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GESTÃO E AVALIAÇÃO DA
EDUCAÇÃO PÚBLICA
PROCEDIMENTOS DE
LEITURA DE DADOS
2009
Gestão e Avaliação da Educação Pública
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Governador
Cid Ferreira Gomes
Vice-Governador
Francisco José Pinheiro
Secretária da Educação
Maria Izolda Cela de Arruda Coelho
Secretaria Executiva
Antônio Idilvan de Lima Alencar
Cristiane Holanda Arrais
Assessoria Jurídica
Érika Chaves Fernandes Barbosa
Ouvidoria
Iranir Rodrigues Loiola
Coordenadoria Administrativo-Financeira
Luís Alberto Parente
Sumário
APRESENTAÇÃO 7
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Gestão e Avaliação da Educação Pública
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Procedimentos de Leitura de Dados
Apresentação
Prezado cursista,
Esta publicação, como o próprio título já indica, pretende levá-lo ao desenvolvimento ou aprimoramento da
habilidade de ler dados. Quando apresentamos o segundo módulo de nosso curso como destinado à leitura,
o fizemos tomando essa atividade no sentido amplo.
Atualmente, quando falamos em leitura não nos referimos apenas à atividade de ler um texto. Fazemos
alusão também à capacidade de ler e interpretar números em qualquer forma de apresentação seja abstrata,
através de desenhos, de pinturas e, até mesmo, às formas de expressão, representação e diálogo criadas pelas
tecnologias digitais.
Neste momento, apresentamos um volume organizado em sete seções que conduzirão você da resolução de
problemas a uma introdução à estatística descritiva. No começo desse trajeto, o texto fará muitas referências
a como o professor pode utilizar a solução de problemas no ensino de matemática. Ao final, a leitura
desembaraçada de gráficos e tabelas permite a tomada de decisão e a participação mais eficaz em seus
propósitos de atuação como cidadão na sociedade.
Esse caminho tem múltipla serventia para você, gestor. Além de alguém capaz de ler dados (números) de forma
proficiente, você poderá ajudar os professores de sua escola e os assessorados pelo órgão em que trabalha.
Daí que não é mal conhecer a perspectiva do professor em relação à resolução de problemas. Caminhando
mais, é muito bom saber quanto e como a habilidade de ler gráficos e tabelas pode ajudar os alunos de
sua escola e o sistema educacional, a conhecerem mais elementos de sua realidade e tomarem decisões.
Mais ainda, para você, e para os professores de sua escola e para os assessorados pelo órgão gestor em que
trabalha, ler gráficos e tabelas é a maneira de se apropriarem dos resultados da avaliação da educação e de
uma série de indicadores educacionais que estão disponíveis na Secretaria de Estado da Educação (SEDUC),
no Ministério da Educação (MEC), no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP), no
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e nos sítios desses órgãos na internet.
Toda essa informação é recurso para a reflexão sobre os problemas que você enfrenta em seu trabalho e
busca de solução para eles. Foram preparados exercícios para você resolver. Há resposta para eles, além de
apresentação em cada seção deste volume que auxiliará, você, neste módulo. Também, poderá dialogar sobre
esses exercícios e o conteúdo desta publicação com os tutores e agentes de suporte acadêmico através da
plataforma de nosso curso, em fóruns criados para isso.
Esperamos que este módulo seja de valia para momentos futuros de nosso curso, em que trataremos de
forma mais aprofundada da avaliação da educação e, até mesmo, das políticas públicas.
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Gestão e Avaliação da Educação Pública
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SEÇÃO 01
RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS
Gestão e Avaliação da Educação Pública
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Procedimentos de Leitura de Dados
Resolução de Problemas
1 – Apresentação
A Matemática, como ferramenta básica, ajuda o cidadão a resolver situações diversas do dia-a-dia e ampliar
seus conhecimentos. A Matemática não é um bloco que subsiste isoladamente. Torna-se necessário fazê-la
funcionar em novas situações interligando-a a outras áreas do conhecimento, tendo como objetivo principal
o desenvolvimento global do indivíduo.
Nestas seções, pretende-se trabalhar via resolução de problemas, tratando a sala de aula como um espaço
para se pensar. A linguagem tanto do professor como dos alunos devem girar em torno do processo de
construção de significados compartilhados entre alunos e professor em sala de aula, de forma que um
planejamento intencional e a linguagem escrita e oral tanto do professor como do aluno nos diversos
momentos da aprendizagem têm um papel preponderante no fazer e pensar Matemática.
No entanto, para que as aulas de Matemática não se reduzam a um resolver problemas sem um objetivo definido,
é imprescindível que os professores tenham claro o que é gerir os diversos momentos da aprendizagem, o
que vem a ser um planejamento de sequências didáticas com intenções claras e que caminhos a metodologia
de resolução de problemas lhes proporciona.
2 – Situação-Problema
Mário está pronto para ir à praia. Só tem um pequeno problema: ele não sabe o caminho. Ao se deparar com
um cruzamento, encontra três pessoas com a suposta pretensão de ajudá-lo. Veja a figura.
Mário sabe que apenas uma das três pessoas diz a verdade. Que caminho ele deverá seguir?
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Gestão e Avaliação da Educação Pública
3 – Atividades
a) Um painel mede 160 cm por 405 cm. Desejo fixar nesse painel 12 cartazes, cada um medindo 64 cm por
71 cm, de tal forma que os espaçamentos horizontais sejam iguais e os espaçamentos verticais também
sejam iguais. Calcule estes espaçamentos.
ÂÂ
Registre como pensou e socialize com a turma sua solução.
ÂÂ
Seu resultado foi igual ao de seu colega? Compare as diversas soluções.
ÂÂ
Em sua opinião, qual a importância de haver vários caminhos para resolver um problema?
b) Ao se despedirem numa festa, doze pessoas vão cumprimentar-se uma única vez. Quantos apertos de
mãos serão trocados? Após resolvê-lo, discuta sua solução. Observe se as ideias propostas são bastante
distintas e que tipos de erros foram cometidos. Não se esqueça de registrar suas observações.
c) Um cubo maciço, de madeira, foi pintado de azul. Em seguida, foi serrado duas vezes em cada uma de
suas dimensões, conforme mostra o desenho, formando cubos menores.
ÂÂ
Quantos cubinhos ficaram com apenas duas faces azuis?
ÂÂ
Quantos cubinhos não têm nenhuma face azul?
d) Apresente suas considerações por escrito e oralmente. Após refletir sobre o assunto, vejamos algumas
ideias baseadas no texto de Rosaura Soligo (2005).
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Procedimentos de Leitura de Dados
O problema passa a ser o ponto de partida de qualquer conteúdo a ser tratado. Partindo de um
problema que tenha significado para os alunos, sua discussão, resolução e exploração propiciam
a inclusão de um novo conteúdo e a descobertas de novas ideias e procedimentos.
ÂÂ
No entanto, faz-se necessário esclarecer o que vem a ser um problema. O que é problema para
você? Diferencie problema de exercício de mecanização. Escreva sua definição e, se possível, dê
um exemplo.
ÂÂ
Compare sua definição e seu exemplo com o de seu colega. O que observou?
ÂÂ
Você percebeu a diferença entre problema e exercício?
4 – Você sabia?
Um problema se diferencia de um exercício na medida em que, nesse último caso, dispomos de mecanismos
que nos levam, de forma imediata, à solução. A realização de exercícios se baseia no uso de habilidades ou
técnicas transformadas em rotinas automatizadas como consequência de uma prática contínua.
Vejamos a definição clássica sobre problema.
“Uma situação que um indivíduo (ou um grupo) quer ou precisa resolver e para a qual não
dispõe de um caminho rápido e direto que o leve à solução” (Lester, 1983).
Os problemas podem ser: abertos; fechados. Os problemas podem, ainda: ter uma solução; ter mais de uma
solução; não ter solução; ter excesso de dados no enunciado.
Em qualquer atividade de resolução de problemas deve-se ter em mente que o professor pode propor
situações-problema cujos enunciados sejam passíveis de diversas interpretações – problema aberto. Deve-
se, depois, discutir as resoluções segundo cada leitura. Ainda que todos os alunos – talvez pelo contrato
didático – tenham tido a mesma compreensão do problema, o professor deve colocar em discussão outras
possíveis leituras e discutir as respectivas resoluções.
5 – Cantinho cultural
Observe a letra da música a seguir.
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Gestão e Avaliação da Educação Pública
Na letra da música acima, o compositor coloca como título: “sem problema”. Por que você acha que ele deu
esse título?
Esse livro contribui para a discussão sobre o lugar e o significado das competências e das habilidades na
escola fundamental, enfocando as habilidades de ler, escrever e resolver problemas em matemática.
O livro é composto de 9 artigos nos quais há discussões interessantes sobre o trabalho com problemas,
privilegiando a leitura e escrita nas séries iniciais do Ensino Fundamental. Os artigos tratam dos seguintes
assuntos: Comunicação em Matemática, Textos em Matemática: Por que não?, Ler e Aprender Matemática,
Resolução de Problemas e Comunicação, Os Problemas Convencionais nos Livros Didáticos, Conhecendo
Diferentes Tipos de Problemas, Diferentes Formas de Resolver Problemas, Por que Formular Problemas? A
Informática e a Comunicação Matemática.
Pais, Luiz Carlos. Ensinar e aprender Matemática. Belo Horizonte: Autêntica, 2006.
SMOLE, Kátia Stocco; DINIZ, Maria Ignez (org.). Ler, escrever e resolver problemas: habilidades básicas para
aprender matemática. Porto Alegre: Artmed, 2001.
8 – Soluções e comentários
Situação-Problema
Perceba que as pessoas que estão nos caminhos 1 e 3 se contradizem. Logo, um dos dois mente e o outro
diz a verdade. Se a pessoa do caminho 1 diz a verdade, a que está no caminho 2 também estará dizendo a
verdade e, como há apenas uma que diz a verdade, a pessoa 1 mente. Logo quem diz a verdade é a pessoa
do caminho 3. Assim o guarda, que está no caminho 2, mente, o que indica que o caminho a seguir é o 2.
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Procedimentos de Leitura de Dados
Atividades
b) Vejamos agora algumas considerações sobre este problema em especial. A primeira sugestão que surge
para a resolução deste problema é:
ÂÂ
São doze pessoas para cumprimentar e 12 para serem cumprimentadas, o que leva à operação:
12x12.
ÂÂ
Questiona-se: Você cumprimenta a si mesmo? Não, logo a operação é corrigida para 12x11.
ÂÂ
Então, chega-se ao fato de que duas pessoas não se cumprimentam mais de uma vez. Justifica-
se: se Maria cumprimentou Bernardo, esse não vai cumprimentar Maria, o que leva à operação
(12x11)/2 = 66.
Pode-se sugerir que os alunos diminuam o número de pessoas (estratégia que remete a um caso mais
simples), por exemplo, 5, seguida de uma dramatização:
ÂÂ
O 1º cumprimenta 4 pessoas; o 2º cumprimenta 3 pessoas; o 3º cumprimenta 2 pessoas e o 4º
cumprimenta 1 pessoa somente, e o quinto já foi cumprimentado por todos.
ÂÂ
Logo uma solução para o caso de 5 pessoas seria: 4 + 3 + 2 + 1 = 10.
ÂÂ
Pode-se representar essa situação numa tabela ou utilizar árvore de possibilidades: Mariana
cumprimenta Alex, Lucas, Maria e Bernardo; Alex cumprimenta Lucas, Maria e Bernardo; Lucas
cumprimenta Maria e Bernardo; Maria cumprimenta Bernardo.
ÂÂ
Estendendo-se esse raciocínio para o caso de 12 pessoas, teremos: 11 + 10 + 9 + 8 + 7 + 6 +
5 + 4 + 3 + 2 + 1 = 66.
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Gestão e Avaliação da Educação Pública
Outra possibilidade de solução seria considerar com um polígono. Veja a figura relativa ao caso de cinco pessoas.
Observe que, a partir de cada pessoa, que estaria sobre os vértices do polígono, partem quatro linhas, ou seja,
somente não há ligação com ela mesma. Generalizando para um caso de n pessoas, ou n vértices, teremos:
ÂÂ
Número de vértices: n.
ÂÂ
Número de linhas que partem de cada vértice: n-1.
ÂÂ
Número total de linhas: n.(n-1).
ÂÂ
Considerando que cada linha se repete uma vez ,teremos: linhas.
c) Observe que um único problema pode ser utilizado dentro de várias áreas da matemática, remetendo
a diversas possibilidades de resolução, mas, principalmente, abrindo possibilidades para o trabalho
intradisciplinar (interligação entre conteúdos matemáticos).
ÂÂ
Apenas 12 cubinhos. Veja o esquema:
ÂÂ
Apenas 1. O cubinho do centro.
d) Leia a sugestão abaixo:
ÂÂ
Debata com seus alunos as várias formas de responder essa atividade.
Cantinho cultural
Pela definição dada no item 4, observa-se que somente podemos considerar como problema uma situação
que queremos resolver, mas não temos um caminho conhecido para a solução. Na letra, fica claro que o
que a pessoa tratada pelo compositor coloca como problema ele já conhece, é “o primeiro a saber”.
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Procedimentos de Leitura de Dados
SEÇÃO 02
RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS
EM SALA DE AULA
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Gestão e Avaliação da Educação Pública
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Procedimentos de Leitura de Dados
Resolução de problemas
em sala de aula
1 – A resolução de problemas e a construção de conceitos em Matemática
Construir conceitos exige uma problemática, as representações que fazemos do objeto do conhecimento
e conhecimentos prévios que ajudem a estabelecer relações para se construir uma rede de significados.
Dentro desses princípios, a metodologia de resolução de problemas lança um novo olhar para a construção
de conceitos em Matemática. O problema deixa de ser um fim em si mesmo e passa a ser um meio de
construção de novos conhecimentos. Para tal, exige do professor uma nova postura ao gerir a sala de aula,
dando espaço para que os alunos possam colocar suas ideias e experiências vivenciadas em aula e no dia-
a-dia, compartilhem angústias e sucessos e saibam lidar com situações novas nas quais não têm pronta a
solução, de forma a serem agentes na construção de um novo conceito.
Resgatamos o que já foi dito na primeira seção sobre tratar a sala de aula como um espaço para se pensar.
As ações devem girar em torno do processo de construção de significados compartilhados entre alunos e
professor em sala de aula, de forma que um planejamento intencional e a linguagem escrita e a oral tanto
do professor como do aluno nos diversos momentos da aprendizagem tenham um papel preponderante no
fazer e pensar Matemática.
Dessa forma, o professor deve valorizar os momentos de troca nos quais os alunos compartilham suas
estratégias de resolução dos problemas, colocam as dúvidas e tomam consciência de seus erros e acertos,
validando também as soluções dos colegas.
Esse trabalho exige que os momentos de sala de aula ocorram com uma certa harmonia para que se chegue
aos resultados esperados. Isso significa que, após trabalhos em grupo ou individuais, ocorram momentos
coletivos com toda a sala, momentos esses de discussão nos quais os alunos compartilhem suas soluções,
estabeleçam relações e validem os caminhos corretos. No entanto, é imprescindível que o professor,
periodicamente, faça sínteses dos conteúdos trabalhados e discutidos, para que o aluno possa organizar
seus conhecimentos e ter claros os conceitos trabalhados.
Segundo Rosaura Soligo (2005), o desafio de organizar a prática pedagógica a partir de uma metodologia de
resolução de problemas se expressa, principalmente, no planejamento de situações de ensino e aprendizagem
difíceis e possíveis ao mesmo tempo, ou seja, em atividades e intervenções pedagógicas adequadas às
necessidades e possibilidades de aprendizagem dos alunos.
As atividades devem ser propostas em diferentes contextos, apresentando, tanto quanto possível, caráter
lúdico e desafiador. Assim, é essencial considerar que as aulas devem ser impregnadas de certo ativismo e que
a investigação faça parte desse cenário.
Devemos ter em mente que trabalhar com resolução de problemas não é uma tarefa simples, requer
muita paciência, pois é um trabalho lento repleto de idas e vindas. Cabe ao professor orientar seus alunos,
permitindo-lhes interagir no processo de construção de seus conhecimentos. A ênfase será dada ao processo
desenvolvido, preocupando-se menos com as respostas e mais com a discussão dos resultados e com as
estratégias utilizadas.
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Gestão e Avaliação da Educação Pública
Vamos, pois, resolver problemas. Para cada um dos problemas apresentados, vamos tentar identificar
a questão a ser respondida, o que se tem de dados, suas relações e o que sabemos para resolvê-lo. A
organização que fazemos dos conhecimentos que temos muito nos ajuda a resolver problemas. No entanto,
é sempre um desafio que temos de enfrentar, sem medo e com espírito investigativo.
2 – Situação-Problema
“E a cidade
Que tem braços abertos num cartão-postal
com os punhos fechados na vida real
Lhes nega oportunidades
Mostra a face dura do mal”
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Procedimentos de Leitura de Dados
3 – Atividades
Vamos trabalhar diferentes tipos de problemas e analisar os tipos de problemas, o conhecimento que
utilizamos e as estratégias de resolução.
b) Um elevador pode levar 20 adultos e 24 crianças. Se 15 adultos já estão no elevador, quantas crianças
cabem nele?
c) Um lógico quis saber, da enigmática senhora que estava ao seu lado, qual a idade de seus três filhos.
d) Mariana sai de Juiz de Fora, no sentido Espírito Santo, viajando a uma velocidade constante. Passa por uma
placa que contém dois algarismos. Uma hora depois, passa por outra placa, contendo os mesmos algarismos,
mas em ordem inversa. Mais uma hora de viagem e passa por uma terceira placa, contendo os mesmos
algarismos, separados por um zero.
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Gestão e Avaliação da Educação Pública
e) João trabalha em turno na Aracruz Celulose – ES, na seguinte escala: trabalha 4 dias consecutivos e
folga 1. Mara trabalha como enfermeira num hospital de Vitória-ES, na seguinte escala: trabalha 3 dias
consecutivos e folga 1. João e Mara foram ao cinema no dia 5 de agosto. Qual o próximo dia que as folgas
coincidirão?
f) Num supermercado, o Sr. João gastou R$ 87,00. Como o caixa não possuía notas de R$ 1,00 para o troco,
ele poderá utilizar as notas que tinha no bolso: quatro de 10 reais, três de 5 reais, duas de 50 retais, uma de
2 reais e duas de 1 real.
g) Observe os números e faça alguma operação na calculadora para que se transformem no número que está
no quadro ao lado. Registre o procedimento adotado.
559 509
4 725 4 075
725 675
8 507 8 007
3 333 3 003
6 666 6 006
h) Uma onça corre 45 km em uma hora, enquanto um lobo corre 38 km no mesmo espaço de tempo. Se o
lobo está 35 km à frente, em quantas horas a onça alcançará o lobo, supondo-se que ambos permaneçam
na mesma velocidade?
Como você pode perceber no anúncio, o televisor, que custa à vista R$ 1.599,00, é vendido a prazo por 0 +
18 prestações de R$ 118,00.
Calcule o valor total do aparelho para compra a prazo e o acréscimo em relação ao valor à vista.
Se essa loja não cobrasse juros para venda a prazo, qual seria o valor das prestações?
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Procedimentos de Leitura de Dados
4 – Você sabia?
Que a metacognição é desenvolvida à medida que praticamos a gerência de nossos saberes. Ações que
ajudam esse desenvolvimento são: contar fatos e história; falar sobre o nosso processo de resolução; justificar
nossas estratégias de resolução e argumentar sobre nossas ideias e ideias ou soluções do outro. Vemos, pois,
que as ações de sala de aula têm um papel muito maior do que simplesmente “transmitir conhecimento”.
5 – Cantinho cultural
Nem sempre a primeira resposta é a melhor resposta para solucionar um problema. É necessário que saibamos
motivar nossos alunos aos estudos sem, no entanto, induzi-los a acreditar em algo somente para que eles ajam
exatamente como queremos. Caso contrário, eles tentarão fazer conosco o mesmo. Veja o quadrinho a seguir.
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Gestão e Avaliação da Educação Pública
POZO, Juan Ignacio (org.). A solução de problemas: aprender a resolver problemas, resolver problemas para
aprender.
Em qualquer situação, duas ideias devem estar sempre presentes: ensinar a resolver problemas em cada uma
das áreas significa enfatizar o ensino dos procedimentos e o papel fundamental do professor no incentivo da
criação de estratégias de solução de problemas por parte de alunos.
Juan Pozo (1998) defende uma metodologia centrada na solução de problemas. Para ele, ensinar a resolver
problemas não consiste somente em dotar os alunos de habilidades e estratégias eficazes, mas também
em criar neles o hábito e a atitude de enfrentar a aprendizagem como um problema para o qual deve ser
encontrada uma resposta.
PADILHA, H. Mestre Maestro: a sala de aula como orquestra. Rio de Janeiro: Linha Mestra, 2003.
POZO, Juan Ignacio. A solução de problemas: aprender a resolver problemas, resolver problemas para
aprender. Porto Alegre: Artmed, 1998.
SMOLE, Kátia Stocco; DINIZ, Maria Ignez (org.). Ler, escrever e resolver problemas: habilidades básicas para
aprender matemática. Porto Alegre: Artmed, 2001.
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SEÇÃO 03
LEITURA E ANÁLISE DE GRÁFICOS
E TABELAS DO DIA-A-DIA
Gestão e Avaliação da Educação Pública
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Procedimentos de Leitura de Dados
Saber ler e interpretar gráficos e tabelas faz parte das tarefas essenciais para nossa inserção integral na
sociedade em que vivemos. Veja que, quando falamos de interpretar, estamos indo muito além do compreender.
Interpretar significa inferir, deduzir, concluir a partir dos dados apresentados e depois de uma leitura bem
feita. Essa tarefa não é tão simples quanto possa parecer, tendo em vista o baixo desempenho de nossos
estudantes, quando se apresentam dados de pesquisas realizadas nos mais variados níveis de escolaridade.
Ao menos em parte, as dificuldades dos estudantes brasileiros com tarefas de níveis de proficiência
mais abrangentes envolvem limitações em lidar com a diversidade textual, principalmente com
textos apresentados na forma de gráficos e tabelas. Essa constatação do PISA não é um caso
isolado e se mostra consistente com resultados verificados no SAEB . Ela revela a dificuldade dos
alunos em interpretar elementos não-verbais e de integrar informações do texto e do material
gráfico. Indica, também, que essas habilidades não estão sendo suficientemente trabalhadas
nas escolas brasileiras. (Bonamino, 2002, p. 109)
Essa dificuldade que começa na escola é prolongada a atividades cotidianas como a simples leitura de uma
revista ou jornal. Tente encontrar uma revista de informação que não contenha um gráfico ou tabela. Elas têm
a intenção de tornar a leitura de uma matéria que envolva números mais fácil de ser entendida. No entanto,
será que conseguem realizar o que pretendem com a maioria da população?
Dentre os objetivos propostos pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) está a identificação do uso
de tabelas e gráficos para facilitar a leitura e interpretação de informações e construir formas pessoais de
registro para comunicar informações coletadas, além da produção de textos escritos a partir da interpretação
de gráficos e tabelas. Sendo assim, esse assunto pode ser destacado dentro de dois aspectos: é um recurso a
ser trabalhado na escola e, por isso, deve ser de conhecimento de todos os que lidam com educação e, por
outro lado, é ferramenta importante para interpretar fatos e notícias de nossa sociedade, sendo, portanto,
base para a inclusão social.
A grande vantagem dos gráficos reside na sua capacidade de contar uma história de forma
interessante e atrativa permitindo compreender rapidamente fenômenos que dificilmente
seriam percebidos de outra forma. Contudo, tal não implica que este processo seja feito de
forma simples, sendo necessário muito trabalho e cuidado. (Silva, 2004, p. 3)
Considerando esses aspectos, proporemos, nesta seção, uma abordagem de gráficos e tabelas com o objetivo
de se trabalhar a leitura e a interpretação de dados explícitos – aqueles retirados de forma direta a partir de
sua leitura – e os implícitos – aqueles que são deduzidos a partir da interpretação.
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Gestão e Avaliação da Educação Pública
2– Situação-Problema
1. A figura apresenta uma série de informações a respeito do percurso da corrida de São Silvestre, que ocorre
em São Paulo anualmente. Observe que há informações que podem ser retiradas diretamente do esquema;
vamos ver algumas delas.
a) Perceba que aparecem dois valores sempre juntos. O que significa cada um deles?
b) Quantos quilômetros tem o percurso total da corrida?
c) Em que quilômetros há postos médicos, postos de água e chuveiros?
d) Qual é a menor altitude do percurso? E a maior?
2. Outras informações são inferidas, calculadas ou deduzidas a partir dos dados iniciais. Por exemplo:
a) Qual o distância entre o posto médico do cemitério da Consolação e o do Largo São Francisco?
b) Na Av. Brigadeiro Luís Antônio, os atletas percorrem um trecho de subida ou descida?
c) Ao chegar ao Teatro Municipal, quantos quilômetros ainda faltarão até a linha de chegada?
d) Ao concluir a metade da prova, onde estará o atleta?
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Procedimentos de Leitura de Dados
3 – Atividades
1- Visando a tornar os gráficos mais atraentes, algumas modificações são feitas nos elementos que os
compõem. Normalmente, os meios de comunicação utilizam um tipo de gráfico denominado pictograma
para ilustrar as suas reportagens. Observe o gráfico a seguir e responda quantas pessoas visitaram países
europeus no ano de 2003.
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Gestão e Avaliação da Educação Pública
2- É importante que sejamos críticos ao analisarmos gráficos. Falhas na escala e até mesmo nos valores
apresentados, apesar de não serem comuns, podem ocorrer. Vejamos o gráfico a seguir, ele representa os
números referentes à criação ou eliminação de empregos para cada setor da economia, entre os anos de
1990 a 2001. Utilize a calculadora e verifique o valor total apresentado referente ao número de empregos
gerados.
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Procedimentos de Leitura de Dados
3- É comum encontrarmos diversos tipos de representações numéricas em gráficos. Por exemplo, o gráfico,
mostrado a seguir, apresenta valores percentuais e números negativos; assim, além da necessidade da leitura,
é importante o conhecimento desse tipo de representação para uma boa interpretação dos dados. De que
trata o gráfico apresentado a seguir? O que representa o valor negativo? Que mensagem pode ser retirada
do gráfico?
As atividades que se seguem têm, como suporte, gráficos e tabelas que apresentam
os resultados das avaliações do SPAECE e do SPAECE-Alfa, ano de 2008. A leitura
atenta e compreensiva desses textos contribuirá para que você possa ter uma
melhor apropriação desses resultados, que você poderá encontrar, na íntegra, nos
boletins pedagógicos e de resultados do SPAECE e SPAECE - Alfa, ou pela internet,
no Portal da Avaliação (www.caed.ufjf.br).
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Gestão e Avaliação da Educação Pública
4- Os gráficos não são os únicos recursos utilizados para ilustração de dados. As tabelas também são
bastante comuns e são a melhor forma de organizar os resultados de uma pesquisa estatística, o que é
comumente denominado de tabulação de dados. Na tabela 1, a informação é apresentada em linhas e coluna,
possibilitando a sua análise a partir da correspondência entre esses dois elementos. Observe a tabela, a seguir,
que apresenta a participação das CREDES na avaliação do SPAECE-Alfa 2008 e responda: considerando as
redes Estadual e Municipal, qual das CREDES teve maior percentual de participação na avaliação? E qual teve
menor percentual de participação?
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Procedimentos de Leitura de Dados
Atenção!
Dependendo de seu conteúdo, as tabelas podem ser classificadas em: tabelas estatísticas,
tabelas técnicas, tabelas de rotinas ou controle, tabelas de codificação, tabelas de coleta e
tabelas especiais. Os trabalhos de pesquisa científica utilizam, em geral, as tabelas estatísticas
para apresentar dados. Essas podem ser definidas como conjuntos de dados estatísticos,
associados a um fenômeno, dispostos numa determinada ordem de classificação.
Os gráficos podem ser classificados de acordo com o modelo empregado, sendo que os mais
comuns são os lineares, de barra e de setores, cada um deles é utilizado obedecendo a certos
critérios. Por exemplo, o gráfico de setores deve ser utilizado, quando se deseja confrontar
as partes integrantes de um total, não sendo aconselhável representar um número com mais
de seis fatias para não prejudicar sua leitura.
A construção de tabelas e gráficos estatísticos será vista na Seção III.
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Gestão e Avaliação da Educação Pública
Tabela 2: Percentual de acerto por item e por CREDE – Eixo de Apropriação do Sistema da Escrita
ITEM P01 P02 P03 P06 P07 P08 P13 P14 P15 P19 P24
DESCRITOR D01 D06 D05 D02 D04 D08 D03 D05 D07 D09 D07
1 MARACANAU 92,5 59,2 75,8 91,1 30,8 69,9 86,7 91,1 57,4 87,3 65,8
2 ITAPIPOCA 90,2 59,4 77,0 91,6 36,4 70,1 86,9 92,8 65,8 88,0 71,7
3 ACARAU 93,1 67,1 80,3 93,9 37,6 72,7 88,1 94,1 69,9 90,5 75,1
4 CAMOCIM 92,2 62,5 78,0 92,1 32,7 70,4 85,5 92,6 62,3 88,4 68,7
5 TIANGUA 93,8 65,8 81,4 93,0 40,0 74,2 89,8 94,0 67,4 90,7 74,5
6 SOBRAL 92,2 67,3 83,3 92,0 47,8 69,9 88,5 93,4 70,4 89,0 76,7
7 CANINDE 90,0 55,5 73,2 88,2 30,8 67,1 84,5 90,1 54,0 84,1 64,3
8 BATURITE 91,7 58,7 73,7 89,6 28,5 67,7 86,4 90,7 58,7 84,9 66,2
9 HORIZONTE 92,7 60,8 76,9 92,6 27,5 69,4 88,0 91,5 61,1 88,8 66,4
10 RUSSAS 93,9 61,8 77,2 92,9 31,3 68,5 87,5 92,6 60,7 88,5 68,7
11 JAGUARIBE 90,5 52,3 69,3 88,7 25,6 60,8 80,7 87,8 48,2 81,0 58,0
12 QUIXADA 90,4 60,3 74,4 89,4 31,5 68,0 85,9 90,7 58,8 84,7 65,6
13 CRATEUS 89,8 57,3 71,6 88,8 32,0 68,0 83,5 90,3 54,5 84,5 63,6
14 SEN POMPEU 91,2 58,5 74,8 88,6 32,9 68,0 84,7 90,5 59,3 85,7 62,9
15 TAUA 91,2 54,8 72,6 88,8 34,8 69,5 86,1 91,4 54,2 85,4 61,6
16 IGUATU 93,0 58,6 75,3 92,8 35,1 69,8 85,8 91,3 55,7 87,8 66,5
17 ICO 89,9 57,8 70,0 87,2 31,6 67,4 84,2 88,4 57,0 84,0 61,5
18 CRATO 90,3 57,7 75,4 88,2 31,1 69,0 85,2 90,5 59,8 84,7 64,6
19 J DO NORTE 90,4 54,4 74,1 89,6 26,2 69,3 84,7 88,1 57,0 85,2 67,5
20 BREJO SANTO 91,5 66,4 76,5 90,2 39,4 75,3 86,3 91,1 63,2 87,0 69,1
21 FORTALEZA 92,8 57,9 76,5 92,3 30,8 67,1 86,8 91,6 62,0 87,8 67,3
FORTALEZA R1 92,8 57,2 76,4 90,6 34,3 65,6 88,3 91,9 63,6 85,2 69,7
FORTALEZA R2 93,7 56,6 78,7 94,3 30,2 66,5 88,5 92,0 65,7 90,6 69,9
FORTALEZA R3 91,8 57,1 76,6 93,7 30,9 67,8 86,3 92,2 62,2 89,4 66,7
FORTALEZA R4 94,5 62,5 81,9 94,9 38,7 72,8 91,9 95,0 68,5 90,0 70,2
FORTALEZA R5 92,6 57,4 74,8 91,9 27,7 64,9 85,5 90,0 59,4 86,9 65,3
FORTALEZA R6 92,7 58,3 75,9 91,6 30,0 68,4 85,7 91,6 60,8 88,0 66,8
CEARÁ 91,9 60,0 76,4 91,1 33,4 69,2 86,5 91,5 61,1 87,2 68,0
34
Procedimentos de Leitura de Dados
___________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________
C) Sabendo que a participação do Estado foi de 85,9%, qual é a participação das credes de Camocim e de
Fortaleza?
___________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________
35
Gestão e Avaliação da Educação Pública
300
250
Proficiência
2004
200 2006
2008
150
100
5 EF 9 EF 3 EM
___________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________
B) Na tabela, o que significam as informações apresentadas nas linhas (horizontal) e as presentes nas colunas
(vertical) ?
___________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________
C) Analisando o gráfico, o que podemos concluir a respeito do desempenho dos alunos:
___________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
36
Procedimentos de Leitura de Dados
___________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________
45.0% 42.8%
39.5% 39.5%
40.0% 36.8%
35.0%
30.0%
25.0% 2006
20.0% 18.5% 17.6% 2008
15.0%
10.0%
5.0% 2.5% 2.8%
0.0%
RUDIMENTAR ELEMENTAR BÁSICO ADEQUADO
___________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________
37
Gestão e Avaliação da Educação Pública
___________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________
9 - Após realizar os exercícios propostos nesta Seção, reflita e responda as seguintes questões:
A) Quais são os procedimentos necessários a um leitor para que ele possa interpretar uma tabela? No que
esses procedimentos se diferenciam daqueles adotados na leitura de um texto linear (em prosa ou verso, por
exemplo)?
___________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________
B) Qual a vantagem que a apresentação de informações numa tabela ou gráfico apresenta, em relação à
apresentação de informações num texto em prosa?
___________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________
Como você pode constatar, a capacidade de ler gráficos e tabelas é importante para que
os indivíduos possam se inserir plenamente numa sociedade letrada como esta na qual
vivemos, marcada pela presença de informações que circulam nos mais diferentes suportes
e gêneros textuais. Para interagir nos contextos profissionais, acadêmicos, sociais nos
quais estamos inseridos precisamos dominar os instrumentais necessários para apreender e
transmitir mensagens nesses diferentes gêneros. Na próxima Seção você terá a possibilidade
de compreender melhor como se constroem tabelas e gráficos e, consequentemente, poderá
ler com maior fluência esses textos.
BONAMINO, Alícia, Coscarelli, Carla, Franco, Creso. Avaliação e letramento: concepções de aluno letrado
subjacentes ao Saeb e ao Pisa. Educação & Sociedade, v. 23, nº 81, p. 91-113. JSSN 0101-7330. Dez,
2002.
SILVA, Ana Alexandrino da. Representações Gráficas: notas sobre a criação e apresentação de alguns tipos
de gráficos. Lisboa: Alea, 2004.
38
Procedimentos de Leitura de Dados
SEÇÃO 04
OPERANDO A CALCULADORA
39
Gestão e Avaliação da Educação Pública
40
Procedimentos de Leitura de Dados
OPERANDO A CALCULADORA
1 – Apresentação
Um artifício muito utilizado por todos nós, para auxiliar a fazer algumas contas, ousamos dizer, por vários
povos nas mais diferentes culturas são os dedos. Quem nunca os utilizou? Se puxarmos pela memória,
provavelmente, as chances serão pequenas de essa resposta não ser positiva.
Porém, houve um momento em que os dedos das mãos já não bastavam para as contagens e novos
instrumentos que auxiliassem os cálculos passaram a ser necessários. Um desses momentos surgiu com a
prática da criação de animais, afinal era importante saber se a quantidade de ovelhas que saía para pastar
era a mesma que voltava. Para isso, eram utilizados pedras, pedaços de madeira ou qualquer outro material
que pudesse ser útil às necessidades do momento.
O comércio, entre outros fatores, passou a exigir ferramentas mais eficazes e rápidas, contribuindo para
a invenção de utensílios de cálculo, como o ábaco e a régua de cálculo, até que o filósofo francês Blaise
Pascal inventasse a primeira calculadora, por volta de 1642. Avanços tecnológicos continuam ocorrendo
desde então, fazendo com que haja uma constante redução de tamanho e custo, aliados a um aumento
de capacidade e velocidade. Graças a esse progresso, podemos encontrar calculadoras digitais a preços
acessíveis, o que torna fácil a sua aquisição, fator que nos permite dizer que elas já fazem parte do nosso
cotidiano.
Afinal, quem nunca manuseou uma calculadora? Imaginemos como seria se ela não existisse? Quanto
tempo perdido e quantos negócios deixariam de ser feitos, se não pudéssemos contar com a agilidade desse
recurso?
Acreditem, milhares de pessoas são obrigadas a viver como se a calculadora não existisse. Elas estão fechadas
em muitas escolas que, em pleno século XXI, simplesmente se omitem diante dessa evolução tecnológica.
Uma evolução que tem a sua inserção na sala de aula defendida por pesquisadores em Educação Matemática;
não há, no entanto, unanimidade nesse ponto de vista, pois algumas pessoas acreditam que o fato de não
poder utilizar esse instrumento no vestibular obrigaria a sua exclusão das salas de aula da educação básica.
No entanto, isso seria o mesmo que defender o não uso de outros recursos didáticos que não podem ser
consultados no exame vestibular, como Atlas, dicionários, compasso, transferidor, jogos, livros didáticos,
computador, entre outros.
Não pretendemos, aqui, fazer uma apologia ao uso da calculadora de forma irrestrita. Apenas acreditamos
que, quando o seu uso é criterioso e bem planejado, ela pode contribuir de forma significativa na formação
dos educandos, pois tem a capacidade de colocá-los bem mais próximos de sua realidade.
É o educador quem deve decidir o melhor momento de uso e quais as situações nas quais a calculadora
poderá ser inserida para contribuir na construção do conhecimento, e não como algo que venha a substituir
metodologias já existentes. É importante que o uso ocorra de forma paralela aos cálculos mentais e estimativas,
seja na construção de conceitos, na resolução de problemas, na organização e gestão de dados ou em
atividades específicas que colaborem para a construção de significados pelos alunos.
41
Gestão e Avaliação da Educação Pública
Nesta seção, não pretendemos esgotar essa discussão, apenas apresentar algumas situações em que a
calculadora pode ser utilizada como apoio a atividades de construção de conhecimentos matemáticos,
enfatizando a necessidade de um acompanhamento constante para verificar se as estratégias utilizadas estão
colaborando com o crescimento intelectual dos estudantes.
2 – Situação-Problema
Usaremos, para ilustrar nossas atividades, a calculadora AbleCalc, idealizada pela MathTerra, por ter utilização
semelhante às calculadoras simples encontradas em vários locais, a um custo reduzido.
O processo de realização das operações com o uso da calculadora é bastante fácil. No entanto, alguns cuidados
devem ser tomados, pois as calculadoras comuns não realizam algumas “contas” de acordo com as regras
formais da Matemática. Considere a necessidade de se fazer o seguinte cálculo com a sua calculadora:
34 + 20 x 5
Se você digitou exatamente na ordem mostrada, obteve como resultado 270, quando, na verdade, a resposta
correta seria 134. Por quê? Pense a esse respeito.
42
Procedimentos de Leitura de Dados
3 – Atividades
a) Ao efetuar a adição 123 + 58 + 230 + 34 + 67 + 245 numa calculadora, Paulo digitou a tecla – no lugar
da tecla + ,em uma das somas e encontrou como resultado 689.
b) A calculadora de Ana apresentava um pequeno defeito: as teclas 5 e 9 não funcionavam. Ela precisava
efetuar a multiplicação 153 x 359 com essa máquina. Como ela poderia proceder?
4 – Você sabia?
A calculadora pode ser utilizada na Educação Matemática com diversas finalidades; entre elas:
II) enriquece a construção de conceitos, já que possibilita um tratamento numérico mais concreto de forma
acessível a qualquer nível de escolaridade;
III) estimula as diversas formas de raciocínio, contribuindo para uma conexão mais fácil entre o informal/
formal, permitindo o surgimento de um diálogo entre esses dois tipos de raciocínio, e não simplesmente uma
ponte sem relações mais aprofundadas;
IV) permite encarar novas dimensões na resolução de problemas, pois libera o aluno para a reflexão a respeito
das estratégias utilizadas para resolver o problema. Dessa forma, o processo passa a ser mais valorizado e o
resultado passa a ser apenas uma parte do procedimento;
V) as estratégias de resolução de problemas podem ser diversificadas, uma vez que a velocidade com que
os cálculos são feitos libera para novas possibilidades de resolução e tentativas, fazendo com que os alunos
busquem criar suas próprias estratégias;
VI) estimula a atividade matemática, dentro de uma perspectiva investigativa em que se faça o uso da
resolução de problemas com metodologia. Nesse aspecto, a calculadora é parte integrante do processo de
investigação, e estimulante da criação, de professores e alunos na busca da construção de conhecimentos
matemáticos que realmente sejam relevantes.
43
Gestão e Avaliação da Educação Pública
A pascalina foi a primeira calculadora mecânica do mundo, planejada por Blaise Pascal em 1642. Originalmente,
ele pretendia construir uma máquina que realizasse as quatro operações fundamentais. O instrumento
utilizava uma agulha para mover as rodas, e um mecanismo especial levava dígitos de uma coluna para outra.
Pascal recebeu uma patente do rei da França, para que lançasse a calculadora no comércio. O engenho,
apesar de útil, não obteve aceitação1.
5 – Cantinho cultural
www.boselli.com.br/museu. O site apresenta um acervo virtual com calculadoras utilizadas ao longo dos
tempos.
A origem da calculadora se confunde com a do computador. O que hoje se faz com uma
maquininha de 5 reais era tarefa, na década de 1940, de amontoados de válvulas que, apesar
de ocupar salas imensas, não faziam nada além do que somar, subtrair, multiplicar e dividir. A
eletrônica trouxe agilidade e miniaturizou os equipamentos. Conhecer a história da computação
é uma forma de se familiarizar com a informática de hoje. Na internet, as referências são
inúmeras (Revista Nova Escola 168, dezembro 2003).
Como apagar o último registro numérico? Essa função é particularmente importante, quando digitamos
um valor errado e não queremos repetir toda a operação. No exemplo a seguir, digitou-se 12 no subtraendo
quando, na verdade, o valor correto seria 15.
Com quantos dígitos trabalha a calculadora? É importante que saibamos se a calculadora, ao fazer uma
operação, apresenta como solução apenas o que aparece no visor, ou se há mais algarismos que estão
ocultos. Execute os procedimentos, a seguir, em sua máquina e verifique quantos dígitos estão ocultos.
1 Fonte: http://sti.br.inter.net/jferro/prec002a.htm
44
Procedimentos de Leitura de Dados
Perceba que surgiram cinco dígitos novos, 8, 5, 7, 1 e 4, que não constavam da solução inicial, com oito
dígitos. A partir daí, não surgem novos dígitos, ou seja, se a calculadora age dessa forma, significa que ela
trabalha com 8 dígitos aparentes e mais 5 dígitos ocultos.
A calculadora trabalha com constantes na operação? Ou seja, uma operação é repetida a partir do
momento em que ela é feita pela primeira vez. Essa função é interessante, principalmente para o trabalho
com sequências numéricas e potências.
A partir daqui, cada vez que apertarmos a tecla = , o valor do visor será somado a 7.
A partir daqui, cada vez que apertarmos a tecla =, o valor do visor será multiplicado por 5, ou seja, estamos
fazendo o cálculo da potência de cinco, 5n, onde n representa a quantidade de vezes que apertamos a tecla
= mais 1.
SILVA, Albano; LOUREIRO, Cristina; VELOSO, Graciosa. Calculadoras na Educação Matemática. Lisboa:
Associação de Professores de Matemática, 1989.
45
Gestão e Avaliação da Educação Pública
8 – Soluções e comentários
Situação-Problema
As calculadoras comuns não dão a preferência ao efetuar as operações, ou seja, elas não consideram a
prioridade padronizada para a realização de cálculos de expressões numéricas (primeiro, as potenciações e
radiciações; depois, as multiplicações e divisões; e depois, as adições e subtrações). Esse cálculo não poderia
ser realizado em calculadoras comuns nessa sequência; o correto seria fazer 20 x 5 + 34, ou seja, é você
quem determina quem vem primeiro, e não a calculadora.
Atividades
a) Uma estratégia para solucionar esse problema é a verificação, com a calculadora, com a mudança em cada
uma das adições, porém isso poderá ser um tanto dispendioso, se a quantidade de parcelas for muito grande.
Uma sugestão mais conveniente seria a seguinte: faça a conta correta, você encontrará 757. Subtraia esse
valor do resultado com erro, você encontrará 68. Porém, não há essa parcela na soma. Deve-se considerar
que, aqui, na operação feita, há um erro duplo, há um valor que, além de não ser adicionado, foi subtraído
no resultado final. Sendo assim, 68 deve ser dividido por 2, para que encontremos o valor subtraído. Assim,
a operação errada foi feita no 34.
b) Ana poderia solucionar o seu problema de várias formas, porém, para realizar os cálculos sem a necessidade
de utilização de papel para escrever os resultados será necessário fazer uso das teclas de memória da
calculadora.
Assim, uma possível solução do problema poderia ser dada da seguinte forma:
46
SEÇÃO 05
INTRODUÇÃO À ESTATÍSTICA
DESCRITIVA: TABELAS
Procedimentos de Leitura de Dados
Introdução à estatística
descritiva: tabelas
1 – Apresentação
Não se pode negar a importância da estatística para as pesquisas científicas. Na seção que trata da leitura e
interpretação de tabelas e gráficos, você já teve a oportunidade de trabalhar com representações de pesquisas
estatísticas, embora de maneira informal, a partir de elementos contidos em revistas e jornais de acesso ao
público geral. Quando tratamos de pesquisas científicas, no entanto, há a necessidade de um maior rigor, a fim
de se ter uma padronização e, assim, facilitar-se a análise e interpretação dos dados coletados.
Segundo Pereira (1997), a Estatística pode ser considerada a tecnologia da ciência, auxiliando a
pesquisa desde o seu planejamento até a interpretação dos dados. Segundo esse autor, a Estatística,
além de ser uma técnica de coleta e apresentação de dados (análise exploratória e descrição,
gráficos e tabelas) é também modelagem (probabilidade e processos estocásticos), análise indutiva
(inferência: testes e estimação) e previsão e controle (verificação). (Silva et al, 1999, p. 1)
A realização de uma pesquisa envolve muitas etapas, a escolha da amostra, a coleta de dados, a organização
desses dados, o resumo dos dados e a interpretação dos resultados. Cada elemento que compõe uma
amostra é um indivíduo ou objeto. No caso de intenções de votos, por exemplo, a amostra é composta por
um grupo de pessoas.
A Estatística é uma ferramenta importante para tratar desses assuntos, no que se refere ao entendimento
de dados diversos, com a qual podemos prever o evento que mais ocorre, as repetições e calcular certas
medidas de controle. Nesta seção, trataremos da construção de tabelas estatísticas. Continuaremos utilizando
o BrOffice como ferramenta de apoio à construção das tabelas por entendermos que esse software é um
importante e atual instrumento para termos o foco na análise, e não nos cálculos.
2 – Situação-Problema
Para compreendermos o processo de construção de tabelas de dados com o auxílio do OpenOffice, é necessário
que, inicialmente, entendamos alguns conceitos básicos: em uma pesquisa estatística, aquilo que se quer saber
é chamado de variável, que pode ser de dois tipos: quantitativa e qualitativa.
A variável quantitativa é aquela que implica em relações de mensuração, medida, contagem, por exemplo:
salário, idade, peso; enquanto a variável qualitativa expressa atributos e qualidades, por exemplo: estado civil,
profissão, etc. As variáveis quantitativas ainda podem ser subdivididas em discreta, quanto estão relacionadas
com contagem, ou contínua, quando estão relacionadas à medida. Já as qualitativas são subdivididas em
ordinal, quando se pode ordenar, e nominal, quando não se pode ordenar.
Para o estudo das tabelas, analisaremos dois grupos de variáveis distintos: 1º grupo – as variáveis qualitativas
e as quantitativas discretas; e 2º grupo – as quantitativas contínuas. Vamos realizar os estudos a partir de
aplicações práticas que você deverá fazer em seu computador.
49
Gestão e Avaliação da Educação Pública
Pesquisa 1
Objeto: Deseja-se saber o estado civil dos moradores do Bairro
Vila da Sabedoria que tenham idade acima de 20 anos.
Frequência absoluta
A frequência absoluta é calculada com o auxílio da função CONT.SE. Essa função calcula a quantidade de
células, dentro de um intervalo, que contenham um parâmetro desejado. Esse parâmetro pode ser um
número, uma palavra, uma expressão, etc.
CONT.SE
Retorna o número de elementos que atendem a determinados critérios dentro de um intervalo de célula.
Sintaxe
Critérios indica os critérios na forma de um número, uma expressão ou uma sequência de caracteres. Esse
critérios determinam que células serão contadas. Você também pode inserir um texto de pesquisa na forma
de uma expressão regular, por exemplo, “b.*”, para todas as palavras que começam com b. Também é
possível indicar um intervalo de células que contém o critério de pesquisa. Se quiser pesquisar um texto
literal, coloque o texto entre aspas duplas.
50
Procedimentos de Leitura de Dados
Procedimento 1
Frequência relativa
Para se calcular a frequência relativa, há a necessidade de introduzir a função SOMA. Essa função soma uma sequência
de valores numéricos ou uma série de números isolados. Será utilizada para totalizar as frequências absolutas.
SOMA
Adiciona todos os números em um intervalo de células.
Sintaxe
O parâmetro Número de 1 a 30 representa até 30 argumentos cuja soma deverá ser calculada.
Exemplo
Se você inserir os números 2,3 e 4 nas caixas de texto Número 1, Número 2 e Número 3, 9 será retornado
como resultado.
SOMA (A1; A3; B5) calcula a soma das três células. SOMA (A1: E10) calcula a soma de todas as células do
intervalo de A1 e E10.
51
Gestão e Avaliação da Educação Pública
Procedimento 2
O cálculo das frequências relativas é feito com uma simples divisão; observe:
Procedimento 3
As frequências relativas podem ser somadas, utilizando-se o procedimento 2. Lembre-se que esse total deve
dar 1 (um), que equivale a 100%.
Perceba que os valores obtidos aparecem com duas casas decimais. Caso deseje utilizar menos ou mais
casas decimais, poderá conseguir isso selecionando as células que deseja modificar e clicando no botão
(adicionar casa decimal) ou (excluir casa decimal), até obter a quantidade de casas decimais desejadas.
Caso queira exprimir as frequências relativas na forma percentual, basta selecionar as células desejadas e
clicar no botão (porcentagem). Sua tabela poderá ficar assim:
A grande vantagem de se ter uma tabela no OpenOffice é o dinamismo em sua operação. Experimente alterar
os resultados da pesquisa, trocando, por exemplo, solteiro por casado e verifique o que ocorre com a tabela.
Isso nos dá praticidade na hora de alterar algum valor que tenha sido introduzido de forma equivocada.
52
Procedimentos de Leitura de Dados
Pesquisa 2
Objeto: Deseja-se saber a idade, em anos, dos moradores do Bairro Vila
da Sabedoria.
Dica
Comece digitando na célula A1 o título Morador. Da célula A2 até a célula
A31, digite a ordem numérica dos dados (de 1 a 30). Na célula B1, digite
o título Idade. Da célula B2 até a célula B31, digite cada uma das idades
(anos) fornecidos pela pesquisa. Salve o seu arquivo.
Intervalos de Classes
Para definir os intervalos de classes, precisaremos encontrar os valores máximo e mínimo, utilizando as
funções MAIOR e MENOR, respectivamente.
MENOR MENOR
Retorna o maior valor na posição_c de um conjunto Retorna o menor valor na posição_c de um conjunto
de dados. de dados.
Sintaxe Sintaxe
MAIOR (Dados; Posição_c). MENOR (Dados; Posição_c).
Dados é a matriz de dados da amostra aleatória. Dados é a matriz de dados da amostra aleatória.
Posição_c é a posição do valor. Posição_c é a posição do valor.
Exemplo Exemplo
=MAIOR (A1:C50; 2) retornará o segundo maior =MENOR (A1:C50; 2) retornará o segundo menor
valor do intervalo de células A1:C50. valor do intervalo de células A1:C50.
53
Gestão e Avaliação da Educação Pública
Procedimento 1
Para determinar o Número de classes, a Amplitude de classe calculada, a Amplitude classe adotada, o Limite
inferior e o Limite superior, utilizaremos fórmulas matemáticas simples usando apenas as quatro operações
fundamentais (adição, subtração, multiplicação e divisão).
Procedimento 2
Frequência absoluta
Para calcular a frequência absoluta novamente utilizaremos a função CONT.SE para calcular a quantidade
de células, dentro de um intervalo, que contenham o parâmetro desejado. O parâmetro, desta vez, pode ser
uma desigualdade, já que precisaremos estabelecer uma série de valores que atendam a certo intervalo.
54
Procedimentos de Leitura de Dados
Procedimento 3
Frequência relativa
Procedimento 3
55
Gestão e Avaliação da Educação Pública
O cálculo das frequências relativas é feito com uma simples divisão. Observe.
Procedimento 3
As frequências relativas podem ser somadas utilizando-se o procedimento 4. Lembre-se que esse total deve
dar 1 (um), que equivale a 100%.
Perceba que os valores obtidos aparecem com duas casas decimais. Caso deseje utilizar menos ou mais
casas decimais, poderá conseguir isso selecionando as células que deseja modificar e clicando no botão
(adicionar casa decimal) ou (excluir casa decimal), até obter a quantidade de casas decimais desejada.
Caso queira exprimir as frequências relativas na forma percentual, basta selecionar as células desejadas e
clicar no botão (porcentagem). Sua tabela poderá ficar assim:
A grande vantagem de se ter uma tabela no OpenOffice é o dinamismo em sua operação. Experimente alterar
os resultados da pesquisa, trocando, por exemplo, uma ou mais idades e verifique o que ocorre com a tabela.
Isso nos dá praticidade na hora de alterar algum valor que tenha sido introduzido de forma equivocada.
56
Procedimentos de Leitura de Dados
3 – Atividades
Uma pesquisa estatística feita com um grupo de moradores do Bairro Novo Horizonte gerou a seguinte
tabela de dados brutos. Monte, no OpenOffice, uma tabela de distribuição de frequências para a variável
número de filhos.
UNIDADE DE IDADE
ESTADO CIVIL NÚMERO DE FILHOS LOCAL DE MORADIA
INVESTIGAÇÃO (EM ANOS)
1 SOLTEIRO 0 18 ABC
2 CASADO 2 24 CAPITAL
3 CASADO 4 25 GUARULHOS
4 SOLTEIRO 1 20 OSASCO
5 SOLTEIRO 0 22 CAPITAL
6 DIVORCIADO 1 23 ABC
7 SOLTEIRO 0 18 GUARULHOS
8 DIVORCIADO 0 19 OSASCO
9 CASADO 1 22 ABC
10 SOLTEIRO 0 23 CAPITAL
11 CASADO 2 23 CAPITAL
12 SOLTEIRO 0 25 ABC
13 SOLTEIRO 1 24 DIADEMA
14 CASADO 0 20 DIADEMA
15 DIVORCIADO 0 22 GUARULHOS
16 SOLTEIRO 0 19 ABC
17 DIVORCIADO 1 21 CAPITAL
18 CASADO 0 19 CAPITAL
19 SOLTEIRO 0 25 CAPITAL
20 SOLTEIRO 0 18 ABC
21 VIÚVO 2 25 OSASCO
22 SOLTEIRO 0 19 DIADEMA
23 SOLTEIRO 0 19 ABC
24 SOLTEIRO 0 21 CAPITAL
25 SOLTEIRO 0 18 ABC
26 SOLTEIRO 0 21 ABC
27 SOLTEIRO 1 25 CAPITAL
28 CASADO 0 24 CAPITAL
29 DIVORCIADO 1 20 CAPITAL
30 CASADO 1 25 ABC
Fonte: dados hipotéticos
4 – Você sabia?
As planilhas construídas no OpenOffice podem ser abertas no Excel ou em qualquer outra planilha
eletrônica.
57
Gestão e Avaliação da Educação Pública
5 – Cantinho cultural
OPEN OFFICE CALC E WRITER. WILLIAN BRAGA. Nesse livro, você, leitor, entenderá passo a passo o
funcionamento dos comandos do novo OpenCalc, como menus e dicionário quase que totalmente traduzidos
para o português do Brasil. São apresentados os recursos básicos e avançados possíveis de serem feitos
como Calc. O livro ajudará você a conhecer um pouco mais sobre essa preciosa ferramenta de trabalho para
cálculos, que é oferecida gratuitamente pela comunidade OpenSource.
Visite o site do OpenOffice e fique por dentro de atualizações e complementações para a sua planilha
eletrônica (www.openoffice.org.br).
SILVA, Ana Alexandrino da. Representações gráficas: notas sobre a criação e apresentação de alguns
tipos de gráficos. Lisboa: Alea, 2004.
SILVA, Cláudia Borim da; CAZORLA, Irene Mauricio; BRITO, Márcia Regina Ferreira de. Concepções e Atitudes
em Relação à Estatística. In: Experiências e expectativas do ensino de estatística – desafios para o século
XXI, 1, 1999, Florianópolis. Atas da Conferência Internacional. Florianópolis: UFSC, 1999. p. 1 - 6.
58
Procedimentos de Leitura de Dados
8 – Soluções e comentários
Seguindo os passos citados anteriormente, você deverá encontrar:
59
Gestão e Avaliação da Educação Pública
60
Procedimentos de Leitura de Dados
SEÇÃO 06
INTRODUÇÃO À ESTATÍSTICA
DESCRITIVA: GRÁFICOS
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Gestão e Avaliação da Educação Pública
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Procedimentos de Leitura de Dados
Introdução à estatística
descritiva: Gráficos
1 – Apresentação
Na seção anterior, vimos como construir tabelas com a utilização do OpenOffice. Nesta seção, daremos
continuidade a esse estudo, enfocando os gráficos. Os avanços tecnológicos fizeram com que ficasse cada
vez mais fácil a construção de gráficos, no entanto alguns cuidados devem ser tomados. A grande diversidade
de gráficos encontrada hoje em dia faz com que os leitores sejam mais exigentes em relação às informações
que se lhe apresentam. “A reação a um gráfico muito carregado de informação, pode ser o afastamento,
e mesmo que lhe seja dedicado alguma atenção, poucas recordações subsistem” (Silva, 2004). O mesmo
cuidado deve ser tomado ao se optar por gráficos carregados de elementos não informativos. Ainda segundo
Silva, antes da construção do gráfico, deve-se questionar se o seu uso realmente é necessário, considerando-
se que, muitas vezes, a precisão dos dados a serem apresentados é mais importante do que a imagem que
se pretende mostrar.
Wallgren, apud Silva (2000),[...] sintetiza esta fase preparatória em oito perguntas que não
podem ser respondidas separadamente:
ÂÂ
Um gráfico é realmente a melhor opção?
ÂÂ
Qual é o público-alvo?
ÂÂ
Qual é o objetivo do gráfico?
ÂÂ
Que tipo de gráfico se deve usar?
ÂÂ
Como deve ser apresentado o gráfico?
ÂÂ
Qual deve ser o tamanho do gráfico?
ÂÂ
Deverá ser usado apenas um gráfico?
ÂÂ
A que meios técnicos se deve recorrer?
Após a seleção do modelo de gráfico mais adequado ao contexto, Silva sugere que se inicie a construção
propriamente dita.
Depois da fase preparatória e da escolha, é preciso analisar se o gráfico realmente é necessário para se
transmitir a ideia pretendida de maneira eficaz. Após a construção, ainda se fazem necessários outros
questionamentos.
Na tentativa de encontrar a melhor imagem que satisfaça todos os requisitos iniciais, entra-se
num processo iterativo que só termina, quando se garante uma elevada legibilidade e pertinência.
Por conseguinte, a adoção do gráfico apenas se pode consumar após serem formuladas, e
convenientemente respondidas, as seguintes perguntas:
ÂÂ
O gráfico é fácil de ler?
ÂÂ
O gráfico pode ser mal interpretado?
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Gestão e Avaliação da Educação Pública
ÂÂ
O gráfico tem o tamanho e a forma certos?
ÂÂ
O gráfico está localizado no sítio certo?
ÂÂ
O gráfico beneficia por ser em cores?
ÂÂ
A compreensão do gráfico foi testada com facilidade?
Utilizaremos, para o trabalho nesta seção, a mesma estratégia adotada para a construção de tabelas, a
elaboração de atividades de forma interativa.
2 – Situação-Problema
Assim como foi feito para o processo de construção de tabelas de dados, também estudaremos os gráficos
separadamente por grupos. Nós nos limitaremos, neste trabalho, a estudar dois tipos de gráficos: Gráfico
de colunas e Gráfico de setores (pizza). Vamos realizar os estudos a partir das tabelas construídas na seção
Introdução à Estatística Descritiva: Tabelas.
Gráficos de colunas
Os gráficos de colunas são muito utilizados para representação de pesquisas divulgadas na imprensa em geral.
São aplicados, principalmente, para representação de dados qualitativos e quantitativos discretos. Vamos
observar como seria construído um gráfico para representar os seguintes resultados de uma pesquisa:
Após a obtenção da tabela de frequências, pode-se obter com facilidade o diagrama de colunas, através do
Assistente de Gráficos.
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Procedimentos de Leitura de Dados
Comece por selecionar as células contendo os dados e os respectivos títulos e clique no ícone Inserir gráfico
da Barra de ferramentas.
Marque um trecho da planilha onde será inserido o gráfico. O quadro seguinte surgirá na tela:
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Gestão e Avaliação da Educação Pública
Selecione o tipo de gráfico desejado (no caso, colunas) e marque Mostrar elementos do texto na visualização
para visualizar como ficará seu gráfico. Clique em Próximo >> e surgirá:
Selecione Eixo Y, caso deseje visualizar linhas horizontais, e escolha como quer o seu gráfico. Ao fazer uma
nova escolha, o seu gráfico será mostrado no quadro à esquerda, assim poderá escolher o estilo que mais lhe
interessar. Clique em Próximo >> e surgirá:
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Procedimentos de Leitura de Dados
Nessa tela, você poderá escolher um título para o seu gráfico, bem como optar se deseja que a legenda
apareça ou não. Clique em Criar, e o seu gráfico estará pronto.
Com um clique duplo no gráfico, você entrará no modo de edição do gráfico. Clicando o botão direito do
mouse sobre o gráfico, será disponibilizado um Menu que permitirá algumas modificações na formação, você
poderá modificar cores e outros elementos do gráfico. Por exemplo, ele poderá assumir a seguinte forma:
Experimente modificar algum dado da tabela; você perceberá que o gráfico se alterará automaticamente
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Gestão e Avaliação da Educação Pública
Comece por selecionar as células contendo os dados e os respectivos títulos e clique no ícone Inserir gráfico
da Barra de ferramentas.
Marque um trecho da planilha, onde será inserido o gráfico. O quadro seguinte surgirá na tela:
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Procedimentos de Leitura de Dados
Selecione o tipo de gráfico desejado (no caso, setores) e marque Mostrar elementos do texto na visualização
para visualizar como ficará seu gráfico. Clique em Próximo >> e surgirá:
Ao fazer uma nova escolha,o seu gráfico será mostrado no quadro à esquerda; assim poderá escolher o estilo
que mais lhe interessar. Clique em Próximo >> e surgirá:
Nessa tela, você poderá escolher um título para o seu gráfico, bem como optar se deseja que a legenda
apareça ou não. Clique em Criar, e o seu gráfico estará pronto.
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Gestão e Avaliação da Educação Pública
Dê um clique duplo sobre o gráfico e, novamente, sobre cada uma das fatias. Escolha a aba Rótulo de dados
e marque em Mostrar valor com porcentagem e será exibido o valor percentual de cada uma das fatias.
Com um clique duplo no gráfico, você entrará no modo de edição do gráfico. Clicando o botão direito do
mouse sobre o gráfico, será disponibilizado um Menu que permitirá algumas modificações na formação, você
poderá modificar cores e outros elementos do gráfico. Por exemplo, ele poderá assumir a seguinte forma:
Experimente modificar algum dado da tabela e você perceberá que o gráfico se alterará automaticamente.
3 – Atividades
A partir da tabela construída na atividade da seção Introdução à Estatística Descritiva: Tabelas, elabore, com
no OpenOffice, um gráfico de colunas e um gráfico de setores.
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Procedimentos de Leitura de Dados
4 – Você sabia?
Os gráficos utilizados para representar variáveis quantitativas contínuas são os histogramas. Esses gráficos
teriam o seguinte formato:
5 – Cantinho cultural
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Gestão e Avaliação da Educação Pública
Visite o site do OpenOffice e fique por dentro de atualizações e complementações para a sua planilha
eletrônica (www.openoffice.org.br).
SILVA, Cláudia Borim da; CAZORLA, Irene Mauricio; BRITO, Márcia Regina Ferreira de. Concepções e Atitudes
em Relação à Estatística. In: Experiências e expectativas do ensino de estatística - desafios para o século
XXI, 1, 1999, Florianópolis. Atas da Conferência Internacional. Florianópolis: UFSC, 1999. p. 1 - 6.
8 – Soluções e comentários
Seguindo os passos citados anteriormente, você deverá encontrar:
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Procedimentos de Leitura de Dados
SEÇÃO 07
INTRODUÇÃO À ESTATÍSTICA DESCRITIVA
COM PLANILHA ELETRÔNICA
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Gestão e Avaliação da Educação Pública
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Procedimentos de Leitura de Dados
As planilhas eletrônicas possibilitam a realização de cálculo, de uma forma rápida, a partir dos
dados informados e, posteriormente, a elaboração de gráficos em formatos de barras, linhas,
pontos, pizza e outras modalidades que facilitam a visualização das informações. Um exemplo
de atividade que pode ser realizada com as planilhas eletrônicas é o ensinamento de controles
financeiros, a partir das quatro operações matemáticas, além de cálculos de percentuais. O
professor pode simular as entradas de dinheiro dos alunos a partir de suas mesadas, e as
despesas, a partir dos gastos que eles possuem com lanches, revistas, cinemas, etc. (Tajra, 2000,
p. 54)
As planilhas eletrônicas são ferramentas comumente utilizadas em várias áreas do conhecimento, sendo uma
das mais comuns no mundo dos negócios. Esse recurso vem tendo o seu uso ampliado na educação. Além
do uso na gestão financeira dos recursos da educação, ela propicia um ambiente de solução de problemas
matemáticos, levando os alunos a estabelecerem fórmulas para solucionar situações específicas, com mais
rapidez e precisão, e até simular diferentes resultados, pela simplicidade com que podem alterar números ou
fórmulas de uma planilha.
Planilhas eletrônicas são softwares concebidos, prioritariamente, para se efetuarem cálculos que envolvam
variáveis. Com elas, podem-se utilizar várias funções matemáticas, com destaque para aquelas relacionadas
com cálculos e representações de funções, Estatística e Matemática Financeira. Hoje, são várias as possibilidades
de escolha de planilhas eletrônicas, desde as pagas, como o Excel da Microsoft, até as de uso livre, como
o OpenOffice. Apesar de o primeiro ser, sem dúvida, o mais conhecido e utilizado, seja em aplicações
domésticas ou em empresas, o segundo destaca-se pela sua ótima qualidade, pela similaridade com o Excel
e, principalmente, por ser gratuito, fato pelo qual foi o escolhido para ser utilizado neste trabalho.
O OpenOffice é um programa de planilha eletrônica, desenvolvido pela Sun Microsystems Inc. e aperfeiçoado
por usuários de várias comunidades espalhadas pelo mundo, que roda em várias plataformas, Windows
e Linux, entre outras. Nos últimos anos, assim como todas as aplicações informáticas, tem passado por
aperfeiçoamentos e ajustes, visando maior usabilidade e aproveitamento do desenvolvimento dos
computadores. Nesse material, utilizaremos o BrOffice.org 2.1, desenvolvido por FILHOCFFILHOCF com base
no OpenOffice.org.
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Gestão e Avaliação da Educação Pública
Não há, neste trabalho, a pretensão de oferecer um curso de OpenOffice. O objetivo, aqui, é mostrar
alguns recursos básicos que possam auxiliar as aplicações de Estatística básica, inicialmente, na Matemática
Financeira, e em outros momentos pontuais, ao longo de algumas seções.
2 – Situação-Problema
A seguir, será feita uma pequena apresentação da Planilha Eletrônica do BrOffice, destacando-se as noções
iniciais necessárias para comerçarmos os trabalhos que serão aprofundados em seções posteriores. Você
deverá baixar o software no site http://www.openoffice.org.br/ e executar as operações sugeridas ao longo
desta seção.
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Procedimentos de Leitura de Dados
O ambiente de trabalho
Assim como utilizamos coordenadas geográficas de Latitude e Longitude para localizar um objeto geográfico
qualquer, como uma cidade, a foz de um rio, ou o pico de uma montanha, também fazemos uso de
coordenadas para localizar uma célula em uma planilha eletrônica. Observe a célula em destaque na figura
acima (G7); ela se encontra na coluna G e na linha 7. É dessa forma que cada elemento contido na planilha
é localizado.
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Gestão e Avaliação da Educação Pública
As funções no OpenOffice
São várias as formas de inserção de funções (operações matemáticas) no OpenOffice. Entre elas:
a) Utilizar os menus ou submenus selecionados na Barra de menus, clicando com o mouse, ou recorrendo
a teclas de atalho.
c) Simplesmente digitar = dentro da célula selecionada e escolher uma função na lista que será
apresentada.
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Procedimentos de Leitura de Dados
Nos dois primeiros casos, será aberto o quadro Assistente de Funções, que apresenta uma série de funções
para serem escolhidas. As funções estão classificadas por categoria conforme mostrado a seguir.
Para cada categoria escolhida, o menu apresenta as diferentes funções, bem como uma breve descrição da
função escolhida e da sua sintaxe.
Após a seleção da função desejada, você poderá digitar a fórmula no quadro Fórmula, ou clicar em Próximo,
para que os argumentos necessários sejam inseridos. Após a inserção, basta clicar em OK.
Argumentos da função.
Cabe lembrar que, a partir do momento que a forma de escrita e posicionamento dos diversos elementos
estiverem incorporadas pelo usuário, esses comandos poderão ser digitados diretamente na célula,
poupando-o, assim, de ter que passar por todas essas etapas. Bastará, então, digitar o sinal de igualdade
(=), para que o OpenOffice entenda que é uma função e, em seguida, inserir os comandos. Essa inserção
poderá ocorrer tanto diretamente na célula, quanto na linha de entrada.
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Gestão e Avaliação da Educação Pública
3 – Atividades
4 – Você sabia?
Visicalc foi a primeira planilha eletrônica, lançada em 1979, muito semelhante às planilhas eletrônicas atuais,
mas comparativamente escassa de recursos. Porém, era eficiente para a maioria dos computadores da época,
realizando quase todas as atividades principais, características das planilhas eletrônicas.
Tela do Visicalc.
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Procedimentos de Leitura de Dados
O Visicalc foi, provavelmente, a aplicação que fez com que computadores pessoais passassem a ser considerados
como uma ferramenta de negócios e inspirou todas as planilhas eletrônicas existentes no mercado hoje em
dia. Ele foi idealizado por Dan Bricklin e implementado por Bob Frankston. De acordo com Bricklin, uma das
principais características do software era o cálculo automático das fórmulas, exatamente como ocorre com
as planilhas atuais.
5 – Cantinho cultural
BRAULE, Ricardo. Estatística aplicada, com excel. São Paulo: CAMPUS, 2005, 1 ed. ISBN: 8535208151.
Número de páginas: 272
Esse livro é um manual que mostra o uso do Excel aplicado para quem faz análise estatística de dados. O
autor teve a intenção de desenvolver um livro que valesse por dois, cujo objetivo principal fosse apresentar
as técnicas estatísticas de análise de dados, valendo-se de instrumental simples, moderno e amplamente
disseminado: a planilha Excel da Microsoft. O livro foi desenvolvido de modo a contemplar as necessidades
de dois tipos de leitores: os estudantes matriculados nas cadeiras de estatística regulares e os profissionais
de diversas áreas, tanto os que já conhecem o básico do Excel, mas não seu módulo estatístico, quanto os já
familiarizados com essa ferramenta.
Com instruções minuciosas e ao mesmo tempo em linguagem bastante simples, o livro apresenta sempre
tarefas que envolvem várias funções e ferramentas do Excel, que são introduzidas à medida que se tornam
necessárias à execução da tarefa, e essa sequência “natural” resulta numa melhor fixação do conteúdo por
parte do leitor.
Você sabia que, além de todas as planilhas eletrônicas gratuitas existentes no mercado, você também já pode
ter acesso a planilhas eletrônicas via internet. Um exemplo disso é o Google Spreadsheet, um sistema que lhe
permite criar planilhas eletrônicas, que podem ser acessadas por você de qualquer lugar onde você esteja, ou
por outras pessoas, que você escolhe, para compartilhá-las.
Para utilizar o Spreasheet, basta ter uma conta no Google. Ele trabalha com a mesma conta dos serviços
Gmail e Orkut, bastando apenas colocar o login e a senha desses serviços para conectar-se.
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Pronto. Você, então, poderá criar as suas planilhas como se estivesse utilizando a planilha que está instalada
em seu computador.
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SILVA, Ana Alexandrino da. Representações gráficas: notas sobre a criação e apresentação de alguns
tipos de gráficos. Lisboa: Alea - Acção Local de Estatística Aplicada, 2004.
8 – Soluções e comentários
Primeira – Selecionando a célula C10 e clicando no Menu Inserir Função. Escolha a função SOMA e clique
em Próximo.
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