DA PARTE DEMANDADA. INEXISTÊNCIA.
EXTINÇÃO DO PROCESSO, SEM JULGAMENTO DE MÉRITO. NECESSIDADE.
RECURSO PROVIDO.
1. Sob o aspecto formal, a única exigência tecida pela lei de regência para o
estabelecimento da convenção de arbitragem, por meio de cláusula
compromissória - em não se tratando de contrato de adesão -, é que esta se
dê por escrito, seja no bojo do próprio instrumento contratual, seja em
documento apartado. O art. 4º da Lei n. 9.307/96 não especifica qual seria
este documento idôneo a veicular a convenção de arbitragem, não se
afigurando possível ao intérprete restringir o meio eleito pelas partes,
inclusive, v.g., o meio epistolar. Evidenciada a natureza contratual da
cláusula compromissória (autônoma em relação ao contrato subjacente),
afigura-se indispensável que as partes contratantes, com ela, consintam.
1.1 De se destacar que a manifestação de vontade das partes contratantes,
destinada especificamente a anuir com a convenção de arbitragem, pode se dar,
de igual modo, de inúmeras formas, e não apenas por meio da aposição das
assinaturas das partes no documento em que inserta. Absolutamente possível,
por conseguinte, a partir do contexto das negociações entabuladas entre as
partes, aferir se elas, efetivamente, assentiram com a convenção de arbitragem.
2. Por meio da cláusula compromissória, as partes signatárias ajustam convenção
de arbitragem para solver eventuais conflitos de interesses, determinados ou não,
advindos de uma relação contratual subjacente, cuja decisão a ser prolatada
assume eficácia de sentença judicial. Desse modo, com esteio no princípio da
autonomia da vontade, os contratantes elegem um terceiro - o árbitro, que pode
ser qualquer pessoa que detenha, naturalmente, a confiança das partes -, para
dirimir, em definitivo, a controvérsia a ele submetida. Como método alternativo de
solução de litígios, o estabelecimento da convenção de arbitragem produz, de
imediato, dois efeitos bem definidos. O primeiro, positivo, consiste na submissão
das partes à via arbitral, para solver eventuais controvérsias advindas da relação
contratual subjacente (em se tratando de cláusula compromissória). O segundo,
negativo, refere-se à subtração do Poder Judiciário em conhecer do conflito de
interesses que as partes tenham reservado ao julgamento dos árbitros. (...)
4. Recurso especial provido, para extinguir o processo sem julgamento de mérito".
(REsp 1.569.422/RJ, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, TERCEIRA
TURMA, julgado em 26/4/2016, DJe 20/5/2016 - grifou-se)
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modo, se o novo condômino manifesta-se no sentido de não se submeter à arbitragem,
acionando, por exemplo, o órgão do Poder Judiciário competente, é ineficaz a cláusula
compromissória por ausência de consentimento.
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Janeiro: Renovar, 2009, pág. 1.018 - grifou-se)
5. Do dispositivo
É o voto.
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CERTIDÃO DE JULGAMENTO
TERCEIRA TURMA
Relator
Exmo. Sr. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA
Presidente da Sessão
Exmo. Sr. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE
Subprocuradora-Geral da República
Exma. Sra. Dra. LINDÔRA MARIA ARAÚJO
Secretária
Bela. MARIA AUXILIADORA RAMALHO DA ROCHA
AUTUAÇÃO
RECORRENTE : APARECIDO BARRIOS COSTA
ADVOGADOS : APARECIDO BARRIOS COSTA (EM CAUSA PRÓPRIA) E OUTROS -
GO013881
ANTÔNIO BALIAN - GO016824
DIOGO DA SILVA LIMA - GO031313
ULISSES SILVA DA COSTA - GO038001
RECORRIDO : CONDOMINIO HOUSING FLAMBOYANT
ADVOGADO : IDELCIO RAMOS MAGALHÃES E OUTRO(S) - GO030283
CERTIDÃO
Certifico que a egrégia TERCEIRA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na
sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:
Após o voto do Sr. Ministro Ricardo Villas Bôas Cueva, dando provimento ao recurso
especial, pediu vista, antecipadamente, o Sr. Ministro Moura Ribeiro. Aguardam os Srs. Ministros
Marco Aurélio Bellizze (Presidente) e Paulo de Tarso Sanseverino. Ausente, justificadamente, a
Sra. Ministra Nancy Andrighi.
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RECURSO ESPECIAL Nº 1.733.370 - GO (2018/0002529-8)
RELATOR : MINISTRO RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA
RECORRENTE : APARECIDO BARRIOS COSTA
ADVOGADOS : APARECIDO BARRIOS COSTA (EM CAUSA PRÓPRIA) E
OUTROS - GO013881
ANTÔNIO BALIAN - GO016824
DIOGO DA SILVA LIMA - GO031313
ULISSES SILVA DA COSTA - GO038001
RECORRIDO : CONDOMINIO HOUSING FLAMBOYANT
ADVOGADO : IDELCIO RAMOS MAGALHÃES E OUTRO(S) - GO030283
EMENTA
VOTO-VENCEDOR
O recurso especial interposto por APARECIDO, com base no art. 105, III,
a, da Constituição Federal, sustenta violação dos arts. 4º, § 1º, da Lei nº 9.307/96 (Lei de
Arbitragem); e 489 e 1.022, II, do NCPC, sob o argumento de (1) negativa de prestação
jurisdicional; e, (2) invalidade de cláusula compromissória que, embora conste na
Convenção Condominial, depende de notificação formal a ser realizada pelo condomínio e
com a anuência específica do condômino, o que não ocorreu na hipótese.
Após mencionado voto, pedi vista dos autos para melhor analisar a
questão da validade da cláusula compromissória arbitral prevista em convenção do
condomínio e a sua eficácia em relação aos novos condôminos.
A arbitragem, por sua vez, surge como ferramenta trazida pela Lei nº
9.307/96, hábil a proporcionar celeridade, segurança e sigilo na busca dos conflitos que
podem ser condominiais e pacificação desse mesmo grupo condominial. Nesse sentido,
Documento: 1723821 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 31/08/2018 Página 18 de 6
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pode se manifestar de duas formas, quais sejam, por meio de cláusula compromissória –
para dirimir futuras divergências (caso dos autos) – e do compromisso arbitral – os
interessados submetem o litígio já existente ao juízo arbitral.
Art. 1.334. Além das cláusulas referidas no art. 1.332 e das que os
interessados houverem por bem estipular, a convenção
determinará:
I - a quota proporcional e o modo de pagamento das contribuições
dos condôminos para atender às despesas ordinárias e
extraordinárias do condomínio;
II - sua forma de administração;
III - a competência das assembleias, forma de sua convocação e
quorum exigido para as deliberações;
IV - as sanções a que estão sujeitos os condôminos, ou
possuidores;
V - o regimento interno.
§ 1º A convenção poderá ser feita por escritura pública ou por
instrumento particular.
§ 2º São equiparados aos proprietários, para os fins deste artigo,
salvo disposição em contrário, os promitentes compradores e os
cessionários de direitos relativos às unidades autônomas.
Confiram-se, ainda:
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PARA OS CONDÔMINOS. PRECEDENTES. ALEGAÇÃO
MANIFESTAMENTE INFUNDADA. LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ.
MULTA. CPC, ARTS. 17/18. RECURSO NÃO CONHECIDO.
I - A convenção de condomínio não registrada tem validade para
regular as relações entre as partes, não podendo o condômino, por
esse fundamento, recusar-se ao seu cumprimento.
(REsp 270.232/SP, Rel. Ministro SÁLVIO DE FIGUEIREDO
TEIXEIRA, Quarta Turma, julgado em 5/10/2000, DJ 20/11/2000)
Posta assim a questão, evidente que, mesmo aqueles que não firmaram
a convenção por ocasião da instituição do condomínio, ficam subordinados ao que nela
ficou estabelecido, até em razão da ampla possibilidade de consultar o seu teor antes de
adquirir a unidade, em função da necessária publicidade que lhe é dada pelo Cartório de
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Registro de Imóveis.
Em voto de minha relatoria, julgado por essa eg. Terceira Turma, faço
referência a 2 (dois) julgados desta Corte para ressaltar a natureza estatutária e normativa
da convenção de condomínio:
Documento: 1723821 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 31/08/2018 Página 25 de 6
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recorrentes não poderiam ter promovido o ajuizamento da presente
ação de obrigação de fazer nesta sede, em desobediência à
cláusula compromissória firmada contratualmente entre as partes.
7. Pela cláusula compromissória entabulada, as partes
expressamente elegeram Juízo Arbitral para dirimir qualquer
pendência decorrente do instrumento contratual, motivo pela qual
inviável que o presente processo prossiga sob a jurisdição estatal.
8. Recurso especial conhecido e não provido (REsp 1.694.826/GO,
Relatora Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, j.
7/11/2017, DJe 13/11/2017).
Documento: 1723821 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 31/08/2018 Página 26 de 6
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CERTIDÃO DE JULGAMENTO
TERCEIRA TURMA
Relator
Exmo. Sr. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA
Presidente da Sessão
Exmo. Sr. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE
Subprocurador-Geral da República
Exmo. Sr. Dr. OSNIR BELICE
Secretária
Bela. MARIA AUXILIADORA RAMALHO DA ROCHA
AUTUAÇÃO
RECORRENTE : APARECIDO BARRIOS COSTA
ADVOGADOS : APARECIDO BARRIOS COSTA (EM CAUSA PRÓPRIA) E OUTROS -
GO013881
ANTÔNIO BALIAN - GO016824
DIOGO DA SILVA LIMA - GO031313
ULISSES SILVA DA COSTA - GO038001
RECORRIDO : CONDOMINIO HOUSING FLAMBOYANT
ADVOGADO : IDELCIO RAMOS MAGALHÃES E OUTRO(S) - GO030283
CERTIDÃO
Certifico que a egrégia TERCEIRA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na
sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:
Prosseguindo no julgamento, após o voto-vista do Sr. Ministro Moura Ribeiro,
divergindo do voto do Sr. Ministro Relator, a Terceira Turma, por maioria, negou provimento ao
recurso especial, nos termos do voto do Sr. Ministro Moura Ribeiro, que lavrará o acórdão.
Vencido o Sr. Ministro Ricardo Villas Bôas Cueva. Votaram com o Sr. Ministro Moura Ribeiro os
Srs. Ministros Marco Aurélio Bellizze (Presidente), Nancy Andrighi e Paulo de Tarso Sanseverino.
Documento: 1723821 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 31/08/2018 Página 27 de 6