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FACULDADE DE ENGENHARIA E

INOVAÇÃO TÉCNICO PROFISSIONAL

ENGENHARIA CIVIL

CASSIANO VITOR SANTOS SILVA

DIMENSIONAMENTO DE ESTRUTURA METÁLICA:


COMPARAÇÃO DA UTILIZAÇÃO DE VIGA TRELIÇADA E VIGA DE
ALMA CHEIA DE ACORDO COM SUAS CARACTERÍSTICAS FÍSICAS

MARINGÁ
2019
CASSIANO VITOR SANTOS SILVA

DIMENSIONAMENTO DE ESTRUTURA METÁLICA:


COMPARAÇÃO DA UTILIZAÇÃO DE VIGA TRELIÇADA E VIGA DE
ALMA CHEIA DE ACORDO COM SUAS CARACTERÍSTICAS FÍSICAS

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado à FEITEP – Faculdade de
Engenharias e Arquitetura, como parte dos
requisitos para obtenção do título de Bacharel
em Engenharia Civil.

Orientador: Prof. Eng. MSc. Caio Cezar


Catiste Silva

MARINGÁ
2019
FEITEP – Faculdade de Engenharia e Inovação Técnico Profissional

CASSIANO VITOR SANTOS SILVA

DIMENSIONAMENTO DE ESTRUTURA METÁLICA:


COMPARAÇÃO DA UTILIZAÇÃO DE VIGA TRELIÇADA E VIGA DE
ALMA CHEIA DE ACORDO COM SUAS CARACTERÍSTICAS FÍSICAS

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado à FEITEP – Faculdade de
Engenharias e Arquitetura, como parte dos
requisitos para obtenção do título de Bacharel
em Engenharia Civil.

Orientador: Prof. Eng. MSc. Caio Cezar


Catiste Silva

BANCA EXAMINADORA

_____________________________________

Professor Orientador: Prof. Eng. MSc. Caio Cezar Catiste Silva

_____________________________________

Professor: - FEITEP
___________________________________

Professor: - FEITEP

Data de Aprovação:_____ de ________ de 2019.

MARINGÁ
2019
DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho primeiramente a


Deus, que possibilitou estar realizando essa
faculdade, pois sem a direção d’Ele não seria
possível, segundo os meus pais Maria Luzinete
dos Santos e Zaqueu Teixeira Silva e meu
querido irmão Augusto José Santos Silva, que
por algumas vezes compreenderam minhas
ausências devido aos estudos.
“Os céus e a terra passarão, porém as
minhas palavras permanecerão para sempre.
Mas ninguém sabe o dia e a hora em que o fim
vira, nem mesmo os anjos dos céus, nem o Filho
de Deus. Somente o Pai sabe.”

Mateus 24: 35 – 36. Bíblia Sagrada.


SUMÁRIO

SUMÁRIO ......................................................................................................... 9

1. INTRODUÇÃO ......................................................................................... 12

1.1. OBJETIVOS .......................................................................................... 13

1.1.1. Objetivo geral .................................................................................... 13

1.1.2. Objetivos específicos ....................................................................... 14

1.2. Justificativa ............................................................................................ 14

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................... 17

2.1. Conceitos do dimensionamento de vigas de alma cheia ....................... 17

2.1.1. ESTADOS LIMITES ........................................................................... 17

2.1.2. COMBINAÇÃO DE AÇÕES ............................................................... 20

3. METODOLOGIA ...................................................................................... 23

3.1. bases de apoio para o dimensionamento .............................................. 23

3.2. caracteristicas da viga de alma cheia – perfil i ...................................... 23

3.3. caracteristicas da viga treliçada............................................................. 24

3.4. especificações de vãos para cálculo ..................................................... 24

3.5. procedimentos de cálculo ...................................................................... 24

3.6. processo de comparação e análise ....................................................... 25

3.7. caracteristicas do dimensionamento da viga treliçada .......................... 25

REFERÊNCIAS .............................................................................................. 27
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – valores dos fatores de combinação Ψ0 e de redução Ψ1 e Ψ2 para


as ações variáveis (NBR 8800) ..................................................................... 19

Tabela 2 – coeficientes de segurança parciais (NBR 8800) .......................... 22

Tabela 3: Dados do perfil I ............................................................................. 23


12

1. INTRODUÇÃO

A globalização na construção civil, nos últimos tempos, vem cada vez mais
trazendo objetivos novos para os profissionais de engenharia. Para alcançar esses
objetivos, os projetos estruturais atuais consistem em quatro parâmetros
fundamentais: economia, segurança, durabilidade e sustentabilidade (MADEIRA,
2009). Relacionado à segurança, Castanheira (2004) nos diz que as estruturas devem
ser dimensionadas de modo que garanta a segurança e boas condições de utilização
durante sua vida útil.

Para garantir a segurança dessas estruturas, a norma de cálculo tem como


função respaldar todo projeto desde que seja respeitado todos os seus
procedimentos. Para esse respaldo, no Brasil temos a ABNT NBR 8800 (2008) –
Projeto de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de edifícios.

O projeto deve atender as exigências mínimas de segurança da norma para


que a estrutura seja ao mesmo tempo segura, em relação a sua estabilidade e
durabilidade, e econômica, relacionado à escolha do material para que a estrutura não
seja superdimensionada (MOTTA E MALITE, 2002).

Desse modo, o projeto deve atender esses parâmetros para ser atestado como
um projeto competitivo e atual. Nas estruturas metálicas, esses parâmetros são
bastante decisivos em uma tomada de decisão relacionados a execução do projeto.

As estruturas metálicas podem ser encontradas com mais facilidade em


barracões industriais, coberturas de ginásios de esportes, pontes e passarelas.
Segundo Bellei (1998), essas estruturas de aço atualmente são empregados em
grandes galpões industriais e em praticamente todos os setores construtivos.

Segundo Hibbeler (2013), vigas são membros horizontais retos usados para
resistir solicitações verticais e também projetadas para resistir a momentos fletores.
Para Leet et al (2009), vigas são elementos que sofrem cargas perpendiculares ao
seu eixo, de modo que ela se deforme suavemente formando uma curva.
13

Segundo Leet et al (2009), a treliça é composta por pequenos elementos que


são ligados por suas extremidades formando nós, com um padrão triangular de modo
que o material seja utilizado com mais eficiência. Para McCormac (2014), uma treliça
é uma estrutura formada por elementos dispostos em triângulos, que é a única forma
estável.

Os engenheiros hoje em dia se preocupam com o emprego da estrutura


metálica na construção civil, pois tem-se o entendimento que para vencer um
determinado vão com uma viga metálica, por consequência ira sobrecarregar a
estrutura devido ao peso da própria peça metálica.

As vigas de alma cheia (seção “I”) são perfis laminados ou soldados,


atualmente fabricados no Brasil. Por essa característica, os elementos na maioria das
vezes são maciços, espessos e com seções compostas de alturas elevadas devido
as chapas serem obtidas através da laminação a quente (FAKURY; SILVA; CALDAS,
2016). Desse modo, o peso próprio desse elemento é maior, ocasionando pilares
superdimensionados para resistir a carga solicitada e também o peso próprio da viga.

As vigas treliçadas por sua vez, levam uma menor quantidade de material em
sua confecção, de modo que é composta por elementos unidos por solda ou parafusos
em suas ligações ou nós, proporcionando uma rigidez em seu sistema,
consequentemente sendo um elemento mais leve em relação à viga de alma cheia
(PFEIL, 2009). Para a tomada de decisão do engenheiro, nesse ponto, não havendo
restrições de uso e atendendo os critérios de cálculo da norma, sobressairá o aspecto
econômico.

Para entender esses processos e tomadas de decisões, este trabalho visa


comparar os elementos de seção “I” e treliçados, comparando a utilização,
dimensionar as vigas metálicas em sua utilização, com base na NBR 8800/2008, afim
de que possa tornar claro esses aspectos de economia, segurança e durabilidade.

1.1. OBJETIVOS

1.1.1. Objetivo geral


14

Dimensionar uma viga metálica de alma cheia e treliçada, por meio da


realização de todos os procedimentos de acordo com a norma NBR 8800/2008,
detalhando todo as dimensões, cálculos, e se atende as verificações necessárias
impostas pela norma.

1.1.2. Objetivos específicos

- Caracterizar os fatores existentes necessários para o projeto de


dimensionamento das vigas de alma cheia e viga treliçada.

- Comparar qual será capaz de resistir as solicitações em 4, 8 e 12 metros,


de modo que venha a escolher qual viga mais eficiente para essas medidas.

- Realizar a comparação do custo das vigas para uma melhor tomada de


decisão para definir qual tipo de viga utilizar em casos de vãos maiores de 8 metros.

- Estabelecer uma relação Resistência/Peso para a viga treliçada, de


modo que não possua uma norma somente para dimensionamento de treliças.

1.2. JUSTIFICATIVA

O que se nota, hoje em dia no senário da construção civil no Brasil, são obras
que não possuem projetos estruturais devido ao seu custo. Segundo a Associação de
Engenheiros e Arquitetos de Maringá (2019), os honorários para um projeto estrutural
está fixado em 0,8% x (CUB/m²). Esses valores acabam criando uma barreira ao
contratar o serviço que é de extrema importância para o início do projeto.

Tanto para as estruturas de concreto quanto as estruturas metálicas, existe a


necessidade do dimensionamento estrutural de acordo com as normas técnicas
brasileiras. Desse modo, tem-se estruturas dimensionadas de acordo com os padrões
técnicos estabelecidos, junto com um custo menor caso não houvesse o projeto
estrutural (BELLEI, 1998)

Considerando na concepção do projeto a estrutura metálica, pode-se obter uma


economia considerando vários aspectos que englobam o projeto. Dentre esses
aspectos, de acordo com Nardin (2008), os mais relevantes podem ser citados como:
15

- Alívio nas fundações – Redução de peso na estrutura, redução no custo;

- Redução no tempo de construção – Peças prontas, aumento na produtividade,


diminuição no tempo de espera entre etapas construtivas;

- Menor espaço útil – Pilares de seções menores com suporte de carga maior,
vigas com maiores comprimentos de vãos livres e menores alturas em sua concepção.

- Economia – Com um detalhamento efetivo, reduz o custo em relação a


estrutura convencional de concreto armado, a redução expressiva na mão-de-obra de
carpintaria (formas), armadores, serventes, produzindo um retorno maior em relação
ao investimento.

Relacionado com a economia, Bellei (1998) existem alguns fatores que


influenciam diretamente no custo de uma estrutura metálica como:

- escolha do sistema estrutural;

- projeto dos elementos estruturais individuais;

- detalhamento das conexões/ligações;

- processo a ser usado na fabricação;

- especificações de montagem e fabricação;

- sistema de proteção à corrosão;

- sistema de montagem

- sistema de proteção contra fogo e etc.

Desse modo, de acordo com Bellei (1998), essa seleção mais eficiente para o
sistema estrutural em conjunto com os processos de fabricação se faz necessária para
obter uma melhor otimização dos custos.

De acordo com a NBR 8800/2008 e NB 14/198, o dimensionamento de vigas


treliçadas é abordado de maneira superficial. Cada haste metálica da treliça está
sujeita a esforços normais de tração e compressão. Nesse caso, o dimensionamento
das hastes é realizado pelos critérios de barras tracionadas ou barras comprimidas,
considerando que não haja flambagem local (PFEIL, 2009).
16

As literaturas presentes não trazem uma forma detalhada do dimensionamento


desse elemento estrutural, apenas generalidades e pontos específicos de suas
utilizações. O trabalho tem como finalidade abordar com mais detalhes esse
dimensionamento de treliça, embasado na ABNT NBR 8800 (2008), trazendo com
mais clareza o detalhamento, a comparação entre as vigas e a obtenção do coeficiente
Resistência/Peso para analisar a viabilidade de utilização dos elementos em situações
diversas.
17

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1. CONCEITOS DO DIMENSIONAMENTO DE VIGAS DE ALMA CHEIA

Para o dimensionamento, considera-se no projeto, os Estados Limites de


Serviço (ELS) e Estado Limite Ultimo (ELU), onde se considera os esforços máximos
tanto de utilização quanto a ruptura do elemento. Relacionado as tensões críticas, é
calculado o momento e o esforço cortante de projeto para realizar a comparação aos
seus respectivos esforços solicitantes de projeto (PFEIL, 2009).

2.1.1. ESTADOS LIMITES

Segundo Fakury et al (2016), o método dos estados limites faz a verificação


preventiva da estrutura de uma edificação em situações variadas, extremas ou não,
sendo caracterizadas por estados limites de serviço e estados limites últimos.

De acordo com Pfeil (2009), um estado limite ocorre quando uma estrutura não
atende os seus objetivos especificados. Esses objetivos são listados em:

- Garantir a segurança, evitando o colapso da estrutura;

- Garantir o bom desempenho da estrutura evitando a ocorrência de grandes


deslocamentos, vibrações e danos locais.

Os estados limites últimos estão relacionados com a segurança da


estrutura sujeita às combinações mais desfavoráveis de ações
previstas em toda a vida útil, durante a construção ou quando atuar
uma ação especial ou excepcional. Os estados limites de serviço estão
relacionados com o desempenho da estrutura sob condições normais
de utilização. (ABNT NBR 8800, 2008, p. 14).

De acordo com ABNT NBR 8800 (2008), o método dos estados limites
exige que nenhum estado limite aplicável seja excedido quando a estrutura for
submetida aos esforços de todas as combinações de ações. Para casos em que esses
18

estados limites são excedidos, a estrutura não atende as verificações de segurança e


também para os fins que foi projetada. (ABNT NBR 8800, 2008).

2.1.1.1. ESTADO LIMITE DE SERVIÇO

Os estados limites de serviço estão relacionados às cargas aplicadas em


condições de serviços e incluem também possíveis deformações e vibrações
excessivas. (PFEIL, 2009).

Segundo ABNT NBR 8800/2008, as condições usuais referentes aos estados


limites são representadas por desigualdades como:

Sser ≤ Slim

Onde:

Sser: representa os valores dos efeitos estruturais de interesse obtidos com


base nas combinações de ações

Slim: representa os valores limites adotados para esses efeitos, fornecidos no


Anexo C da Norma ABNT NBR 8800/2008.

Os estados limites de serviço são analisados de modo que apresentem o


comportamento da estrutura sob ação de cargas em serviço, evitando a sensação de
insegurança dos trabalhadores de uma determinada obra quando houver
deslocamentos ou vibrações excessivas na estrutura (PFEIL, 2009).

Para a determinação desses estados limites, são definidos três valores


representativos das ações variáveis Q em função do tempo de duração das ações e
a probabilidade de suas ocorrências (PFEIL, 2009):

Valor raro (característico): Q

Valor frequente: Ψ1 Q

Valor quase permanente: Ψ2 Q

Sendo os coeficientes apresentados na tabela abaixo:


19

Tabela 1 – valores dos fatores de combinação Ψ0 e de redução Ψ1 e Ψ2 para as


ações variáveis. (NBR 8800)

Fonte: ABNT NBR 8800/2008, p. 19.

Desse modo, com a utilização desses coeficientes, são realizados as


combinações de ações dos estados limites de serviço considerando a ação variável
dominante com um dos valores representativos apresentados combinada com as
ações permanentes Gi e as outras ações variáveis Qj. Assim temos os seguintes tipos
de combinações para esse estado limite:

Combinação quase permanente:

𝐹 = Σ𝐺𝑖 + 𝛹2 𝑄𝑖 + Σ𝛹2𝑗 𝑄𝑗

Combinação frequente:

𝐹 = Σ𝐺𝑖 + 𝛹1 𝑄𝑖 + Σ𝛹2𝑗 𝑄𝑗

Combinação rara:

𝐹 = Σ𝐺𝑖 + 𝑄𝑖 + Σ𝛹1𝑗 𝑄𝑗
20

2.1.1.2. ESTADO LIMITE ULTIMO

Segundo Pfeil (2009), os estados limites últimos estão associados com a


ocorrência de cargas excessivas por resultado de colapso da estrutura devido a:

- perda de equilíbrio como corpo rígido;

- plastificação total de um elemento ou de uma seção;

- ruptura de uma ligação/seção;

- flambagem em regime elástico ou não;

- ruptura por fadiga.

Os estados limites últimos, em sua totalidade, estão sempre relacionados com


a segurança estrutural. Geralmente suas ocorrências são em colapsos, total ou parcial
do elemento, podendo associar à falhas do material, instabilidade do elemento ou do
conjunto e também pela movimentação do corpo rígido (FAKURY; SILVA; CALDAS,
2016).

Para esse caso, as condições de dimensionamento do estado limite ultimo para


a verificação, considera que seja atendida a seguinte relação:

𝑆𝑑
≤ 1,0
𝑅𝑑

Onde:

Sd: representa os valores de cálculo dos esforços atuantes ou em alguns casos,


tensões atuantes.

Rd: representa os valores de cálculo dos correspondentes esforços resistentes


ou em alguns casos, tensões resistentes.

2.1.2. COMBINAÇÃO DE AÇÕES

Dentro da analise estrutural, deve-se considerar a influência de todas as ações


que produzem efeitos significativos na estrutura, levando em consideração todas as
21

verificações de segurança dos estados limites último e de serviço. As classificações


dessas ações estão fundadas de acordo com a ABNT NBR 8681 que são definidas
em permanentes, variáveis e excepcionais.

As estruturas estão em todo tempo sofrendo algum tipo de ação, sendo


permanente ou variável derivado de um carregamento, uma sobrecarga de utilização.
(FAKURY; SILVA; CALDAS, 2016). Desse modo, o carregamento é definido devido
às suas combinação de ações conforme a probabilidade dessas cargas atuarem
simultaneamente sobre a estrutura durante um determinado tempo (ABNT, 2008).

Para efeitos de cálculo, abordaremos somente as combinações ultimas


normais, pois será desconsiderado efeitos excepcionais, ações externas de vento e
ações sísmicas.

2.1.2.1. COMBINAÇÕES ULTIMAS NORMAIS

As combinações ultimas normais são decorrentes do uso previsto para a


edificação. De acordo com a ABNT 8800/2008, devem-se considerar quantas ações
forem necessárias para verificar as condições de segurança em relação aos estados
limites últimos aplicáveis.

Segundo a ABNT 8800/2008, para cada combinação de ações é aplicada a


seguinte expressão:

𝑚 𝑛

𝐹𝑑 = ∑(𝛾𝑔𝑖 𝐹𝐺𝑖,𝑘 ) + 𝛾𝑞1 𝐹𝑄1,𝑘 + ∑(𝛾𝑞𝑗 𝜓0𝑗 𝐹𝑄𝑗,𝑘 )


𝑖=1 𝑗=2

Onde:

𝐹𝐺𝑖,𝑘 = Valor característicos da ação permanente;

𝐹𝑄1,𝑘 = Valor característico da ação variável considerada principal para a


combinação;

𝐹𝑄𝑗,𝑘 = Valor característico da ação variável que atua concomitantemente com


a ação variável principal;
22

𝛾𝑔 , 𝛾𝑞 = Coeficientes de segurança parciais aplicados às cargas

𝜓0 = Fator de combinação que reduz as ações variáveis para considerar a


baixa probabilidade de ocorrência simultânea de ações com naturezas distintas e seus
valores característicos.

Para o cálculo das combinações ultimas normais, se faz necessário os valores


dos coeficientes de segurança γg e γq que são apresentados na tabela abaixo.

Tabela 2 – coeficientes de segurança parciais (NBR 8800)

Fonte: ABNT NBR 8800/2008, p. 18.

Para os coeficientes das ações permanentes (γg), os valores entre parênteses


correspondem aos coeficientes de ações permanentes favoráveis à segurança, ou
seja, ajudam a garantir a segurança e estabilidade da estrutura (ABNT, 2008).
23

3. METODOLOGIA

3.1. BASES DE APOIO PARA O DIMENSIONAMENTO

Para a realização do dimensionamento das vigas de alma cheia e treliçada


existe alguns autores que explanam o conceito de dimensionamento de estruturas
metálicas, projetos e detalhamentos. No presente estudo irá se utilizar alguns autores
conhecidos como Pfeil, Bellei e Fakury, para apoiar nos conceitos de
dimensionamento.

Como base principal do dimensionamento das estruturas metálicas, têm-se a


ABNT NBR 8800/2008 que traz todas as especificações necessárias para um
dimensionamento seguro e confiável.

O dimensionamento das vigas serão detalhamentos distintos, de acordo com


as características de cada elemento. Para esse caso, o dimensionamento seguira por
duas linhas metodológicas.

3.2. CARACTERISTICAS DA VIGA DE ALMA CHEIA – PERFIL I

Para o cálculo dimensional da viga de alma cheia, compreende-se a


necessidade de definir o tipo de perfil. O perfil escolhido neste caso foi o W610 x 140
com as seguintes características apresentadas na Tabela 3.

Tabela 3: Dados do perfil I

Bitola Massa Linear d bf Espessura h d' Área


(mm x kg/m) (kg/m) (mm) (mm) tw tf (mm) (mm) (cm²)
(mm) (mm)
W610 x 140 140,00 617 230 13,1 22,2 573 41 79,3
EIXO X - X EIXO Y - Y

Ix Wx rx Zx Iy Wy ry Zy
(cm4) (cm³) (cm) (cm³) (cm4) (cm³) (cm) (cm³)

112619 3650,5 25,06 4173,1 4515 392,6 5,02 614,0


Esbeltez
rt It Mesa- Cw u
(cm) (cm4) Mesa-λf (cm6) (m²/m)
λw
bf / 2tf
b' / tw
5,94 225,01 5,18 41,27 3981687 2,10
24

Fonte: www.gerdau.com/br Perfis estruturais Gerdau – Tabela de bitolas.

Com esses dados, seguirá com as verificações de estados limites analisando


momento fletor, esforço cortante e a verificação da flecha para o carregamento
estimado no estudo.

3.3. CARACTERISTICAS DA VIGA TRELIÇADA

A viga treliçada por sua vez não possui um dimensionamento de fato


especificado pela norma ABNT NBR 8800/2008 e também nas bibliografias citadas
neste referido estudo. Dessa forma, utilizaremos de base os preceitos da norma e das
bibliografias para a realização de um manual de cálculo de vigas treliçadas.

Como a treliça pode ser confeccionada em qualquer dimensão, utilizaremos de


base para a comparação as mesmas dimensões do perfil laminado W610 x 140 em
relação a sua seção transversal.

Para a confecção da treliça serão utilizados nos banzos inferior e superior de


perfil U de chapa dobrada e perfil tipo L (cantoneira) para montante e diagonais. A
união dos nós dessa treliça serão feitos através de chapas gussets, tendo suas
ligações parafusadas. A representação das ligações parafusadas estarão
acompanhadas com seus respectivos cálculos.

De acordo com Pfeil (2009), o dimensionamento dos elementos treliçados são


realizados analisando os esforços normais de tração ou de compressão. Para esse
procedimento, serão adotados para o dimensionamento os critérios de barras
tracionadas ou barras comprimidas.

3.4. ESPECIFICAÇÕES DE VÃOS PARA CÁLCULO

Ambas as vigas serão dimensionadas em 3 comprimentos diferentes: um vão


pequeno de 4 metros, um vão intermediário de 8 metros e um vão grande de 12
metros, de modo que esses comprimentos foram estabelecidos com o entendimento
das restrições de larguras dos vãos de laje.

3.5. PROCEDIMENTOS DE CÁLCULO

O desenvolvimento dos cálculos para as vigas serão estabelecidos através de


planilhas programadas com todos os parâmetros de segurança estabelecidos pela
25

ABNT NBR 8800/2008. Para atestar a validade desses cálculos, serão adicionadas as
planilhas cálculos já feitos, com seus respectivos resultados, afim de comprovar as
rotinas de cálculo dessa planilha, tanto para o perfil I, quanto para a viga treliçada.

3.6. PROCESSO DE COMPARAÇÃO E ANÁLISE

Nesse procedimento, os resultados de ambos os cálculos serão analisados em


conjunto, de modo que venha atestar qual o elemento com melhor desempenho em
cada dimensão especifica das condicionantes de cálculo pré-estabelecidas nesse
presente estudo.

Essa comparação dos resultados nos trará uma ampla ideia do comportamento
de ambas as vigas sendo submetidas ao mesmo carregamento, sob condições
semelhantes. Dessa maneira será possível quantificar o material necessário para a
confecção dessas vida e, consequentemente, o levantamento do custo desse material
relacionado com o peso para verificar a viabilidade para cada condição.

Considerando ainda a análise das vigas, com o resultado de todos os cálculos


e com todas as resistências, será possível estabelecer um coeficiente dentre a relação
Resistência/Peso para elementos de estruturas metálicas, no âmbito de viga de seção
I e vigas treliçadas. Esse coeficiente proveniente da relação Resistência/Peso, tem
como objetivo trazer uma maior facilidade para tomar uma decisão antes de iniciar um
detalhamento ou um projeto estrutural que leve em consideração a inclusão do
elemento metálico viga, tanto de alma cheia (perfil I) ou treliçada.

3.7. CARACTERISTICAS DO DIMENSIONAMENTO DA VIGA TRELIÇADA

O assunto que trará mais atenção em seu processo de dimensionamento será


a viga treliçada. Como abordado anteriormente nos capítulos acima, a treliça não
possui um método de dimensionamento especificado na norma. O que temos de
direcionamento somente é que esse elemento é dimensionado somente em
consideração a tração e compressão.

Na treliça, não considera alguns fatores que influenciam diretamente no


dimensionamento como flambagem local. Esses fatores serão abordados no
detalhamento com mais abrangência.
26

De modo que a treliça possui essas características no processo do


dimensionamento, nesse mesmo estudo trará alguns exemplos práticos de
dimensionamento desse elemento estrutural, apresentando todo o procedimento a ser
adotado, seguindo um passo-a-passo de tomada de decisões em caso de possíveis
falhas nas verificações de estados limites.

O estudo contará com anexos de dimensionamentos detalhados, de modo que


sirva de manual de cálculo de vigas treliçadas.
REFERÊNCIAS

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estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e concreto em edifícios. Rio de
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ASSOCIAÇÃO DE ENGENHEIROS E ARQUITETOS DE MARINGÁ (Maringá)


(Ed.). Tabela de Honorários: Tabela referencial de honorários para projetos e obras.
Disponível em: <http://www.aeam.eng.br/honorarios>. Acesso em: 01 abr. 2019.

BELLEI, Ildony Hélio. Edifícios industriais em aço: Projeto e cálculo. 2. ed. São Paulo:
Pini, 1998.

FAKURY, Ricardo Hallal; SILVA, Ana Lydia Reis de Castro e; CALDAS, Rodrigo
Barreto. Dimensionamento de elementos estruturais de aço e mistos de aço e
concreto. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2016.

GESTÃO, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO: Revista eletrônica dos cursos de


engenharia. Curitiba: UniOpet, v. 2, 2018.

HIBBELER, R. C. - Análise das estruturas / tradução Jorge Ritter; revisão técnica


Pedro Vianna. – 8. Ed. - São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2013.

LEET, Kenneth M.; UANG, Chia-Ming; GILBERT, Anne M. - Fundamentos da analise


estrutural / tradução: João Eduardo Nóbrega Tortello; revisão técnica: Pedro V. P.
Mendonça. – 3. Ed. – Porto Alegre: AMGH, 2009.

McCORMAC, Jack C. - Analise estrutural: usando métodos clássicos e métodos


matriciais / tradução e revisão técnica: Amir Kurban, - [Reimpr.]. – Rio de Janeiro: LTC,
2014.

MADEIRA, Alisson Ramos. ESTRUTURAS EM AÇO PARA PAVILHÃO


INDUSTRIAL: COMPARAÇÃO ENTRE SOLUÇÕES COM ELEMENTOS
TRELIÇADOS E DE ALMA CHEIA. 2009. 74 f. TCC (Graduação) - Curso de
Engenharia Civil, Departamento de Engenharia Civil, Universidade Federal do Rio
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28

MOTTA, A. de Castro; MALITE, Maximiliano: CADERNO DE ENGENHARIA DE


ESTRUTURAS: Analise de segurança no projeto de estruturas - Método dos estados
limites. São Paulo: Usp, n. 20, 2002. P 1 - 32.

NARDIN, Fabiano Ângelo. A importância da estrutura metálica na construção


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Francisco, Itatiba, 2008.

PFEIL, Walter; PFEIL, Michèle. ESTRUTURAS DE AÇO: Dimensionamento prático de


acordo com a NBR 8800/2008. 8. ed. Rio de Janeiro: Ltc, 2009.

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