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Por: Mônica Ferreira Fernandes Clacino.

Cultura dos excluídos.

Em linhas gerais será explicada a dinâmica da “cultura dos excluídos” na


inclusão de uma classe social pós-libertação escrava no Brasil (1888),
mostrando a inexistência de um povo, simbolizado no ufanismo descrito na
exaltação da República, em contrapartida em símbolos de manifestações
populares, Samba.

Logo, para compreender o termo, supracitado precisamos dividi-lo, ou seja,


entender os conceitos “cultura” e “excluído”.

Cultura significa de forma simples, todas as realizações materiais e os


aspectos espirituais de um povo, assim Edward Tylor define “cultura é tudo
aquilo produzido pela humanidade, seja no plano concreto ou no plano
imaterial, desde artefatos e objetos até ideias e crenças.”.

Desta forma, está premissa torna-se verdadeira, após 1888, uma classe de
pessoas saem da conjuntura de “não pessoas”, mercadorias, e entram no
contexto de “pessoas excluídas”, negação de cultura, logo sendo exemplificado
e promovido pelo Estado, em exaltação nacional no Hino da Proclamação da
República, pois sua letra expressa à negação da escravidão neste trecho:

“(...) Nós nem cremos que escravos outrora


Tenha havido em tão nobre País...
Hoje o rubro lampejo da aurora
Acha irmãos, não tiranos hostis.
Somos todos iguais! Ao futuro
Saberemos, unidos, levar
Nosso augusto estandarte que, puro,
Brilha, avante, da Pátria no altar!(...)” (Leopoldo Miguez,
1890)

Juntamente a demonização e marginalização cultural afro-brasileira, que


perdura até os dias atuais.

Partindo para o termo “Excluído(s)” o seu significado formal é “que ou que foi
posto de parte; que ou que se excluiu”, então no âmbito deste texto, os
negros no Brasil enquadra-se na primeira sentença “que foi posto a parte”
propagado pela nação.

Entretanto, está acontecendo um movimento de quebra de paradigmas através


da lei 10 639/03, que versa sobre o ensino da história e cultura afro-brasileira e
africana, ressalta a importância da cultura negra na formação da sociedade
brasileira e manifestações culturais, o carnaval, no samba enredo da escola de
samba Paraíso do Tuiti em 2018, “Não sou escravo de nenhum senhor (...)
eu não tenho a sua fé e nem tenho a sua cor / Tenho sangue avermelhado
o mesmo que corre na ferida (...)” (Paraíso do Tuiti, Grazzi Brasil, 2018).

Isto exemplifica a tentativa de rompimento da “Cultura dos Excluídos”, onde, o


Estado, em 129 anos promove a exclusão cultural de pessoas, usando símbolos
nacionais, Hino da Proclamação da República, como ferramenta de abandono de
legado histórico-cultural de povos que foram escravizados, sendo os mesmos um
dos tripés da base cultural do Brasil.

Portanto, é através da educação que pode haver definitivamente a desconstrução


da “Cultura dos Excluídos”, apresentando de forma didática a história, a crença e
as ideias dos povos africanos antes e depois da diáspora.

“Até que os leões tenham seus próprios historiadores, as historias de


caçadas continuarão glorificando o caçador” (Eduardo Galeano).

Referencias:

DICIONÁRIO DOS CONCEITOS HISTÓRICOS PG. 85.

.WIKIPEDIA. ORG/WIKI/HINO_DA_PROCLAMAÇÃO_DA_REPÚBLICA (18/08/19 –


23:00 HS)

S AMBA ENREDO P ARAÍSO DO TUITI / 2018.

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