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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

DEPARTAMENTO DE FÍSICA
FÍSICA EXPERIMENTAL II

Redigindo um relatório

O laboratório ou, mais precisamente, os experimentos são primordiais e correspondem à realidade. Re-
sultados que apresentam discordância com a teoria não devem ser desconsiderados ou “arrumados” a fim de
corroborar a teoria. Lembre-se que podemos cometer erros, o equipamento pode ter problemas e até mesmo a
teoria pode não descrever precisamente a realidade, ou seja, sempre trabalhe e apresente fielmente os resultados
obtidos.
O relatório é uma comunicação que deve permitir que uma pessoa, que não esteja familiarizada com os
detalhes do experimento, possa reproduzí-lo ou obtenha as informações básicas sobre o fenômeno observado.
Uma vez que o relatório consiste de um texto científico, as informações nele contidas devem ser fornecidas com
precisão, sendo consistentes e rigorosamente baseadas no experimento realizado. O relatório de atividades deve,
em primeiro lugar, retratar o que foi realmente realizado no experimento, sendo de fundamental importância a
apresentação de um documento bem ordenado e de fácil manuseio.
Além disso, o relatório deve ser redigido de forma clara, sucinta e precisa e deve descrever as atividades
experimentais realizadas, a base teórica dessas atividades, os resultados obtidos e sua discussão, além da citação
da bibliografia consultada. Devem ser evitados expressões informais ou termos que não sejam estritamente
técnicos. O rigor na escrita também deve ser levada em consideração, de modo que o texto, após finalizado,
deve ser revisado a fim de evitar erros de português, retirar termos redundantes e esclarecer pontos obscuros no
original.
Em geral, nos relatórios científicos, devem ser considerados os seguintes pontos:

 São escritos em primeira pessoa do plural, em pretérito perfeito do modo indicativo (Ex: realizamos,
medimos), ou em terceira pessoa do singular, na voz passiva (Ex: o experimento foi realizado, a
distância foi medida);
 Uma atenção especial deve ser dada aos termos técnicos, resultados, fórmulas e expressões matemá-
ticas. As equações devem ser citadas no texto e, preferencialmente, numeradas. Além disto, deve-se
descrever o significado físico das variáveis de cada equação;
 As ilustrações (tabelas, figuras e gráficos) deverão vir na sequência mais adequada ao entendimento
do texto. Todas as tabelas, figuras e gráficos devem ter legenda, com numeração, e seus títulos e
legendas devem constar imediatamente abaixo. Em particular, para tabelas, o caption pode vir acima
da mesma;
 Qualquer gráfico, tabela ou equação deve ser sempre descrita, usando os princípios físicos envolvidos.
Ou seja, nenhum gráfico, tabela ou equação deve ser escrita sem que haja uma explicação para a
mesma;
 Prefira sempre utilizar as unidades no SI;
 O texto, como um todo, deve ser digitado e apresentar a mesma formatação. O texto deve ser
justificado e o espaçamento do corpo de texto é simples;
 Em geral, usa-se tamanho de letra 10, 11 ou 12, formato Times New Roman ou Arial;
 As páginas devem estar numeradas;
 Após a impressão, grampeie as páginas no canto superior esquerdo.

Cada relatório deve incluir os seguintes elementos apresentados abaixo. Nem todos os trabalhos devem ser
rigorosamente divididos nessa forma, mas todos os aspectos são importantes e devem constar em um trabalho.

(a) Capa ou identificação;


(b) Objetivo;
(c) Introdução teórica;
(d) Material;
(e) Procedimento experimental;
(f) Resultados e discussão;
(g) Conclusão;
(h) Referências;
(i) Anexos.

A seguir, na página 3, são apresentadas maiores informações sobre cada um dos elementos e, na página
5, tem-se um exemplo de relatório.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
DEPARTAMENTO DE FÍSICA TEÓRICA E EXPERIMENTAL
FÍSICA EXPERIMENTAL II

Título do Experimento

Nesta seção, são detalhados cada um dos elementos que devem compor o relatório redigido para cada
uma das atividades de laboratório. Ao final deste, na página 5, segue um exemplo de relatório, ao qual você
pode identificar cada um dos componentes e suas características.

Identificação
Na capa ou na identificação, deve haver: nome da instituição, componente curricular, nome completo dos
membros da equipe, turma e subturma, nome do professor, data de realização do experimento, data da entrega
do relatório e título do experimento. Perceba que a identificação que foi aqui utilizada, logo acima, não está
completa. Novamente, para uma melhor visualização, olhe o exemplo de relatório a seguir, na página 5.

Objetivo
Esta seção deve ser clara e sucinta, descrevendo o objetivo a ser alcançado no experimento. Em particular,
o mesmo não deve ser colocado um itens. Como exemplo, a seção de objetivos pode começar como “Neste
experimento, tem-se como objetivo verificar/ obter/ experimentar/ fazer/ determinar/ confirmar . . . ”. De uma
forma geral, pode-se ter um parágrafo para cada ação/verbo.

Introdução teórica
Nesta seção, que deve ser ao mesmo tempo sucinta e completa, estabelece-se o contexto de todo o restante
do relatório. Na introdução teórica, deve-se apresentar e detalhar a teoria mais relevante relacionada com o
objetivo da experiência e com o assunto abordado, bem como colocar as principais expressões matemáticas que
serão utilizadas.
Qualquer cópia de livros e sites da internet é absolutamente vedada para a elaboração da introdução
teórica, ou seja, a introdução teórica não deve ser uma cópia de livros ou da internet. Porém o estudo destes
pode/deve servir de base para elaboração deste item, desde que, o referido esteja citado na bibliografia.

Material
Aqui se descreve detalhadamente todo o material utilizado para a realização do experimento, podendo ser
incluidos fotos, diagramas esquemáticos, entre outros, que representem os equipamentos utilizados. Esta seção
pode ser mesclada com a seção posterior, procedimento experimental, formando apenas uma. Como exemplo,
a seção de materiais pode começar como “No experimento, foi utilizado o sistema tal, composto pelos seguintes
dispositivos . . . O sistema está mostrado na figura tal e funciona da seguinte forma . . . ”.

Procedimento Experimental
Nesta seção, deve ser descrito, com suas próprias palavras, todo procedimento experimental realizado
para elaboração deste experimento, bem como o método de coleta dos dados. Chama-se a atenção que, nesta
seção, não devem ser incluídos resultados experimentais. A descrição deve ser clara, objetiva, sequencial e
minuciosamente feita com todos os detalhes para montagem e elaboração do experimento. Ou seja, observações
importantes que facilitem a realização do experimento, peculiaridades do equipamento e todas as ações do
experimentador devem ser incluídas, de modo que outro acadêmico possa ler, entender e executar o mesmo
experimento.
Como exemplo, a seção de procedimento experimental pode começar como “Inicialmente, o sistema
experimental foi montado conforme discutido na seção anterior . . . Em seguida, mediu-se isso, isso, e aquilo
. . . Por fim, a partir dos dados de tal e tal grandeza, obtém-se tal e tal grandeza através de tais e tais expressões
matemáticas . . . ”. Outra opção é utilizar a primeira pessoa do plural, tal como “Montamos . . . ”.
Lembre-se que o procedimento experimental não corresponde a uma receita de bolo. Não realize cópia do
roteiro, ou seja, não o escreva no modo imperativo (Ex: Meça tal grandeza). O procedimento deve ser escrito,
como citado acima, através de uma narração de fatos já realizados.

Resultados e discussão
Na seção de resultados e discussão, não se conclui, mas observa-se, verifica-se, comenta-se, etc. Nesta,
apenas devem ser expostos os resultados obtidos, mostrando os cálculos e os principais resultados devidamente

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organizados em tabelas, quando necessário, ou através de gráficos. Além disto, tenha certeza de ter calculado,
apresentado e discutido tudo que foi solicitado no roteiro.
Na seção de resultados e discussão:

 Não copie as perguntas do roteiro. Lembre-se que o fato de o roteiro apresentar diversas perguntas,
às quais você deve obter as respostas, não indica que você deve apresentar os resultados sob a forma
de respostas às questões. Neste espaço, as perguntas do roteiro devem ser usadas para estimular a
discussão dos resultados experimentais e respondê-las num formato de “texto corrido”, ou seja, os
resultados obtidos e as informações que respondem às questões, bem como toda a discussão, devem
ser inseridas sob a forma de um texto dissertativo. O acadêmico não deve se limitar às perguntas do
roteiro;
 A discussão dos resultados deve ser feita em detalhes, relatando, passo a passo, as informações obtidas
a partir dos dados e gráficos apresentados;
 Não esqueça de expressar os resultados com sua incerteza e sua respectiva unidade. Sempre que
possível, calcule erros associados às medidas e, nunca, comente sobre erros, sem calculá-los;
 Nos gráficos devem ser incluídos as respectivas grandezas e unidades nos eixos x e y, bem como
legendas em cada figura. Nunca deixe de descrever ou fazer referência no texto de nenhuma tabela
ou gráfico;
 Também não esqueça de descrever a dependência das grandezas físicas expostas na tabela, tendo
como base a teoria envolvida;
 Quando algo for calculado, referencie as equações da introdução teórica pelas enumerações;
 Em particular, deve-se informar se os resultados são coerentes com a realidade física, comparar e
verificar se estão de acordo com a teoria apresentada na revisão teórica, possíveis fontes de erro, etc;
 Devem ser realizadas comparações dos resultados experimentais com a teoria e quando possível
comparar os dados obtidos com valores padrões conhecidos da bibliografia;
 Deve-se destacar as observações e verificações experimentais, com suas possíveis explicações baseadas
na teoria envolvida, sendo que qualquer afirmação deve ser acompanhada de uma justificativa baseada
em algum princípio físico.

Em um relatório desse tipo, espera-se que o acadêmico discuta os resultados em termos dos fundamen-
tos estabelecidos na introdução, mas também que os resultados inesperados e observações sejam relatados,
procurando uma justificativa plausível para o fato.

Conclusão
Na conclusão, conclui-se, ou seja, aqui devem ser expostas as conclusões do referido experimento. Esta
seção visa fazer a ligação do relatório como um todo através dos objetivos originais e os resultados obtidos,
sendo assim, procure fazer uma conclusão clara e coerente com a experiência.
Na seção de conclusão:

 Realize um apanhado dos resultados experimentais e da teoria num contexto de conclusão e indique
a teoria que melhor explica os dados, no caso que existir mais de uma teoria envolvida;
 Nos casos em que couber, deve-se explicar alguma discrepância dos dados experimentais, daquele
esperado, bem como, nos casos em que couber, destacar a concordância dos dados experimentais com
a teoria;
 Deve-se citar os métodos de medida utilizados, limitações do experimento, erros nas medidas e fontes
de erros, qualidade e confiabilidade das medidas;
 Por fim, deve- incluir informações relacionando os resultados e conclusões com os objetivos, bem
como se os objetivos foram atingidos.

Bibliografia
Todas as referências utilizadas para elaboração deste relatório devem ser expostas aqui. No caso de site
de internet, no final, deve-se colocar a data no qual o mesmo foi acessado.

Anexos
Caso haja necessidade, anexos devem ser incluídos no final do relatório. Por exemplo, gráficos feitos à
mão, com folhas com tamanho similar a A4, devem ser colocados no final e não no meio do texto.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
DEPARTAMENTO DE FÍSICA TEÓRICA E EXPERIMENTAL
FÍSICA EXPERIMENTAL II

Acadêmicos: James Prescott Joule, Robert Hooke, James Watt e Albert Einstein Turma: 3M456
Professor: Isaac Newton
Data: 02/02/2016.

Experimento N◦ 5 - Lei de Hooke

Objetivo
Nesta atividade, tem-se como objetivo analisar as três leis de Newton no equilíbrio e, deste modo, verificar
a proporcionalidade entre a elongação de uma mola e a força aplicada e mostrar que a relação é linear até certo
limite de elasticidade.

Introdução teórica
Observa-se que a força exercida por uma mola é um importante exemplo de força variável. Estando a
mola no seu estado relaxado, ou seja, nem distendida nem comprimida, e considerando que uma extremidade
é mantida fixa e a outra é presa a um objeto, se o objeto considerado é puxado para a direita, a mola é
então distendida e, ao mesmo tempo, puxa o bloco para a esquerda, buscando voltar ao estado relaxado. Esta
força exercida pela mola é chamada de força restauradora. Agora, se o objeto é empurrado para a esquerda,
comprimindo a mola, ao mesmo tempo, a mola empurra o objeto para a direita, novamente tentando restaurar o
seu estado relaxado. Com uma boa aproximação, a força F~ exercida pela mola é proporcional ao deslocamento
∆d~ da extremidade livre em relação a sua posição quando a mola está no estado relaxado. Sendo assim, esta
força da mola pode ser escrita como:
~
F~ = −k d. (1)

Essa lei é conhecida como Lei de Hooke, em homenagem ao cientista Robert Hooke. O sinal negativo na
equação acima, indica que a forca exercida pela mola tem sempre o sentido oposto do deslocamento da sua
extremidade livre. A constante k, chamada de constante da mola, fornece a medida da rigidez da mola, sendo
assim, quanto maior o seu valor for maior será a rigidez da mola, ou seja, maior a força com que reage a um
dado deslocamento. É importante ressaltar a que a unidade de k no SI (Sistema Internacional) é o Newton por
metro (N/m). Traçando um eixo dos x ao longo do comprimento de uma mola, com origem (x = 0) posicionado
na extremidade livre, encontrando-se a mola no estado relaxado, obtemos a seguinte relação escalar:

F = −kx. (2)

Material utilizado
Foram utilizadas no experimento duas molas, um conjunto de pesos, suporte para mola, com régua
graduada em milímetros. O sistema experimental foi montado conforme esquematizado na figura 1.

Figura 1: Sistema experimental utilizado para a realização do experimento.

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Procedimento Experimental
Foram utilizados vários pesos sendo que para cada um, após posicionados na extremidade livre da mola,
foi registrado a alongação da mola. Este procedimento foi realizado com duas molas diferentes e, a partir deste
procedimento, foram contruídas curvas de F vs. ∆x. Através do ajuste linear das curvas obtidas, o valor de k
para cada uma das molas foi determinado.

Resultados e discussão
Colocaram-se os diferentes pesos no suporte, os quais provocaram uma alongação na mola. A figura 2
mostra da força peso (F ) em função da alongação da mola (∆x), para a mola 1, juntamente com o ajuste linear
e equação obtida a partir do ajuste. Observa-se que a mola em determinado tempo possui um comportamento
diferenciado, depois da alongação de 0,03 metros ela sofre uma deformação plástica. Em virtude disto, se fez
um ajuste no gráfico, calculando somente os primeiros pontos da alongação da mola, como mostra a figura 3.
Deste modo, com o ajuste do gráfico, é possível observar que o coeficiente angular da reta obtido no gráfico é
uma constante, ou seja, a constante k da expressão da Lei de Hooke, que determina a medida da rigidez da
mola. Neste caso, a constante k = 8, 91 N/m.

Figura 2: Força peso (F ) em função da alongação da mola (∆x) para a mola 1.

Figura 3: Força peso (F ) em função da alongação da mola (∆x) para a mola 1, desconsiderando a região onde a mola sofre uma
deformação plástica.

Utilizando uma mola diferente do procedimento anterior, repetiu-se o experimento, e obtiveram-se os


valores F vs. ∆x, como mostrado na figura 4. Do mesmo modo que no primeiro procedimento, foi necessário
fazer um novo ajuste do gráfico uma vez que observa-se que depois da alongação de 0,010 metros, a mola
comporta-se plasticamente. Sendo assim, considerando somente os primeiros pontos, tem-se a figura 5. E neste
caso, a constante k = 24, 53 N/m.

Conclusão
Através do procedimento experimental, foi possível observar que a força da mola é variável, pois depende
da posição da extremidade livre e k é uma constante, que determina a medida da rigidez da mola, assim pode-se
dizer que a Lei de Hooke é uma relação linear, onde sua aplicação pode ser utilizada na elaboração de um
dinamômetro. Porém, a partir do momento em que a mola sofre uma alongação maior que certo limite de
elasticidade, a Lei de Hooke deixa de ser uma relação linear, perdendo assim sua aplicação.

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Figura 4: Força peso (F ) em função da alongação da mola (∆x) para a mola 2.

Figura 5: Força peso (F ) em função da alongação da mola (∆x) para a mola 2, desconsiderando a região onde a mola sofre uma
deformação plástica.

Bibliografia
[1] D. Halliday, R. Resnick e J. Walker, Fundamentos de Física - Volume 1 - Mecânica, 8a edição, LTC Editora,
Rio de Janeiro (2008).
[2] H. D. Young e R. A. Freedman, Física I - Mecânica - Sears & Zemansky, 12a edição, Editora Pearson Addison
Wesley, New York (2008).

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