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FIG - UNIMESP - CENTRO UNIVERSITÁRIO METROPOLITANO DE SÃO PAULO

TRABALHO DE PRODUÇÃO TEXTUAL E TECNOLOGIAS

A ORIGEM DA LINGUA PORTUGUESA

FERNANDO GIORGETTI DE SOUZA – 1108 - HISTÓRIA

GUARULHOS/2010.
FERNANDO GIORGETTI DE SOUZA

A ORIGEM DA LINGUA PORTUGUESA

Trabalho solicitado para averiguação de aprendizagem (AA) da


disciplina Produção Textual e Tecnologias ministrada pela
professora Cristina Ribeiro Figueiredo.

Guarulhos-SP - 2010
AS ORIGENS DA LÍNGUA PORTUGUESA

Ao falar-se da língua portuguesa, é interessante e relevante expor as derivações sofridas que


contribuíram para sua origem. Suas modificações ocorreram sofrendo influências do latim, do latim
vulgar, de outros dialetos regionais, do português-galego, do português de Portugal até a língua
portuguesa falada aqui no Brasil.

“O português é uma língua indo-européia, isto é, uma das línguas que se apresentam como
modificação de outra, o indo-europeu, falada numa época pré-história, cerca de 4.500 a.C.”
(MOREIRA & DANTAS, 1975.).

A língua latina surgiu aproximadamente no século VII a.C. na Região Sul da Itália. Com o
avanço do império romano, foi se fragmentando. Essa fragmentação dá-se devido aos fatores locais,
invasões, miscigenação de povos e culturas, manifestações folclóricas, etc.

“O latim, língua do povo que chegou a dominar os outros povos da penísula itálica e a
seguir estendeu o seu império a diversas partes da Europa, da África e da Asia, veio a predominar
sobre todos os outros dialetos indo-europeus do sul não somente pela grande difusão que lhe deu a
colonização romana, mas também pelo esplendor e ascendente da sua cultura literária.”
(FIGVEIREDO, 1960)

Temos com o passar do tempo, do século VII a.C. ao século IX d.C. o uso clandestino do
latim vulgar. Á partir da conquista romana na Península Ibérica em meados de 218 a.C. o latim
sofreu influencias próprias dos habitantes daquela região.

“Do século IX ao XII, a língua tornava-se mais popular e até nas classes jurídicas e temos
documentos datados de 874 a.C. como escritura de doação em latim bárbaro.”
(VASCONCELLOS, 1959: 9).

O latim vulgar era apenas falado já que temos registros oficiais e escritos em latim canônico.
Era a dialética entre o bárbaro e o clássico. A plebe falava o latim vulgar e registrava seus
documentos em latim clássico também chamado de latim literário. Queria aproximar-se das suas
tradições culturais, do dia-a-dia, de seu modo peculiar de expressar-se, mas, ao registrar qualquer
fato histórico, ou documentá-los eram obrigados a fazê-lo em linguagem culta, clássica.

“As primeiras palavras portuguesas surgem em documentos do século IX, redigidos no


artificial latim bárbaro... São documentos de utilidades, partilhas e testamentos, cartas de doação,
cartas de quitação, instrumentos jurídicos de vários tipos... É do século XII em diante que
principiam o aparecer documentos em português totalmente ou em grande parte.”
(FIGVEIREDO, 1960.)

Era a vida privada sendo registrada em latim vulgar. Acontece que por volta do século XIII,
já não é tão freqüente o uso do latim vulgar, devido suas características não mais identificar-se com
a população ibérica. Torna-se uma língua morta, devido o povo estar bem acostumado a expressar-
se em Galego-português.

A “Cantiga da Ribeirinha” ou “Cantiga da Guarvaia” foi a primeira poesia escrita em


Galego-português por Paio Soares de Taveirós, não se sabe ao certo se em (1189 ou 1198). É
considerada o marco introdutório da literatura em Portugal.

“Ca moiro por vós”


“No mundo nom me sei parelha,
Mentre me vai
Ca moiro por vós, e ai
Mia senhor branca e vermelha.
Queredes que vos retraia
Quando vos vi em saia?
Mau dia me levantei
Que vos enton non vi feia.
E, ma senhor, dês aquel’ dia, ai,
Me foi a mi mui mal.
E vós, filha de Dom Pai
Muniz, bem vos semelha
D’aver eu por vós g (u) arvaia
Pois eu, mia senhor, dalfaia
Nunca de vós houve nem hei
valia d’huma correia.”
(fonte: Oficina Literária Ivan Cavalcanti Proença)

Há quem discorde da Cantiga da Ribeirinha como primeiro registro em língua portuguesa.


Abaixo está transcrito tal opinião:

“Porém, há controvérsias entre os documentos mais antigos, pois, há registros no Mosteiro


de Vairão, da região de Entre Douro e Minho: de 1193 e 1231.” (FIGVEIREDO, 1960).

Contudo, é um novo momento na história da língua portuguesa. Para os filólogos a Canção


da Ribeirinha é o início da era arcaica (XII-XVI).

O Rei de Portugal D. Dinis (1261-1325), trovador, escreveu muitos versos que marcaram a
história do Trovadorismo Português.

“No século XII aparecem os primeiros documentos em português, mas ele somente foi
oficializado no século XIII, durante o reinado de D. Diniz.” (MOREIRA & DANTAS, 1975.).

O Galego-português foi sendo substituído pelos dialetos regionais da Galícia e da Lusitânia


a partir do século XIV, até que então temos a origem da chamada Língua Portuguesa. Assim escreve
Moreira & Dantas:

“Em terras do Condado Portucalense e da Galiza, surgiu o idioma galaico-português, ou


galego-português...”.

Mas não para por aí. A língua portuguesa ainda sofrerá diversas transformações até chegar
ao que temos hoje. Mas são seus primeiros passos. Ainda existem ranços do galego-português em
sua ortografia. Têm-se peculiaridades entre as duas línguas, porém estamos nos aproximando muito
do que temos em nossos dias. Portugal está em festa. Possui uma língua moderna. É a transição do
feudalismo para o capitalismo, o final da Idade Média e o marco da Idade Moderna. Está em
formação o renascimento de um novo tempo, com novas descobertas, novos poetas, nova língua.

Pode-se afirmar que adentramos no século de glória de Camões, poeta nacional, mas
também considerado um dos grandes poetas do Ocidente. Acredita-se ser o mais célebre, aquele que
mais se identifica com a língua portuguesa. Os Lusíadas (Camões, 1572) tornam-se o grande épico
de Portugal e referência cultural a partir do século XVII. No Brasil o poema literário é cantado por
Renato Russo (1960-1996) poeta brasileiro que eterniza o poema:

“Amor é fogo que arde sem se ver;


É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente
É dor que desatina sem doer; [...]” (CAMÕES APUD PLATÃO & FIORIN, 1990, p.355).

Suas obras são consideradas referências para todas as comunidades de fala portuguesa e
símbolo de identidade. Objeto de grande pesquisa, pelo seu conteúdo crítico e histórico. Temos nos
padrões atuais vocabulário e sintaxe semelhantes aos padrões do século XVII. O nosso vocabulário
na maior parte é formado das derivações do latim e do latim vulgar. Outras contribuições para a
língua portuguesa ocorreram durante as invasões bárbaras onde foram adicionadas palavras
germânicas. Também os Árabes contribuíram com os sufixos AL, que é um artigo e as grandes
navegações marítimas.

A LÍNGUA PORTUGUESA NO BRASIL


A língua portuguesa falada aqui no Brasil colônia, além das influências dos portugueses,
recebeu contribuições das línguas indígenas nativas como os nomes próprios e geográficos e os
nomes ligados à flora e fauna. A culinária e a religião africana trouxeram grandes colaborações para
o vocabulário português.

Os primeiros registros aqui no Brasil foram relatos das viagens, as descrições geográficas do
país em geral. Foi mais uma literatura informativa escrita por viajantes e missionários e jesuítas.
Tem-se no trecho do texto “Das árvores agrestes do Brasil” uma das primeiras referências
históricas:

“Há no Brasil grandíssimas matas de árvores agrestes, cedros, carvalhos, vinháticos,


angelins e outras não reconhecidas na Espanha, de madeiras fortíssimas para se poderem fazer
delas fortíssimos galeões e, o que mais é que a casca de algumas se tira a estopa para se
calafetarem e fazerem cordas para enxárcia e amarras, do que tudo se aproveitam os que querem
cá fazer navios...” (IN CADORE, 1996).

Com o passar do tempo, devido o crescimento do povo brasileiro, o aumento de imigrantes,


a composição política e econômica, foi proibida a língua tupi, para a oficialização do idioma
brasileiro.

“...O tupi foi proibido em 1757. Muitos imigrantes chegaram às metrópoles. Foi em 1759
que o português foi oficializado como idioma brasileiro.” (MEDEIROS, Adelardo A.D.)

Já no século XX, após a semana de arte moderna (1922), marcada pelo individualismo e
nacionalismo, ocorre um rompimento com os modelos tradicionais portugueses. É o inicio da
literatura peculiar do falar brasileiro. Finalmente, sugere-se a liberdade de uma nação, com a
desvinculação do resquício adquirido na colonização. A liberdade do povo brasileiro em expressar-
se em seu idioma, sua própria cultura e identidade.

Outros fatores como os neologismos, a globalização e recentemente o advento da internet,


são grandes colaboradores para a nossa língua falada e escrita. O vocabulário cresce a cada dia. As
tecnologias, os novos conhecimentos, é o “know-how” a cibernética, etc.

Interessante que o tempo é responsável por algumas mudanças. Passados poucos anos,
falava-se em vídeo-cassete, ontem dvd, hoje blue-ray. Era a febre dos discos de vinil, depois a
inovação do Compact-CD. Hoje temos as músicas para “downloads”, em “sites” de
compartilhamento. Não dá para prever o futuro. O que será desse dinamismo da língua portuguesa,
com esse rápido avanço tecnológico, muitas palavras acabam sendo suprimidas no nosso cotidiano.

Finalizando as pesquisas ora geram idéias polêmicas, ora são recebidas passivamente. Isto é,
após o estudo das ramificações da língua portuguesa, sugere-se a desvinculação do nome língua
portuguesa, já que de todas as colônias portuguesas, apenas os brasileiros falam um “português
brasileiro” diferente de Portugal e de suas colônias.

A língua portuguesa sofreu várias alterações e recentemente passou por revisões ortográficas
e a sugestão abusada em certo modo é chamá-la: “Nossa Língua Brasileira”.

Viva a língua portuguesa ou a língua luso-brasileira. Viva a língua rica em vocabulário e rica
em elementos culturais. Viva a língua tupi-brasileira. Viva o Tupi-português. Viva a Nossa Língua
Brasileira!
BIBLIOGRAFIA

PLATÃO & FIORIN, Para entender o Texto – Leitura e Redação. São Paulo: Àtica; 1990.

HAUY, Amini Boainain. História da Língua Portuguesa: séculos XII, XIII, XIV. São Paulo: Ática,
1994.

HOLANDA, Aurélio Buarque de. Minidicionário Aurélio da Língua Portuguesa. Curitiba: Ed.
Positivo; 2008. 896 p.

MOREIRA, Almir & DANTAS, José Maria de Souza. LINGUA (GEM) Literatura Comunicação.
Rio de Janeiro: Livraria Francisco Alves Editora S/A.; 1975. p.240-241

FIGVEIREDO, Fidelino de. História Literária de Portugal Sécvlos XII-XX. Rio de Janeiro: Editora
Fundo de Cultura S/A.; Atual Editora; 1960. p.29-37

CEREJA, Willian Roberto & MAGALHÃES, Tereza Anália Cochar. Panorama da literatura
portuguesa. São Paulo: Atual Editora; 1992

SALVADOR, Frei Vicente do. História do Brasil. Apud: ANTONIO CANDIDO & CASTELLO,
José Aderaldo. Presença da literatura brasileira. 8. ed. São Paulo, Difel, 1977. v. I, p. 39.

CADORE, Luís Agostinho. Curso prático de Português. São Paulo: Editora Àtica, 1996. p.129

Na internet:

MEDEIROS, Adelardo A.D. http://www.linguaportuguesa.ufrn.br/pt_3.3.a.php

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