Sei sulla pagina 1di 2

Canclini aborda a modernização nos países latino-americanos, considerando a

heterogeneidade dos países e suas diferentes culturas. O termo “Culturas Híbridas” pode
ser definido como um rompimento entre as barreiras que separam o que é tradicional e o
que é moderno, entre o culto, o popular e o massivo. Em outras palavras, a hibridação
cultural consiste na miscigenação entre diferentes culturas, ou seja, uma heterogeneidade
cultural presente no cotidiano do mundo moderno.
Na América Latina a abrupta interpenetração e coexistência de culturas estrangeiras
e dissimiles gerou processos de mesclagem que, em diferentes momentos do século XX,
serão chamados de ocidentalização, aculturação, transculturação, heterogeneidade cultural,
globalização e hibridismo.
A fim de apreender as formas dispersas da modernidade, Canclini investiga o
fenômeno da cultura urbana, principal causa da intensificação da heterogeneidade cultural.
Canclini toma como exemplo da hibridação cultural os monumentos, segundo ele,
cenário legitimador do culto tradicional. Além de conterem frequentemente vários estilos e
referências a diversos períodos históricos e artísticos, soma-se a publicidade, os grafites e
os movimentos modernos — todos convivendo em um mesmo espaço e que representam
as principais forças que atuam na cidade.
É na multicuralidade que ocorre a hibridação discutida por Canclini e que se
configura em processos socioculturais nos quais estruturas que existiam de forma
separada, se combinam para gerar novas estruturas. Canclini faz uma crítica aos
movimentos sociais que insistem em limitar-se a usar as formas tradicionais de
comunicação (orais, de produção artesanal ou em textos escritos que circulam de mão em
mão).
As novas tecnologias trazem à tona novas ferramentas de produção e novos
espaços de leitura de textos que diminuem as distâncias e que a revelam multiculturalidade.
As culturas já não são se agrupam em grupos fixos e estáveis e os dispositivos de
reprodução se proliferam, afirma Canclini. A “queda” dessas barreiras culturais dentro de
uma mesma sociedade exige uma reformulação da escola e das demais formas de cultura.
Percebemos ainda uma resistência das escolas em incorporar essas novas tecnologias.
O mundo mudou e, nas palavras de Canclini é visto como uma efervescência
descontínua de imagens, entretanto a educação escolar insiste em manter-se estagnada
em que alguns educadores ainda pensam na televisão como a grande inimiga da escola.
Canclini discute em seu texto a presença televisão e de textos multimodais como, por
exemplo, o videoclipe, o qual substituiu panfletos, espetáculos teatrais etc., segundo
Canclini, o resultado final depende dos usos que atribuímos a esses diversos agentes.
Na discussão sobre as culturas híbridas do continente Latino-Americano, Canclini
propõe pensar em estratégias que permitiram a entrada e a possibilitem a saída da
modernidade, isto é em processos de hibridação, já que nesse continente, o processo de
modernização se deu de forma tardia e em meio à inexistência de uma política reguladora
que fundamentasse os princípios da modernidade. Nesse sentido são apontados pelo autor,
dois processos principais que, segundo ele, possibilitaram a desarticulação cultural na
América Latina, são eles: o descolecionamento e a desterritorialização.
O descolecionamento dá sentido, sobretudo, ao fim da produção de bens culturais
colecionáveis resultando na quebra de divisões entre cultura elitista, popular e massiva. O
descolecionamento permite que um bem cultural seja reproduzido e disponibilizado mais
facilmente para a população. Já a destorritorialização é a perda da relação natural da
cultura com os territórios geográficos e sociais.
Esses processos de descolecionamento e desterritorialização são responsáveis, na
América Latina, pela expansão dos gêneros impuros: o grafite e os quadrinhos. Os dois não
tem uma definição categórica entre culto, popular, massivo.
O conceito de hibridismo permite vislumbrar novas perspectivas de análise para a
compreensão dos processos de reconhecimento, de legitimação, de interpretação e de
apropriação das políticas curriculares nas diferentes instâncias, permite também repensar
os vínculos entre cultura e poder.

Potrebbero piacerti anche