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• Norma jurídica > Meio essencial de expressão do direito. O direito não se esgota na norma,
mas a norma tem um papel central na regulação dos comportamentos sociais.
• As regras jurídicas nas sociedades complexas de nossa época tem um papel muito
importante: reduzir o grau de incerteza nas relações humanas, possibilitam a estabilidade de
expectativas, garantindo a previsibilidade das ações sem a qual a sociedade tenderia a
desintegrar-se
• Normais jurídicas > diretivos vinculantes, tem caráter de imperatividade que permitem a
decisão dos conflitos. Tem sentido de obrigatoriedade, ninguém deve fugir de suas
prescrições.
• Com base na norma é possível definir que condutas são obrigatórias, proibidas, permitidas.
Qualquer interprete da lei segue critérios previamente fixados pela mesma.
• A teoria jurídica tem procurado distinguir o que compõe a norma legal. Existe a chamada
hipótese normativa ou tipo legal, em que sempre que ao fato abstrato da norma
corresponder a dado comportamento no plano da realidade, o agente deverá suportar as
consequências do ato praticado.
• Tradicionalmente as consequências eram vistas como um mal a ser aplicado ao sujeito que
viola a norma. A sanção é elemento característico da norma em autores como Kelsen – o
indivíduo só é obrigado a agir de determinada maneira se houver uma sanção para caso
assim ele não haja.
• Sanções na obra de Kelsen: tratam-se de ato coercitivo, tem por objetivo a privação de um
bem, quem a exerce deve estar autorizado pela ordem jurídica, deve ser consequência da
conduta de algum indivíduo.
• Sanção se notabiliza por ser algo que pode ser aplicado quando o infrator da norma se
recusa a cumprir obrigatoriamente um dever.
• Considerar a sanção tão importante para a norma jurídica deu origem a concepção do
direito como uma ordem repressiva, é uma concepção que propugnava a separação entre o
Estado e a sociedade, entre economia e política, e é uma concepção peculiar ao liberalismo
clássico.
• A partir dos anos 30 o estado deixou de ser o Estado liberal e passou a ser o Estado
providência, o ordenamento jurídico passa então mais em técnicas de promoção e
encorajamento para obter o que deseja. Sansões premiais passam a proliferar e o papel do
Estado fica muito mais no sentido de prover que punir.
• Principalmente a partir desse momento, percebe-se que as sanções não são elemento
imprescindível da norma jurídica. Contudo, dizer isso não é pensar que esse não é um
elemento importante.
• De semelhante forma, generalidade e abstração não são essenciais à norma jurídica (embora
essas características normalmente se vincularem a um ideário liberal sobre como as normas
devem ser. Seguindo princípios dessa linha de pensamento a norma geral permitiria a
realização dos valores da imparcialidade e da igualdade, enquanto a norma abstrata seria a
garantia do valor da certeza, ensejando a previsibilidade dos comportamentos).
• A norma jurídica pode ser compreendida por três diferentes ângulos: fundamento,
validade e eficácia – F.V.E (ou seja, é possível avaliar a justiça da norma, se ela existe e o
respeito real que existe em relação a ela ).
• Por exemplo, é competência privativa da União, entre outras, legislar sobre direito civil,
comercial, processual, penal e trabalhista. Se lei estadual alterasse o regime jurídico da
propriedade privada, abolindo-a, seria inconstitucional. Também há toda a questão sobre
vigência e vigor no ponto sobre a validade: uma norma entra em vigência assim que seu
processo de formação, mas ela só pode ser invocada quando entrar em vigência (pode não
ser imediata a vigência), por sua vez ela sai de vigência quando o prazo estipulado na
própria norma – se houver – acaba ou então quando uma nova norma a revoga.
• A eficácia de uma norma, por sua vez, se relaciona a se ela gera efeitos jurídicos, seja pelas
pessoas respeitarem a norma ou por aplicação de regras legais. Uma norma é eficaz quando
é seguida voluntariamente pelos destinatários ou então sanções são aplicadas quando é
descumprida. A norma deve ter condições fáticas e técnicas de atuar (ser adequada à
realidade e os elementos normativos que a compõe são adequados para produção de efeitos
concretos).
• Segundo o autor do guia de estudos, antes de uma norma ser eficaz, ela é válida. Há estreita
relação entre esses dois aspectos.
• Em relação a classificação das normas jurídicas: não há bem uma classificação que todos
sigam, uma classificação de critérios rigorosos. Muitas classificações foram propostas, entre
elas:
• O direito internacional público, por sua vez, não precisa de reconhecimento particularizado
dos Estados, deve ser respeitado por todos os membros do sistema internacional ( é bem
ousado falar isso, eu acho).
• Hans Kelsen também propõe uma teorização sobre a hierarquização das normas jurídicas,
dividindo em normas primárias e secundárias. Em sua concepção a validade de uma norma
jurídica depende do seu posicionamento dentro do sistema (ordenamento) jurídico e deve
encontrar seu fundamento de validade em alguma norma hierarquicamente superior - “a
validade da norma inferior é fundamentada pela validade da norma superior pela
circunstância de que a norma inferior foi produzida como prescreve a norma superior” -
KELSEN, Hans. Teoria geral do direito e do estado.
• O conceito de constituição é relativizado nesse autor (toda norma superior a uma norma
inferior) de certa forma é uma norma constitucional. A norma fundamental a que Kelsen
atribui o fundamento de validade de toda e qualquer norma jurídica é exterior ao
ordenamento
• A constituição pode ser vista como uma norma máxima dentro de um ordenamento positivo
porque foi criada por um poder constituinte outorgado.
• Normalmente as leis só valem para o futuro. Mas são exceções de retroatividade para
beneficiar o agente que tenha praticado algum delito enquanto estava em domínio a lei
velha. Leis tributárias são irretroativas, mas aceita-se a retroatividade das normas que
interpretam disposições legais anteriores, fixando-lhes o sentido e o alcance.
• Em relação aos destinatários, as normas são gerais e individuais. A norma geral refere-se a
todos que preencham certas condições e, por isso, incluem-se no seu âmbito de
abrangência. A norma individual regula o comportamento de uma pessoa ou de um grupo
jurídico determinado – os negócios jurídicos e as decisões judiciais são casos típicos de
normas individuais.
• A força de incidência focaliza o grau de imposição das normas sobre os sujeitos. Regras
legais gozam de imperatividade, vinculam os destinatários. Só que a forma como essa
imperatividade se dá não é igual em todos os casos. Normas cogentes/ de ordem pública
apontam que os envolvidos devem acatar integralmente a disciplina legal, não podem
regular matéria de outra forma. Já para as normas dispositivas as partes podem se
sujeitarem ao que determina a lei ou, se preferirem, formularem novas disposições que
sejam de seu interesse.
• No que toca aos efeitos da violação das normas jurídicas, elas se classificam em: perfecta,
imperfecta, minus quam perfecta e maius quam perfecta. As perfectas preveem a nulidade
do ato, as imperfecta não acarretam em nenhuma consequência legal para quem violou, as
normas minus quam perfecta mantêm válido o ato embora sancionem o infrator e as maius
quam perfecta invalidam o ato e ao mesmo tempo impõe sanção.
• As normas são preceptivas quando impõe obrigações proibitivas, quando suprimem o
agente da prática de algum ato e permissivas quando possibilitam a realização ou omissão
de certo comportamento.
Constituição
Conceito
• Partindo da concepção político-liberal sobre como deve ser uma constituição, Canotilho
cunha a expressão “Constituição ideal”, muito utilizada também por outros autores. São
elementos que caracterizam essa constituição: ela deve ser escrita, deve conter uma
enumeração de direitos fundamentais individuais (direitos de liberdade), deve adotar um
sistema democrático formal e deve assegurar a limitação do poder do Estado mediante ao
principio da divisão de poderes.
• O conceito de constituição em um sentido político foi construído por Carl Schimitt, em que
a constituição é uma decisão política fundamental, qual seja a decisão política do titular do
poder constituinte. A validade de uma constituição vem da justeza de suas normas, mas sim
da decisão política que a originou. O poder constituinte é uma vontade política, que por sua
força ou autoridade, é capaz de tomar concretas decisões que dão forma a unidade política
ao Estado. A constituição surge de um ato constituinte e é fruto de uma vontade política
fundamental. Por fim, Schmitt diferencia constituição de leis constitucionais: a constituição
dispõe sobre matérias de grande relevância jurídica (organização do Estado, direitos
fundamentais), enquanto as outras normas da constituição que não se encaixam nisso seriam
somente leis constitucionais.
• Em relação a forma, as constituições são divididas entre: escritas e não escritas. As escritas
são aquelas formadas por um conjunto de regras sistematizadas e formalizadas por um órgão
constituinte em documentos escritos solenes; as constituições escritas são subclassificadas
em duas formas : constituições codificadas, quando seu conteúdo está presente em um único
documento, e constituições legais – integradas por diversos documentos fisicamente
distintos. A constituição do Brasil tradicionalmente é classificada como codificada,
visto que as normas constitucionais constam em um só documento, contudo a EC
45/2004 do §3° ao artigo 5° da constituição prevê a incorporação ao ordenamento
pátrio de tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos com status
equivalente ao de emendas constitucionais, então a doutrina tem começado a migrar
para um modelo de constituição escrita, porém legal (integrada de documentos espaços
) - Pedro Lenza é um dos partidários dessa visão. Vale lembrar que está começando =/=
já é amplamente aceito. Pesquisar se no CACD cobram esse tipo de questão e qual a
visão que a banca tem. A subdivisão das constituições escritas em legais e codificadas é
fruto da visão de Paulo Bonavides.
Primado da constituição
• Em Kelsen se afirma que o primado da constituição existe porque a mesma surge de uma
norma fundamental que que lhe dá ascendência e validade contra tudo e contra todos; isso
decorre do próprio fato ou poder que deu origem a carta constitucional. O ordenamento
jurídico, de estrutura escalonada, precisa de um vértice – algo que seja superior a tudo – para
ter sua validade.
• Por sua vez, também existe a teoria de Sieyes, que define a presença do princípio da
soberania no povo, e a primazia do texto constitucional é consequência lógica e natural
dessa soberania. O poder constituinte deve vir da nação. O povo, expressado pelo poder
constituinte (normalmente eleito), dá ao direito esse primado do direito constitucional. Se o
poder emana do povo e a constituição tem sua origem no poder constituinte, a lei máxima dá
razão à soberania popular.
Controle de constitucionalidade
• Nos países onde a constituição escrita é do tipo rígida, alterações no texto exigem