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Legislação Tributária Estadual

Prof. Wilson Tavares

Aula –Compensação e Não Cumulatividade

SUMÁRIO

1.1 - É assegurado ao sujeito passivo 9

3.1 - Crédito de produtos agropecuários isentos 27

3.2 - Estorno do crédito 29

3.3 - Estorno em casos de redução na base de cálculo. 30

3.4 - Não se estornam créditos 32

8.1 - Saldos credores acumulados EXPORTAÇÃO DIRETA E INDIRETA 48

8.2 - Saldos credores acumulados demais casos – Lei estadual 49

8.3- Outras formas de apuração do ICMS 51

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Nesta aula será demonstrada como se efetua a sistemática de compensação do


imposto, assegurando a não cumulatividade do ICMS.
A lei Kandir (LC87/96) em seus artigos 19 a 26 trata da não cumulatividade,
determinando a forma de aproveitamento do imposto devido nas operações e
prestações anteriores. Veremos as regras gerais da não cumulatividade, as
disposições sobre o aproveitamento dos créditos escriturais, alguns regimes
alternativos de apuração e os procedimentos para o pagamento do imposto apurado
ou devido.
Destaco para sua prova, o conjunto de regras para geração, utilização e
transferência de créditos acumulados do ICMS. Preste atenção nesses temas, pois
são recorrentes em provas de concurso.

1. - Não Cumulatividade
O direito à compensação dos valores a título de imposto nas operações e prestações
anteriores, quando da apuração do imposto devido, é a materialização do princípio
constitucional da não cumulatividade em relação ao ICMS, ficando sujeito apenas
às formalidades regulamentares para o seu integral aproveitamento.
Entende-se que cumulatividade na tributação envolve uma série de incidência
tributária que vai desde a produção até recebimento pelo destinatário final. Deste
modo, o imposto só irá recair sobre o valor acrescentado em cada fase da circulação
do produto.
Com isso, teremos uma carga tributária idêntica para uma certa operação ou
prestação, ao seu final, independentemente do número ou da forma das operações
intermediárias.

Art. 19. O imposto é não-cumulativo, compensando-se o que for devido em


cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços de
unicipal e de comunicação com o montante
cobrado nas anteriores pelo mesmo ou por outro Estado.

O princípio da não cumulatividade busca garantir a neutralidade do ICMS nas


diversas fases da cadeia produtiva, independentemente do número de
operações.
Toda vez que a mercadoria é comprada e revendida, o valor do imposto que foi pago
na compra será descontado (creditado) do valor do imposto devido na revenda.

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“B” compra uma mercadoria “X” de “A”.


B revende a C essa mesma mercadoria.
O valor que B pagou de imposto será creditado do valor total devido ao Estado.

Mas para isso, deve vender também com ICMS essa mercadoria.
Vamos olhar nosso exemplo ilustrado:

Preço Merc. X = $1000


Alíquota ICMS = 17%

B pagou a A= $1000
Creditou $170

B revendeu por $1500


ICMS = 17% x $1500 =$255
A recolheu aos cofres
Mas B tem crédito de $170
públicos = $170
portanto recolheu aos cofres
públicos = $255 - $170 =$85

Esse é o princípio da não-cumulatividade.


Veja que o governo recebeu os $255 referentes a última venda ao consumidor.
Entretanto, recebeu ao longo da cadeia.

Depois recebeu mais $85 do vendedor B.


Se houvesse cumulatividade, o governo teria recebido os $170 do vendedor
A mais os $255 do vendedor B, totalizando $425.

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Assim, retomando nosso exemplo, tendo como base a operação no estabelecimento


B, o valor do crédito será de R$ 170, resultado da aplicação da alíquota de 17% sobre
o valor da saída de A (R$ 1000);
Como ele revendeu a mercadoria a consumidor final por R$1.500, o débito será R$
255, resultado de 17% sobre a saída de B;
E o valor de ICMS a recolher de B será de R$85, resultado de R$ 255 (débito) menos
R$ 170 (crédito).

Indústria
Saída da mercadoria
Base de Cálculo R$1.000
Alíquota 17%
170
ICMS devido
(débito)

Comércio
Entrada de mercadoria Saída da mercadoria
Base de Cálculo R$1.500
ICMS a ser creditado Alíquota 17%
R$170 ICMS débito gerado R$255
pela venda

Saída da mercadoria Entrada de mercadoria Saldo


S a ser creditado
R$ 255 R$ 170 R$ 85,00 (Devedor)

A regra geral é que o imposto seja plurifásico para justificar a compensação entre
débitos e créditos.
Periodicamente, faz-se uma comparação entre os débitos e créditos.
Caso os débitos sejam superiores aos créditos, o contribuinte deve recolher a
diferença aos cofres públicos.
Caso os créditos sejam maiores, a diferença pode ser compensada posteriormente
ou mesmo, cumpridos determinados requisitos, ser objeto de ressarcimento.

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compensando-se o que for devido em cada


operação/prestação relativa a FG do ICMS

O imposto é
não com o montante cobrado nas anteriores
cumulativo

pelo mesmo ou por outro Estado.

Algumas definições precisam ficar claras nesse momento.

CRÉDITO FISCAL é direito de o contribuinte se creditar de um valor de imposto


para compensar com o imposto devido. Normalmente, ele surge quando se compra
mercadoria ou serviço para empregar na produção ou revender.
DÉBITO FISCAL é a obrigação do contribuinte de pagar um valor de imposto devido
ao Fisco. O débito fiscal surge, normalmente, com a ocorrência do fato gerador,
conforme vimos na aula anterior. Exemplo, venda de mercadoria.
COMPENSAÇÃO é o cotejo entre o DÉBITO FISCAL e o CRÉDITO FISCAL. Na
hipótese mais usual de aquele ser maior que este, a diferença deverá ser paga nos
prazos fixados pela legislação tributária.
CRÉDITO TRIBUTÁRIO é a expressão utilizada pelo art. 139 do CTN para informar
o surgimento do direito líquido e certo da Fazenda Pública contra o Contribuinte em
razão do lançamento definitivamente constituído.

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Exemplo prático

B revendeu = $120
B pagou a A = $100
Preço Merc. X = $100 Alíquota ICMS = 15%
Creditou $15
ICMS = 15% x $120
Alíquota ICMS = 15%
= $18

Mas B tem crédito de


$15, portanto recolheu
A recolheu aos aos cofres públicos
cofres públicos = = $18 - $15 = $3
$15

Mas como exatamente funciona esse “Creditou $15”?


B comprou e pagou efetivamente $100 para A.
Quando recebeu a mercadoria, empresa B preencheu um livro chamado Livro de
Registro de Entrada, e um livro chamado Livro de Apuração do ICMS.

Quando a entrada permitir crédito, o comprador vai inserir em uma coluna de

A legislação estadual determina uma data em que o imposto será pago, geralmente
uma vez ao mês.
Durante esse período o estabelecimento vai comprando e preenchendo na coluna
de créditos os valores dos créditos, e na coluna de débitos os valores de ICMS
calculados sobre as vendas. Ao final ele subtrai o valor devido do total de créditos e
recolhe essa diferença aos cofres públicos.

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Imagine agora a mesma empresa B efetuando as seguintes operações, com ICMS


de 20%:

Data Operação Valor $ ICMS $


01/01 Compra 100,00 20,00
02/01 Compra 50,00 10,00
03/01 Venda 250,00 50,00

10/01 Compra 110,00 22,00


11/01 Venda 300,00 60,00

Lembre-se que o ICMS na compra ela já pagou (ou melhor, ela pagou o vendedor
que é o contribuinte, e este sim pagou o ICMS). Então ela vai preencher os livros
inserindo em uma coluna os valores já pagos nas compras e outra coluna o valor
devido das vendas.

Compras / Créditos
Data Valor $ ICMS $

01/01 100,00 20,00


02/01 50,00 10,00
10/01 110,00 22,00

Total de 260,00 52,00


Créditos

Vendas / Débitos
Data Valor $ ICMS $
03/01 250,00 50,00
11/01 300,00 60,00

Total de 550,00 110,00


Débitos

Após isso, a empresa vai subtrair o Total Débitos do Total de Créditos:

➢ 110,00-52,00= R$58,00

A empresa deverá recolher ao final do período de apuração o valor de:

= $58,00.

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1.1 - É assegurado ao sujeito passivo

Para a compensação do ICMS explicado na seção anterior, é assegurado ao sujeito


passivo o direito de creditar-se do imposto anteriormente cobrado em
operações de que tenha resultado a entrada de mercadoria, real ou simbólica,
no estabelecimento, inclusive a destinada ao seu uso ou consumo ou ao ativo
permanente, ou o recebimento de serviços de transporte interestadual e
intermunicipal ou de comunicação.

LC 87/96 Art. 20. Para a compensação a que se refere o artigo anterior, é


assegurado ao sujeito passivo o direito de creditar-se do imposto
anteriormente cobrado em operações de que tenha resultado a entrada de
mercadoria, real ou simbólica, no estabelecimento, inclusive a destinada ao seu
uso ou consumo ou ao ativo permanente, ou o recebimento de serviços de
transporte interestadual e intermunicipal ou de comunicação.

destinada ao seu
uso ou consumo
é assegurado ao sujeito
Para a entrada de
passivo o direito de creditar-
compensação mercadoria, real ou ativo permanente
se do imposto ICMS
do ICMS simbólica
anteriormente COBRADO
recebimento de
serviços

Esse princípio quer dizer que o ICMS não pode incidir duas vezes sobre a mesma
operação ou prestação de serviço.
Em outras palavras, cada operação ou prestação de serviço só pode ser tributada
uma única vez pelo ICMS. Vejamos um exemplo de como seria caso este princípio

Conforme preconiza a Constituição Federal, se a parcela já tributada pela empresa


A não pode ser novamente tributada na operação de empresa B, isso significa dizer
que somente deverá incidir o ICMS na parcela correspondente ao que a empresa B
acrescentou ao valor que pagou a empresa A.
Isso nos mostra que o ICMS é simplesmente um imposto sobre o VALOR
ADICIONADO.
ntante
devido pelo contribuinte o valor pago por este em etapas anteriores, em suas
compras de bens ou serviços já tributados pelo imposto. A terminologia utilizada é
"compensação do imposto".
O crédito do ICMS advém do direito de abater das respectivas saídas o imposto
pago na aquisição de produtos e mercadorias e serviços.

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O montante do crédito corresponde ao valor a ser abatido do respectivo débito do


imposto. Caso o crédito seja maior que o débito, denomina-se "crédito acumulado".
É importante o acompanhamento sistemático de tais créditos, visando otimizá-los
e reduzir, de forma legal, o montante do ICMS a pagar.

Total do ICMS devido pelo sujeito passivo: R$ 50.000,00


Valor do imposto anteriormente cobrado, decorrentes de entradas de mercadorias
R$ 10.000,00.
Valor do ICMS a pagar: R$ 50.000,00 – R$ 10.000,00 = R$ 40.000,00

O resultado do débito menos o crédito será o valor de ICMS a recolher.

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2. Não dão direito ao crédito

LC 87/96 Art. 20, § 1º Não dão direito a crédito as entradas de mercadorias


ou utilização de serviços resultantes de operações ou prestações isentas ou
não tributadas, ou que se refiram a mercadorias ou serviços alheios à
atividade do estabelecimento.

Não haverá crédito de ICMS para fins de compensação com as operações ou


prestações posteriores isentas ou não tributadas. Dessa forma, caso o produto
comprado seja isento ou não tributado, não poderá ser realizado o crédito, afinal,
compensa-se o que foi pago nas operações anteriores, e nesse caso nada foi pago
nas operações anteriores. Além disso, a lei veda o crédito quando o produto ou
serviço é alheio à atividade do estabelecimento.
A lei nos traz outra regra importante, pois nos informa que na aquisição de
mercadorias ou serviços alheios à atividade do estabelecimento também não geram
créditos do ICMS.
Imagine uma fábrica de doces que contrata um serviço de TV por assinatura para o
refeitório dos funcionários, perceba que é um caso de aquisição de serviços alheios
à atividade do estabelecimento e, por isso, não geram crédito do ICMS.

LC 87/96 Art. 20 § 2º Salvo prova em contrário, presumem-se alheios a


atividade do estabelecimento os veículos de transporte pessoal.

A lei amplia o conceito, informando que veículos de transporte pessoal serão


alheios à atividade do estabelecimento, exceto houver se prova do contrário. Sendo
assim, a empresa que adquirir veículo para uso da administração não poderá se
creditar do ICMS, exceto se o veículo for utilizado para entrega de mercadorias
tributadas pelo ICMS.

LC 87/96 Art. 20, § 3º É vedado o crédito relativo a mercadoria entrada no


estabelecimento ou a prestação de serviços a ele feita:
I - para integração ou consumo em processo de industrialização ou
produção rural, quando a saída do produto resultante não for tributada ou estiver
isenta do imposto, exceto se tratar-se de saída para o exterior;
ua
prestação subsequente não forem tributadas ou estiverem isentas do
imposto, exceto as destinadas ao exterior.

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Vimos que, salvo prova em contrário, presumem-se alheios a atividade do


estabelecimento os veículos de transporte pessoal.
Ademais, é vedado o crédito relativo à mercadoria entrada no estabelecimento ou
prestação de serviços a ele feita:
1. Para integração ou consumo em processo de industrialização ou produção rural,
quando a saída do produto resultante não for tributada ou estiver isenta do imposto,
exceto se tratar de saída para o exterior;
2. Para comercialização ou prestação de serviço, quando a saída ou a prestação
subsequente não forem tributadas ou estiverem isentas do imposto, exceto as
destinadas ao exterior.
Caso um fabricante ou prestador de serviço produzam um produto ou prestem um
serviço que vá sair com isenção, não poderão se creditar do ICMS nas entradas dos
insumos daquele produto/serviço. Essa é a regra.
Mas se o produto for exportado (imunidade), o crédito poderá ser mantido. Os
créditos dos insumos daqueles produtos que foram tributados.

Para o nosso concurso, grave que o princípio da não-cumulatividade impõe o


“creditamento” dos valores do imposto anteriormente COBRADO em:
1) Operações anteriores que tenham resultado em entrada de mercadoria no
estabelecimento, REAL ou SIMBÓLICA;
2) Operações anteriores que tenham resultado em entrada de mercadoria no
estabelecimento, inclusive a destinada ao seu ativo permanente;
3) recebimento de prestações de serviços de transporte interestadual,
intermunicipal e de comunicação.
4) Nas aquisições de mercadorias destinadas ao uso e consumo do
estabelecimento nele entradas, a partir de 1º de janeiro de 2020*;
* Tome nota. Só haverá direito a crédito do ICMS incidente sobre o consumo de
energia elétrica antes de 2020 se esta for consumida em processo de
industrialização ou quando seu consumo resultar em operação de saída ou
prestação para o exterior, na proporção destas sobre as saídas ou prestações
totais.

LC 87/96 Art. 20, § 4º Deliberação dos Estados, na forma do art. 28, poderá
dispor que não se aplique, no todo ou em parte, a vedação prevista no parágrafo
anterior.

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O dispositivo deixa claro que o não estorno, ou a manutenção de créditos onde a lei
não prevê é o mesmo que um benefício só pode ser aprovado via Confaz.

Jurisprudências importantes

STJ (Súmula 509): É LÍCITO ao comerciante de boa-fé aproveitar os créditos de


ICMS decorrentes de NF posteriormente declarada inidônea, quando demonstrada a
veracidade da compra e venda.
STF (RE 439.796): A incidência do ICMS sobre operação de importação de bem
não viola, em princípio, a regra da vedação à cumulatividade (art. 155, § 2º, I, da
Constituição), pois, se não houver acumulação da carga tributária, nada haveria a
ser compensado.
STF (RE 606.107) A apropriação de créditos de ICMS na aquisição de mercadorias
tem suporte na técnica da não cumulatividade, imposta para tal tributo pelo art. 155,
§ 2º, I, da Lei Maior, a fim de evitar que a sua incidência em cascata onere
demasiadamente a atividade econômica e gere distorções concorrenciais.
STF (RE 689.001 AgR 2018) A aquisição de produtos intermediários, sujeitos
ao regime de crédito físico, aplicados no processo produtivo que não integram
fisicamente o produto final não gera direito ao crédito de ICMS.

O princípio constitucional da não cumulatividade é uma garantia do emprego de


técnica escritural que evite a sobreposição de incidências, sendo que as minúcias
desse sistema e o contencioso que daí se origina repousam na esfera da legalidade.

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Abaixo temos as principais situações exigidas em provas.

Vedação ao Crédito

i. A operação ou prestação beneficiada por isenção ou não incidência;


ii. O valor do imposto referente a serviço que não esteja vinculado à operação
subsequente tributada, sendo essa circunstância previamente conhecida;
iii. Em relação à mercadoria recebida para comercialização, quando sua
posterior saída ocorra sem débito do imposto, sendo essa circunstância
conhecida à data da entrada;
iv. Em relação a documento fiscal perdido, extraviado ou desaparecido,
ressalvada a hipótese de comprovação de sua autenticidade;
v. Em relação a documento fiscal em que seja indicado estabelecimento
destinatário diferente de recebedor da mercadoria ou usuário do serviço;
vi. Em relação à mercadoria recebida para integrar o ativo imobilizado ou para
ser consumida em processo de industrialização ou de produção cuja ulterior saída
ocorra sem débito do imposto, sendo essa circunstância conhecida à data da
entrada.

NÃO se exige a anulação do crédito por ocasião das:


=> operações ou prestações destinadas ao exterior (art. 155, § 2º, inciso X, alínea “a”)

=> operações com o papel destinado à impressão de livros, jornais e periódicos.

No caso de isenção ou não-incidência, pode haver determinação em contrário da


legislação (convênios na forma da LC/24).

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3. - Dos Créditos do Imposto

A Lei diz que é assegurado ao sujeito passivo o direito de se creditar do imposto


anteriormente cobrado em operações de que tenha resultado a entrada de
mercadoria, real ou simbólica, no estabelecimento, inclusive a destinada ao seu uso
ou consumo ou ao ativo imobilizado, ou o recebimento de serviços de transporte
interestadual e intermunicipal ou de comunicação, com as restrições que
estudaremos mais adiante.

LC 87/96 Art. 20 § 5º Para efeito do disposto no caput deste artigo, relativamente


aos créditos decorrentes de entrada de mercadorias no estabelecimento destinadas
ao ativo permanente, deverá ser observado.
I – A apropriação será feita à razão de 1/48 (um quarenta e oito avos)
por mês, devendo a primeira fração ser apropriada no mês em que ocorrer a
entrada no estabelecimento;

ATENÇÃO! O direito ao crédito não é amplo e irrestrito conforme nos faz


acreditar o art. 20. A lei traz algumas situações regras e observações que você
precisa ficar atento para sua prova.
O legislador fez uma importante previsão na lei do ICMS, é o famoso
aproveitamento do crédito decorrente da aquisição de bens do ativo imobilizado. Esse
aproveitamento, em regra, faz-se na razão de 1/48 (um quarenta e oito avos) por
mês e tem como fundamento o prazo médio de depreciação dos bens.
Para efeito do direito ao crédito, e ainda no caminho das restrições impostas pela
lei, relativamente aos créditos decorrentes de entrada de mercadorias no
estabelecimento destinadas ao ativo imobilizado, deverá ser observado:
A apropriação será feita à razão de 1/48 (um quarenta e oito avos) por mês,
opriada no mês em que ocorrer a entrada no
estabelecimento.

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A empresa Orlando Gonçalense Móveis LTDA comprou e deu entrada na fábrica, em


fevereiro de 2019, uma serra circular para confecção de seus móveis.
Ela pagou o valor de R$ 100.000,00 reais pela serra, com ICMS de 18%.
Qual o valor de ICMS a ser creditado, decorrente da compra da Serra no mês de
fevereiro de 2019?
Primeiramente vamos descobrir quanto ICMS foi recolhido.
ICMS Total = R$ 100.000,00 x 18% = R$ 18.000,00
Parcela de crédito mensal = R$ 18.000,00 / 48 = R$ 375,00
Logo, no mês fevereiro de 2019, já poderá creditar R$ 375,00

E no próximo mês? Também R$ 375,00

𝑰𝑪𝑴𝑺 𝑵𝑭𝒆 𝐬𝐚í𝐝𝐚𝐬 𝐭𝐫𝐢𝐛𝐮𝐭𝐚𝐝𝐚𝐬


𝐂𝐑É𝐃𝐈𝐓𝐎 𝐈𝐌𝐎𝐁 = ( )𝒙 ( )
𝟒𝟖 𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 𝒅𝒆 𝒔𝒂í𝒅𝒂𝒔

𝟏𝟖. 𝟎𝟎𝟎
𝐂𝐑É𝐃𝐈𝐓𝐎 𝐈𝐌𝐎𝐁 = ( ) = R$ 375,00
𝟒𝟖

Professor, o que seria saídas tributadas e total de saídas?


Vamos conhecer outros aspectos importantes sobre o tema que você conseguirá
entender toda a fórmula. Vamos continuar! 😊

LC 87/96 Art. 20 § 5° II – em cada período de apuração do imposto, não será


admitido o creditamento de que trata o inciso I, em relação à proporção das
operações de saídas ou prestações isentas ou não tributadas sobre o total
das operações de saídas ou prestações efetuadas no mesmo período;

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Em cada período de apuração do imposto, não será admitido o creditamento em


relação à proporção das operações de saídas ou prestações isentas ou não
tributadas sobre o total das operações de saídas ou prestações efetuadas no mesmo
período;
Para aplicação dos dispostos estudados, o montante do crédito a ser apropriado
será o obtido multiplicando-se o valor total do respectivo crédito pelo fator igual a
1/48 (um quarenta e oito avos) da relação entre o valor das operações de saídas
e prestações tributadas e o total das operações de saídas e prestações do período,
equiparando-se às tributadas, para efeitos deste inciso, às saídas e prestações
com destino ao exterior;
O quociente de 1/48 (um quarenta e oito avos) será proporcionalmente
aumentado ou diminuído, pro rata die, caso o período de apuração seja superior ou
inferior a um mês;

A ideia por trás desse crédito é a de que uma


empresa, ao comprar uma máquina, a utiliza e desgasta na produção de seus
produtos. Esse valor da compra da máquina vai entrar no custo do produto.
É como se cada produto tivesse “um pouco da máquina como insumo”.
Então, para não haver cumulatividade de tributos, é necessário tomar crédito do
ativo comprado, porém, como é difícil saber se uma máquina será utilizada por 1, 2,
5 ou 10 anos, foi estipulada a quantia de 4 anos (ou 48 meses) para haver o crédito.
Mas a lei também determina que saídas isentas ou não tributadas não poderão ter
seus insumos creditados.
E como fica então esse “pouco da máquina” que entrou como insumo?
Bem, aí a empresa deverá apurar naquele mês o percentual de saídas isentas ou
lor do crédito da máquina daquele mês.
Vamos voltar ao exemplo anterior da Orlando Gonçalense Móveis LTDA.
Encontramos que a empresa creditará R$ 375,00 por mês, durante 48 meses.
Porém, digamos que no mês de abril ocorreram algumas vendas de móveis isentos.

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A Indústria Orlando Gonçalense Móveis LTDA comprou e deu entrada na fábrica, em


MARÇO de 2019, uma serra circular para confecção de seus móveis.
Ela pagou o valor de R$ 100.000,00 reais pela serra, com ICMS de 18%.
Porém, no mês de MARÇO temos que:

Mês: MARÇO de 2019

Vendas tributadas: R$60.000,00

Vendas isentas: R$ 40.000,00

Qual o valor de ICMS a ser creditado, decorrente da compra da Serra no mês de


MARÇO de 2019?
Primeiramente vamos descobrir quanto ICMS foi recolhido.
ICMS Total = R$ 100.000,00 x 18% = R$ 18.000,00
𝟏𝟖.𝟎𝟎𝟎
Parcela de crédito mensal = ( ) = 𝐑$ 𝟑𝟕𝟓, 𝟎𝟎
𝟒𝟖
Logo, no mês fevereiro de 2019, já poderá creditar R$ 375,00
E no próximo mês? Também R$ 375,00

Isso ocorrerá por 48 meses, até totalizarmos o valor de R$ 375,00.

Agora precisamos encontrar quanto das vendas foi isento ou não tributado em
percentual.

Para isso, dividimos a soma de vendas isentas ou não tributadas pelo total de
vendas.

Mês: MARÇO de 2019

Vendas tributadas: R$60.000,00

Vendas isentas: R$ 40.000,00

𝐬𝐚í𝐝𝐚𝐬 𝐭𝐫𝐢𝐛𝐮𝐭𝐚𝐝𝐚𝐬 𝐑$ 𝟔𝟎. 𝟎𝟎𝟎, 𝟎𝟎


𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 𝒅𝒆 𝒔𝒂í𝒅𝒂𝒔 𝐑$ 𝟏𝟎𝟎. 𝟎𝟎𝟎, 𝟎𝟎

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Alguns professores explicam para calcular a saída isenta e verificar o crédito que
não será utilizado.
Outros explicam para calcular saída tributada e encontrar o crédito que será
utilizado.
Prefiro trabalhar com o crédito que poderá ser utilizado. Ok? Qualquer dúvida, fale
no fórum!!!
Logo, o crédito imobilizado para o mês de março que poderá ser utilizado será:

𝑰𝑪𝑴𝑺 𝑵𝑭𝒆 𝐬𝐚í𝐝𝐚𝐬 𝐭𝐫𝐢𝐛𝐮𝐭𝐚𝐝𝐚𝐬


𝐂𝐑É𝐃𝐈𝐓𝐎 𝐈𝐌𝐎𝐁 = ( )𝒙 ( )
𝟒𝟖 𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 𝒅𝒆 𝒔𝒂í𝒅𝒂𝒔

𝟏𝟖. 𝟎𝟎𝟎 𝐑$ 𝟔𝟎. 𝟎𝟎𝟎, 𝟎𝟎


𝐂𝐑É𝐃. 𝐈𝐌𝐎𝐁 = ( )𝒙 ( ) = 𝐑$ 𝟑𝟕𝟓, 𝟎𝟎 𝒙 𝟔𝟎%
𝟒𝟖 𝐑$ 𝟏𝟎𝟎. 𝟎𝟎𝟎, 𝟎𝟎

CREDITO IMOB => R$375 x 60% = 225

Não será admitido tomar crédito em relação a proporção das saídas isentas
=> R$ 375,00 x 40% = R$150,00

Preste atenção novamente! Os R$ 150,00 que não foram creditados não serão
ra o final, nem para qualquer outra parcela.

O crédito neste mês com relação à serra será de:


R$375,00 – R$ 150,00 = R$ 225,00 ou R$375 x 60% = 225

É isso mesmo amigo. O estudo do ICMS é muito legal, né?


Até agora trabalhamos com:
1° Creditamento puro do ICMS.
2° Creditamento com vendas isentas no período de apuração.
3° Creditamento com vendas isentas e/ou imunes no período de apuração.

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Obs.: a regra para vendas com imunidades é idêntica a vendas com isenção com
direito de se creditar do imposto cobrado nas operações anteriores às isentas ou não
tributadas.

Agora vamos conhecer a 3ª situação.


LC 87/96 Art. 20 § 5º , III – para aplicação do disposto nos incisos I e II deste
parágrafo, o montante do crédito a ser apropriado será obtido multiplicando-se o
valor total do respectivo crédito pelo fator igual a 1/48 (um quarenta e oito avos)
da relação entre o valor das operações de saídas e prestações tributadas e o
total das operações de saídas e prestações do período, equiparando-se às
tributadas, para fins deste inciso, as saídas e prestações com destino ao exterior
ou as saídas de papel destinado à impressão de livros, jornais e periódicos;

O melhor exemplo é a situação na qual a empresa exporta mercadorias. Neste caso,


o valor exportado entra como se fosse um valor tributado. Quer dizer que sobre esse
valor, o crédito permanece.

Vamos imaginar agora que em ABRIL de 2019 a Orlando Gonçalense ltda exportou
algumas mesas.

Mês: ABRIL de 2019

Vendas tributadas: R$60.000,00

Vendas Exportadas: R$60.000,00

Vendas isentas: R$ 40.000,00

ICMS 18.000 para ser compensado nos próximos 48 meses.


tado, decorrente da compra da Serra no mês de
ABRIL de 2019?

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𝑰𝑪𝑴𝑺 𝑵𝑭𝒆 𝐬𝐚í𝐝𝐚𝐬 𝐭𝐫𝐢𝐛𝐮𝐭𝐚𝐝𝐚𝐬


𝐂𝐑É𝐃𝐈𝐓𝐎 𝐈𝐌𝐎𝐁 = ( )𝒙 ( )
𝟒𝟖 𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 𝒅𝒆 𝒔𝒂í𝒅𝒂𝒔
𝟏𝟖. 𝟎𝟎𝟎 𝐑$ 𝟏𝟐𝟎. 𝟎𝟎𝟎, 𝟎𝟎
𝐂𝐑É𝐃. 𝐈𝐌𝐎𝐁 = ( )𝒙 ( ) = 𝐑$ 𝟑𝟕𝟓, 𝟎𝟎 𝒙 𝟕𝟓%
𝟒𝟖 𝐑$ 𝟏𝟔𝟎. 𝟎𝟎𝟎, 𝟎𝟎

Não será admitido tomar crédito em relação a proporção das saídas isentas

=> R$ 375,00 x 25% = R$93,75

=> 𝐑$ 𝟑𝟕𝟓, 𝟎𝟎 𝒙 𝟕𝟓% = 𝐑$𝟐𝟖𝟏, 𝟐𝟓


Valor que poderá ser creditado.

Preste atenção novamente! Os R$93,75 que não foram creditados não serão
nunca mais creditados. Não vão para o final, nem para qualquer outra parcela.

Crédito no mês de maio relativo à Serra: R$ 375,00 – R$ 93,75 = R$ 281,25


O mesmo acontece caso a venda seja de papel destinado à impressão de livros,
jornais e periódicos. O valor só entra na parte de baixo da equação.

A primeira fração deve ser apropriada no mês em que ocorrer a entrada no


estabelecimento.
Sendo assim, quando da entrada do bem no estabelecimento comprador começa a
apropriação mensal dos créditos respectivos.
estabelecida entre o valor total das operações
realizadas durante o mês e valor das operações tributadas.
Em regra, o crédito do ativo permanente será feito de forma parcelada em 48
meses.
FÓRMULA DO CRÉDITO DO IMOBILIZADO
Nas saídas tributadas, serão incluídas as de exportação.

𝐂𝐑É𝐃𝐈𝐓𝐎 𝐈𝐌𝐎𝐁 = ( )𝒙 ( )
𝟒𝟖 𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 𝒅𝒆 𝒔𝒂í𝒅𝒂𝒔

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LC 87/96 Art. 20 § 5o , V – na hipótese de alienação dos bens do ativo


permanente, antes de decorrido o prazo de quatro anos contado da data de
sua aquisição, não será admitido, a partir da data da alienação, o creditamento
de que trata este parágrafo em relação à fração que corresponderia ao
restante do quadriênio;

Na hipótese de alienação dos bens do ativo imobilizado, antes de decorrido o


prazo de quatro anos contado da data de sua aquisição, não será admitido, a partir
da data da alienação, o creditamento em relação à fração que corresponderia ao
restante do quadriênio;

Não dá para titubear, se o bem for desincorporado do ativo permanente


(venda, perda, perecimento, deterioração e outros...) cessa o direito de
creditamento relativo ao saldo restante.
Serão objeto de outro lançamento, além do lançamento em conjunto com os
demais créditos, para efeito da compensação prevista, em livro próprio; e ao final
do 48º (quadragésimo oitavo) mês contado da data da entrada do bem no
estabelecimento, o saldo remanescente do crédito será cancelado.

LC 87/96 Art. 20 § 5o , IV – o quociente de um quarenta e oito avos será


proporcionalmente aumentado ou diminuído, pro rata die, caso o período de
apuração seja superior ou inferior a um mês

Alguns contribuintes devem apurar o imposto em períodos menores ou maiores que


um mês. Nesse caso o crédito será também proporcional.
Por exemplo, se o imposto é apurado a cada dois meses, o quociente não será mais
1/48, deverá ser o dobro, afinal, este crédito vale por dois meses!
2x 1/48 = 2/48 = 1/24
E se o período de apuração é quinzenal?
Aí o quociente é dividido por 2 = 1/48 / 2 = 1/96

Mas o primeiro mês sempre irá contar a fração completa.


or naquele
mês.

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Caro aluno, caso a empresa venda o ativo antes de completar quatro anos o
creditamento deve cessar imediatamente.
Imagine que a empresa Orlando Gonçalense Ataliba venda a serra circular com
um mês de uso. Neste caso, não seria correto que ela continuasse tomando crédito,
afinal, não está mais usando aquela máquina para produzir os móveis que vende.
Se ocorrer o final do quadragésimo oitavo mês todos os créditos remanescentes
deverão ser cancelados.

LC 87/96 Art. 20 § 5o VII – ao final do quadragésimo oitavo mês contado da


data da entrada do bem no estabelecimento, o saldo remanescente do crédito
será cancelado.

=> o saldo remanescente do crédito passível de apropriação deve ser cancelado,


quando:
• ocorrer o final do quadragésimo oitavo mês, contado da data da entrada
do bem no estabelecimento;
• houver a alienação do bem antes de completado o quadragésimo oitavo
mês;

ESCRITURAÇÃO EM LIVRO PRÓPRIO


LC 87/96 Art. 20 § 5o , VI – serão objeto de outro lançamento, além do
lançamento em conjunto com os demais créditos, para efeito da compensação
prevista neste artigo e no art. 19, em livro próprio ou de outra forma que a
legislação determinar, para aplicação do disposto nos incisos I a V deste
parágrafo; e

Depreende-se do texto legal transcrito que, além de se submeter ao sistema de


s estabelecidos na legislação tributária, os créditos
decorrentes da entrada de bens para o ativo imobilizado seguem regras próprias para
controle e apuração dos valores a serem apropriados.
Este inciso determina que se faça um controle em separado, em algum livro a
outra forma que a lei estadual determinar, dos créditos referentes ao ativo. Deve ser
possível verificar nesse controle o valor do crédito referente ao ativo, quanto foi
apropriado em cada mês e quanto falta apropriar.
o livro
Registro de Controle de Crédito de ICMS do Ativo Permanente – CIAP.

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Esse crédito deve ser escriturado:


=> juntamente com os demais créditos

=> integralmente, em livro próprio.

O quociente de 1/48 (um quarenta e oito avos) será proporcionalmente


aumentado ou diminuído, pro rata die, caso o período de apuração seja superior ou
inferior a um mês;
Na hipótese de alienação dos bens do ativo imobilizado, antes de decorrido o
prazo de quatro anos contado da data de sua aquisição, não será admitido, a partir
da data da alienação, o creditamento em relação à fração que corresponderia ao
restante do quadriênio;
Não dá para titubear, se o bem for desincorporado do ativo permanente
(venda, perda, perecimento, deterioração e outros...) cessa o direito de
creditamento relativo ao saldo restante.
Os créditos a serem apropriados além do lançamento em conjunto com os demais
créditos, serão objeto de outro lançamento específico.
Serão objeto de outro lançamento, além do lançamento em conjunto com os
demais créditos, para efeito da compensação prevista, em livro próprio; e ao final
do 48º (quadragésimo oitavo) mês contado da data da entrada do bem no
estabelecimento, o saldo remanescente do crédito será cancelado.
Na hipótese de alienação ou baixa dos bens do ativo permanente, antes de
decorrido o prazo de 4 anos (48 meses) contados da data de sua aquisição, não será
admitido, a partir da data da alienação ou baixa, o referido crédito em
relação à fração que corresponderia ao restante do quadriênio, o quer dizer que se
eses para ser creditada, a partir do período da
alienação ou baixa o contribuinte fica impedido de utilizar como crédito essa parcelas
restantes.
Normalmente, pois de cada legislação estadual do ICMS, no caso de alienação
dentro do Estado (transferência interna) do ativo imobilizado o adquirente pode
se creditar do que faltar para completar o quadriênio, na razão 1/48.

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FÓRMULA DO CRÉDITO DO IMOBILIZADO


Nas saídas tributadas, serão incluídas as de exportação.

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𝐂𝐑É𝐃𝐈𝐓𝐎 𝐈𝐌𝐎𝐁 = ( )𝒙 ( )
𝟒𝟖 𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 𝒅𝒆 𝒔𝒂í𝒅𝒂𝒔

Vamos reforçar:
• FIM dos 48 meses: saldo remanescente do crédito (se houver) será
CANCELADO.
• Alienação do bem ANTES dos 48 meses: NÃO será admitido, a partir da data
da alienação, o creditamento.
• O saldo de crédito remanescente deve ser CANCELADO. Ela só deve parar o
creditamento, mais nada.
• Apropriação do Crédito: apropriado mensalmente, começando no mês em
que ocorrer a ENTRADA.
• O quociente PODE ser proporcionalmente diminuído ou aumentado, pro
rata die caso o período de apuração seja superior ou inferior a um mês
(EX: se apuração for quinzenal, a razão será de 1/96).
• Saídas NT / Isentas: em cada período não será admitido o crédito em
relação à proporção das operações NT ou isentas
EX: 45% das saídas realizadas por uma máquina foram NT. Neste período, será
anulado 45% do crédito.
• O controle do crédito referente ao ativo imobilizado é feito diretamente no
LIVRO Registro de Controle de Crédito de ICMS do Ativo Permanente – CIAP.

Esse crédito deve ser escriturado:

=> juntamente com os demais créditos

=> integralmente, em livro próprio.

do que faltar para


adquirente pode se quando alienação
completar o quadriênio,
creditar dentro do Estado
na razão 1/48

antes de decorrido o período de quatro anos

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1. (FCC/AFRE-RJ/2014)
No mês de maio de 2013, as Indústrias Geroboão, do Rio de Janeiro-RJ, realizaram
APENAS operações de saída de mercadorias tributadas.
Nesse mesmo mês, efetuaram as seguintes aquisições:
i - material de embalagem, no valor de R$ 100.000,00, com ICMS de R$ 18.000,00;
ii - mesa de reuniões para a diretoria da empresa, no valor de R$ 30.000,00, com
ICMS no valor de R$ 5.400,00;
iii - despesas com serviços de comunicação utilizados na atividade de compras de
insumos e de vendas de produtos, no valor de R$ 20.000,00, com ICMS de R$
5.000,00;
iv - veículo para entrega de mercadorias vendidas no valor de R$ 200.000,00, com
ICMS de R$ 24.000,00.
Com base na Lei Complementar no 87/1996, o valor que essa empresa poderá lançar
como crédito, nesse mês, é
a) R$ 18.500,00.
b) R$ 23.500,00.
c) R$ 23.725,00.
d) R$ 18.725,00.
e) R$ 18.000,00.
Resolução:
Vejamos cada operação:
i -material de embalagem, no valor de R$ 100.000,00, com ICMS de R$ 18.000,00;
Neste caso é permitido o crédito integral, visto que os materiais de embalagem
fazem parte do processo e serão revendidos no custo do produto ou serviço.
ii -mesa de reuniões para a diretoria da empresa, no valor de R$ 30.000,00, com
ICMS no valor de R$ 5.400,00;
Veja que esses materiais não fazem parte da produção, logo não poderá ocorrer

iii -despesas com serviços de comunicação utilizados na atividade de compras de


insumos e de vendas de produtos, no valor de R$ 20.000,00, com ICMS de R$
5.000,00;
Lembre-se que serviços de comunicação apenas se fossem utilizados para prestação
da mesma natureza ou na proporção das exportações.
iv -veículo para entrega de mercadorias vendidas no valor de R$ 200.000,00, com
ICMS de R$ 24.000,00.
Neste caso poderemos tomar crédito na proporção de 1/48 do valor. O crédito
mensal deste produto será de R$500,00
O Crédito total neste mês será de $18.500,00
Gabarito A

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3.1 - Crédito de produtos agropecuários isentos

§ 6º Operações tributadas, posteriores a saídas de que trata o § 3º, dão ao


estabelecimento que as praticar direito a creditar-se do imposto cobrado nas
operações anteriores às isentas ou não tributadas sempre que a saída isenta
ou não tributada seja relativa a:
I - Produtos agropecuários;

II - Quando autorizado em lei estadual, outras mercadorias.

Caberá ao sujeito passivo o direito de se creditar do imposto estornado ou não


creditado em operações ou prestações anteriores, desde que possua
documentação comprobatória de sua origem, sempre que realizar operação
tributada com produtos agropecuários, antecedida de operações ou prestações
isentas ou não tributadas e estas, por sua vez, antecedidas de operação ou prestação
tributada.

O estabelecimento que praticar operações tributadas com produtos


agropecuários, posteriores às saídas de que acabamos de analisar, terão direito
a se creditar do imposto cobrado nas operações anteriores às saídas isentas ou
não tributadas.

Vamos analisar um exemplo no esquema a seguir:


A primeira circulação da mercadoria é de “A” para “B” e foi tributada integralmente
com alíquota de ICMS de 17%. Entretanto, “B” não se credita do valor R$ 17,00,
porque já sabe que suas saídas serão não tributadas, isto é, isentas.
mercadoria, “B” vende para “C” e não destaca o
ICMS, porquanto isento. Neste sentido, “C” não poderia se creditar do valor
correspondente a R$ 34,00.
Na terceira circulação da mercadoria, “C” realiza a venda tributada integralmente.
Neste caso, a vedação ao crédito é restrita ao valor da fase em que ocorreu a isenção.
Portanto, “C” poderá se creditar do imposto devido por “A” R$ 17,00 (primeira fase
de circulação), em razão de se tratar de mercadorias agropecuárias.

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COMPENSAÇÃO DO ICMS
CRÉDITO DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS ISENTOS

A C
B

Mercadoria R$100.000
ICMS DébitoR$17,00

Mercadoria R$200,00
ICMS Crédito 0,00
ICMS Débito 0,00
ICMS ISENTO R$34,00

Mercadoria agropecuária COM ISENÇÃO na entrada

Saída tributada R$300,00


ICMS Débito R$51,00
ICMS Crédito“A” R$ 17,00
ICMS a pagar R$ 34,00

Dessa forma, é respeitado o princípio da não cumulatividade.

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3.2 - Estorno do crédito

LC 87/96 Art. 21. O sujeito passivo deverá efetuar o estorno do imposto de


que se tiver creditado sempre que o serviço tomado ou a mercadoria entrada no
estabelecimento:
I - for objeto de saída ou prestação de serviço não tributada ou isenta, sendo
esta circunstância imprevisível na data da entrada da mercadoria ou da
utilização do serviço;
II - for integrada ou consumida em processo de industrialização, quando a
saída do produto resultante não for tributada ou estiver isenta do imposto;
III - vier a ser utilizada em fim alheio à atividade do estabelecimento;
IV - vier a perecer, deteriorar-se ou extraviar-se.

O sujeito passivo deverá efetuar o estorno do imposto que tiver se creditado


sempre que o serviço tomado ou a mercadoria entrada no estabelecimento, sendo
esta circunstância imprevisível na data da entrada da mercadoria ou da utilização
do serviço:
1) For objeto de saída ou prestação de serviço não tributada ou isenta;

2) For integrada ou consumida em processo de industrialização, quando a saída do


produto resultante não for tributada ou estiver isenta do imposto;

3) for utilizada no consumo do próprio estabelecimento;

4) Vier a ser utilizada em fim alheio à atividade do estabelecimento;

5) Vier a perecer, deteriorar-se ou extraviar-se.

6) Inexistir, por qualquer motivo, de operação ou prestação posterior.

O que acontece geralmente é o seguinte:


As empresas efetuam compras de insumos ou produtos para revenda. No momento
da entrada, elas já registram no livro o valor do crédito de ICMS, mesmo que a
mercadoria fique no estoque. Não é necessário que a empresa espere o insumo ou
mercadoria sair para reconhecer o crédito.
Mas, realmente pode acontecer de a mercadoria não ser vendida, ou ter a saída não
tributada. Neste caso deverá ocorrer o estorno do ICMS. A empresa irá no livro de
apuração e irá lançar um estorno para a apuração do ICMS a pagar no mês.

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1. Aplicam-se todas regras estabelecidas neste artigo aos bens de uso ou


consumo final, considerando-se como período de sua utilização o próprio de
apuração em que se verificar a sua entrada no estabelecimento.
2. Ressalvado o caso acima, a anulação do crédito de imposto deverá ser
efetuada dentro do mesmo período em que ocorrer o registro da operação ou
prestação que lhe der causa.
3. A redução de base de cálculo exige a anulação proporcional. Portanto, se
a base de cálculo foi reduzida em 50% na saída, será exigida a anulação de 50% do
imposto anteriormente creditado.
É de grande importância destacar esses assuntos acima.

3.3 - Estorno em casos de redução na base de cálculo.


Professor, o que seria redução de base de cálculo?
Exemplo:
Valor da operação: R$ 5.000,00
Alíquota aplicada: 12%
ICMS = R$ 5.000,00 x 12% = R$ 600,00
Base de cálculo reduzida em 20%
R$ 5.000,00 x (1-20%) = R$ 4.000,00
ICMS = R$ 4.000,00 x 12% = R$ 480,00

Digamos que uma mercadoria foi comprada por $100 com 18% de ICMS.
Essa mercadoria foi vendida por $120, com redução de base de cálculo de 50%.
Como reduziu a base em 50%, devemos estornar 50% do crédito da entrada.

Crédito da entrada: = $100 x 18% = $18

Débito da saída: = $120 x 50% x 18% = $10,80

Estorno de 50% do crédito = 50% x $18 = $9

Logo, deverá ser recolhido aos cofres: $10,80- $18 + $9 = $1,8

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Regrinha geral que nos acompanha no estudo da lei Kandir.

Saída isenta/não tributada, quando não conhecido na data da


entrada da mercadoria

mercadoria consumida no processo industrial e produto


resultante for isento/não tributado

mercadoria utilizada em fim alheio à atividade do


estabelecimento

mercadoria vier a perecer ou extraviar

=> Quando as saídas forem isentas ou não tributadas, e isso não for
conhecido na data da entrada da mercadoria.

Se fosse conhecido, não poderia ter havido o crédito desde o início!

=> Quando a mercadoria for consumida em processo de industrialização e


o produto resultante for isento ou não tributado.

Imagine, por exemplo, o gás usado em uma solda, ele é queimado, consumido no
processo de solda.

tilizada em fim alheio à atividade do


estabelecimento.

Imagine uma montadora de automóveis que desvia alguns parafusos da fábrica para
consertar móveis do escritório.

=> Mercadoria vier a perecer ou extraviar.

Algumas empresas sofrem com furtos de próprios funcionários, e mesmo nesse


caso, deverá fazer o estorno. Não importa se foi perdida, furtada, extraviada. Não
ocorreu tributação na saída, deve ser estornado o ICMS da entrada.

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3.4 - Não se estornam créditos

Uma regra muito valiosa é a que permite o creditamento do imposto devido em fase
anterior à beneficiada pela não tributação, quando, em relação à mesma mercadoria,
após a fase beneficiada, houver uma fase de circulação da mercadoria tributada
integralmente.
Esta condição é semelhante àquela com produtos agropecuários que estudamos
nesta aula

Não se estornam créditos referentes a mercadorias e serviços que venham a ser


objeto de operações ou prestações destinadas ao exterior ou de operações com
o papel destinado à impressão de livros, jornais e periódicos.

LC 87/96 Art. 21. § 1o - Revogado


LC 87/96 Art. 21. § 2o Não se estornam créditos referentes a mercadorias e
serviços que venham a ser objeto de operações ou prestações destinadas ao
exterior ou de operações com o papel destinado à impressão de livros,
jornais e periódicos.

As operações de exportação ou com papel destinado a impressão de livros, jornais


e periódicos permitem a manutenção do crédito, mesmo tendo saídas não tributadas
(imunes).

§ 3º O não creditamento ou o estorno a que se referem o § 3º do art. 20 e o


caput deste artigo, não impedem a utilização dos mesmos créditos em
operações posteriores, sujeitas ao imposto, com a mesma mercadoria.

Este parágrafo deixa claro que se por algum acaso o contribuinte ou responsável
estornar algum crédito, e posteriormente vier a promover saídas tributadas, pode
realizar o creditamento novamente.

LC 87/96 Art. 23. O direito de crédito, para efeito de compensação com débito
do imposto, reconhecido ao estabelecimento que tenha recebido as mercadorias ou
para o qual tenham sido prestados os serviços, está condicionado à idoneidade
da documentação e, se for o caso, à escrituração nos prazos e condições
estabelecidos na legislação.
Parágrafo único. O direito de utilizar o crédito extingue-se depois de decorridos
cinco anos contados da data de emissão do documento.

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O aproveitamento dos créditos pelas entradas de mercadorias e serviços fica


condicionado à idoneidade da documentação e à regular situação do contribuinte
emitente perante o fisco.

Direito de crédito está condicionado

à idoneidade da documentação

e, se for o caso, à escrituração nos prazos e


condições estabelecidos na legislação

Caro aluno, esse direito ao crédito extinguir-se-á após 05 (cinco) anos,


contados da data da emissão do documento fiscal.
Vale deixar em destaque o direito ao crédito, se o imposto for destacado a maior
do que o devido na operação ou prestação, somente será admitido o crédito do
valor do imposto corretamente calculado, observadas as normas sobre correção
de documento fiscal estabelecidas na legislação.
Agora, imaginemos que o remetente tenha se esquecido, por algum motivo, de
efetuar o destaque do ICMS na nota fiscal, neste caso, o contribuinte não pode
presumir o erro e se creditar por conta própria, será necessária uma nota fiscal
complementar.

emissão do Extinção do
documento cinco anos direito do
fiscal crédito

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Para finalizar esse importante assunto sobre o


direito ao crédito do ICMS, resumidamente
temos que:
- O direito ao crédito, para efeito de compensação com o débito do imposto, é
reconhecido ao estabelecimento que tenha recebido as mercadorias ou para o qual
tenham sido prestados os serviços, fica condicionado:
a. A que as mercadorias recebidas pelo contribuinte ou os serviços por ele tomados
tenham sido acompanhados de documento fiscal idôneo;
b. Com destaque do imposto anteriormente cobrado;
c. Emitido por contribuinte em situação regular perante o Fisco e,
d. Se for o caso, à escrituração nos prazos e condições estabelecidos na legislação.
e. O direito ao crédito extinguir-se-á após 05 (cinco) anos, contados da data
da emissão do documento fiscal.
f. Se o imposto for destacado a maior do que o devido na operação ou prestação,
somente será admitido o crédito do valor do imposto corretamente calculado,
observadas as normas sobre correção de documento fiscal

entradas no estabelecimento para integração ou consumo em


processo de produção de mercadorias industrializadas destinadas ao
Não se exigirá exterior
o estorno do
crédito
objeto de operações ou prestações destinadas ao exterior ou de
operações com o papel destinado à impressão de livros, jornais e
periódicos

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Nós iremos conhecer cada dispositivo presente no Art. 33 da nossa lei.

Direito de crédito nas mercadorias destinadas ao uso ou consumo


Art. 33. Na aplicação do art. 20 observar-se-á o seguinte:
I – somente darão direito de crédito as mercadorias destinadas ao uso ou
consumo do estabelecimento nele entradas a partir de 1o de janeiro de 2020;

Direito de crédito nas mercadorias destinadas ao ativo permanente


Art. 33. III - somente darão direito de crédito as mercadorias destinadas ao ativo
permanente do estabelecimento, nele entradas a partir da data da entrada desta
Lei Complementar em vigor.

Direito a crédito na entrada de energia elétrica


Art. 33. II – somente dará direito a crédito a entrada de energia elétrica no
estabelecimento:
a) quando for objeto de operação de saída de energia elétrica;
b) quando consumida no processo de industrialização;
c) quando seu consumo resultar em operação de saída ou prestação para o
exterior, na proporção destas sobre as saídas ou prestações totais;
d) a partir de 1o de janeiro de 2020 nas demais hipóteses;

Direito a crédito no recebimento de serviços de comunicação


Art. 33. IV – somente dará direito a crédito o recebimento de serviços de
comunicação utilizados pelo estabelecimento:
a) ao qual tenham sido prestados na execução de serviços da mesma natureza;
b) quando sua utilização resultar em operação de saída ou prestação para o
exterior, na proporção desta sobre as saídas ou prestações totais;
c) a partir de 1o de janeiro de 2020 nas demais hipóteses.

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O Artigo 33 é importante demais. Primeiramente, grave as regras abaixo:


• Somente darão direito de crédito as mercadorias destinadas ao uso ou
consumo do estabelecimento nele entradas a partir de 1º de janeiro de
2020.
• Já pelas operações com mercadorias destinadas ao ativo permanente, o
direito de crédito de ICMS já pode ser usufruído pelos contribuintes desde a
entrada em vigor da lei Kandir e já foram estudadas nessa aula.

Vamos estudar abaixo o Art. 33. II e IV.

4. Aproveitamento crédito energia elétrica

A lei determina que o estabelecimento somente poderá tomar crédito de


energia elétrica:
a) quando for objeto de operação de saída de energia elétrica;

Ou seja, se a empresa comercializa energia elétrica, por exemplo uma distribuidora


que compra energia da geradora.

b) quando consumida no processo de industrialização;

Numa empresa existem as áreas de fabricação e escritórios. Energia da fábrica,


utilizada na fabricação, pode ser creditada. Energia usada nos escritórios não.
Estabelecimentos puramente comerciais não tem direito ao crédito, a menos que
exportem, como veremos a seguir.

c) quando seu consumo resultar em operação de saída ou prestação para o


obre as saídas ou prestações totais;

Como dissemos, estabelecimentos comerciais não podem se creditar e nem energia


utilizada em áreas que não sejam de fabricação. Mas caso a empresa exporte, poderá
tomar crédito na proporção do quanto exportou.

d)=> a partir de 1º de janeiro de 2020 no consumo da energia elétrica, um


estabelecimento poderá passar a tomar crédito sobre a energia usada em áreas que
não a de fabricação a partir de 2020.

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consumida no processo de industrialização

Somente for objeto de operação de saída de energia elétrica


crédito de
ENERGIA
ELÉTRICA consumo resultar em operação de saída ou prestação para
o exterior

a partir de 2020 nas demais hipóteses

Direito a crédito na entrada de energia elétrica


Art. 33. II – somente dará direito a crédito a entrada de energia elétrica no
estabelecimento:
a) quando for objeto de operação de saída de energia elétrica;
b) quando consumida no processo de industrialização;
c) quando seu consumo resultar em operação de saída ou prestação para o
exterior, na proporção destas sobre as saídas ou prestações totais;
d) a partir de 1o de janeiro de 2020 nas demais hipóteses;

Por exemplo, digamos que uma empresa


comercial, ou em áreas não fabris consumiu $1600
de Energia elétrica, com alíquota de 25% de ICMS.
Total de $400 de ICMS.
Mas essa empresa teve como rendimentos as vendas internas de $12.000 mais
$4.000 de exportação.
Quanto representou a exportação sobre os rendimentos totais?

Foi o valor das exportações dividido pelo total, ou seja:


𝟒𝟎𝟎𝟎 𝟒. 𝟎𝟎𝟎
=( )= ( ) = 𝟎, 𝟐𝟓 = 𝟐𝟓%
𝟏𝟐. 𝟎𝟎𝟎 + 𝟒. 𝟎𝟎𝟎 𝟏𝟔. 𝟎𝟎𝟎

0,25 x ICMS da energia elétrica = 0,25 x $400 = $100


O crédito possível de ICMS da energia elétrica será de $100

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5. Aproveitamento créditos de serviços de comunicação

Direito a crédito no recebimento de serviços de comunicação


Art. 33. IV – somente dará direito a crédito o recebimento de serviços de
comunicação utilizados pelo estabelecimento:
a) ao qual tenham sido prestados na execução de serviços da mesma natureza;
b) quando sua utilização resultar em operação de saída ou prestação para o
exterior, na proporção desta sobre as saídas ou prestações totais;
c) a partir de 1o de janeiro de 2020 nas demais hipóteses.

Para os serviços de comunicação valem as mesmas regras e mesmo cálculo


da energia elétrica, veja abaixo:

ao qual tenham sido prestados na execução de serviços


da mesma natureza
somente
crédito de quando sua utilização resultar em operação de saída ou
SERVIÇOS de prestação para o exterior, na proporção desta sobre as
COMUNICAÇÃO saídas ou prestações totais

a partir de 2020 nas demais hipóteses*

*Perceba que a partir de 01.01.2020, dará direito a crédito o recebimento de


pelo estabelecimento em todas as hipóteses.

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Creditamento Regras
Revenda Apenas regra geral*, não há normas específicas
Entrada de
mercadoria, Industrialização Apenas regra geral*, não há normas específicas
real ou Uso ou consumo Somente darão direito de crédito as mercadorias destinadas ao uso ou consumo
simbólica (art. 33, i) do estabelecimento nele entradas a partir de 1o de janeiro de 2020.
Transporte Apenas regra geral*, não há normas específicas
Somente dará direito a crédito o recebimento de serviços de comunicação pelo:
A) retransmissoras: estabelecimento ao qual tenham sido prestados na execução de
Recebimento
Comunicação serviços da mesma natureza (entra serviço de comunicação e sai serviço de
de serviços
(art. 33, iv) comunicação);
B) exportadoras: quando utilização resultar em exportação na proporção
C) demais hipóteses: a partir de 01/01/2020 (inclusive uso/consumo).

SOMENTE dará direito a crédito:

ENTRADA de a) Distribuidoras: quando for objeto de operação de SAÍDA de energia elétrica (entra energia e sai energia);
energia b) Indústria: quando CONSUMIDA no processo de industrialização
ELÉTRICA (deve ser na produção e não em setores adm.);
(Art. 33, II) c) Exportadoras: consumo resultar em exportação na proporção.
d) Demais Hipóteses: a partir de 01/01/2020 (inclusive uso/consumo).

*Regras gerais: Documento fiscal destacado, contribuinte regular, escrituração correta; extingue em 05 anos; não admite
valor maior que o admitido para a operação.

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• FIM dos 48 meses: saldo remanescente do crédito (se houver) será CANCELADO.
• Alienação do bem ANTES dos 48 meses: NÃO será admitido, a partir da data da alienação, o creditamento.
• O saldo de crédito remanescente deve ser CANCELADO.
• Apropriação do Crédito: apropriado mensalmente, começando no mês em que ocorrer a ENTRADA.
O quociente PODE ser proporcionalmente diminuído ou aumentado, pro rata die caso o período de apuração seja
superior ou inferior a um mês
(EX: se apuração for quinzenal, a razão será de 1/96).
• Saídas NT / Isentas: em cada período não será admitido o crédito em relação à proporção das operações
ENTRADA para NT ou isentas
Ativo EX: 60% das saídas realizadas por uma máquina foram NT. Neste período, será anulado 60% do crédito.
PERMANENTE
• O controle do crédito referente ao ativo imobilizado é feito diretamente no LIVRO Registro de Controle
de Crédito de ICMS do Ativo Permanente – CIAP.

Nas saídas tributadas, serão incluídas as de exportação.

𝑰𝑪𝑴𝑺 𝑵𝑭𝒆 𝐬𝐚í𝐝𝐚𝐬 𝐭𝐫𝐢𝐛𝐮𝐭𝐚𝐝𝐚𝐬


𝐂𝐑É𝐃𝐈𝐓𝐎 𝐈𝐌𝐎𝐁 = ( )𝒙 ( )
𝟒𝟖 𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 𝒅𝒆 𝒔𝒂í𝒅𝒂𝒔

Produtos • Quando a saída posterior for tributada, admite o crédito da operação anterior também tributada.
agropecuários

• ENTRADA – isenta ou alheia à atividade (salvo lei em contrário)


Não permite
crédito • SAÍDA – não tributada ou isenta (ainda que entrada tributada).

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6. - Um pouco mais sobre o assunto estudado na aula


O cálculo da compensação do imposto é importante para a prova. Aqui temos os pontos
que os alunos têm maiores dificuldades. Essa dificuldade vem, principalmente, em torno
do crédito de ICMS sobre o ativo permanente.
Para começar a desvendar, vamos conhecer a lógica da regra que é relativamente
simples.
Do crédito passível de apropriação (a parcela relativa a 1/48 do total do crédito),
apenas poderá ser efetivamente apropriado na apuração do imposto pelo contribuinte
o valor proporcional relativo às saídas tributadas sobre às saídas totais.
Esse cálculo [(saídas tributadas + saídas para exportação) ÷ saídas totais]
resulta no que podemos denominar de "índice de apropriação".
Utilizando os valores do exemplo anterior, em que o valor do crédito de ICMS passível
de apropriação relativo ao bem do AP adquirido foi de R$ 390, digamos que em
determinado mês a empresa apresentou um montante de saídas tributadas no valor de
R$ 60 mil e de saídas isentas no valor de R$ 40 mil.
O crédito a ser efetivamente apropriado na apuração do ICMS será calculado da
seguinte forma:

(a) Saídas tributadas $ 60.000

(b) Saídas totais[$ 60.000 + $ 40.000] $ 100.000

(c) Índice de apropriação [(a) ÷ (b)] 0,60

(d) Parcela passível de apropriação no mês $ 390

Crédito apropriado na apuração do mês


(e) $ 234
[(d) × (c)]

Mas e os $ 156 restantes ($ 390 − $ 234)?


Nesse caso o estabelecimento "perdeu".
Esse valor, referente à proporção das saídas isentas (e não tributadas) sobre às saídas
totais, não pode ser aproveitando no mês do cálculo ou em qualquer outro mês,
conforme estabelecido na Constituição Federal de 1988 (art. 155, § 2º, II).

O montante do crédito a ser apropriado será o obtido pela seguinte fórmula:


Valor total do crédito x 1/48 x (valor das operações de saídas e prestações
tributadas/total das operações de saídas e prestações.)

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Exemplo de creditamento do ativo


(1) Total de crédito de ativo imobilizado: R$ 192.000,00
(2) Saídas totais no mês: R$ 40.000,00
(3) Saídas não tributadas no mês: R$ 16.000,00 ( 6 mil representa exterior)

Cálculo da apropriação no mês:

(192.000 : 48) x (30.000 /40000) = 4000 x 75% = 3.000


O estabelecimento terá direito a se creditar de 3.000 nesse mês de setembro.
Saídas Tributadas= 40.000 – 16.000 + 6.000

O quociente de um quarenta e oito avos será proporcionalmente aumentado ou


diminuído, pro rata die, caso o período de apuração seja superior ou inferior a um mês.
Regra geral.
• Para efeito do crédito deverá observar a proporção de 1/48 avos.
• A primeira fração de 1/48 avos a ser apropriada será no mês em que ocorrer a
entrada no estabelecimento;
• O valor não aproveitado como crédito em um determinado mês, em virtude de não
ter saída de mercadoria, não se transfere para o mês seguinte.

Caro aluno, você pode calcular a porcentagem de operações realizadas para facilitar
seus cálculos.
Valor do ICMS relativo à entrada de bem para incorporação ao ativo imobilizado=
2.800 + 4.400 = 7.200.
Vendas totais realizadas pela empresa no mês: 30.000,00;
Valor das saídas e prestação para o exterior: 4.000,00
(para efeito de cálculo do CIAP, esse valor computa como se tributado fosse);

Valor das saídas e prestações isentas: 8.000,00; valor das saídas e prestações
tributadas: 18.000,00; cálculo do valor do crédito=
{[(2.800 + 4.400) / 48] = 7.200 /48 = 150,00 (valor possível para crédito);
Percentual para crédito, considerando as saídas tributadas:
[(4.000,00 + 18.000,00) = 22.000 / 30.000,00]} = 0,7333,
ou seja, 73,33%;
150,00 x 73,33% = 110,00 valor permitido como crédito a ser utilizado no mês.
Essa rotina de cálculo deve se repetir por todos os 48 meses, para efeito de crédito.

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Mais informações relevantes

BENS DE USO: são aqueles utilizados pelo estabelecimento, na manutenção de


suas atividades, que não se consomem ou não se inutilizam no ato da sua utilização
e possuem vida útil inferior a 1 ano.
BENS DE CONSUMO: são utilizados pelo estabelecimento, na manutenção de suas
atividades, que se consomem ou se inutilizam no ato do consumo.
Exemplo: combustíveis e lubrificantes, material de escritório, material de limpeza, etc.

Fique Ligado: “O material de uso ou consumo tem uma característica peculiar:


o seu ciclo de circulação encerra-se no estabelecimento que o adquire, vale dizer, é
consumido ou usado pelo estabelecimento, não havendo a sua saída posterior”
Vamos resolver muitas questões sobre o tema.

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7. DA APURAÇÃO E DO PAGAMENTO DO IMPOSTO

Aprendemos que o ICMS é não cumulativo, compensando-se o que for devido


em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços de
transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação com o montante cobrado
nas anteriores pelo mesmo ou por outra unidade da Federação.
A apuração periódica é a forma aplicada à grande maioria das operações. Consiste,
neste caso, a essência da aplicação da compensação face ao princípio da não
cumulatividade.
O imposto devido resultará da diferença a maior entre o imposto debitado, relativo às
operações tributadas com mercadorias ou nas prestações e o creditado relativamente
às operações e prestações anteriores.

débito do imposto deve


ser liquidado

por pagamento por


em dinheiro compensação

quando o seu montante for menor ou


quando o seu montante igual ao do crédito, transferindo-se
superar o do crédito. eventual saldo credor para o período
seguinte;

Quando vence a obrigação tributária?

As obrigações consideram-se vencidas na data em que termina o período de apuração.


Em regra, temos que o período de apuração do imposto é mensal, independentemente
do prazo de pagamento, encerrando-se no último dia de cada mês.

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Art. 24. A legislação tributária estadual disporá sobre o período de apuração do


imposto. As obrigações consideram-se vencidas na data em que termina o
período de apuração e são liquidadas por compensação ou mediante
pagamento em dinheiro como disposto neste artigo:
I - as obrigações consideram-se liquidadas por compensação até o montante dos
créditos escriturados no mesmo período mais o saldo credor de período ou períodos
anteriores, se for o caso;
II - se o montante dos débitos do período superar o dos créditos, a diferença será
liquidada dentro do prazo fixado pelo Estado;
III - se o montante dos créditos superar os dos débitos, a diferença será
transportada para o período seguinte.

A liquidação do ICMS pode ocorrer de duas formas:


1) mediante pagamento em dinheiro.

2) por compensação.

Compensação até:
Crédito = Débito
Por período
Apuração
Vencimento = Liquidação
do Imposto Pagamento se
fim do período
Débito > Crédito

Saldo a transportar se
Débito < Crédito

O montante devido resultará da diferença a maior (saldo devedor), em cada


período de apuração, entre as operações relativas à circulação de mercadorias ou às
prestações de serviços, escrituradas a débito fiscal e a crédito fiscal.
A obrigação considera-se liquidada por compensação até o montante dos créditos
escriturados no mesmo período acrescido do saldo credor de período(s) anteriores, se
houver.
Se o montante dos débitos for maior que o dos créditos, a diferença deve ser
liquidada no prazo legal.

Havendo mais créditos do que débitos, a diferença será transportada para o


período seguinte.

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8. Saldos credores

Prezado aluno, você se lembra que algumas operações permitem que a empresa
mantenha o crédito do ICMS, mesmo que a saída não seja tributada?
Por exemplo uma empresa que adquira celulose com ICMS e venda papel imune. Além,
é claro, daquelas que compram com qualquer alíquota de ICMS e exportam.
Quando a empresa gera mais créditos que débitos, ela terá o que chamamos de
“Crédito Acumulado”.
Os créditos acumulados serão utilizados prioritariamente para compensação de débitos
próprios do estabelecimento.
Empresas que acumulam créditos podem transferi-lo para outras empresas do mesmo
titular que possuem saldo a pagar, também podem transferi-lo a empresas
interdependentes.
Primeiramente vejamos o que diz a Lei Kandir a respeito dos créditos acumulados:
Art. 25. Para efeito de aplicação do disposto no art. 24, os débitos e créditos
devem ser apurados em cada estabelecimento, compensando-se os saldos credores
e devedores entre os estabelecimentos do mesmo sujeito passivo localizados no
Estado.

A lei Kandir determina que estabelecimentos do mesmo sujeito passivo


localizados no Estado compensem seus créditos credores e devedores.
Imagine que um sujeito possua dois estabelecimentos no mesmo Estado.
Uma das lojas exporta e a outra faz vendas ao mercado interno.
Um exemplo sobre a matéria.

Loja Créditos ICMS Débitos Vendas Total


Exportadora 1.000 2.600 1.600 a pagar

Não há ICMS nas


Mercado Interno 600 600 de crédito
exportações

Este sujeito passivo deverá utilizar os R$600 de crédito para fazer a compensação, e
só então recolher aos cofres públicos o restante.
Se houvessem mais créditos do que débitos, esses créditos seriam transportados para
o período seguinte, ou realizadas algumas das possibilidades que logo veremos.
Neste caso, recolherá aos cofres públicos R$1.600 – R$600 = R$1.000

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8.1 - Saldos credores acumulados EXPORTAÇÃO DIRETA E INDIRETA

Insta anotar que os débitos e créditos devem ser apurados em cada


estabelecimento, compensando-se os saldos credores e devedores entre os
estabelecimentos do mesmo sujeito passivo localizados no Estado.
Na hipótese do resultado se verificar saldos credores acumulados por
estabelecimentos que realizem operações e prestações de EXPORTAÇÃO DIRETA E
INDIRETA podem ser, na proporção que estas saídas representem do total das
saídas realizadas pelo estabelecimento:
i. Imputados, pelo sujeito passivo a qualquer estabelecimento seu no Estado;
ii. Havendo saldo remanescente, transferidos, pelo sujeito passivo a outros
contribuintes do Estado, mediante a emissão de documento pela autoridade
competente que reconheça o crédito, na forma, condições e prazo previstos em
Decreto do Poder Executivo [DEPENDE DO FISCO].

Art. 25. § 1º Saldos credores acumulados a partir da data de publicação desta


Lei Complementar por estabelecimentos que realizem operações e prestações de que
tratam o inciso II do art. 3º e seu parágrafo único podem ser, na proporção que
estas saídas representem do total das saídas realizadas pelo estabelecimento:
I - imputados pelo sujeito passivo a qualquer estabelecimento seu no Estado;
II - havendo saldo remanescente, transferidos pelo sujeito passivo a outros
contribuintes do mesmo Estado, mediante a emissão pela autoridade competente
de documento que reconheça o crédito.

O inciso II do parágrafo 3º se refere às empresas exportadoras.


A lei Kandir estabelece que a empresa exportadora poderá utilizar os créditos
acumulados na exportação para compensar débitos de outro estabelecimento do mesmo
édito, a autoridade competente poderá autorizar a
transferência entre estabelecimentos de diferentes titulares.

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8.2 - Saldos credores acumulados demais casos – Lei estadual

Nos demais casos de acumulação de crédito, a legislação estadual PODERÁ permitir


que:
i. Sejam imputados pelo sujeito passivo a qualquer estabelecimento seu no
Estado;
ii. Sejam transferidos, nas condições que definir, a outros contribuintes do Estado.

Art. 25. § 2º Lei estadual poderá, nos demais casos de saldos credores acumulados
a partir da vigência desta Lei Complementar, permitir que:
I - sejam imputados pelo sujeito passivo a qualquer estabelecimento seu no Estado;
II - sejam transferidos, nas condições que definir, a outros contribuintes do mesmo
Estado.

1º imputar eventual saldo a estabelecimento seu situado


credor acumulado neste Estado
Eventuais
saldos
credores transferi-lo para outros contribuintes
2º havendo saldo ou
remanescente compensar com o imposto conforme
autorizar legisl Estadual específica

Caso a empresa não seja exportadora, lei estadual poderá autorizar o mesmo
tratamento dado às empresas exportadoras, em que o estabelecimento poderá
transferir os créditos primeiramente a outros estabelecimentos do mesmo titular e o
restante a terceiros.

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Em geral, os casos mais frequentes previstos nas legislações para créditos


acumulados são:
I – Aplicação de alíquotas diversificadas em operações de entrada e de
saída de mercadoria ou em serviço tomado ou prestado
II – Operação ou prestação efetuada com redução de base de cálculo nas
hipóteses em que seja admitida a manutenção integral do crédito.
III - Operação ou prestação realizada sem o pagamento do imposto nas
hipóteses em que seja admitida a manutenção do crédito, tais como isenção ou
não incidência, ou, ainda, abrangida pelo regime jurídico da substituição tributária
com retenção antecipada do imposto ou diferimento.
IV- Exportação.

E se o comerciante vende o produto abaixo do preço de custo, tornando o crédito na


entrada maior que o débito na saída do produto?
Este caso tem tratamento diverso nas legislações estaduais. A lei estadual pode
determinar o estorno proporcional, ou garantir o crédito completo, uma vez que o
comerciante já está tendo prejuízo.

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8.3- Outras formas de apuração do ICMS

Em substituição a apuração do imposto com base em PERÍODO E POR


COMPENSAÇÃO, Decreto do Poder Executivo poderá determinar:
• i. Que o cotejo entre créditos e débitos se faça por mercadoria ou serviço dentro
de determinado período;
• ii. Que o cotejo entre créditos e débitos se faça por mercadoria ou serviço em
cada operação;
• iii. Que o imposto seja pago em parcelas periódicas e calculado por estimativa,
para um determinado período, assegurado ao sujeito passivo o direito de
impugná-la e instaurar processo contraditório.

Art. 26. Em substituição ao regime de apuração mencionado nos arts. 24 e 25, a lei
estadual poderá estabelecer:
I - que o cotejo entre créditos e débitos se faça por mercadoria ou serviço dentro
de determinado período;
II - que o cotejo entre créditos e débitos se faça por mercadoria ou serviço em
cada operação;
III - que, em função do porte ou da atividade do estabelecimento, o imposto seja
pago em parcelas periódicas e calculado por estimativa, para um determinado
período, assegurado ao sujeito passivo o direito de impugná-la e instaurar processo
contraditório.
§ 1º Na hipótese do inciso III, ao fim do período, será feito o ajuste com base na
escrituração regular do contribuinte, que pagará a diferença apurada, se
positiva; caso contrário, a diferença será compensada com o pagamento
referente ao período ou períodos imediatamente seguintes.
§ 2º A inclusão de estabelecimento no regime de que trata o inciso III não dispensa
o sujeito passivo do cumprimento de obrigações acessórias.

A lei poderá estabelecer que o regime de apuração seja feito compensando-se


mercadoria a mercadoria ou serviço a serviço.
Por exemplo, um vendedor de materiais para construção somente poderá compensar
cimento com cimento, telha com telha.
operação,
realmente compensando o crédito daquele produto em especial vendido com a venda
dele mesmo, ou por período.

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Quando digo que o crédito do produto seria compensado com o débito dele mesmo é
porque na grande maioria dos casos, o crédito de um produto já é tomado e computado
para compensação logo na entrada desse produto, mesmo que ele venha a ser
comercializado meses depois.

Veja um esquema do assunto “Apuração do Imposto”.

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Regime de estimativa

O Art. 26 - inciso III fala do regime de estimativa. A apuração por estimativa é uma
modalidade em que o Fisco poderá, com base nos dados de faturamento e porte do
contribuinte, apurar o montante de ICMS a pagar mensalmente.
A cada trimestre ou semestre uma verificação é feita com todos os dados do
contribuinte, e eventuais diferenças são recolhidas. Essa regra prevista na norma.
Art. 26. III - § 1º Na hipótese do inciso III, ao fim do período, será feito o ajuste
com base na escrituração regular do contribuinte, que pagará a diferença
apurada, se positiva; caso contrário, a diferença será compensada com o
pagamento referente ao período ou períodos imediatamente seguintes.

Este regime visa facilitar as apurações, tanto por parte do fisco, quanto por parte do
contribuinte, que só as fará a cada 3 ou 6 meses. Entretanto o recolhimento das
estimativas continua a ser mensal, ou de acordo com o período definido pela legislação.
Pagamentos feitos a mais serão deduzidos nos períodos futuros, e aqueles feitos a menos
poderão ser quitados pelo contribuinte no prazo dado pela legislação, sem juros ou mora.
Essas estimativas poderão ser impugnadas pelo sujeito passivo, caso não concorde com
os valores determinados pelo sujeito ativo.

Apuração por estimativa

Imposto pago
função do parcelas atividade do
determinado
porte; periódicas período estabelecimento

Regra simples, não é porque o contribuinte está em regime diferenciado que está
desobrigado de cumprir as obrigações acessórias.

inclusão de estabelecimento no não dispensa o sujeito passivo de


regime de estimativa obrigações acessórias

e o contr. tem direito de impugnar


essa inclusão.

Cada Estado legislação de forma independente sobre outros casos e sobre a


autorização para que sejam feitas as transferências.

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9. Lista de questões comentadas

1. FCC Órgãos: SEFAZ-SC Provas: Auditor-Fiscal da Receita


Estadual - Auditoria e Fiscalização 2018 (Prova 2)
Conforme estabelece a Lei do ICMS, o contribuinte deverá realizar o estorno do ICMS
que tiver se creditado, sempre que
a) a mercadoria entrada vier a perecer.
b) a mercadoria entrada for objeto de saída imune para o exterior.
c) o serviço tomado vier a ser utilizado para outra prestação de serviço, tributada ou
não.
d) a mercadoria entrada for destinada a material de embalagem ou a ativo imobilizado.
e) o serviço tomado for relativo a transporte aéreo de pessoas ou de carga.
Resolução:
O sujeito passivo deverá efetuar o estorno do imposto que tiver se creditado sempre
que o serviço tomado ou a mercadoria entrada no estabelecimento, sendo esta
circunstância imprevisível na data da entrada da mercadoria ou da utilização do
serviço:

1) For objeto de saída ou prestação de serviço não tributada ou isenta;

2) For integrada ou consumida em processo de industrialização, quando a saída do


produto resultante não for tributada ou estiver isenta do imposto;

3) for utilizada no consumo do próprio estabelecimento;

4) Vier a ser utilizada em fim alheio à atividade do estabelecimento;

5) Vier a perecer, deteriorar-se ou extraviar-se.

6) Inexistir, por qualquer motivo, de operação ou prestação posterior.

sivo deverá efetuar o estorno do imposto de que


se tiver creditado sempre que o serviço tomado ou a mercadoria entrada no
estabelecimento:
I - for objeto de saída ou prestação de serviço não tributada ou isenta, sendo esta
circunstância imprevisível na data da entrada da mercadoria ou da utilização do
serviço;
II - for integrada ou consumida em processo de industrialização, quando a saída
do produto resultante não for tributada ou estiver isenta do imposto;
III - vier a ser utilizada em fim alheio à atividade do estabelecimento;
IV - vier a perecer, deteriorar-se ou extraviar-se.

a) Correta, hipótese de estorno do crédito, prevista LC 87/96 Art. 21.

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b) Errada, hipótese de manutenção do crédito nas exportações


c) Errada, o fato da saída seguinte ser tributada não obriga o estorno na entrada.
d) Errada, tanto o ativo imobilizado quanto o material de embalagem permitem o
creditamento.
e) Errada, o serviço de transporte aéreo também é tributado, especialmente no caso
da carga, e neste caso não obriga o estorno do crédito.
Gabarito 1. A

2. (FCC /Procurador - PGE-TO/2018)


O ICMS é um imposto não cumulativo, por expressa determinação constitucional. A
Lei complementar no 87/1996 estabelece, no caput de seu art. 23, que o direito de
crédito, para efeito de compensação com débito do imposto, reconhecido ao
estabelecimento que tenha recebido as mercadorias ou para o qual tenham sido
prestados os serviços, está condicionado à idoneidade da documentação e, se for o
caso, à escrituração nos prazos e condições estabelecidos na legislação.
De acordo com o parágrafo único do artigo mencionado, o direito de utilizar o crédito
do ICMS extingue-se depois de decorridos
a) cinco anos, contados do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que a
mercadoria ou o serviço foram recebidos.
b) três anos, contados da data da entrada da mercadoria no estabelecimento ou do
recebimento do serviço.
c) cinco anos, contados da data de emissão do documento.
d) três anos, contados da data em que saiu do estabelecimento a mercadoria que
deu suporte ao crédito.
e) três anos, contados da data da ocorrência do fato gerador.
Resolução:
A resposta para essa questão se encontra na Lei Kandir. Lembre-se que por ser regra
geral do ICMS, o CTE repete em seu texto esse dispositivo.
O direito de crédito, para efeito de compensação com débito do imposto,
reconhecido ao estabelecimento que tenha recebido as mercadorias ou para o qual
tenham sido prestados os serviços, está condicionado à idoneidade da
documentação e, se for o caso, à escrituração nos prazos e condições
estabelecidos na legislação.
Parágrafo único. O direito de utilizar o crédito extingue-se depois de decorridos
cinco anos contados da data de emissão do documento.

Gabarito 2. C

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3. (Exponencial Concursos)
De acordo com a Constituição Federal e com a Lei Complementar no 87/1996, a
isenção ou não-incidência do ICMS
a) implicará, salvo disposição da legislação em contrário, vedação ao crédito para
compensação com o montante devido nas operações ou prestações seguintes, exceto
quando se tratar de operações que destinem álcool carburante e seus derivados a outros
Estados.
b) acarretará a anulação do crédito relativo às operações anteriores, exceto quando
houver determinação em contrário da legislação.
c) implicará, necessariamente, vedação ao crédito para compensação com o montante
devido nas operações ou prestações seguintes.
d) acarretará, necessariamente, a anulação do crédito relativo às operações
anteriores, inclusive quando se tratar de operações que destinem mercadorias para o
exterior.
e) acarretará a anulação do crédito relativo às operações anteriores, inclusive quando
se tratar de operações com o papel destinado à impressão de livros, jornais e periódicos.
Resolução
Alternativa a) A operação interestadual com combustível é imune ao ICMS quando
for revenda
CF Art. 155 § 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte:
II - a isenção ou não-incidência, salvo determinação em contrário da legislação:
a) não implicará crédito para compensação com o montante devido nas operações ou
prestações seguintes

Alternativa b) CERTO:
CF Art. 155 § 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte:
II - a isenção ou não-incidência, salvo determinação em contrário da legislação:
b) acarretará a anulação do crédito relativo às operações anteriores

Alternativa c) a isenção ou não-incidência pode implicar em crédito para


compensação se permitido pela legislação.

Alternativa d) Na exportação há crédito de ICMS


Art. 155 §2 X - não incidirá:
sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre serviços
prestados a destinatários no exterior, assegurada a manutenção e o aproveitamento
do montante do imposto cobrado nas operações e prestações anteriores

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Alternativa e) Lei Kandir Art. 21 § 2o Não se estornam créditos referentes a mercadorias e


serviços que venham a ser objeto de operações ou prestações destinadas ao exterior ou de
operações com o papel destinado à impressão de livros, jornais e periódicos

Gabarito 3. B

4. (FGV AFRE-RO 2018)


Analise as afirmativas a seguir, assinalando (V) para a verdadeira e (F) para falsa.
( ) O sujeito passivo do ICMS deverá estornar crédito decorrente de entrada de
mercadoria em seu estabelecimento, quando esta mercadoria for objeto de saída com
redução de alíquota.
( ) É hipótese de estorno de crédito, a utilização de mercadoria em fim alheio à
atividade do estabelecimento.
( ) Os créditos referentes a mercadorias e serviços que venham a ser objeto de
operações destinadas ao exterior, devem ser estornados.
Na sequência em que aparecem, as afirmativas são, respectivamente,
a) V - F - V.
b) F - V - F.
c) V - F - F.
d) F - V - V.
e) V - V - F.
Resolução
Alternativa (F) Falso. O estorno deve ser feito quando houver redução da base de
cálculo. A banca criou uma pegadinha e não da alíquota!
Dessa forma, a saída posterior com alíquota reduzida não se encontra entre as

Alternativa (V) Verdadeiro. O sujeito passivo deverá efetuar o estorno do imposto


de que se tiver creditado sempre que o serviço tomado ou a mercadoria entrada no
estabelecimento se vier a ser utilizada em fim alheio à atividade do estabelecimento;
Alternativa (F) Falso. Não se estornam créditos referentes a mercadorias e serviços
que venham a ser objeto de operações ou prestações destinadas ao exterior.
Gabarito 4. B

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5. (FUNDATEC/AFRE-RS/2014)
Em relação ao crédito fiscal de ICMS, assinale a alternativa incorreta.
a) O sujeito passivo deverá efetuar o estorno do Imposto de que se tiver creditado
sempre que o serviço tomado ou a mercadoria entrada no estabelecimento for integrada
ou consumida em processo de produção industrial ou agropecuária, quando a saída do
produto resultante não for tributada ou estiver isenta do Imposto.
b) Não se estornam créditos fiscais relativos às mercadorias que entram no
estabelecimento para integração ou consumo em processo de produção de mercadorias
industrializadas, inclusive semielaboradas, destinadas ao exterior.
c) Para fins de compensação, é assegurado ao sujeito passivo o direito de creditar-se
do Imposto anteriormente cobrado e destacado na 1ª via do documento fiscal, em
operações de que tenha resultado a entrada de energia elétrica no estabelecimento,
apenas quando for consumida no processo de industrialização.
d) O sujeito passivo deverá efetuar o estorno do Imposto de que se tiver creditado
sempre que o serviço tomado, ou a mercadoria que entrou no estabelecimento, vier a
ser utilizada em fim alheio à atividade do estabelecimento.
e) Não se estornam créditos fiscais relativos às mercadorias e serviços que venham a
ser objeto de operações ou prestações destinadas ao exterior ou de operações com
papel destinado à impressão de livros, jornais e periódicos.
Resolução:
As demais alternativas estão corretas e estão de acordo com a legislação. Ótima
questão para revisar alguns casos.
Quanto à alternativa C, o erro é clássico! Sempre que você ver as palavras “apenas”,
“somente”, “sempre”, “nunca”, pode desconfiar.
Pode se efetuar o crédito da energia elétrica nas seguintes situações:

=> quando for objeto de operação de saída de energia elétrica;

=> quando consumida no processo de industrialização;

=> quando seu consumo resultar em operação de saída ou prestação para o


exterior, na proporção destas sobre as saídas ou prestações totais;

Gabarito 5. C.

6. (FCC/AFR-SP/2013)
Conforme a legislação vigente, a entrada de energia elétrica no estabelecimento de
contribuinte do ICMS pode ensejar, em algumas situações específicas, o direito de
crédito do ICMS, desde que atendidos os requisitos previstos na legislação. NÃO enseja
o direito de crédito de ICMS o recebimento de energia

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a) objeto de saída em operação interna, sujeita ao ICMS.


b) utilizada em processo de refrigeração, em estabelecimento varejista, que vende
produtos resfriados sujeitos ao ICMS.
c) utilizada em processo industrial, para fabricar mercadoria cuja saída é sujeita ao
ICMS.
d) utilizada em processo de produção rural de fruta (irrigação) destinada à exportação.
e) utilizada em usina de reciclagem, que transforma resíduos (lixo) em matéria-prima,
para a produção de papel e de plástico.
Resolução:
Empresa Varejista não tem direito a crédito de ICMS da energia elétrica. As demais
alternativas se encaixam nas hipóteses abaixo:
Somente dará direito a crédito a entrada de energia elétrica no estabelecimento:

=> quando for objeto de operação de saída de energia elétrica;

=> quando consumida no processo de industrialização;

=> quando seu consumo resultar em operação de saída ou prestação para o


exterior, na proporção destas sobre as saídas ou prestações totais;

Gabarito 6. B

7. (FCC/AFR-SP/2013)
O ICMS é um imposto que tem como uma de suas características da não
cumulatividade. Desta forma, e respeitando certas regras e condições, o valor do
imposto pago em operações anteriores pode ser utilizado para pagar, mediante
compensação, o valor do imposto devido, em determinado período. Considere as
seguintes operações de uma indústria:
a) Recebimento de matéria-prima, de fornecedor paranaense, para ser utilizada como
0, mais frete no valor de R$ 30,00.
b) Recebimento de material de embalagem, de fornecedor paulista, para embalar o
produto fabricado: valor da compra R$ 50,00, valor do frete incluído no preço.
c) Recebimento de combustível, de fornecedor paulista, para utilização no processo
produtivo: valor da compra R$ 40,00, valor do frete incluído no preço.
d) Recebimento de material de escritório, de fornecedor mineiro, para uso no
departamento de pessoal: valor de compra R$ 15,00, mais frete no valor de R$ 5,00.
e) Recebimento de energia elétrica, de fornecedor paulista, para utilização no processo
produtivo: valor da conta de energia R$ 20,00.
Atendidas as regras e condições, o valor que poderá ser creditado relativamente às
operações elencadas é
a) R$ 61,20.

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b) R$ 47,40.
c) R$ 51,00.
d) R$ 43,80.
e) R$ 40,20.
Resolução:
Vamos calcular!
Recebimento de matéria-prima, de fornecedor paranaense, para ser utilizada como
insumo: valor da compra R$ 200,00, mais frete no valor de R$ 30,00.
PR para SP – A Alíquota é Interestadual 12%.
Valor inclui o frete. Então temos um crédito de 12% x 230,00 = 27,60
Recebimento de material de embalagem, de fornecedor paulista, para embalar o
produto fabricado: valor da compra R$ 50,00, valor do frete incluído no preço.
Alíquota interna paulista 18%. Crédito de 18% x 50,00 = 9,00
Recebimento de combustível, de fornecedor paulista, para utilização no processo
produtivo: valor da compra R$ 40,00, valor do frete incluído no preço.
Operação interna, ICMS de 18%. 18% x 40,00 = 7,20
Recebimento de material de escritório, de fornecedor mineiro, para uso no
departamento de pessoal: valor de compra R$ 15,00, mais frete no valor de R$ 5,00.
Material de escritório não dá direito a crédito. Talvez a partir de 2020 se não houver
outra prorrogação da lei complementar 138/2010.
Recebimento de energia elétrica, de fornecedor paulista, para utilização no processo
produtivo: valor da conta de energia R$ 20,00.
Energia utilizada no processo produtivo permite crédito. Operação interna com
alíquota 18%. Teremos crédito no valor de 18% x 20,00 = 3,60
Total de crédito = 47,40
Gabarito 7. B.

8. (FCC/AFR-SP/2013)
Quando em um estabelecimento se realizam determinadas operações de entrada e
saída de mercadorias, pode ocorrer que o valor dos créditos supere o valor dos débitos,
resultando na formação de saldo credor de ICMS. Em algumas situações, a legislação
considera que houve a geração de crédito acumulado; em outras situações houve
simplesmente a formação de saldo credor, não passível de ser apropriado e utilizado
como crédito acumulado. É uma hipótese passível de gerar crédito acumulado o
recebimento de mercadoria proveniente de

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a) fornecedor paulista, para ser revendida, e subsequente saída para consumidor


pessoa natural localizada no Distrito Federal.
b) fornecedor baiano, para ser revendida, e subsequente saída para cliente
paranaense.
c) fabricante paulista, com retenção antecipada do imposto, para ser revendida, e
subsequente saída para varejista paulista.
d) fornecedor mineiro, com retenção antecipada do imposto, para ser revendida, e
subsequente saída para consumidor final paulista.
e) fornecedor paulista, para ser utilizada no processo produtivo, e subsequente saída
do produto resultante com destino a cliente localizado no exterior.
Resolução:
Todas as alternativas, exceto a E, são casos em que ocorrerá a tributação na saída da
mercadoria também. Além disso, em todos os casos a alíquota de entrada é menor ou
igual à alíquota de saída.
Entrada com alíquota interna e saída também com alíquota interna.
Entrada a 12% e saída a 12% ou 18%
Aqui ocorrerá ST. Se há ST, presume-se que a saída será dentro do Estado. Logo, a
alíquota de saída será igual a alíquota de entrada.
Entrada com 12% e saída com 18%.
Entrada com crédito que é mantido devido à saída para exportação. Vejamos a base
legal:
LC 87/96 Art. 21. § 2o Não se estornam créditos referentes a mercadorias e serviços
que venham a ser objeto de operações ou prestações destinadas ao exterior ou de
operações com o papel destinado à impressão de livros, jornais e periódicos.

Gabarito 8. E.

9. (FGV/FRE-AP/2010)
Certo contribuinte lançou a crédito o ICMS relativo a determinada mercadoria entrada
no estabelecimento e, posteriormente, efetivou seu estorno integral. Dentre as
alternativas a seguir apenas uma não justifica adequadamente o procedimento do
contribuinte.
Assinale-a.
a) A mercadoria integrou processo de industrialização, sendo isenta a saída do produto
dele resultante.
b) A respectiva nota fiscal tinha sido emitida mais de cinco anos antes da apropriação
do crédito nela destacado.

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c) A mercadoria veio a deteriorar-se.


d) A posterior operação de venda gozou de redução da base de cálculo do imposto.
e) O respectivo documento fiscal deparou-se inidôneo, por não ser o exigido para a
operação.
Resolução:
As situações que ensejam o estorno são as seguintes:
LC 87/96 Art. 21. O sujeito passivo deverá efetuar o estorno do imposto de que se
tiver creditado sempre que o serviço tomado ou a mercadoria entrada no
estabelecimento:
- for objeto de saída ou prestação de serviço não tributada ou isenta, sendo esta
circunstância imprevisível na data da entrada da mercadoria ou da utilização
do serviço;
- for integrada ou consumida em processo de industrialização, quando a saída do
produto resultante não for tributada ou estiver isenta do imposto;
- vier a ser utilizada em fim alheio à atividade do estabelecimento;
- vier a perecer, deteriorar-se ou extraviar-se.

Gabarito 9. D.

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10. (FGV/AFRE-RJ)
Quando ocorre redução na base de cálculo, o estorno deve ser proporcional à parcela
correspondente de redução. Logo, na alternativa D, o estorno será PROPORCIONAL.
Com relação à apuração e pagamento do ICMS, analise as afirmativas a seguir.
I - Débito de imposto não se confunde com imposto devido.
II - Adicionam-se aos débitos os estornos de créditos e o saldo credor apurado no
período anterior.
III - Os créditos do período são constituídos pelos valores do imposto relativo às
operações de que decorrerem as entradas de mercadorias no estabelecimento.
Assinale:
a) se apenas a afirmativa I estiver correta.
b) se apenas a afirmativa II estiver correta.
c) se apenas a afirmativa III estiver correta.
d) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.
e) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
Resolução:
O erro na assertiva II está no fato de que devemos subtrair o saldo credor dos débitos.
I) CORRETO. Débito do ICMS corresponde ao valor apurado antes de ser subtraído o
valor do crédito ao qual o contribuinte faz jus. Já imposto devido é o imposto que
efetivamente será recolhido ao fisco estadual, calculado mediante o débito do ICMS
subtraído do crédito do mesmo imposto.

II) INCORRETO. Saldo credor é subtraído, e não somado.


III) CORRETO. Está de acordo com o artigo 20 da lei Kandir:
Art. 20. Para a compensação a que se refere o artigo anterior, é assegurado ao
sujeito passivo o direito de creditar-se do imposto anteriormente cobrado em
operações de que tenha resultado a entrada de mercadoria, real ou simbólica, no
estabelecimento, inclusive a destinada ao seu uso ou consumo ou ao ativo
permanente, ou o recebimento de serviços de transporte interestadual e
intermunicipal ou de comunicação.

Gabarito 10. D.

11. (FCC/AFTE-RO)
A respeito da compensação do ICMS, é correto afirmar:

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a) O imposto é não cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação


relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços de transporte
interestadual e intermunicipal e de comunicação com o montante pago nas operações
anteriores ao mesmo ou a outro Estado.
b) É vedado o crédito relativo a mercadoria entrada no estabelecimento ou prestação
de serviços a ele feita para integração ou consumo em processo de industrialização ou
produção rural, quando a saída do produto resultante for tributada pelo imposto, exceto
se se tratar de saída para o exterior.
c) É permitido o crédito relativo a mercadoria entrada no estabelecimento ou prestação
de serviços a ele feita para comercialização ou prestação de serviço, quando a saída ou
a prestação subsequente estiverem isentas do imposto, exceto se se tratar de saída
para o exterior.
d) Os créditos decorrentes de entrada de mercadorias no estabelecimento destinadas
ao ativo permanente deverão ser feitos à razão de um sessenta avos por mês, devendo
a primeira fração ser apropriada no mês em que ocorrer a entrada no estabelecimento.
e) Não dão direito a crédito as entradas de mercadorias ou utilização de serviços
resultantes de operações ou prestações que se refiram a mercadorias ou serviços
alheios à atividade do estabelecimento.
Resolução:
Essa questão é daquelas que dá raiva do examinador! Tente encontrar o erro da
assertiva a). Veja a base legal:
LC 87/96 Art. 19. O imposto é não-cumulativo, compensando-se o que for devido em
cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços de
transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação com o montante cobrado
nas anteriores pelo mesmo ou por outro Estado.
A assertiva trocou cobrado por pago. De fato, a compensação, o crédito e o débito do
imposto não ocorrem com o efetivo pagamento, e sim com a cobrança. Logo é errado
o que diz a assertiva, mas isso serve para você ficar bem atento!
Se a mercadoria for exportada, poderá ser mantido o crédito. Consumo em processo
de industrialização também permite crédito. Se a saída for isenta ou não tributada, o
crédito não será permitido. Logo, há diversos erros na assertiva.
Se a saída posterior for isenta, o crédito não será permitido.
O crédito referente a ativo é de um quarenta e oito avos por mês, e não um sessenta
avos como afirma a questão.
Assertiva correta.
LC 87/96 Art. 20, § 1º Não dão direito a crédito as entradas de mercadorias ou
utilização de serviços resultantes de operações ou prestações isentas ou não
tributadas, ou que se refiram a mercadorias ou serviços alheios à atividade do
estabelecimento

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Gabarito 11. E

12. (FCC/AFTE-RO/2010) NÃO dão direito de crédito do


ICMS
a) as mercadorias destinadas ao uso ou consumo do estabelecimento, no exercício de
2010.
b) a entrada de energia elétrica no estabelecimento, quando for objeto de operação
de saída de energia elétrica.
c) a entrada de energia elétrica no estabelecimento, quando for consumida no
processo de industrialização.
d) o recebimento de serviços de comunicação, utilizados pelo estabelecimento ao qual
tenham sido prestados, na execução de serviços da mesma natureza.
e) o recebimento de serviços de comunicação, utilizados pelo estabelecimento, quando
sua utilização resultar em operação de saída ou prestação para o exterior, na proporção
desta sobre as saídas ou prestações totais.
Resolução:
Mercadorias destinadas ao uso ou consumo só darão direto a crédito a partir de 2020.
Os demais itens dão direito a crédito.
Gabarito 12. A

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13. (FGV/AFRE-RJ/Adaptada)
Sociedade empresarial localizada no Estado do Rio de Janeiro, com atividade de
indústria, realizou, no mês de novembro de 2008, as operações abaixo descritas.
i- Aquisição de matéria-prima (provinda do Estado do Espírito Santo): R$ 100.000,00
ii- Aquisição de um bem destinado ao ativo permanente (vendedor localizado no Estado
do Rio de Janeiro): R$ 10.000,00
iii- Aquisição de bens de consumo (vendedor localizado no Estado do Rio de Janeiro): R$
5.000,00
iv- Aquisição de embalagem (no Estado do Rio de Janeiro), confeccionada por
encomenda e com identificação do encomendante, mediante composição gráfica: R$
1.000,00
v- Venda de produtos destinados a comerciantes localizados em Fortaleza/CE: R$
80.000,00
vi- Venda de produtos destinados à Prefeitura Municipal de Florianópolis/SC: R$
60.000,00
vii- Transferência de produtos fabricados para estabelecimento da própria sociedade
empresarial, localizado no Estado do Rio de Janeiro: R$ 50.000,00 (equivalente ao preço
médio praticado nas vendas a outros contribuintes)
viii- Integração ao ativo permanente de mercadoria produzida pela própria sociedade
empresária: R$ 4.000,00
ix- Exportação para o exterior de produtos fabricados: R$ 100.000,00
x- Valor do ICMS creditado na aquisição das matérias primas e produtos intermediários
utilizados na fabricação das mercadorias integradas ao ativo permanente (VIII): R$
400,00 e, nas destinadas à exportação (IX): R$ 7.000,00
Observações:
Nas operações internas, aplicou-se a alíquota normal básica do imposto, além de não
se haver considerado o adicional ao Fundo de Combate à Pobreza e às Desigualdades
Sociais.
Não se cogitou da questão relativa à integração, ou não, do IPI à base de cálculo do
ICMS.
a as operações (entradas e saídas).
Computou-se o valor de R$ 5.500,00 como saldo credor do imposto relativo ao
confronto do período de outubro de 2008.
Ao final daquele período, a referida sociedade empresarial efetivou o confronto entre
créditos e débitos do ICMS, no qual apurou o saldo indicado em uma das alternativas
que se seguem. Assinale-a.
a) saldo credor de R$ 317,50
b) saldo devedor de R$ 8.082,50
c) saldo devedor de R$ 6.320,00
d) saldo credor de R$ 1.200,00
e) saldo devedor de R$ 4.337,50

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Resolução:
Questão trabalhosa.
O candidato deve ter em mente as alíquotas e os casos que permitem o crédito.
Veja que a alíquota do ICMS padrão interna dos Estados vai ser de 18% ou 17%.
Quando você for realizar um certame específico, tenha bem em mente os valores, pois
dificilmente serão dados.
i- Aquisição de matéria-prima (provinda do Estado do Espírito Santo): R$
100.000,00

Operação interestadual. Crédito = R$ 100.000,00 x 12% = 12.000


ii- Aquisição de um bem destinado ao ativo permanente (vendedor localizado
no Estado do Rio de Janeiro): R$ 10.000,00

Alíquota interna, porém crédito na proporção de 1/48 ao mês por se tratar de ativo
fixo. Crédito = 10.000,00 x 18% x 1/48 = 37,50

iii- Aquisição de bens de consumo (vendedor localizado no Estado do Rio de


Janeiro): R$ 5.000,00

Não dá direito a crédito. Somente após 2020 (se não houver outra prorrogação)

iv- Aquisição de embalagem (no Estado do Rio de Janeiro), confeccionada por


encomenda e com identificação do encomendante, mediante composição
gráfica: R$ 1.000,00

Alíquota interna. Crédito = 1.000,00 x 18% = 180,00

v- Venda de produtos destinados a comerciantes localizados em


Fortaleza/CE: R$ 80.000,00

Alíquota interestadual 7%. Débito = 80.000,00 x 7% = 5.600,00

vi- Venda de produtos destinados à Prefeitura Municipal de Florianópolis/SC:


R$ 60.000,00

A Prefeitura é NÃO CONTRIBUINTE. Logo, a alíquota será interna, mesmo estando em


outro Estado. Débito = 60.000,00 x 18% = 10.800,00
vii- Transferência de produtos fabricados para estabelecimento da própria
sociedade empresarial, localizado no Estado do Rio de Janeiro: R$ 50.000,00
(equivalente ao preço médio praticado nas vendas a outros contribuintes)

Lembre-se que a saída de mercadorias, ainda que para outro estabelecimento do


mesmo contribuinte, constitui fato gerador.
Débito = 50.000,00 x 18% = 9.000,00
Mas já que saiu para estabelecimento do mesmo contribuinte, não deveria haver um
crédito aí?

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Primeiro que quem deverá tomar o crédito é o estabelecimento receptor. Lembre-se


que são autônomos.
Segundo que a questão não informou se a mercadoria seria comercializada, logo, não
sabemos se o estabelecimento poderá tomar crédito. Já o Débito é indiscutível.

viii- Integração ao ativo permanente de mercadoria produzida pela própria


sociedade empresária: R$ 4.000,00

Não há crédito neste caso. O crédito de eventuais matérias primas deve ser estornado.
Os valores aparecem em item posterior.

ix- Exportação para o exterior de produtos fabricados:

R$ 100.000,00 Operação imune.

x- Valor do ICMS creditado na aquisição das matérias primas e produtos


intermediários utilizados na fabricação das mercadorias integradas ao ativo
permanente (VIII):

R$ 400,00 e, nas destinadas à exportação (IX): R$ 7.000,00


O crédito referente ao ativo deve ser estornado. Estorno = 400,00
O crédito referente às mercadorias exportadas será mantido.
Este crédito já foi tomado em períodos anteriores.
Veja que não foi citada essa entrada de mercadoria no mês de novembro.
Créditos: 12.000,00 + 37,50 + 180,00 + 5.500,00 = 17.717,50
Débitos: 5.600,00 + 10.800,00 + 9.000,00 = 25.400,00
Estorno: 400,00
Total = 25.400,00 – 17.717,50 + 400,00 = 8.082,50
Gabarito 13. B

E-RS/Adaptada)
A redução de base de cálculo na operação de saída de mercadoria integrante da cesta
básica de alimentos:
a) Está condicionada ao estorno proporcional dos créditos fiscais relativos a entrada
no estabelecimento.
b) Está condicionada a não apropriação ou ao estorno do crédito fiscal que exceder ao
resultante da aplicação do percentual de 7% (sete por cento).
c) Não está condicionada, podendo o crédito ser aproveitado integralmente.
d) Está condicionada a prova de regularidade fiscal do contribuinte.
e) Não está condicionada ao estorno proporcional dos créditos fiscais relativos a
entrada no estabelecimento advinda de outro Estado.
Resolução:

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O estorno, em caso de saídas com base de cálculo reduzida, deverá ser proporcional.
Gabarito 14. A

15. (FCC/AFR-SP/Adaptada)
Numa fábrica de camisas, localizada no bairro do Brás, em São Paulo-SP, ocorreram
os seguintes eventos no mês de junho de 2009:
Em 15/06/09, recebeu em devolução, por empresa capixaba, um lote de camisas no
valor de R$ 10.000,00. Na saída, o remetente capixaba emitiu Nota Fiscal com o mesmo
valor pelo qual havia recebido as mercadorias, porém destacou imposto alterando a
alíquota de 7% para 12% pelo fato de estar remetendo as mercadorias para São Paulo.
Em 19/06/09, recebeu máquina adquirida para utilizar na produção, com ICMS
destacado no valor de R$ 14.400,00.
Em 24/06/09, recebeu mesa, cadeiras, estantes, quadros e outros objetos de
decoração, tudo destinado à sala de reuniões da diretoria. O ICMS destacado em Nota
Fiscal foi de R$ 2.400,00.
Considere que, em junho de 2009, as operações de saídas de mercadorias da empresa
foram integralmente tributadas pelo ICMS, e que não há redução da base de cálculo em
nenhuma dessas operações.
Em relação aos eventos I, II e III, o valor do crédito fiscal que poderá ser escriturado
em junho de 2009 é
a) R$ 850,00
b) R$ 1.000,00
c) R$ 1.300,00
d) R$ 1.350,00
e) R$ 1.450,00
Resolução:
O valor de ICMS na nota fiscal de devolução deve ser o mesmo. Deve conter a mesma
base de cálculo e mesma alíquota, além de mencionar a nota fiscal original. Crédito =
R$ 10.000,00 x 7% = R$ 700,00
O crédito na aquisição de ativo fixo é na proporção de 1/48 ao mês. Logo, o crédito
será de R$ 14.400,00 / 48 = R$ 300,00
Uso e consumo somente darão crédito após 2020. Aqui não há crédito. Total = R$
700,00 + R$ 300,00 = R$ 1.000,00
Gabarito 15. B

16. (FCC/AFR-SP/Adaptada)
Considere os seguintes lançamentos a crédito efetuados por contribuintes paulistas:

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Crédito levado a efeito por comerciante, em julho de 2009, referente ao ICMS


efetivamente pago por meio de guia de recolhimentos especiais, por ocasião do
desembaraço aduaneiro de mercadorias importadas ocorrido em 31/07/09, sendo que
as mercadorias ingressaram no estabelecimento do comerciante apenas em 03/08/09.
Crédito do ICMS, destacado em Nota Fiscal de aquisição de ferramentas e peças de
reposição de veículos de passeio, feito por empresa fabricante de suco de laranja.
Crédito do ICMS incidente sobre a energia elétrica consumida na fabricação de pães e
doces, efetuado por panificadora.
Crédito do ICMS, na aquisição de óleo diesel para abastecimento de caminhões
próprios, utilizados por empresa distribuidora de refrigerantes, na entrega das
mercadorias cujo ICMS fora retido antecipadamente por substituição tributária.
Com base na atual legislação do ICMS, estão corretos os lançamentos
a) I, II, III e IV.
b) I e III, apenas.
c) I, III e IV, apenas.
d) II e IV, apenas.
e) III e IV, apenas.
Resolução:
– Crédito Correto.
– Crédito Incorreto. Mercadoria alheia a atividade do estabelecimento.
LC 87/96 Art. 20, § 1º Não dão direito a crédito as entradas de mercadorias ou
utilização de serviços resultantes de operações ou prestações isentas ou não tributadas,
ou que se refiram a mercadorias ou serviços alheios à atividade do estabelecimento.
- Crédito Correto.
– Crédito Correto. O negócio do estabelecimento é a entrega de refrigerantes.
ete.
Gabarito 16. C

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17. (FCC/AFR-SP/Adaptada)
A indústria Farrusca, de Cubatão-SP, realiza beneficiamento de resíduos sólidos
industriais, cujos produtos resultantes são: 80% tributados pelo ICMS e 20% isentos
desse imposto. No dia 12 de junho de 2009, adquiriu uma máquina de grande porte
para a fábrica, com ICMS destacado, nos documentos fiscais, no montante de R$
36.000,00 e de R$ 1.200,00 sobre a mercadoria e o frete, respectivamente. A parcela
do crédito a que terá direito, em face da entrada de bens destinados ao ativo
permanente da empresa, e que poderá ser apropriada no período, é
a) R$ 600,00 e R$ 20,00
b) R$ 750,00 e R$ 25,00
c) R$ 600,00 e não pode
d) R$ 750,00 e não pode
e) R$ 36.000,00 e R$ 1.200,00
Resolução:
LC 87/96 Art. 20 § 5o Para efeito do disposto no caput deste artigo, relativamente aos
créditos decorrentes de entrada de mercadorias no estabelecimento destinadas ao ativo
permanente, deverá ser observado
– a apropriação será feita à razão de um quarenta e oito avos por mês, devendo a
primeira fração ser apropriada no mês em que ocorrer a entrada no estabelecimento;
– em cada período de apuração do imposto, não será admitido o creditamento de que
trata o inciso I, em relação à proporção das operações de saídas ou prestações isentas
ou não tributadas sobre o total das operações de saídas ou prestações efetuadas no
mesmo período;
Tanto a máquina quanto o frete serão creditados à razão de 1/48 ao mês.
Entretanto, saídas isentas ou não tributadas deverão ser reduzidas proporcionalmente
aos créditos.
Caso todas as saídas tivessem sido tributadas, o crédito seria de : Maquina: 36.000
/48 = 750,00
Frete: 1.200 / 48 = 25,00
Mas, como as saídas tributadas foram 80%, o crédito também será! Maquina: 750,00
x 80% = 600,00
Frete: 25,00 x 80% = 20,00
Gabarito 17. A

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18. (Prof. Wilson Tavares – 2018)


O ICMS é não-cumulativo. A respeito dessa assertiva, assinale a alternativa correta.
a) O princípio da não-cumulatividade, no ICMS, autoriza a compensação do crédito de
qualquer imposto anteriormente cobrado nas operações de que tenha resultado a
entrada da mercadoria no estabelecimento.
b) É assegurado o crédito do ICMS incidente nas operações anteriores ainda que as
operações subsequentes sejam isentas ou não tributadas, ficando, nessa situação,
acumulado o crédito para aproveitamento oportuno, em outras operações.
c) O contribuinte remetente pode aproveitar o ICMS devido para o Estado de Santa
Catarina e incidente sobre a aquisição interestadual de bem para integrar o ativo
permanente do adquirente, apurado com base na diferença entre a alíquota
interestadual e a alíquota interna.
d) Se a mercadoria entrada no estabelecimento, mediante operação tributada pelo
ICMS, for objeto de saída com base de cálculo reduzida, a lei estadual pertinente exige
o estorno do crédito do ICMS anteriormente cobrado na mesma proporção da redução.
e) Tratando-se de princípio constitucionalmente assegurado, a lei estadual do ICMS
não impõe qualquer restrição temporal à compensação do ICMS anteriormente cobrado
nas operações de entrada de mercadoria no estabelecimento.
Resolução:

Alternativa D) CORRETA Quando ocorrer saída com base de cálculo reduzida, deverá
ocorrer o estorno na mesma proporção da redução. Imagine que a redução é uma
isenção sobre parte do fato gerador. Isenções requerem que ocorra o estorno, logo,
deve-se estornar a parte do imposto referente a parte do produto que teve isenção.
Vejamos os erros das demais alternativas.

Alternativa a) ERRADA Não é qualquer imposto que é não cumulativo. Não podemos
compensar ICMS com outro imposto.

Alternativa b) ERRADA Saídas isentas ou não tributadas deverão ter o crédito da


entrada do produto estornado. Caso o contribuinte saiba na data da entrada que a saída
seria isenta, não poderia nem ter tomado o crédito.

Alternativa c) ERRADA Não é o contribuinte (aquele que vendeu) que terá direito
ao crédito, e sim o adquirente.

Alternativa e) ERRADA O período para compensação é de 5 anos, estabelecido pela

Gabarito 18. D

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19. (Prof. Wilson Tavares – 2018)


Somente darão direito de crédito de ICMS as mercadorias destinadas ao uso ou
consumo do estabelecimento nele entradas a partir de:
a) 1º de janeiro de 2018.
b) 1º de janeiro de 2017.
c) 1º de janeiro de 2019.
d) 1º de janeiro de 2021.
e) 1º de janeiro de 2020.
Resolução:
Vejamos o que diz a lei do ICMS:
somente darão direito de crédito as mercadorias destinadas ao uso ou consumo do
estabelecimento nele entradas a partir de 1o de janeiro de 2020;
Gabarito 19. E

20. (FGV AFRE-RO 2018)


Analise as afirmativas a seguir, assinalando (V) para a verdadeira e (F) para falsa.
( ) O sujeito passivo do ICMS deverá estornar crédito decorrente de entrada de
mercadoria em seu estabelecimento, quando esta mercadoria for objeto de saída com
redução de alíquota.
( ) É hipótese de estorno de crédito, a utilização de mercadoria em fim alheio à
atividade do estabelecimento.
( ) Os créditos referentes a mercadorias e serviços que venham a ser objeto de
operações destinadas ao exterior, devem ser estornados.
Na sequência em que aparecem, as afirmativas são, respectivamente,
a) V - F - V.
b) F - V - F.
c) V - F - F.
d) F - V - V.
e) V - V - F.
Resolução
Alternativa (F) Falso. O estorno deve ser feito quando houver redução da base de
cálculo. A banca criou uma pegadinha e não da alíquota!
Dessa forma, a saída posterior com alíquota reduzida não se encontra entre as
situações de estorno de crédito.

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Alternativa (V) Verdadeiro. O sujeito passivo deverá efetuar o estorno do imposto


de que se tiver creditado sempre que o serviço tomado ou a mercadoria entrada no
estabelecimento se vier a ser utilizada em fim alheio à atividade do estabelecimento;
Alternativa (F) Falso. Não se estornam créditos referentes a mercadorias e serviços
que venham a ser objeto de operações ou prestações destinadas ao exterior.
Gabarito 20. B

21. (FCC /Procurador - PGE-TO/2018)


O ICMS é um imposto não cumulativo, por expressa determinação constitucional. A
Lei complementar no 87/1996 estabelece, no caput de seu art. 23, que o direito de
crédito, para efeito de compensação com débito do imposto, reconhecido ao
estabelecimento que tenha recebido as mercadorias ou para o qual tenham sido
prestados os serviços, está condicionado à idoneidade da documentação e, se for o
caso, à escrituração nos prazos e condições estabelecidos na legislação.
De acordo com o parágrafo único do artigo mencionado, o direito de utilizar o crédito
do ICMS extingue-se depois de decorridos
a) cinco anos, contados do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que a
mercadoria ou o serviço foram recebidos.
b) três anos, contados da data da entrada da mercadoria no estabelecimento ou do
recebimento do serviço.
c) cinco anos, contados da data de emissão do documento.
d) três anos, contados da data em que saiu do estabelecimento a mercadoria que
deu suporte ao crédito.
e) três anos, contados da data da ocorrência do fato gerador.
Resolução:
encontra na Lei Kan dir. Lembre-se que por ser regra
geral do ICMS, o CTE repete em seu texto esse dispositivo.
O direito de crédito, para efeito de compensação com débito do imposto,
reconhecido ao estabelecimento que tenha recebido as mercadorias ou para o qual
tenham sido prestados os serviços, está condicionado à idoneidade da
documentação e, se for o caso, à escrituração nos prazos e condições
estabelecidos na legislação.
orridos
cinco anos contados da data de emissão do documento.

Gabarito 21. C

22. (Exponencial Concursos)

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De acordo com a Constituição Federal e com a Lei Complementar no 87/1996, a


isenção ou não-incidência do ICMS
a) implicará, salvo disposição da legislação em contrário, vedação ao crédito para
compensação com o montante devido nas operações ou prestações seguintes, exceto
quando se tratar de operações que destinem álcool carburante e seus derivados a outros
Estados.
b) acarretará a anulação do crédito relativo às operações anteriores, exceto quando
houver determinação em contrário da legislação.
c) implicará, necessariamente, vedação ao crédito para compensação com o montante
devido nas operações ou prestações seguintes.
d) acarretará, necessariamente, a anulação do crédito relativo às operações
anteriores, inclusive quando se tratar de operações que destinem mercadorias para o
exterior.
e) acarretará a anulação do crédito relativo às operações anteriores, inclusive quando
se tratar de operações com o papel destinado à impressão de livros, jornais e periódicos.
Resolução
Alternativa a) A operação interestadual com combustível é imune ao ICMS quando
for revenda
CF Art. 155 § 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte:
II - a isenção ou não-incidência, salvo determinação em contrário da legislação:

a) não implicará crédito para compensação com o montante devido nas operações ou
prestações seguintes

Alternativa b) CERTO:
CF Art. 155 § 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte:
II - a isenção ou não-incidência, salvo determinação em contrário da legislação:

b) acarretará a anulação do crédito relativo às operações anteriores

Alternativa c) a isenção ou não-incidência pode implicar em crédito para


compensação se permitido pela legislação.
Alternativa d) Na exportação há crédito de ICMS

sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre serviços
prestados a destinatários no exterior, assegurada a manutenção e o aproveitamento
do montante do imposto cobrado nas operações e prestações anteriores

Alternativa e) Lei Kandir Art. 21 § 2o Não se estornam créditos referentes a mercadorias e


serviços que venham a ser objeto de operações ou prestações destinadas ao exterior ou de
operações com o papel destinado à impressão de livros, jornais e periódicos

Gabarito 22. B

23. (FCC/AFTE-RO/2010) A respeito da compensação do


ICMS, é correto afirmar:

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a) O imposto é não cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação


relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços de transporte
interestadual e intermunicipal e de comunicação com o montante pago nas operações
anteriores ao mesmo ou a outro Estado.
b) É vedado o crédito relativo a mercadoria entrada no estabelecimento ou prestação
de serviços a ele feita para integração ou consumo em processo de industrialização ou
produção rural, quando a saída do produto resultante for tributada pelo imposto, exceto
se se tratar de saída para o exterior.
c) É permitido o crédito relativo a mercadoria entrada no estabelecimento ou prestação
de serviços a ele feita para comercialização ou prestação de serviço, quando a saída ou
a prestação subsequente estiverem isentas do imposto, exceto se se tratar de saída
para o exterior.
d) Os créditos decorrentes de entrada de mercadorias no estabelecimento destinadas
ao ativo permanente deverão ser feitos à razão de um sessenta avos por mês, devendo
a primeira fração ser apropriada no mês em que ocorrer a entrada no estabelecimento.
e) Não dão direito a crédito as entradas de mercadorias ou utilização de serviços
resultantes de operações ou prestações que se refiram a mercadorias ou serviços
alheios à atividade do estabelecimento.
Resolução
Essa questão é daquelas que dá raiva do examinador! Tente encontrar o erro da
assertiva a). Veja a base legal:
O imposto é não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada
operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços de transporte
interestadual e intermunicipal e de comunicação com o montante cobrado nas
anteriores pelo mesmo ou por outra Unidade da Federação.

a) INCORRETA A assertiva trocou cobrado por pago. De fato, a compensação, o


crédito e o débito do imposto não ocorrem com o efetivo pagamento, e sim coma
cobrança. Logo é errado o que diz a assertiva, mas isso serve para você ficar bem
atento!
b) INCORRETA Se a mercadoria for exportada, poderá ser mantido o crédito.
Consumo em processo de industrialização também permite crédito. Se a saída for isenta
ou não tributada, o crédito não será permitido. Logo, há diversos erros na assertiva.
c)INCORRETA Se a saída posterior for isenta, o crédito não será permitido.
d) INCORRETA O crédito referente a ativo é de um quarenta e oito avos por mês, e
não um sessenta avos como afirma a questão.
e) Assertiva correta.
Não dão direito a crédito as entradas de mercadorias ou utilização de serviços
resultantes de operações ou prestações isentas ou não tributadas, ou que se refiram
a mercadorias ou serviços alheios à atividade do estabelecimento

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Gabarito 23. E

24. (FCC/AFR-SP/2013)
Conforme a legislação vigente, a entrada de energia elétrica no estabelecimento de
contribuinte do ICMS pode ensejar, em algumas situações específicas, o direito de
crédito do ICMS, desde que atendidos os requisitos previstos na legislação. NÃO enseja
o direito de crédito de ICMS o recebimento de energia
a) objeto de saída em operação interna, sujeita ao ICMS.
b) utilizada em processo de refrigeração, em estabelecimento varejista, que vende
produtos resfriados sujeitos ao ICMS.
c) utilizada em processo industrial, para fabricar mercadoria cuja saída é sujeita ao
ICMS.
d) utilizada em processo de produção rural de fruta (irrigação) destinada à exportação.
e) utilizada em usina de reciclagem, que transforma resíduos (lixo) em matéria-prima,
para a produção de papel e de plástico.
Resolução
Empresa Varejista não tem direito a crédito de ICMS da energia elétrica.
As demais alternativas se encaixam nas hipóteses abaixo:

Previsão importante que estou relembrando da lei Kandir.


Tem direito de se creditar do imposto anteriormente cobrado
- em relação à entrada de energia elétrica no estabelecimento:
- quando for objeto de operação de saída de energia elétrica;
- quando for consumida no processo de industrialização;
- quando seu consumo resultar em operação de saída ou prestação para o exterior, na
proporção destas sobre as saídas ou prestações totais;
- a contar de 1º de janeiro de 2020, nas demais hipóteses;

Gabarito 24. B

25. FUNDATEC - AFRE (SEFAZ RS)/SEFAZ RS/2014


Ainda, dentro do programa de controle do Setor Moveleiro, o Fisco constatou que a
Loja de Móveis Funcionais Ltda., de Porto Alegre, RS, comprou, da Fábrica de Móveis

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Estruturados S/A, localizada em Curitiba, Paraná, R$ 100.000,00 em cozinhas


planejadas para vender em sua loja.
No mesmo pedido, a Loja de Móveis Funcionais Ltda. comprou móveis para utilizar em
seu escritório por R$ 10.000,00.
Considere que ambos os produtos, quando efetuada a compra, tinham a alíquota de
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de 10% e que o Estado do Paraná, nas
saídas internas de móveis, pratica a alíquota de 17% e, nas saídas interestaduais (para
o Rio Grande do Sul), pratica 12%.
Diante disso, responda de quanto será o crédito fiscal a ser adjudicado pela Loja de
Móveis Funcionais Ltda.?
a) R$ 18.700,00.
b) R$ 13.200,00.
c) R$ 12.000,00.
d) R$ 5.500,00.
e) R$ 5.000,00.
Resolução:
No caso de aquisição de mercadoria para uso/consumo, o destinatário não poderia se
apropriar do crédito.
Então, temos as seguintes situações:
1) a Loja Móveis Funcionais Ltda., estabelecida no Estado do Rio Grande do Sul,
adquiriu mercadorias para revenda no valor de R$ 100.000,00 da Loja Móveis
Estruturados S/A, estabelecida no Estado do Paraná.
Como a mercadoria foi adquirida para posterior comercialização, observado o inc. I do
art. 19 acima, o IPI não estará incluso na base de cálculo do ICMS.
Portanto, o crédito será apurado aplicando-se a alíquota interestadual de 12% sobre
o valor da mercadoria, resultado em R$ 12.000,00.
2) Os móveis para o escritório da Loja Móveis Funcionais Ltda. não poderão ter seus
créditos apropriados por serem destinados a uso/consumo do estabelecimento e,
portanto, não teremos crédito nessa situação.
Lei Kandir Art. 20 - § 1º Não dão direito a crédito as entradas de mercadorias ou utilização
de serviços resultantes de operações ou prestações isentas ou não tributadas, ou que se
refiram a mercadorias ou serviços alheios à atividade do estabelecimento.

Gabarito 25. C

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26. (Prof. Wilson Tavares – 2018)


O sistema de não-cumulatividade evita que sobre um mesmo valor adicionado seja
pago o ICMS em duplicidade.
Consoante as normas aplicáveis da lei do ICMS, assinale a opção correta no que se
refere à não-cumulatividade.
a) A não-cumulatividade abrange o ICMS relativo a operações com mercadorias, não
se aplicando às prestações de serviço.
b) O direito de compensar se restringe aos montantes cobrados nas operações
anteriores pelo estado do Rio Grande do Sul.
c) Nas aquisições interestaduais de mercadorias, não terá eficácia o crédito sobre o
qual for concedido benefício fiscal pela unidade da Federação remetente.
d) Nas aquisições interestaduais de mercadorias, a compensação somente terá
eficácia se, sobre o crédito, for concedido incentivo fiscal pela unidade da Federação
remetente.
Resolução:
a) e b) Incorretos.
O art. 155, parágrafo 2º, inc. I da CF/88 dispõe que o ICMS será um imposto não-
cumulativo, compensando com o que for devido com o montante cobrado nas
operações anteriores pelo mesmo Estado ou outro Estado da Federação. Obviamente
que as prestações de serviço de comunicação e de transporte estarão abrangidas pela
não-cumulatividade:
Art. 155, parágrafo 2º, inc. I - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em
cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante
cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal;

em “c” está querendo dizer que, caso determinado


Estado conceda benefício fiscal unilateralmente, ou seja, à revelia do que a LC 24/75
(art. 8º) dispõe sobre os convênios, tal benefício não será aplicado:
Considera-se não cobrada e ineficaz para efeitos da compensação de que trata este artigo, a
parcela do imposto decorrente de aquisição interestadual de mercadorias ou serviços, quando,
em desacordo com o que dispõe a Lei Complementar nº 24, de 7 de janeiro de 1975, for
concedido, pela unidade federada do remetente ou prestador, qualquer benefício ou incentivo
nada ou
incondicionadamente.

Essa regra vale para todos os Estados.


Gabarito 26. C

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27. (Prof. Wilson Tavares – 2018)


De acordo com o disposto a Lei Kandir, o ICMS é não-cumulativo. A respeito dessa
assertiva, assinale a alternativa correta.
a) O princípio da não-cumulatividade, no ICMS, autoriza a compensação do crédito de
qualquer imposto anteriormente cobrado nas operações de que tenha resultado a entrada
da mercadoria no estabelecimento.
b) É assegurado o crédito do ICMS incidente nas operações anteriores ainda que as
operações subsequentes sejam isentas ou não tributadas, ficando, nessa situação,
acumulado o crédito para aproveitamento oportuno, em outras operações.
c) O contribuinte pode aproveitar o ICMS devido para o Estado Alfa e incidente sobre a
aquisição interestadual de bem para integrar o seu ativo permanente, apurado com base
na diferença entre a alíquota interestadual e a alíquota interna.
d) Se a mercadoria entrada no estabelecimento, mediante operação tributada pelo
ICMS, for objeto de saída com base de cálculo reduzida, a lei estadual pertinente exige o
estorno do crédito do ICMS anteriormente cobrado na mesma proporção da redução.
e) Tratando-se de princípio constitucionalmente assegurado, a lei estadual do ICMS não
impõe qualquer restrição temporal à compensação do ICMS anteriormente cobrado nas
operações de entrada de mercadoria no estabelecimento.

Saída isenta/não tributada, quando não conhecido na data da


entrada da mercadoria

Quando deve mercadoria consumida no processo industrial e produto


ser feito o resultante for isento/não tributado
estorno, em
regra
mercadoria utilizada em fim alheio à atividade do
estabelecimento

mercadoria vier a perecer ou extraviar

Logo, é dever do contribuinte estornar o crédito devido, mantendo-se íntegro o princípio


da não cumulatividade.
Os demais itens estão errados. Vejamos:
Na letra A, o imposto ICMS é compensado com o próprio ICMS. Não é possível
compensarmos impostos diversos.
Na letra B, nos termos acima reproduzido, é dever estornar (como regra).
Na letra C, como sabemos, caberá ao Estado da localização do destinatário o imposto
correspondente à diferença entre a alíquota interna e a interestadual.
Na letra E, o prazo da Lei Kandir é de cinco anos, o qual é reproduzido em praticamente
todas as legislações regionais.
Gabarito 27. A

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28. (Prof. Wilson Tavares – 2018)


A entrada de energia elétrica no estabelecimento de contribuinte do ICMS pode ensejar
o direito de crédito do ICMS em algumas situações, desde que atendidos os requisitos
previstos na legislação. De acordo com o disposto na Lei geral do ICMS, NÃO enseja
o direito de crédito de ICMS o recebimento de energia:
a) quando for objeto de operação de saída de energia elétrica.
b) utilizada em processo de produção rural (irrigação) e destinada à exportação.
c) utilizada em processo industrial.
d) utilizada em processo de refrigeração, em estabelecimento varejista, que vende
produtos resfriados sujeitos ao ICMS.
e) utilizada em usina de reciclagem, que transforma resíduos (lixo) em matéria-prima,
para a produção de papel e de plástico.
Resolução:
Apenas a empresa varejista não possui direito a créditos de ICMS sobre energia
elétrica.

O imposto é não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada


operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços de transporte
interestadual e intermunicipal e de comunicação com o montante cobrado nas
anteriores pelo mesmo ou por outro Estado.

consumida no processo de industrialização

somente for objeto de operação de saída de energia elétrica


crédito de
ENERGIA
ELÉTRICA consumo resultar em operação de saída ou prestação para
o exterior

a partir de 2020 nas demais hipóteses

Gabarito é letra D. As outras situações estão ligadas processo de industrialização, saída


de energia elétrica ou operação que resulte energia elétrica ao exterior.
Gabarito 28. D

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29. FCC - 2015 - SEFAZ-PI - Auditor Fiscal da Fazenda


Estadual - Conhecimentos Específicos
"Piauí & Irmãos Ltda.” é uma pequena indústria de produtos de limpeza, que não estão
incluídos na sistemática de recolhimento do ICMS por substituição tributária, e se localiza
no município de Jardim/PI. Essa empresa, que também revende algumas mercadorias
produzidas por outras empresas, realizou, no exercício de 2013, as seguintes operações
com mercadorias de sua própria produção:
I. remeteu para depósito fechado da mesma empresa, localizado na cidade de
Araripina/PI, parte das mercadorias adquiridas com a finalidade de comercialização.
II. promoveu a exportação de parte das mercadorias por ela produzidas.
III. utilizou, na limpeza de seu próprio estabelecimento, parte das mercadorias
adquiridas para comercialização.
IV. realizou operações internas (alíquota de 17%) com mercadorias adquiridas de
fornecedores de fora do Estado do Piauí, beneficiando-se da redução de 50% na base de
cálculo, conforme lhe faculta a legislação.
V. remeteu para armazém geral, localizado na cidade de Campos Sales/CE, parte das
mercadorias adquiridas para comercialização.
Considerando que a empresa em questão se creditou legitimamente do valor
integral do ICMS destacado nos documentos fiscais que acobertaram as aquisições de
mercadorias para comercialização e também das mercadorias utilizadas como insumos
na fabricação dos produtos que foram objeto de algumas das operações acima descritas,
e considerando também o que dispõe o Regulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto
no 13.500, de 23 de dezembro de 2008, esse contribuinte deverá estornar o valor
integral do crédito lançado em sua escrita fiscal, relativamente
a) às operações descritas nos itens III e IV.
b) à operação descrita no item V.
c) às operações descritas nos itens I, II, III e IV.
d) às operações descritas nos itens I e V.
e) à operação descrita no item III.
Resolução
A questão pede o estorno do valor integral lançado.
Gabarito Letra E

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I. remeteu para depósito fechado da mesma empresa, localizado na cidade de


Araripina/PI, parte das mercadorias adquiridas com a finalidade de comercialização.
Não existe motivo para o estorno nessa operação.
A operação ocorreu com não incidência do ICMS.
Art. 11 § 5º Quando a mercadoria for remetida para armazém geral ou para depósito
fechado do próprio contribuinte, no mesmo Estado, a posterior saída considerar-se-á
ocorrida no estabelecimento do depositante, salvo se para retornar ao
estabelecimento remetente

II. promoveu a exportação de parte das mercadorias por ela produzidas.


Exportação permite a manutenção do crédito.
A CF estabelece a manutenção do crédito relativo à exportação, sem estorno.

III. utilizou, na limpeza de seu próprio estabelecimento, parte das mercadorias


adquiridas para comercialização.
Não há crédito no consumo da mercadoria nesse caso e há estorno integral do
ICMS relativa , parte das mercadorias adquiridas para comercialização.

Inteligência da lei kandir:


Art. 20 § 1º Não dão direito a crédito as entradas de mercadorias ou utilização de
serviços resultantes de operações ou prestações isentas ou não tributadas, ou que se
refiram a mercadorias ou serviços alheios à atividade do estabelecimento

IV. realizou operações internas (alíquota de 17%) com mercadorias adquiridas de


fornecedores de fora do Estado do Piauí, beneficiando-se da redução de 50% na base
de cálculo, conforme lhe faculta a legislação.

Nesse caso há estorno PARCIAL (50%), a questão pede estorno INTEGRAL.

V. remeteu para armazém geral, localizado na cidade de Campos Sales/CE, parte das
mercadorias adquiridas para comercialização.
Há operação tributada, já que e armazém geral em outro estado, há
compensação de crédito com débito, não há estorno.
A não incidência só contempla para remessa dentro do mesmo Estado.
Art. 11 § 5º Quando a mercadoria for remetida para armazém geral ou para depósito
fechado do próprio contribuinte, no mesmo Estado, a posterior saída considerar-se-
á ocorrida no estabelecimento do depositante, salvo se para retornar ao
estabelecimento remetente

Gabarito 29. E

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30. FCC Órgãos: SEGEP-MA Provas: Auditor Fiscal da Receita


Estadual - Administração Tributária
Conforme a Lei do ICMS, o contribuinte do ICMS deverá proceder ao estorno do crédito
relativo à entrada da mercadoria, sempre que a referida mercadoria
a) for objeto de saída subsequente com redução da base de cálculo, hipótese em que
o estorno será integral.
b) perecer, deteriorar ou for extraviada, furtada, roubada ou devolvida.
c) for objeto de saída interna não tributada ou isenta, sendo esta circunstância
imprevisível na data da entrada da mercadoria.
d) for alienada por valor inferior ao custo de produção, caracterizando concorrência
desleal, cartel ou dumping, hipótese em que o estorno será integral.
e) venha a ser objeto de operações destinadas ao exterior.
Resolução:
a) for objeto de saída subsequente com redução da base de cálculo, hipótese em que
o estorno será integral.
Alternativa incorreta. O estorno é proporcional à redução. há estorno PARCIAL e
a alternativa diz estorno INTEGRAL.
b) perecer, deteriorar ou for extraviada, furtada, roubada ou devolvida.
Alternativa incorreta. Se for devolvida não haverá estorno de crédito e sim
débito, pois há uma nova saída.
c) for objeto de saída interna não tributada ou isenta, sendo esta circunstância
imprevisível na data da entrada da mercadoria.
PERFEITO Lembrem-se que a diferença do estorno para a vedação é o
conhecimento no momento da entrada das mercadorias de que haverá ou não
futura tributação em suas saídas.
d) for alienada por valor inferior ao custo de produção, caracterizando concorrência
desleal, cartel ou dumping, hipótese em que o estorno será integral.
Alternativa incorreta. A alternativa não tem sentido algum. 😊

e) venha a ser objeto de operações destinadas ao exterior.


Alternativa incorreta. A CF estabelece a manutenção do crédito relativo à
exportação, sem estorno

Gabarito 30. C

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10. Lista de questões Sem Comentários

1. FCC Órgãos: SEFAZ-SC Provas: Auditor-Fiscal da Receita


Estadual - Auditoria e Fiscalização (Prova 2)
Conforme estabelece a Lei do ICMS, o contribuinte deverá realizar o estorno do ICMS
que tiver se creditado, sempre que
a) a mercadoria entrada vier a perecer.
b) a mercadoria entrada for objeto de saída imune para o exterior.
c) o serviço tomado vier a ser utilizado para outra prestação de serviço, tributada ou
não.
d) a mercadoria entrada for destinada a material de embalagem ou a ativo imobilizado.

2. (FCC /Procurador - PGE-TO/2018)


O ICMS é um imposto não cumulativo, por expressa determinação constitucional. A
Lei complementar no 87/1996 estabelece, no caput de seu art. 23, que o direito de
crédito, para efeito de compensação com débito do imposto, reconhecido ao
estabelecimento que tenha recebido as mercadorias ou para o qual tenham sido
prestados os serviços, está condicionado à idoneidade da documentação e, se for o
caso, à escrituração nos prazos e condições estabelecidos na legislação.
De acordo com o parágrafo único do artigo mencionado, o direito de utilizar o crédito
do ICMS extingue-se depois de decorridos
a) cinco anos, contados do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que a
mercadoria ou o serviço foram recebidos.
b) três anos, contados da data da entrada da mercadoria no estabelecimento ou do
recebimento do serviço.
de emissão do documento.
d) três anos, contados da data em que saiu do estabelecimento a mercadoria que
deu suporte ao crédito.
e) três anos, contados da data da ocorrência do fato gerador.

3. (Exponencial Concursos)
De acordo com a Constituição Federal e com a Lei Complementar no 87/1996, a
isenção ou não-incidência do ICMS
a) implicará, salvo disposição da legislação em contrário, vedação ao crédito para
compensação com o montante devido nas operações ou prestações seguintes, exceto

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quando se tratar de operações que destinem álcool carburante e seus derivados a outros
Estados.
b) acarretará a anulação do crédito relativo às operações anteriores, exceto quando
houver determinação em contrário da legislação.
c) implicará, necessariamente, vedação ao crédito para compensação com o montante
devido nas operações ou prestações seguintes.
d) acarretará, necessariamente, a anulação do crédito relativo às operações
anteriores, inclusive quando se tratar de operações que destinem mercadorias para o
exterior.
e) acarretará a anulação do crédito relativo às operações anteriores, inclusive quando
se tratar de operações com o papel destinado à impressão de livros, jornais e periódicos.

4. (FGV AFRE-RO 2018)


Analise as afirmativas a seguir, assinalando (V) para a verdadeira e (F) para falsa.
( ) O sujeito passivo do ICMS deverá estornar crédito decorrente de entrada de
mercadoria em seu estabelecimento, quando esta mercadoria for objeto de saída com
redução de alíquota.
( ) É hipótese de estorno de crédito, a utilização de mercadoria em fim alheio à
atividade do estabelecimento.
( ) Os créditos referentes a mercadorias e serviços que venham a ser objeto de
operações destinadas ao exterior, devem ser estornados.
Na sequência em que aparecem, as afirmativas são, respectivamente,
a) V - F - V.
b) F - V - F.
c) V - F - F.
d) F - V - V.
e) V - V - F.

5. (FUNDATEC/AFRE-RS/2014)
Em relação ao crédito fiscal de ICMS, assinale a alternativa incorreta.
a) O sujeito passivo deverá efetuar o estorno do Imposto de que se tiver creditado
sempre que o serviço tomado ou a mercadoria entrada no estabelecimento for integrada
ou consumida em processo de produção industrial ou agropecuária, quando a saída do
produto resultante não for tributada ou estiver isenta do Imposto.

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b) Não se estornam créditos fiscais relativos às mercadorias que entram no


estabelecimento para integração ou consumo em processo de produção de mercadorias
industrializadas, inclusive semielaboradas, destinadas ao exterior.
c) Para fins de compensação, é assegurado ao sujeito passivo o direito de creditar-se
do Imposto anteriormente cobrado e destacado na 1ª via do documento fiscal, em
operações de que tenha resultado a entrada de energia elétrica no estabelecimento,
apenas quando for consumida no processo de industrialização.
d) O sujeito passivo deverá efetuar o estorno do Imposto de que se tiver creditado
sempre que o serviço tomado, ou a mercadoria que entrou no estabelecimento, vier a
ser utilizada em fim alheio à atividade do estabelecimento.
e) Não se estornam créditos fiscais relativos às mercadorias e serviços que venham a
ser objeto de operações ou prestações destinadas ao exterior ou de operações com
papel destinado à impressão de livros, jornais e periódicos.

6. (FCC/AFR-SP/2013)
Conforme a legislação vigente, a entrada de energia elétrica no estabelecimento de
contribuinte do ICMS pode ensejar, em algumas situações específicas, o direito de
crédito do ICMS, desde que atendidos os requisitos previstos na legislação. NÃO enseja
o direito de crédito de ICMS o recebimento de energia
a) objeto de saída em operação interna, sujeita ao ICMS.
b) utilizada em processo de refrigeração, em estabelecimento varejista, que vende
produtos resfriados sujeitos ao ICMS.
c) utilizada em processo industrial, para fabricar mercadoria cuja saída é sujeita ao
ICMS.
d) utilizada em processo de produção rural de fruta (irrigação) destinada à exportação.
e) utilizada em usina de reciclagem, que transforma resíduos (lixo) em matéria-prima,
stico.

7. (FCC/AFR-SP/2013)
O ICMS é um imposto que tem como uma de suas características da não
cumulatividade. Desta forma, e respeitando certas regras e condições, o valor do
imposto pago em operações anteriores pode ser utilizado para pagar, mediante
compensação, o valor do imposto devido, em determinado período. Considere as
seguintes operações de uma indústria:
a) Recebimento de matéria-prima, de fornecedor paranaense, para ser utilizada como
insumo: valor da compra R$ 200,00, mais frete no valor de R$ 30,00.
b) Recebimento de material de embalagem, de fornecedor paulista, para embalar o
produto fabricado: valor da compra R$ 50,00, valor do frete incluído no preço.

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c) Recebimento de combustível, de fornecedor paulista, para utilização no processo


produtivo: valor da compra R$ 40,00, valor do frete incluído no preço.
d) Recebimento de material de escritório, de fornecedor mineiro, para uso no
departamento de pessoal: valor de compra R$ 15,00, mais frete no valor de R$ 5,00.
e) Recebimento de energia elétrica, de fornecedor paulista, para utilização no processo
produtivo: valor da conta de energia R$ 20,00.
Atendidas as regras e condições, o valor que poderá ser creditado relativamente às
operações elencadas é
a) R$ 61,20.
b) R$ 47,40.
c) R$ 51,00.
d) R$ 43,80.
e) R$ 40,20.

8. (FCC/AFR-SP/2013)
Quando em um estabelecimento se realizam determinadas operações de entrada e
saída de mercadorias, pode ocorrer que o valor dos créditos supere o valor dos débitos,
resultando na formação de saldo credor de ICMS. Em algumas situações, a legislação
considera que houve a geração de crédito acumulado; em outras situações houve
simplesmente a formação de saldo credor, não passível de ser apropriado e utilizado
como crédito acumulado. É uma hipótese passível de gerar crédito acumulado o
recebimento de mercadoria proveniente de
a) fornecedor paulista, para ser revendida, e subsequente saída para consumidor
pessoa natural localizada no Distrito Federal.
b) fornecedor baiano, para ser revendida, e subsequente saída para cliente

c) fabricante paulista, com retenção antecipada do imposto, para ser revendida, e


subsequente saída para varejista paulista.
d) fornecedor mineiro, com retenção antecipada do imposto, para ser revendida, e
subsequente saída para consumidor final paulista.
e) fornecedor paulista, para ser utilizada no processo produtivo, e subsequente saída
do produto resultante com destino a cliente localizado no exterior.

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9. (FGV/FRE-AP/2010)
Certo contribuinte lançou a crédito o ICMS relativo a determinada mercadoria entrada
no estabelecimento e, posteriormente, efetivou seu estorno integral. Dentre as
alternativas a seguir apenas uma não justifica adequadamente o procedimento do
contribuinte.
Assinale-a.
a) A mercadoria integrou processo de industrialização, sendo isenta a saída do produto
dele resultante.
b) A respectiva nota fiscal tinha sido emitida mais de cinco anos antes da apropriação
do crédito nela destacado.
c) A mercadoria veio a deteriorar-se.
d) A posterior operação de venda gozou de redução da base de cálculo do imposto.
e) O respectivo documento fiscal deparou-se inidôneo, por não ser o exigido para a
operação.

10. (FGV/AFRE-RJ)
Quando ocorre redução na base de cálculo, o estorno deve ser proporcional à parcela
correspondente de redução. Logo, na alternativa D, o estorno será PROPORCIONAL.
Com relação à apuração e pagamento do ICMS, analise as afirmativas a seguir.
I - Débito de imposto não se confunde com imposto devido.
II - Adicionam-se aos débitos os estornos de créditos e o saldo credor apurado no
período anterior.
III - Os créditos do período são constituídos pelos valores do imposto relativo às
operações de que decorrerem as entradas de mercadorias no estabelecimento.
Assinale:
a) se apenas a afirmativa I estiver correta.
b) se apenas a afirmativa II estiver correta.
c) se apenas a afirmativa III estiver correta.
d) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.

11. (FCC/AFTE-RO)
A respeito da compensação do ICMS, é correto afirmar:
a) O imposto é não cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação
relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços de transporte

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interestadual e intermunicipal e de comunicação com o montante pago nas operações


anteriores ao mesmo ou a outro Estado.
b) É vedado o crédito relativo a mercadoria entrada no estabelecimento ou prestação
de serviços a ele feita para integração ou consumo em processo de industrialização ou
produção rural, quando a saída do produto resultante for tributada pelo imposto, exceto
se se tratar de saída para o exterior.
c) É permitido o crédito relativo a mercadoria entrada no estabelecimento ou prestação
de serviços a ele feita para comercialização ou prestação de serviço, quando a saída ou
a prestação subsequente estiverem isentas do imposto, exceto se se tratar de saída
para o exterior.
d) Os créditos decorrentes de entrada de mercadorias no estabelecimento destinadas
ao ativo permanente deverão ser feitos à razão de um sessenta avos por mês, devendo
a primeira fração ser apropriada no mês em que ocorrer a entrada no estabelecimento.
e) Não dão direito a crédito as entradas de mercadorias ou utilização de serviços
resultantes de operações ou prestações que se refiram a mercadorias ou serviços
alheios à atividade do estabelecimento.

12. (FCC/AFTE-RO/2010) NÃO dão direito de crédito do


ICMS
a) as mercadorias destinadas ao uso ou consumo do estabelecimento, no exercício de
2010.
b) a entrada de energia elétrica no estabelecimento, quando for objeto de operação
de saída de energia elétrica.
c) a entrada de energia elétrica no estabelecimento, quando for consumida no
processo de industrialização.
d) o recebimento de serviços de comunicação, utilizados pelo estabelecimento ao qual
tenham sido prestados, na execução de serviços da mesma natureza.
e) o recebimento de serviços de comunicação, utilizados pelo estabelecimento, quando
sua utilização resultar em operação de saída ou prestação para o exterior, na proporção
desta sobre as saídas ou prestações totais.

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13. (FGV/AFRE-RJ/Adaptada)
Sociedade empresarial localizada no Estado do Rio de Janeiro, com atividade de
indústria, realizou, no mês de novembro de 2008, as operações abaixo descritas.
- Aquisição de matéria-prima (provinda do Estado do Espírito Santo): R$ 100.000,00
- Aquisição de um bem destinado ao ativo permanente (vendedor localizado no Estado
do Rio de Janeiro): R$ 10.000,00
- Aquisição de bens de consumo (vendedor localizado no Estado do Rio de Janeiro):
R$ 5.000,00
- Aquisição de embalagem (no Estado do Rio de Janeiro), confeccionada por
encomenda e com identificação do encomendante, mediante composição gráfica: R$
1.000,00
- Venda de produtos destinados a comerciantes localizados em Fortaleza/CE: R$
80.000,00
- Venda de produtos destinados à Prefeitura Municipal de Florianópolis/SC: R$
60.000,00
- Transferência de produtos fabricados para estabelecimento da própria sociedade
empresarial, localizado no Estado do Rio de Janeiro: R$ 50.000,00 (equivalente ao preço
médio praticado nas vendas a outros contribuintes)
- Integração ao ativo permanente de mercadoria produzida pela própria sociedade
empresária: R$ 4.000,00
- Exportação para o exterior de produtos fabricados: R$ 100.000,00
- Valor do ICMS creditado na aquisição das matérias primas e produtos intermediários
utilizados na fabricação das mercadorias integradas ao ativo permanente (VIII): R$
400,00 e, nas destinadas à exportação (IX): R$ 7.000,00
Observações:
Nas operações internas, aplicou-se a alíquota normal básica do imposto, além de não
se haver considerado o adicional ao Fundo de Combate à Pobreza e às Desigualdades
Sociais.
Não se cogitou da questão relativa à integração, ou não, do IPI à base de cálculo do
ICMS.
Nenhuma regra de isenção alcança as operações (entradas e saídas).
Computou-se o valor de R$ 5.500,00 como saldo credor do imposto relativo ao
e 2008.
Ao final daquele período, a referida sociedade empresarial efetivou o confronto entre
créditos e débitos do ICMS, no qual apurou o saldo indicado em uma das alternativas
que se seguem. Assinale-a.
a) saldo credor de R$ 317,50
b) saldo devedor de R$ 8.082,50
c) saldo devedor de R$ 6.320,00
d) saldo credor de R$ 1.200,00
e) saldo devedor de R$ 4.337,50

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14. (FCC/AFRE-RS/Adaptada)
A redução de base de cálculo na operação de saída de mercadoria integrante da cesta
básica de alimentos:
a) Está condicionada ao estorno proporcional dos créditos fiscais relativos a entrada
no estabelecimento.
b) Está condicionada a não apropriação ou ao estorno do crédito fiscal que exceder ao
resultante da aplicação do percentual de 7% (sete por cento).
c) Não está condicionada, podendo o crédito ser aproveitado integralmente.
d) Está condicionada a prova de regularidade fiscal do contribuinte.
e) Não está condicionada ao estorno proporcional dos créditos fiscais relativos a
entrada no estabelecimento advinda de outro Estado.

15. (FCC/AFR-SP/Adaptada)
Numa fábrica de camisas, localizada no bairro do Brás, em São Paulo-SP, ocorreram
os seguintes eventos no mês de junho de 2009:
Em 15/06/09, recebeu em devolução, por empresa capixaba, um lote de camisas no
valor de R$ 10.000,00. Na saída, o remetente capixaba emitiu Nota Fiscal com o mesmo
valor pelo qual havia recebido as mercadorias, porém destacou imposto alterando a
alíquota de 7% para 12% pelo fato de estar remetendo as mercadorias para São Paulo.
Em 19/06/09, recebeu máquina adquirida para utilizar na produção, com ICMS
destacado no valor de R$ 14.400,00.
Em 24/06/09, recebeu mesa, cadeiras, estantes, quadros e outros objetos de
decoração, tudo destinado à sala de reuniões da diretoria. O ICMS destacado em Nota
Fiscal foi de R$ 2.400,00.
9, as operações de saídas de mercadoria s da empresa
foram integralmente tributadas pelo ICMS, e que não há redução da base de cálculo em
nenhuma dessas operações.
Em relação aos eventos I, II e III, o valor do crédito fiscal que poderá ser escriturado
em junho de 2009 é
a) R$ 850,00
b) R$ 1.000,00
c) R$ 1.300,00
d) R$ 1.350,00
e) R$ 1.450,00

16. (FCC/AFR-SP/Adaptada)

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Considere os seguintes lançamentos a crédito efetuados por contribuintes paulistas:


Crédito levado a efeito por comerciante, em julho de 2009, referente ao ICMS
efetivamente pago por meio de guia de recolhimentos especiais, por ocasião do
desembaraço aduaneiro de mercadorias importadas ocorrido em 31/07/09, sendo que
as mercadorias ingressaram no estabelecimento do comerciante apenas em 03/08/09.
Crédito do ICMS, destacado em Nota Fiscal de aquisição de ferramentas e peças de
reposição de veículos de passeio, feito por empresa fabricante de suco de laranja.
Crédito do ICMS incidente sobre a energia elétrica consumida na fabricação de pães e
doces, efetuado por panificadora.
Crédito do ICMS, na aquisição de óleo diesel para abastecimento de caminhões
próprios, utilizados por empresa distribuidora de refrigerantes, na entrega das
mercadorias cujo ICMS fora retido antecipadamente por substituição tributária.
Com base na atual legislação do ICMS, estão corretos os lançamentos
a) I, II, III e IV.
b) I e III, apenas.
c) I, III e IV, apenas.
d) II e IV, apenas.
e) III e IV, apenas.

17. (FCC/AFR-SP/Adaptada)
A indústria Farrusca, de Cubatão-SP, realiza beneficiamento de resíduos sólidos
industriais, cujos produtos resultantes são: 80% tributados pelo ICMS e 20% isentos
desse imposto. No dia 12 de junho de 2009, adquiriu uma máquina de grande porte
para a fábrica, com ICMS destacado, nos documentos fiscais, no montante de R$
36.000,00 e de R$ 1.200,00 sobre a mercadoria e o frete, respectivamente. A parcela
ce da entrada de bens destinados ao ativo
permanente da empresa, e que poderá ser apropriada no período, é
a) R$ 600,00 e R$ 20,00
b) R$ 750,00 e R$ 25,00
c) R$ 600,00 e não pode
d) R$ 750,00 e não pode
e) R$ 36.000,00 e R$ 1.200,00

18. (Prof. Wilson Tavares – 2018)


O ICMS é não-cumulativo. A respeito dessa assertiva, assinale a alternativa correta.

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a) O princípio da não-cumulatividade, no ICMS, autoriza a compensação do crédito de


qualquer imposto anteriormente cobrado nas operações de que tenha resultado a
entrada da mercadoria no estabelecimento.
b) É assegurado o crédito do ICMS incidente nas operações anteriores ainda que as
operações subsequentes sejam isentas ou não tributadas, ficando, nessa situação,
acumulado o crédito para aproveitamento oportuno, em outras operações.
c) O contribuinte remetente pode aproveitar o ICMS devido para o Estado de Santa
Catarina e incidente sobre a aquisição interestadual de bem para integrar o ativo
permanente do adquirente, apurado com base na diferença entre a alíquota
interestadual e a alíquota interna.
d) Se a mercadoria entrada no estabelecimento, mediante operação tributada pelo
ICMS, for objeto de saída com base de cálculo reduzida, a lei estadual pertinente exige
o estorno do crédito do ICMS anteriormente cobrado na mesma proporção da redução.
e) Tratando-se de princípio constitucionalmente assegurado, a lei estadual do ICMS
não impõe qualquer restrição temporal à compensação do ICMS anteriormente cobrado
nas operações de entrada de mercadoria no estabelecimento.

19. (Prof. Wilson Tavares – 2018)


Somente darão direito de crédito de ICMS as mercadorias destinadas ao uso ou
consumo do estabelecimento nele entradas a partir de:
a) 1º de janeiro de 2018.
b) 1º de janeiro de 2017.
c) 1º de janeiro de 2019.
d) 1º de janeiro de 2021.
e) 1º de janeiro de 2020.

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20. (FGV AFRE-RO 2018)


Analise as afirmativas a seguir, assinalando (V) para a verdadeira e (F) para falsa.
( ) O sujeito passivo do ICMS deverá estornar crédito decorrente de entrada de
mercadoria em seu estabelecimento, quando esta mercadoria for objeto de saída com
redução de alíquota.
( ) É hipótese de estorno de crédito, a utilização de mercadoria em fim alheio à
atividade do estabelecimento.
( ) Os créditos referentes a mercadorias e serviços que venham a ser objeto de
operações destinadas ao exterior, devem ser estornados.
Na sequência em que aparecem, as afirmativas são, respectivamente,
a) V - F - V.
b) F - V - F.
c) V - F - F.
d) F - V - V.
e) V - V - F.

21. (FCC /Procurador - PGE-TO/2018)


O ICMS é um imposto não cumulativo, por expressa determinação constitucional. A
Lei complementar no 87/1996 estabelece, no caput de seu art. 23, que o direito de
crédito, para efeito de compensação com débito do imposto, reconhecido ao
estabelecimento que tenha recebido as mercadorias ou para o qual tenham sido
prestados os serviços, está condicionado à idoneidade da documentação e, se for o
caso, à escrituração nos prazos e condições estabelecidos na legislação.
De acordo com o parágrafo único do artigo mencionado, o direito de utilizar o crédito
do ICMS extingue-se depois de decorridos
a) cinco anos, contados do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que a
mercadoria ou o serviço foram recebidos.
b) três anos, contados da data da entrada da mercadoria no estabelecimento ou do
recebimento do serviço.
c) cinco anos, contados da data de emissão do documento.
d) três anos, contados da data em que saiu do estabelecimento a mercadoria que
deu suporte ao crédito.
e) três anos, contados da data da ocorrência do fato gerador.

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22. (Exponencial Concursos)


De acordo com a Constituição Federal e com a Lei Complementar no 87/1996, a
isenção ou não-incidência do ICMS
a) implicará, salvo disposição da legislação em contrário, vedação ao crédito para
compensação com o montante devido nas operações ou prestações seguintes, exceto
quando se tratar de operações que destinem álcool carburante e seus derivados a outros
Estados.
b) acarretará a anulação do crédito relativo às operações anteriores, exceto quando
houver determinação em contrário da legislação.
c) implicará, necessariamente, vedação ao crédito para compensação com o montante
devido nas operações ou prestações seguintes.
d) acarretará, necessariamente, a anulação do crédito relativo às operações
anteriores, inclusive quando se tratar de operações que destinem mercadorias para o
exterior.
e) acarretará a anulação do crédito relativo às operações anteriores, inclusive quando
se tratar de operações com o papel destinado à impressão de livros, jornais e periódicos.

23. (FCC/AFTE-RO/2010) A respeito da compensação do


ICMS, é correto afirmar:
a) O imposto é não cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação
relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços de transporte
interestadual e intermunicipal e de comunicação com o montante pago nas operações
anteriores ao mesmo ou a outro Estado.
b) É vedado o crédito relativo a mercadoria entrada no estabelecimento ou prestação
de serviços a ele feita para integração ou consumo em processo de industrialização ou
produção rural, quando a saída do produto resultante for tributada pelo imposto, exceto
se se tratar de saída para o exterior.
c) É permitido o crédito relativo a mercadoria entrada no estabelecimento ou prestação
de serviços a ele feita para comercialização ou prestação de serviço, quando a saída ou
a prestação subsequente estiverem isentas do imposto, exceto se se tratar de saída
para o exterior.
d) Os créditos decorrentes de entrada de mercadorias no estabelecimento destinadas
ao ativo permanente deverão ser feitos à razão de um sessenta avos por mês, devendo
a primeira fração ser apropriada no mês em que ocorrer a entrada no estabelecimento.
e) Não dão direito a crédito as entradas de mercadorias ou utilização de serviços
resultantes de operações ou prestações que se refiram a mercadorias ou serviços
alheios à atividade do estabelecimento.

24. (FCC/AFR-SP/2013)

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Conforme a legislação vigente, a entrada de energia elétrica no estabelecimento de


contribuinte do ICMS pode ensejar, em algumas situações específicas, o direito de
crédito do ICMS, desde que atendidos os requisitos previstos na legislação. NÃO enseja
o direito de crédito de ICMS o recebimento de energia
a) objeto de saída em operação interna, sujeita ao ICMS.
b) utilizada em processo de refrigeração, em estabelecimento varejista, que vende
produtos resfriados sujeitos ao ICMS.
c) utilizada em processo industrial, para fabricar mercadoria cuja saída é sujeita ao
ICMS.
d) utilizada em processo de produção rural de fruta (irrigação) destinada à exportação.
e) utilizada em usina de reciclagem, que transforma resíduos (lixo) em matéria-prima,
para a produção de papel e de plástico.

25. FUNDATEC - AFRE (SEFAZ RS)/SEFAZ RS/2014


Ainda, dentro do programa de controle do Setor Moveleiro, o Fisco constatou que a
Loja de Móveis Funcionais Ltda., de Porto Alegre, RS, comprou, da Fábrica de Móveis
Estruturados S/A, localizada em Curitiba, Paraná, R$ 100.000,00 em cozinhas
planejadas para vender em sua loja.
No mesmo pedido, a Loja de Móveis Funcionais Ltda. comprou móveis para utilizar em
seu escritório por R$ 10.000,00.
Considere que ambos os produtos, quando efetuada a compra, tinham a alíquota de
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de 10% e que o Estado do Paraná, nas
saídas internas de móveis, pratica a alíquota de 17% e, nas saídas interestaduais (para
o Rio Grande do Sul), pratica 12%.
Diante disso, responda de quanto será o crédito fiscal a ser adjudicado pela Loja de
Móveis Funcionais Ltda.?
a) R$ 18.700,00.
b) R$ 13.200,00.
c) R$ 12.000,00.
d) R$ 5.500,00.
e) R$ 5.000,00.

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26. (Prof. Wilson Tavares – 2018)


O sistema de não-cumulatividade evita que sobre um mesmo valor adicionado seja
pago o ICMS em duplicidade.
Consoante as normas aplicáveis da lei do ICMS, assinale a opção correta no que se
refere à não-cumulatividade.
a) A não-cumulatividade abrange o ICMS relativo a operações com mercadorias, não
se aplicando às prestações de serviço.
b) O direito de compensar se restringe aos montantes cobrados nas operações
anteriores pelo estado do Rio Grande do Sul.
c) Nas aquisições interestaduais de mercadorias, não terá eficácia o crédito sobre o
qual for concedido benefício fiscal pela unidade da Federação remetente.
d) Nas aquisições interestaduais de mercadorias, a compensação somente terá
eficácia se, sobre o crédito, for concedido incentivo fiscal pela unidade da Federação
remetente.

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De acordo com o disposto a Lei Kandir, o ICMS é não-cumulativo. A respeito dessa
assertiva, assinale a alternativa correta.
a) O princípio da não-cumulatividade, no ICMS, autoriza a compensação do crédito
de qualquer imposto anteriormente cobrado nas operações de que tenha resultado a
entrada da mercadoria no estabelecimento.
b) É assegurado o crédito do ICMS incidente nas operações anteriores ainda que as
operações subsequentes sejam isentas ou não tributadas, ficando, nessa situação,
acumulado o crédito para aproveitamento oportuno, em outras operações.
c) O contribuinte pode aproveitar o ICMS devido para o Estado Alfa e incidente sobre
a aquisição interestadual de bem para integrar o seu ativo permanente, apurado com
base na diferença entre a alíquota interestadual e a alíquota interna.
d) Se a mercadoria entrada no estabelecimento, mediante operação tributada pelo
ICMS, for objeto de saída com base de cálculo reduzida, a lei estadual pertinente exige
o estorno do crédito do ICMS anteriormente cobrado na mesma proporção da redução.
e) Tratando-se de princípio constitucionalmente assegurado, a lei estadual do ICMS
não impõe qualquer restrição temporal à compensação do ICMS anteriormente cobrado
nas operações de entrada de mercadoria no estabelecimento.

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A entrada de energia elétrica no estabelecimento de contribuinte do ICMS pode ensejar


o direito de crédito do ICMS em algumas situações, desde que atendidos os requisitos
previstos na legislação. De acordo com o disposto na Lei geral do ICMS, NÃO enseja
o direito de crédito de ICMS o recebimento de energia:
a) quando for objeto de operação de saída de energia elétrica.
b) utilizada em processo de produção rural (irrigação) e destinada à exportação.
c) utilizada em processo industrial.
d) utilizada em processo de refrigeração, em estabelecimento varejista, que vende
produtos resfriados sujeitos ao ICMS.
e) utilizada em usina de reciclagem, que transforma resíduos (lixo) em matéria-prima,
para a produção de papel e de plástico.

29. FCC - 2015 - SEFAZ-PI - Auditor Fiscal da Fazenda


Estadual - Conhecimentos Específicos
"Piauí & Irmãos Ltda.” é uma pequena indústria de produtos de limpeza, que não estão
incluídos na sistemática de recolhimento do ICMS por substituição tributária, e se
localiza no município de Jardim/PI. Essa empresa, que também revende algumas
mercadorias produzidas por outras empresas, realizou, no exercício de 2013, as
seguintes operações com mercadorias de sua própria produção:
I. remeteu para depósito fechado da mesma empresa, localizado na cidade de
Araripina/PI, parte das mercadorias adquiridas com a finalidade de comercialização.
II. promoveu a exportação de parte das mercadorias por ela produzidas.
III. utilizou, na limpeza de seu próprio estabelecimento, parte das mercadorias
adquiridas para comercialização.
IV. realizou operações internas (alíquota de 17%) com mercadorias adquiridas de
fornecedores de fora do Estado do Piauí, beneficiando-se da redução de 50% na base
de cálculo, conforme lhe faculta a legislação.
V. remeteu para armazém geral, localizado na cidade de Campos Sales/CE, parte das
mercadorias adquiridas para comercialização.
Considerando que a empresa em questão se creditou legitimamente do valor
integral do ICMS destacado nos documentos fiscais que acobertaram as aquisições de
mercadorias para comercialização e também das mercadorias utilizadas como insumos
na fabricação dos produtos que foram objeto de algumas das operações acima descritas,
e considerando também o que dispõe o Regulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto
no 13.500, de 23 de dezembro de 2008, esse contribuinte deverá estornar o valor
integral do crédito lançado em sua escrita fiscal, relativamente
a) às operações descritas nos itens III e IV.
b) à operação descrita no item V.

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c) às operações descritas nos itens I, II, III e IV.


d) às operações descritas nos itens I e V.
e) à operação descrita no item III.

30. FCC Órgãos: SEGEP-MA Provas: Auditor Fiscal da Receita


Estadual - Administração Tributária
Conforme a Lei do ICMS, o contribuinte do ICMS deverá proceder ao estorno do crédito
relativo à entrada da mercadoria, sempre que a referida mercadoria
a) for objeto de saída subsequente com redução da base de cálculo, hipótese em que
o estorno será integral.
b) perecer, deteriorar ou for extraviada, furtada, roubada ou devolvida.
c) for objeto de saída interna não tributada ou isenta, sendo esta circunstância
imprevisível na data da entrada da mercadoria.
d) for alienada por valor inferior ao custo de produção, caracterizando concorrência
desleal, cartel ou dumping, hipótese em que o estorno será integral.
e) venha a ser objeto de operações destinadas ao exterior.

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11. - Gabarito

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12. - Referencial Bibliográfico


Fonte: ALEXANDRE, Ricardo. Direito tributário esquematizado. 8. ed. São
Paulo: Método, 2014
Fonte: BORBA, Cláudio. Direito Tributário. 26 ed. Rio de Janeiro: ELSEVIER,
2014.
Código Tributário Nacional – CTN. Disponível em:
http://www.presidencia.gov.br/legislacao.
Fonte: NACIONAL. Constituição da República Federativa do Brasil - CRFB/88.
Disponível em: http://www.presidencia.gov.br/legislacao.
Fonte: NACIONAL. Lei Complementar nº 87/96. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp87.htm.
www.wilsontavares.com.br
www.sotributario.com.br

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