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OPERAÇÃO E NEM 2
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LINGUAGENS E C
ÓDIGOS
COMUNICAÇÃO E LINGUAGEM
(26/10/2016 às 19h)
Brasil tem cinco línguas indígenas com mais de 10 mil falantes
Cinco das mais de 150 línguas indígenas faladas no Brasil têm mais de 10 mil
falantes, segundo dados do Censo de 2010, do Instituto Brasileiro de Geogra a e Estatística
(IBGE). De acordo com o Censo, que leva em consideração pessoas com mais de 5 anos de
idade que usam o idioma em seu próprio domicílio, as línguas mais usadas no Brasil são o
tikuna (com 34 mil falantes), o guarani kaiowá (com 26,5 mil), o kaingang (22 mil), o xavante
(13,3 mil) e o yanomami (12,7 mil).
Dessas cinco, três (tikuna, guarani kaiowá e yanomami) têm ainda mais falantes do
que o divulgado pelo Censo do IBGE, já que são usadas também por indígenas que vivem
em países vizinhos, como Paraguai, Colômbia e Venezuela.
Mais sete idiomas superam a marca de 5 mil falantes no Brasil: guajajara (9,5 mil),
sateré-mawé (8,9 mil), terena (8,2 mil), nheengatu ou língua geral amazônica (7,2 mil),
tukano (7,1 mil), kayapó (6,2 mil) e makuxi (5,8 mil). Se o guarani nhandeva (com 5,4 mil
falantes) e o guarani mbya (5,3 mil) forem considerados línguas distintas do kaiowá, o
número chega a nove.
Assim como no caso do guarani, nem sempre é fácil determinar quantas línguas
existem no Brasil, já que isso varia de acordo com os critérios usados para de nir o que é
um idioma e o que é um dialeto. O especialista Wilmar da Rocha D'Angelis, da Universidade
Estadual de Campinas (Unicamp), estima um número entre 150 e 160.
O site Ethnologue.com, um banco de dados das línguas faladas no mundo, cita 170
ainda faladas. Já o Laboratório de Línguas e Literaturas Indígenas da Universidade de
Brasília (UnB) lista, em seu site, 199.
O Brasil é um repositório de grande variedade de línguas. O país é berço de pelo
menos dois grandes troncos linguísticos: o tupi e o macro-jê. Troncos são a unidade mais
ampla da linguística, que reúnem famílias de idiomas com uma mesma origem.
Línguas de um mesmo tronco podem apresentar diferenças enormes entre si. O
português pertence, por exemplo, ao tronco linguístico indo-europeu, o mesmo que o hindi
(falado na Índia) e o curdo (falado no Iraque, na Síria e Turquia).
Além desses dois troncos, há várias famílias linguísticas (não pertencentes a
nenhum tronco especí co), como a aruak, a karib, a pano e a tukano, e também línguas
isoladas (que não têm nenhuma língua similar hoje no mundo), como um dos mais
populares idiomas indígenas brasileiros: o tikuna.
“A forma [do continente sul-americano] favoreceu a entrada de diversas migrações
vindas do norte, mas praticamente bloqueou-lhes a saída. Isso fez, dessa parte da América,
uma espécie de laboratório linguístico, do qual ainda há muito por conhecer”, a rma
D'Angelis.
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Em meio a tanta variedade, o linguista destaca algumas singularidades encontradas
em idiomas indígenas, como uma língua de sinais (usada pelos Urubu Kaapor), a
comunicação por assovios na língua pirahã e línguas tonais (que usam o tom para dar
diferentes signi cados à mesma palavra), como o tikuna e o suruí.
D'Angelis também destaca que alguns fatos linguísticos foram observados pela
primeira vez em idiomas indígenas da América do Sul: como a existência de duas formas
para 1ª pessoa do plural (uma que inclui o interlocutor, e outra que o exclui) em muitas
línguas tupi-guarani.
“Vale dizer que muitos estudos de línguas indígenas brasileiras e pesquisadores brasileiros
são referência em discussões teóricas da linguística, embora poucos trabalhem no
desenvolvimento de teorias linguísticas a partir de fatos novos e desa os trazidos pelo
conhecimento de línguas indígenas”, a rma.
Texto publicado em Portal EBC, por Vitor Abdala Edição:Lílian Beraldo em 11/12/14 12h52 e atualizado
em 07/07/16 14h25. Disponível em
<http://www.ebc.com.br/cultura/2014/12/brasil-tem-cinco-linguas-indigenas-com-mais-de-10-mil-falan
tes>.
1) Nos textos em geral, é comum a manifestação simultânea de várias funções da linguagem,
com o predomínio, entretanto, de uma sobre as outras. No fragmento da crônica Desabafo, a
função da linguagem predominante é a emotiva ou expressiva, pois:
A. o discurso do enunciador tem como foco o próprio código.
B. a atitude do enunciador se sobrepõe àquilo que está sendo dito.
C. o interlocutor é o foco do enunciador na construção da mensagem.
D. o referente é o elemento que se sobressai em detrimento dos demais.
E. o enunciador tem como objetivo principal a manutenção da comunicação.
2) A partir do exposto no texto é possível a rmar que:
A. A autora emite uma opinião forte sobre a necessidade de conversação das línguas
indígenas.
B. A autora emite uma opinião forte contrária ao discurso da necessidade de
conservação das línguas indígenas.
C. A autora evidencia sua visão de que algumas línguas indígenas faladas no Brasil não
são necessariamente brasileiras, pois são também faladas no Paraguai, Colômbia e
Venezuela e, portanto, sua conservação não deve ser uma preocupação nacional.
D. O texto informa que o Brasil a pluralidade de línguas indígenas ainda hoje faladas no
Brasil.
E. O texto informa que o Brasil foi um país bastante plural, mas isso em breve deve
acabar.
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3) Embora o objetivo da comunicação seja sempre a sua efetivação, por vezes ela não é
possível. Leia a tirinha de Hagar e procure identi car o(s) elemento(s) que causaram esse
mal-entendido.
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4) Quando pensamos na modalidade escrita da língua portuguesa, geralmente a primeira ideia
que nos vem à mente é a necessidade de apagamento de quaisquer marcas de oralidade.
Sendo assim, essas duas modalidade de uso da língua são como água e óleo. Não se
misturam. No entanto, existem aqueles que subvertem a essa ordem geral. Assim, leia o
trecho do texto Ponciá Vicêncio de Conceição Evaristo, publicado em 2003. Após, assinale a
alternativa que evidencia a relação estabelecida entre oralidade e escrita no texto da autora:
só então se assustou com a coragem que tivera. Resolvera tudo tão rápido. Havia arrumado
suas poucas coisas de sopetão e, num repente, comunicou logo a mãe a decisão de partir.
Tinha de ser breve, muito breve. Não podia car ensaiando despedidas. O trem partiria no
outro dia cedo. Se perdesse aquele, só daí a alguns tantos dias, quase um mês.
A. Esse texto possui muitos problemas de ordem sintática.
B. A opção da autora pela apresentação de marcas de oralidade acaba impossibilitando
a leitura do texto.
C. Existe uma grande necessidade de revisão desse texto e adequação a língua escrita.
D. A opção da autora pela apresentação de marcas de oralidade remete ao seu próprio
fazer literário muito relacionado com as manifestações orais da literatura negra.
E. A autora opta por essa modalidade em sua escrita, pois busca se aproximar de um
público mais jovem.
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Existem diversas variações, como, por exemplo, a social, regional e etária, da língua
portuguesa, que são, bastante comumente, aproveitadas pela literatura. Nesse sentido, leia
o trecho do conto Negro Bonifácio de João Simões Lopes Neto.
Se o negro era maleva? Cruz! Era um condenado!... mas, taura, isso era, também! Quando
houve a carreira grande, do picaço do major Terêncio e o tordilho do Nadico ( lho do
Antunes gordo, um que era rengo), quando houve a carreira, digo, foi que o negro mostrou
mesmo pra o que prestava...; mas foi caipora.
Escuite.
A Tudinha era a chinoca mais candongueira que havia por aqueles pagos. Um cajetilha da
cidade duma vez que a viu botou-lhe uns versos mui lindos — pro caso — que tinha um que
dizia que ela era uma
“............................................... chinoca airosa,
Lindaça como o sol, fresca como uma rosa!...
E o sujeito quis retouçar, porém ela negou-lhe o estribo, porque já trazia mais de quatro pelo
beiço, que eram dali, da querência, e aquele tal dos versos era teatino...
Alta e delgada, parecia assim um jerivá ainda novinho, quando balança a copa verde tocada
de leve por um vento pouco, da tarde. Tinha os pés pequenos e as mãos mui bem torneadas;
cabelo cacheado, as sobrancelhas nas, nariz alinhado. Mas o rebenqueador, o
rebenqueador..., eram os olhos!...
5) Sobre o uso de marcas regionais é possível a rmar que:
A. empobrece o texto, pois não se utiliza da língua padrão.
B. impossibilita a compreensão do texto.
C. é um traço estilística que situa o leitor no contexto (espaço-tempo) de produção do
texto.
D. é um traço estilístico, mas que limita o texto, uma vez que apenas quem reside no
RIo Grande do Sul é capaz de entendê-lo.
E. é um traço estilístico, mas deve ser evitado para assegurarmos o bom uso da língua
portuguesa.
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Leia os dois poemas que seguem para responder as questões 6 e 7.
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6) A partir da leitura dos poemas é possível a rmar que a função da linguagem que predomina
em ambos é:
A. emotiva, pois o eu-lírico de ambos transmite suas emoções e sentimentos.
B. emotiva no texto II e poética do texto I.
C. emotiva no texto I e poética no texto II.
D. poética, pois o texto se centra na própria mensagem.
E. metalinguística.
7) Existe um relação entre ambos os textos. Podemos dizer que essa relação é:
A. contextual, pois ambos foram escritos em períodos próximos.
B. contextual, pois ambos visam criticar determinado período histórico.
C. intertextual, pois um se apropria do outro com o intuito de ressigni cá-lo.
D. intertextual, pois ambos têm a mesma temática: os anjos.
E. intra-textual, pois ambos utilizam palavras pertencentes a um mesmo campo
semântico.
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Leia essa campanha publicitária para responder as questões 8 e 9.
8) É possível a rmar que a função da linguagem que predomina nessa propaganda é:
A. a poética, pois busca re etir sobre a beleza da cultura indígena.
B. a conativa, pois visa convencer o destinatário a uma mudança de hábito.
C. a conativa, pois toda a tem a domínio da função conativa.
D. a referencial, pois é um texto usado para apresentar informações.
E. a emotiva, pois o foco da mensagem é o receptor.
9) Essa propaganda, que tem o objetivo de conscientização sobre a população indígena,
estabelece uma relação com um evento da história atual do país. O impeachment do
presidente do Brasil na época, Fernando Collor de Mello. O movimento baseou-se nas
denúncias de corrupção que pesaram contra o presidente e, ainda, em suas medidas
econômicas impopulares, e contou com a adesão de milhares de jovens em todo o país. O
nome "caras-pintadas" referiu-se à principal forma de expressão e símbolo do movimento: as
cores verde e amarelo pintadas no rosto dos manifestantes. Dessa forma, a partir da relação
estabelecida, podemos a rmar que:
A. a referência a esse evento não tem qualquer relação com a propaganda.
B. a referência a esse evento relaciona-se com a propaganda apenas no sentido
contextual sem que implique na construção de sentido do texto.
C. a referência a esse evento relaciona-se com a propaganda apenas no sentido de que
ambos têm o hábito de pintar seus próprios rostos.
D. a referência no sentido comparativo estabelecida entre o movimento caras-pintadas
e a população indígena é extremamente importante para a construção do sentido da
propaganda, pois reforça a ideia de que a população indígena luta desde sempre
pelos seus direitos.
E. a referência no sentido comparativo estabelecida entre o movimento caras-pintadas
e a população indígena é extremamente importante para a construção do sentido da
propaganda, pois reforça a ideia de que os caras-pintadas lutam desde sempre pelos
seus direitos.
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