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Aluno: Fernando Giorgetti de Souza

Data: 11 de Novembro de 2012.


Curso: História - Disciplina: Civilização Brasileira II
Professora: Dra. Any Marise.

Resumo do texto: “Era o golpe de 64 inevitável?” de Jacob Gorender:

Iniciando a discussão sobre o assunto, Jacob Gorender - autor marxista


da historiografia brasileira - aborda a questão do inevitável e da inevitabilidade
em curto prazo ao discutir o golpe de 64. Defende a categoria de
inevitabilidade, como parte do pensamento historiográfico servindo-se do
pensamento de Marx: “Os homens fazem sua própria história, mas não a
fazem como querem; não fazem sob circunstâncias de sua escolha...”. (p.109)
Segundo aponta o autor sobre o golpe de 64: “até talvez dezembro de
1963 ou janeiro de 1964, ainda não era inevitável.” (p.109) Ele acrescenta a
possibilidade do golpe ser evitado, se a esquerda fosse coesa e mobilizasse as
forças reformistas, demonstrando superioridade contra os adversários militares.
No entanto, os generais protagonistas do golpe confirmam que as
articulações nos altos escalões funcionaram como se já estivessem
programadas, contrapondo essa ideia o autor fala que houve muitos “vai-e-
vens”. Jango tentou conciliar com as forças conservadoras, e conter as
manifestações e reprimir o povo. Mas, Jango estava se preparando para o
continuísmo e isso pode ser visto quando ele procura-se entender com as
forças esquerdistas do PCB.
São referencias chaves para essa discussão algumas citações do autor
e destaca-se dentre elas, a ideia do golpismo não estar só com a direita, mas,
também com os esquerdistas.
Além disso, no contexto internacional, o fato dos Estados Unidos não
aceitarem a instalação de um regime de esquerda no país, é considerado como
força contrária ao regime comunista.
Apesar de esquerdista o PCB e outras frentes favoráveis ao socialismo,
não pensavam em implantar no país o regime socialista. Soma-se a isso, a
falta de influencia e participação das massas trabalhadoras para tal revolução.
Uma hipótese levantada pelo marxista é, se as correntes esquerdistas
que defendiam as reformas de base, tivessem se mobilizado sairiam
vencedora. Mas como a história trabalha com fatos, isso não ocorreu.
Além disso, o autor destacou a atuação política de sargentos,
marinheiros e soldados das Forças Armadas e das polícias militares
descontentes com as políticas da época.
Outro ponto considerado foi o fracasso de Jânio ao pressionar para
governar com autoritarismo, ser uma semente germinada no golpe de 1964.
Diante dessas evidencias, registra fatos e devem ser analisados à luz da
conjuntura da época. Por exemplo, ele afirma não haver uma forte articulação
dos militares golpistas.
Entretanto, não inclui nesse caso, os membros da chamada
“intelligentsia” do Instituto de Pesquisas e Estudo Sociais - IPES, dirigido por
Golbery. Nele planos direitistas, foram preparados e medidas econômicas e
políticas foram efetivadas na primeira ditadura militar com a instituição do AI-1.
Há quem diga que a ditadura militar já estava efetivada, porém,
Gorender acredita ser uma ditadura civil, aquela vivida nos tempos de Getúlio
Vargas no Estado Novo.
Após essas explicações, o historiador afirma: “No Brasil, o poder foi
assumido, em 1964, pelas Forças Armadas, que institucionalizaram um
processo de sucessão dos presidentes da República escolhidos entre os pares
do alto comando, de tal maneira que não houve lugar para um caudilho militar.”
(p. 113)
E este é um ponto a considerar para se compreender a sucessão do
governo militar para o governo democrático vigente.
Desse modo, resgatando os apontamentos de Marx sobre a aparência e
a essência, demonstra a ocorrência de um governo democrático “apenas na
aparência” e explica ter sido a transição “pelo alto”, na essência, pelo fato de
outros militares e aliados terem sido escolhidos após o governo do General
Figueiredo, aparentando desse modo, uma “abertura democrática”.
Para reforçar sua tese que o golpe não era inevitável, Gorender
argumenta: “... tornou-se inevitável na curta conjuntura dos dois ou três meses
que o antecederam.” (p.114)
O autor entende que se as forças políticas reformistas se mobilizassem
na época o golpe não aconteceria e aponta vários fatores que contribuíram
para o enfraquecimento da esquerda.
São destacadas as divisões democráticas e nacionalistas, as lutas
internas, o enfraquecimento das frentes populares, as ambições de Brizola e
Jango e de vacilos do partidão.
Encerra o texto tratando o assunto da inflação, ser “herança do regime
militar”, e apela pela defesa da liberdade democrática.

BIBLIOGRAFIA:

GORENDER, Jacob, “Era o golpe de 64 inevitável?”, in TOLEDO, Caio Navarro de


(org.), 1964: visões críticas do golpe. Democracia e reformas no populismo.
Campinas: Unicamp, [19--], Pp. 109-116.

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