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BLOCO 2
LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL

A evolução sobre trilhos


Em 200 anos, os trens passaram das marias-fumaças aos flutuantes e megarrápidos Maglevs

O Brasil conta com quase 30 mil quilômetros de ferrovias, mas ficou no passado em relação a esse
tipo de transporte. De toda a nossa malha, menos de 2 mil quilômetros são eletrificados e somente 223
metros são magnetizados. Esse tipo de trilho serve para mover trens como o Maglev, ideia que surgiu na
Alemanha em 1979, mas hoje só funciona comercialmente no Japão e na China. Considerado o mais
avançado do mundo, usa uma força magnética que faz o trem levitar e lhe dá um impulso capaz de atingir
altas velocidades. Como não existe atrito, o Maglev consegue competir até com aviões em termos de
velocidade: chega a 581 quilômetros por hora. “Ele tem pouco impacto ambiental e é ideal para países
topograficamente acidentados como o Brasil”, diz o engenheiro Eduardo Gonçalves David, autor do livro O
Futuro das Estradas de Ferro no Brasil.
Atualmente, uma equipe da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) está desenvolvendo a
versão brasileira, o Maglev Cobra, e construindo uma pista para testar a supermáquina. No futuro, a intenção
é usá-lo para ligar os aeroportos de Galeão e Santos Dumont, no Rio de Janeiro.
A primeira versão desse tipo de transporte, no entanto, foram as locomotivas movidas a carvão,
desenvolvidas no começo do século 19, que vieram substituir os vagões de tração animal. Por mais de cem
anos, a maria-fumaça foi o principal meio de locomoção do mundo.
Trazida ao Brasil em 1854, tinha um trajeto entre a Baía de Guanabara e Petrópolis (RJ). Em 1889, já
havia 9500 quilômetros de ferrovias no País.
Por volta de 1890 foram criados os motores a diesel que, seis décadas depois, superaram os movidos
a carvão. Veio então a época de ouro das ferrovias no Brasil, quando tivemos quase 35 mil quilômetros de
trilhos cortando boa parte do País. A partir da década de 60, passou-se a priorizar a malha rodoviária, uma
decisão que até hoje gera discussões e divide a opinião de especialistas.

(Guilherme Rosa). Revista Galileu - Setembro de 2010 – Nº 230 – p.17.

1) (LP-N1-B-D2) No trecho: “Ele tem pouco impacto ambiental e é ideal para países topograficamente
acidentados como o Brasil”, o pronome destacado refere-se a quem?

(A) Ao Maglev.
(B) Aos aviões.
(C) Ao Galeão.
(D) Ao engenheiro.

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2) (LP-N1-B-D3) No texto a palavra “malha” significa
(A) um tipo de tecido.
(B) um tipo de elástico.
(C) um tipo de tração animal.
(D) reunião das linhas ferroviárias.
3) (LP-N3-B-D15) A expressão “Por volta” que inicia o último parágrafo indica
(A) um lugar.
(B) um tempo.
(C) uma adição.
(D) uma conclusão.
A Última Crônica – Fernando Sabino
A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao balcão. Na realidade
estou adiando o momento de escrever. A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar
com êxito mais um ano nesta busca do pitoresco ou do irrisório no cotidiano de cada um. Eu pretendia
apenas recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da convivência, que a faz mais
digna de ser vivida. Visava ao circunstancial, ao episódico. Nesta perseguição do acidental, quer num
flagrante de esquina, quer nas palavras de uma criança ou num acidente doméstico, torno-me simples
espectador e perco a noção do essencial. Sem mais nada para contar, curvo a cabeça e tomo meu café,
enquanto o verso do poeta se repete na lembrança: “assim eu quereria o meu último poema”. Não sou poeta
e estou sem assunto. Lanço então um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma
crônica.
Ao fundo do botequim um casal de pretos acaba de sentar-se, numa das últimas mesas de mármore
ao longo da parede de espelhos. A compostura da humildade, na contenção de gestos e palavras, deixa-se
acrescentar pela presença de uma negrinha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido
pobre, que se instalou também à mesa: mal ousa balançar as perninhas curtas ou correr os olhos grandes
de curiosidade ao redor. Três seres esquivos que compõem em torno à mesa a instituição tradicional da
família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se preparam para algo mais que matar a fome.
Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, aborda
o garçom, inclinando-se para trás na cadeira, e aponta no balcão um pedaço de bolo sob a redoma. A mãe
limita-se a ficar olhando imóvel, vagamente ansiosa, como se aguardasse a aprovação do garçom. Este
ouve, concentrado, o pedido do homem e depois se afasta para atendê-lo. A mulher suspira, olhando para
os lados, a reassegurar-se da naturalidade de sua presença ali. A meu lado o garçom encaminha a ordem
do freguês.
O homem atrás do balcão apanha a porção do bolo com a mão, larga-o no pratinho – um bolo simples,
amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia triangular. A negrinha, contida na sua expectativa, olha a garrafa
de Coca-Cola e o pratinho que o garçom deixou à sua frente. Por que não começa a comer? Vejo que os
três, pai, mãe e filha, obedecem em torno à mesa um discreto ritual. A mãe remexe na bolsa de plástico
preto e brilhante, retira qualquer coisa. O pai se mune de uma caixa de fósforos, e espera. A filha aguarda
também, atenta como um animalzinho. Ninguém mais os observa além de mim.
São três velinhas brancas, minúsculas, que a mãe espeta caprichosamente na fatia do bolo. E
enquanto ela serve a Coca-Cola, o pai risca o fósforo e acende as velas. Como a um gesto ensaiado, a
menininha repousa o queixo no mármore e sopra com força, apagando as chamas. Imediatamente põe-se
a bater palmas, muito compenetrada, cantando num balbucio, a que os pais se juntam, discretos: “Parabéns
pra você, parabéns pra você…” Depois a mãe recolhe as velas, torna a guardá-las na bolsa. A negrinha
agarra finalmente o bolo com as duas mãos sôfregas e põe-se a comê-lo. A mulher está olhando para ela
com ternura – ajeita-lhe a fitinha no cabelo crespo, limpa o farelo de bolo que lhe cai ao colo. O pai corre os
olhos pelo botequim, satisfeito, como a se convencer intimamente do sucesso da celebração. Dá comigo de
súbito, a observá-lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido – vacila, ameaça abaixar a
cabeça, mas acaba sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso.
Assim eu quereria minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso.”

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4) (LP-N4-AD-D1) O casal que chega ao restaurante é

(A) negro.
(B) branco.
(C) amarelo.
(D) indígena.

5) (LP-N4-AD-D11) Por que o homem (o pai) se perturba ao final do texto?

(A) Porque não gosta de aniversários.


(B) Porque ele vacila com a filha que come rapidamente.
(C) Porque percebeu que estava sendo observado pelo narrador.
(D) Porque percebeu que estava sendo observado pelos garçons.

6) (LP-N4-AD-D2) No trecho: “O homem atrás do balcão apanha a porção do bolo com a mão, larga-o no
pratinho”, o pronome destacado tem como referente

(A) o bolo.
(B) o balcão.
(C) o homem.
(D) o pratinho.

7) (LP-N4-AD-D10) O clímax da narrativa se dá

(A) quando cantam os parabéns.


(B) quando o casal chega ao botequim.
(C) quando o narrador chega ao botequim.
(D) quando o casal pede a porção de bolo.

8) (LP-N5-AD-D4) A leitura do texto nos permite inferir que

(A) o casal era rico.


(B) o narrador era rico.
(C) o narrador era cronista.
(D) o narrador era alcoólatra.

TEXTO I

Fonte: https://atividadesparaprofessores.com.br/trabalhando-o-preconceito-com-textos-no-5o-ano/. Acesso em 12/09/2019

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TEXTO II

Fonte: http://pazetnorracial.blogspot.com/2014/05/a-luta-da-propaganda-para-combater-o.html. Acesso em 12/09/2019

9) (LP-N6-AD-D20) Sobre os textos I e II podemos afirmar que ambos tratam do tema

(A) inclusão.
(B) migração.
(C) preconceito.
(D) acessibilidade.

Todos os dias agora acordo com alegria e pena- Alberto Caeiro

Todos os dias agora acordo com alegria e pena.


Antigamente acordava sem sensação nenhuma; acordava.
Tenho alegria e pena porque perco o que sonho
E posso estar na realidade onde está o que sonho.
Não sei o que hei de fazer das minhas sensações.
Não sei o que hei de ser comigo sozinho.
Quero que ela me diga qualquer cousa para eu acordar de novo.

10) (LP-N6-AV-D19) A repetição da expressão “Não sei” nos 5º e 6º parágrafos pretendem

(A) enfatizar uma certeza.


(B) enfatizar uma incerteza.
(C) enfatizar uma afirmação.
(D) reforçar a ideia de credulidade.

11) (LP-N6-AV-D18) No verso “E posso estar na realidade onde está o que sonho” a relação entre as
palavras REALIDADE e SONHO consiste em estabelecer uma ideia de

(A) ironia.
(B) exagero.
(C) adversidade.
(D) comparação explícita.

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12) (LP-N6-AV-D5) A leitura dos elementos verbais e não verbais do texto demonstram que
(A) a galinha trai o galo.
(B) a galinha está apaixonada por outro galo.
(C) a galinha acha outro galo mais bonito que o seu.
(D) o galo não interpretou corretamente a fala da galinha.

A Gíria é a cultura do povo - Bezerra de Menezes


Toda hora tem gíria no asfalto e no morro
porque ela é a cultura do povo
Pisou na bola conversa fiada malandragem
Mala sem alça é o rodo, tá de sacanagem
Tá trincado é aquilo, se toca vacilão
Tá de bom tamanho, otário fanfarrão
Tremeu na base, coisa ruim não é mole não
Tá boiando de marola, é o terror alemão
Responsa catuca é o bonde, é cerol
Tô na bola corujão vão fechar seu paletó
"Toda hora tem gíria...
Se liga no papo, maluco, é o terror
Bota fé compadre, tá limpo, demorou
Sai voado, sente firmeza, tá tranquilo
Parei contigo, contexto, baranga, é aquilo
Tá ligado na fita, tá sarado
Deu bode, deu mole qualé, vacilou
Tô na área, tá de bob, tá bolado
Babou a parada, mulher de tromba, sujou
"Toda hora tem gíria...
Sangue bom tem conceito, malandro e o cara aí
Vê me erra boiola, boca de sirí
Pagou mico, fala sério, tô te filmando
É ruim hem! O bicho tá pegando
Não tem caô, papo reto, tá pegado
Tá no rango mané, tá aloprado
Caloteiro, carne de pescoço, "vagabau"
Tô legal de você sete-um, gbo, cara de pau
Fonte: http://almdasletras.blogspot.com/2013/03/variacao-linguistica-em-musica-em-sala.html. Acesso em 12/09/2019

13) (LP-N7-AV-D13) A linguagem predominante do texto é


(A) normativa.
(B) típica do Nordeste.
(C) um exemplo de regionalismo.
(D) um exemplo de variação social.

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