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O metilfenidato, substância psicoativa comercializada com os nomes Ritalina e

Concerta, age no sistema nervoso aumentando a concentração de dopamina,


neurotransmissor associado às sensações de prazer. A pediatra relata que o modo de
ação é o mesmo de todos os psicoestimulantes, como a anfetamina e a cocaína,
sendo o mecanismo clássico de dependência química, com a grande estimulação
farmacológica, artificial, a pessoa fica insensível aos prazeres da vida.
https://www.prp.unicamp.br/es/node/291

Na sua primeira elaboração, o modelo de dependência física sustentava que a administração


repetida da droga produzia mudanças fisiológicas relativamente permanentes no organismo
(tolerância) como forma de contrabalançar os efeitos perturbadores da droga. Assim, quando
a droga é retirada do organismo (abstinência), aparece uma série de sintomas opostos aos
produzidos pela droga (síndrome de abstinência). Esses sintomas são freqüentemente muito
aversivos, o que levaria o consumidor em abstinência a procurar a droga como uma forma de
aliviá-los.

O álcool é muito usado como automedicação para alívio da ansiedade (i. é, como ansiolítico), e
as anfetaminas podem ser usadas como automedicação no transtorno de déficit de atenção e
hiperatividade. No entanto, muitas vezes é difícil determinar se essas doenças são causas ou
efeitos do uso de drogas, porque as ações das próprias drogas, bem como a abstinência e a
dependência, podem revelar uma doença psiquiátrica em um indivíduo antes compensado.

O termo abuso aplica-se especificamente a substâncias não-prescritas. Assim, o etanol e a


cocaína, que não costumam ser prescritos, são considerados drogas de abuso.

A tolerância refere-se à diminuição do efeito de uma droga com o uso contínuo. A tolerância
ocorre quando a administração repetida de uma droga provoca um desvio da curva de dose-
resposta, de modo que seja necessária uma maior dose (concentração) da droga para produzir
o mesmo efeito.

A dependência física (ou dependência fisiológica) refere-se aos sinais e sintomas físicos
adversos provocados pela abstinência de uma droga.

A dependência psicológica ocorre sempre que uma droga afeta o sistema de recompensa
encefálico. As sensações agradáveis produzidas causam o desejo de continuar usando a droga.
Quando o uso da droga é interrompido, as adaptações ocorridas no sistema de recompensa
encefálico manifestam-se como disforia e fissura pela droga, como aconteceu com o Sr. B.
Assim, tanto a dependência física quanto a dependência psicológica são causadas por
alterações nos processos de homeostase, mas esses processos ocorrem em regiões diferentes
do encéfalo.

A tolerância farmacocinética surge quando há aumento da capacidade de metabolizar ou


excretar a droga ao longo do tempo.

A tolerância farmacodinâmica, o mecanismo mais importante de tolerância, é causada por


alterações na interação droga receptor.

Na tolerância aprendida, uma droga produz alterações compensatórias que não têm relação
com sua ação. O mecanismo mais comum de tolerância aprendida é a tolerância
comportamental, na qual a pessoa aprende a modificar seu comportamento para ocultar os
efeitos da droga. Por exemplo, uma pessoa que já esteve alcoolizada várias vezes pode
aprender a ocultar os sintomas da intoxicação, como a fala arrastada e a falta de coordenação,
e assim parecer menos embriagada.

A dependência física é um fenômeno que geralmente está associado à tolerância e que


costuma resultar de mecanismos semelhantes aos que provocam tolerância farmacodinâmica.
Dependência física é a necessidade da droga para manter o funcionamento normal. Na
ausência da droga, revelam-se as adaptações que produziram a tolerância. A característica da
dependência física é a manifestação de sintomas de abstinência na ausência da droga.

A segunda categoria das drogas de abuso comuns consiste em agentes que se ligam aos
mesmos receptores que as substâncias terapêuticas comumente prescritas, mas que não são
usados como agentes terapêuticos. Por exemplo, a heroína liga-se ao mesmo receptor da
morfina. O álcool, que se liga ao receptor de GABAA, e a nicotina, que se liga ao receptor
nicotínico da acetilcolina, imitam outros agonistas GABAérgicos e colinérgicos,
respectivamente. A cocaína e a anfetamina têm ações semelhantes às de outras drogas que
inibem os transportadores de recaptação da monoamina.

Nicotina

Os neurônios colinérgicos originados na área tegmental laterodorsal (perto da borda do


mesencéfalo e da ponte) ativam receptores nicotínicos e muscarínicos da acetilcolina em
neurônios dopaminérgicos na área tegmental ventral; a estimulação desses receptores
nicotínicos pela nicotina ativa a via de recompensa encefálica dopaminérgica

A cocaína e a anfetamina, mediante bloqueio ou inversão da direção dos transportadores de


neurotransmissores que medeiam a recaptação das monoaminas dopamina, norepinefrina e
serotonina para as terminações pré-sinápticas, potencializam a neurotransmissão
dopaminérgica, adrenérgica e serotonérgica. A cocaína é mais potente no bloqueio do
transportador dopamina (DAT), embora concentrações maiores bloqueiem os transportadores
da serotonina e da norepinefrina (5HTT e NET, respectivamente). É preciso lembrar que os
antidepressivos tricíclicos (ATC) e os inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS)
agem de modo semelhante, bloqueando a recaptação de norepinefrina e serotonina (ATC) ou
apenas de serotonina (ISRS) pelos neurônios pré-sinápticos. A anfetamina inverte a direção
dos três transportadores de monoaminas, embora seja mais eficaz no transportador de
norepinefrina. A anfetamina também libera depósitos vesiculares de transmissor para o
citoplasma; a combinação dessas ações causa o transporte do neurotransmissor catecolamina
para dentro, em vez de para fora, da fenda sináptica. Por meio dessas ações, a cocaína e a
anfetamina aumentam a concentração de neurotransmissores monoaminas na fenda
sináptica, potencializando a neurotransmissão.

A cafeína e as metilxantinas relacionadas, teofilina e teobromina, são drogas onipresentes,


encontradas no café, chá, refrigerantes tipo cola e de outros tipos, chocolate e em muitos
medicamentos prescritos e de venda livre. A cafeína pode bloquear receptores de adenosina,
que é um promotor natural do sono e sonolência; a cafeína, mediante bloqueio dos receptores
de adenosina, promove o estado de alerta e provoca insônia. A cafeína pode causar sintomas
de abstinência como letargia, irritabilidade e uma cefaléia característica, mas a adicção,
embora documentada, é rara.

https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/3319241/mod_resource/content/1/Farmacologia%2
0da%20dependencia%20e%20abuso%20%20de%20drogas.pdf
O abuso de substâncias ocorre em todos os segmentos da sociedade.
A Dependência é a necessidade psicológica ou física de continuar consumindo a
substância. A dependência física é caracterizada pela síndrome de abstinência e pela
tolerância: ou seja, a necessidade de consumir a substância para evitar a síndrome de
abstinência.
Existem dois tipos de dependência:
- Dependência física;
- Dependência psíquica.
http://www.aberta.senad.gov.br/medias/original/201704/20170424-094615-001.pdf
A dependência de substâncias pode ser entendida como alterações cerebrais (neurobiológicas)
provocadas pela ação direta do uso prolongado de uma droga de abuso. Essas alterações são
influenciadas por aspectos ambientais (sociais, culturais, educacionais), comportamentais e
genéticos
Cada droga de abuso tem o seu mecanismo de ação particular, mas todas elas atuam, direta
ou indiretamente, ativando uma mesma região do cérebro: o sistema de recompensa cerebral.
Esse sistema é formado por circuitos neuronais responsáveis pelas ações reforçadas positiva e
negativamente. Quando nos deparamos com um estímulo prazeroso, nosso cérebro lança um
sinal: o aumento de dopamina , importante neurotransmissor do sistema nervoso central
(SNC), no núcleo accumbens , região central do sistema de recompensa e importante para os
efeitos das drogas de abuso.
As drogas de abuso agem no neurônio dopaminérgico, isto é, neurônios cujo principal
neurotransmissor é a dopamina, induzindo um aumento brusco e exacerbado de dopamina no
núcleo accumbens, mecanismo comum para praticamente todas as drogas de abuso. Esse sinal
é reforçador, associado a sensações de prazer, fazendo com que a busca pela droga se torne
cada vez mais provável.
Assim, as drogas de abuso, além de agirem sobre muitas estruturas do sistema nervoso
central, agem também sobre o sistema mesolímbico e o sistema mesocortical, que juntos
constituem o sistema de recompensa cerebral, sendo essa relação de fundamental
importância.
Como as drogas de abuso aumentam a liberação de dopamina no núcleo accumbens, as
pessoas podem usar drogas porque querem ter uma sensação de bem-estar, de alegria
(reforço positivo – adicionar algo). As pessoas também podem usar drogas porque estão
tristes, deprimidas ou ansiosas e querem aliviar essas sensações ruins, nesse caso, procuram a
droga pelo seu poder reforçador negativo (retirar algo). Essa propriedade reforçadora da
droga, que causa prazer ou alivia sensações ruins (por exemplo, a síndrome de abstinência na
ausência da droga), aumenta a chance da reutilização da droga.
O uso repetido de drogas de abuso produz alterações no SNC que podem levar às alterações
comportamentais (tolerância e/ou sensibilização). Essas alterações comportamentais
contribuem para aumentar a saliência do incentivo e o desejo de consumir mais drogas.

Quando uma droga é administrada repetidamente e não provoca mais o mesmo efeito, ou é
preciso aumentar a dose para ter a mesma sensação, diz-se que a pessoa está “tolerante” ao
efeito da droga. Esse fenômeno, a tolerância, é comumente encontrado nas pessoas que se
tornaram dependentes das drogas
o s istema de recompensa é uma parte primitiva do
SN dos
mamíferos q ue assegura que comportamentos
fundamentais
à sobrevivência da espécie, tais c omo alimentação e
se xo,
sejam percebidos como prazerosos. Dessa forma,
aumenta a
possibilidade de que tais comportamentos s ej am
sempre
repetidos
• s ubstâncias psicoativas como a c ocaína e a
anfetamina agem
diretamente sobre esse sistema, e nquanto a
nicotina e os
opiáceos o estimulam indiretamente. As causas
naturais que
normalmente estim ulam o sistema de rec ompensa
c hegam a
aumentar em até 100% sua atividade.
http://www.aberta.senad.gov.br/medias/original/201704/20170424-094213-001.pdf

As drogas atuam no cérebro afetando a atividade mental, sendo, por essa


razão, denominadas psicoativas
Independente do efeito específico que possuem no SNC, o fato é que toda droga psicoativa
interfere no funcionamento normal do cérebro, e consequentemente da mente. Entre as várias
razões pelas quais as pessoas utilizam drogas está o fato de esta ser uma fonte de prazer, ou
pelo menos uma forma de reduzir um desconforto mental. O sistema de recompensa do
cérebro é estimulado pelo uso dessas substâncias.

Drogas estimulantes São drogas que aumentam a atividade mental. Essas substâncias afetam o
cérebro, fazendo com que ele funcione de forma mais acelerada. Exemplos: cafeína, tabaco,
anfetaminas, cocaína e crack. As anfetaminas, assim como os outros estimulantes, costumam
ser utilizadas para se obter um estado de euforia, a fim de se manter acordado por longos
períodos de tempo ou para diminuir o apetite. Podem ser utilizadas, ainda, como medicação
para déficit de atenção e doenças neurológicas.
As drogas estimulantes aceleram o funcionamento do SNC, provocando agitação, excitação,
insônia, entre outros efeitos. alguns exemplos são cocaína, crack, anfetaminas e a nicotina.

Drogas alucinógenas (ou psicodislépticas) Drogas que alteram a percepção são chamadas de
substâncias alucinógenas (ou psicodislépticas). Exemplos: LSD, ecstasy, maconha e outras
substâncias derivadas de plantas ou cogumelos (ayahuasca, ibogaína, sálvia, mescalina,
psilocibina etc.).

https://www.who.int/substance_abuse/publications/en/Neuroscience_P.pdf

O ce´ rebro conte´m dezenas de tipos diferentes de mensageiros quı´micos. Cada


neurotransmissor especı´fico liga-se a um receptor especı´fico tal como uma chave a uma
fechadura (ver Figura 4). A relac¸a˜o de neurotransmissor a receptor pode resultar num certo
nu´mero de diferentes alterac¸o˜es na membrana po´ s-sina´ptica. Os receptores recebem o
nome do tipo de neurotransmissor com o qual se ligam de prefereˆncia, por exemplo,
receptores de dopamina e receptores de serotonina. Cada tipo de receptor tambe´m tem
muitos subtipos. As substaˆncias psicoativas teˆm a propriedade de imitar os efeitos de
neurotransmissores naturais ou endo´ genos, ou de interferir com a func¸a˜o normal do ce´
rebro bloqueando uma func¸a˜o, ou alterando os processos normais de acumulac¸a˜o,
liberac¸a˜o e eliminac¸a˜o de neurotransmissores. Um mecanismo importante de atuac¸a˜o
das substaˆncias psicoativas e´ o bloqueio da recaptura de um neurotransmissor depois da sua
liberac¸a˜o pelo terminal pre´ -sina´ptico. A recaptura e´ um mecanismo normal de
eliminac¸a˜o do transmissor da sinapse pela membrana pre´ -sina´ptica. Bloqueando a
recaptura, os efeitos normais do neurotransmissor sa˜o exacerbados. As substaˆncias
psicoativas que se ligam e reforc¸am as func¸o˜es dos receptores sa˜o chamadas agonistas,
enquanto as que se ligam para bloquear a func¸a˜o normal sa˜o chamadas antagonistas.

http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2010/RN1804/363%20revisao.pdf

O uso abusivo de derivados do álcool etílico (ou etanol) é hoje reconhecido pela Organização
Mundial de Saúde como uma doença e tem tratamento médico. O quadro de alcoolismo
configura-se quando a ingestão de derivados etílicos deixa de ser um hábito social e passa a
ser uma dependência, a ter caráter de obrigatoriedade

O álcool em altas doses aumenta a liberação de dopamina no NAc (Núcleo accumbens,


abreviado como NAc, (do latim Nucleus accumbens septi, núcleo encostado à
divisória/septo) é uma parte da via de recompensa, gerando prazer)
A abordagem farmacológica apresenta-se como importante fator no tratamento efetivo da
dependência de álcool e de tabagismo, paralelamente à intervenção psicológica e abordagem
social. Os papéis dos fármacos são diversos e dependem do estágio do estado clínico do
paciente e do estágio de tratamento. Em geral, são usados na reposição, desintoxicação e na
prevenção de recaídas. O manejo clínico se torna ainda mais complexo em pacientes que
fazem uso de mais de um tipo de droga.

https://www.who.int/substance_abuse/publications/en/Neuroscience_P.pdf

Etanol
Mecanismo de acao: Aumenta os efeitos inibito´ rios de GABA e diminui os efeitos de excitac¸
a˜ o do glutamato. Efeitos de reforc¸ o provavelmente relacionados com maior atividade na via
mesolı´mbica da dopamina

Abstinência e tolerância: Desenvolvimento de toleraˆ ncia devido a maior metabolismo no


fı´gado, e alterac¸ o˜ es nos receptores do ce´ rebro. Abstineˆ ncia de consumo croˆ nico pode
incluir tremores, transpirac¸ a˜ o, fraqueza, agitac¸ a˜ o, cefale´ ias, na´ useas, voˆ mitos,
convulso˜ es, delirium tremens

Consumo prolongado: Alterac¸ a˜ o da func¸ a˜o e da estrutura cerebrais, especialmente do co´


rtex pre´ -frontal; perturbac¸ o˜ es cognitivas; diminuic¸ a˜ o do volume do ce´ rebro.

Nicotina

Ativa os receptores coline´ rgicos nicotı´nicos. Aumenta a sı´ntese e libertac¸ a˜ o da dopamina.

Desenvolvimento de toleraˆ ncia atrave´ s de fatores metabo´ licos, assim como alterac¸ o˜ es
nos receptores. Abstineˆ ncia caracterizada por irritabilidade, hostilidade, ansiedade, disforia,
depressa˜ o, diminuic¸ a˜ o do ritmo cardı´aco, aumento do apetite.

Os efeitos do tabaco sobre a sau´ de sa˜ o bem conhecidos; difı´cil de dissociar os efeitos da
nicotina dos outros componentes do tabaco.

Cocaína

A cocaı´na impede a recaptura de transmissores como a dopamina, prolongando assim os seus


efeitos.

É possı´vel que ocorra toleraˆ ncia aguda a curto prazo. Na˜ o ha´ muitas provas de abstineˆ
ncia, mas a depressa˜oe´ comum entre pessoas dependentes que deixam de consumir a droga.

Foram encontradas deficieˆ ncias cognitivas, anomalias em regio˜ es especı´ficas do co´ rtex,
insuficieˆ ncias na func¸ a˜ o motora, e diminuic¸ a˜ o do tempo de reac¸ a˜ o

Anfetamina

Aumentam a liberac¸ a˜ o de dopamina dos nervos terminais e inibe a recaptura de dopamina


e transmissores relacionados

A toleraˆ ncia desenvolvese rapidamente em relac¸ a˜ o a efeitos comportamentais e fisiolo´


gicos. A abstineˆ ncia caracterizase por fadiga, depressa˜ o, ansiedade e necessidade imperiosa
da droga.

Perturbac¸ o˜ es do sono, ansiedade, perda de apetite, alterac¸ o˜ es em receptores cerebrais


de dopamina, alterac¸ o˜ es metabo´ licas regionais, insuficieˆ ncias motoras e cognitivas

Alucinógenos

Substaˆ ncias diferentes atuam sobre diferentes receptores do ce´ rebro tais como receptores
de serotonina, glutamato e acetilcolina

A toleraˆ ncia desenvolvese rapidamente a efeitos fı´sicos e psicolo´ gicos. Na˜ o ha´ provas de
abstineˆ ncia

Episo´ dios psico´ ticos agudos ou croˆ nicos, revivesceˆ ncia ou renovac¸ a˜ o de efeitos da
substaˆ ncia muito depois do seu consumo.

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